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domingo, 23 de junho de 2024

Guiné 61/74 - P25675: Fotos à procura de.. uma legenda (181): Nos navios de transporte de tropas ,em que fizemos o "cruzeiro das nossas vidas", havia sessões de cinema, ao ar livre, no convés...

 


T/T Quanza > BCaç 617 >  A caminho da Guiné > c. 8-15 janeiro de 1964 > Tela para projeção de filmes  ao ar livre...




T/T Quanza > BCaç 617 > A caminho de Guiné > 9 de janeiro de 1964 > Exercício de salvamento a bordo


Fotos (e legendas): © João Sacôto (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. As fotos do  João Sacôto (ex-alf mil da CCAÇ 617 / BCAÇ 619, Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66; piloto e  comandante da TAP, reformado) não mentem: no T/T Quanza, onde viajou para a Guiné, havia uma tela, pendurada no mastro principal (o da ré), no convés, onde era pressuposto projetar-se filmes... 

Não sabemos quais, nem quantos, nem a que horas... (se é que chegou a haver alguma sessão dessas durante a viagem). Mas só podia ser à noite...Como as noites eram frias e ventosas, em alto mar, é de imaginar que as sessões de cinema ao ar livre não deviam ser muito concorridas... 

Alguém se lembra ainda destes "cruzeiros das nossas vidas" ? Nos outros navios de transporte de tropas (Niassa, Uíge, Ana Mafalda, Carvalho Araújo, etc.) também havia sessões de cinema à noite, no convés ?  E serviam-se mantas e pipocas ?

Camaradas, a caixa de comentários é vossa...

PS1 - Parece que a Companhia Nacional de Navegação foi inovadora, terá ido a primeira a instalar telas  gigantes no convés para sessões de cinema ao ar livre, nas carreiras de África, logo em finais dos anos 40... E nomeadamente no navio Angola.

Diz a Wikipedia, sobre a Companhia Nacional de Navegação (CNN):

(...) A CNN deteve a maior frota do país, com nove unidades: o "N/T Príncipe Perfeito" (1961), que se constituía no seu navio-almirante, os gémeos "N/T Angola" (1948) e "N/T Moçambique" (1949), o "N/T Niassa" (1955), os irmãos "N/T Índia" (1951) e "N/T Timor" (1951), o "N/T Quanza" (1929),os gémeos "N/T Lúrio" (1950) e o "N/T Zambézia" (1949).

Nestes navios se fez a maior parte do transporte dos contingentes militares, material, funcionários do Estado e portugueses que iam para os antigos territórios portugueses em África Ocidental. (....) Alguns deles faziam ainda as carreiras de África Oriental e do Extremo Oriente.(...)


PS2 - Temos mais de 60 referências com o descritor "O cruzeiro das nossas vidas"... Não nos lembramos de ler, nesses postes, alusão a sessões de cinema ao ar livre... Mas alguns navios, como era o caso do Quanza, em 1964, já estava equipado...

PS3 - Sobre o N/M Quanza ver aqui...
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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de maio de 2024 > Guiné 61/74 - P25555: Fotos à procura de... uma legenda (180): não sendo a G3, que espingarda automática empunham estes dois militares do BCP 21, no Leste de Angola, c. 1970/72 ?

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19488: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte II: Chegada a 15/1/1964 e estadia em Bissau durante cerca de 2 meses


Guiné > Bissau > Dia 15 de Janeiro 1964 > Chegada ao Cais Pidjiguiti. > A CCAÇ  617 ficou durante algum tempo, cerca de dois meses,  alojada no Quartel General em Santa Luzia e a depender operacionalmente do BCAÇ  600, efectuando patrulhas várias e acções de "psico-social" junto das populações em Ponta Negado, Ponta California, Binar, Bucomil, Ponta do Biombo, Quinhamel, tendo ainda uma parte da companhia, tomado parte na Operação Tridente,  na Ilha do Como (jan-mar 1964).



Guiné > Bissau > Dia 15 de Janeiro 1964 > Aproximação do N/M Quanza  à cidade de Bissau.


Guiné > Bissau > C. janeiro/ março de  1964 >  Praça do Império e o palácio do Governador


Guiné > Bissau > c. janeiro / março de 1964 > Av da República


Guiné > Bissau > c. janeiro/março de  1964 >  Piscina da messe de oficiais no QG,em Santa Luzia

Fotos (e legendas): © João Sacôto (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O João Sacôto {, João Gabriel Sacôto Martins Fernandes, de seu nome completo,] foi alf mil da CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66). Trabalhou depois como Oficial de Circulação Aérea (OCA) na DGAC [Direção Geral de Aeronáutica Civil]. Foi piloto e comandante na TAP, tendo-se reformado em 1998.

Estudou  no Instituto Superior de Ciencias Económicas e Financeiras (ISCEF, hoje, ISEG) . Andou no Liceu Camões em 1948 e antes no Liceu Gil Vicente. É natural de Lisboa. É casado. Tem página no Facebook (a que aderiu em julho de 2009, sendo seguido por mais de 8 dezenas de pessoas. É membro da nossa Tabanca Grande desde 20/12/2011.

 Continuação da publicação do seu álbum fotográfico: chegada a Bissau, em 15/1/1964. Aqui esteve cerca de 2 meses, na dependência do BCAÇ 600. Parte da companhia ainda irá participar na Op Tridente, na ilha do Como (jan-março de 1964).

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19468: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte I: A partida no T/T Quanza, em 8/1/1964


Lisboa > Cais da Rocha  Conde de Obidos > dia 8 de Janeiro de 1964. > Partida do BCAÇ 619 para o TO da Guiné, no T/T Quanza (, navio, da CNN - Companhia Nacional de Navegação, construído  na Alemanha, tendo estado ao serviço da marinha mercante 4 décadas, de 1929 a 1968).


Lisboa > Cais da Rocha Conde de Óbidos > T/T Quanza > 8 de janeiro de 1964 > Partida do BCaç 619 para o TO da Guiné > A criança que está no cais de pé no ar é a minha filha Paula Cristina que fazia 2 anos naquele dia. Hoje tem 57 anos e é advogada.


Lisboa > Cais da Rocha  Conde de Óbidos > T/T Quanza > 8 de janeiro de 1964 > BCAÇ 619 > A partida... Adeus, até ao meu regresso!
 

T/T Quanza > BCaç 619 > 8 de janeiro de 1964 > Saída da Barra de Lisboa ao pôr do Sol.


T/T Quanza > BCaç 617 > 9 de janeiro de 1964 > Exercício de salvamento a bordo



T/T Quanza > BCAÇ 619 > A caminho da Guiné > c. 8-15 de janeiro de 1964 > Missa a bordo


T/T Quanza > BCaç 617 > c. 8-15 janeiro de 1964 > Cinema ao ar livre.

Fotos (e legendas): © João Sacôto (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O João Sacôto  {, João Gabriel Sacôto Martins Fernandes, de seu nome completo,] foi alf mil da CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66). Foi Trabalhou depois como Oficial de Circulação Aérea (OCA) na DGAC [Direção Geral de Aeronáutica Civil]. Foi piloto e comandante na TAP, tendo-se reformado em 1998.

Estudou em Instituto Superior de Ciencias Económicas e Financeiras . Andou no Liceu Camões em 1948 e antes no  Liceu Gil Vicente. É natural de  Lisboa. É casado. Tem página no Facebook (a que aderiu em julho de 2009, sendo  seguido por mais de 8 dezenas de pessoas. É membro da nossa Tabanca Grande desde 20/12/2011 (*)

Da mesma companhia, a CCAÇ 617, é o nosso grã-tabanqueiro Carlos Alberto Rodrigues Cruz, ex-fur mil. Do mesmo batalhão, mas da CCAÇ 616 (Empada, 1964/66), temos Joaquim da Silva Jorge ex-al mil, régulo da tabanca de Ferrel, concelho de Peniche.Tal como  Francisco Galveia, ex-1º cabo cripto, residente em Fronteira. Da CCAÇ 618 (Binar e Susana, 1964/74) temos o João Pinho dos Santos, ex-alf mil, infelizmente já falecido. Ao todo, temos 5 representantes do BCAÇ 619, na Tabanca Grande, o que está dentro da média: um em cada em camaradas da Guiné apresenta-se ao portão de armas da Tabanca Grande...



2. Começamos hoje a publicar uma seleção de fotos (a cores e a preto e branco) do álbum do João Sâcoto, de inegável interesse documental. Tanto quanto possível vamos seguir uma ordem cronológica e temática, começando hoje pela partida para o TO da Guiné no N/M Quanza, em 8 de janeiro de 1964. 

Mas antes convém dizer aqui duas palavrinhas sobre  a CCAÇ 617 e o BCAÇ 619


2.1. Do historial do BCAÇ 619 (Catió, 1964/66), destaca-se o seguinte:

(i) foi mobilizado pelo Regimento de Infantaria nº 1, Amadora;

(ii) sob o comando do tenente-coronel de Infantaria Narsélio Fernandes Matias; 2º comandante o major de infantaria Manuel de Jesus Correia; oficial de informações e operações/adjunto,  o cap inf Rogério Jorge Vale de Andrade; cmdt da CCS (Companhia de Comando e Serviços ),  o  capy  SGE José Francisco Galaricha;

(iii) a sua divisa era: “Sentinela do Sul”;

(iv) embarca em Lisboa no dia 8 de janeiro de 1964 e desembarca em Bissau a 15, juntamente as suas subunidades de quadrícula: CCAÇ 616, CCAÇ 617 e CCAÇ 618;

(v) em 17 de janeiro de 1964 assume a responsabilidade do Sector F, substituindo o BCAÇ 356;

(vi) tem a sede em Catió e os subsetores de Catió, Empada, Bedanda e Cabedú;

(vii) integrou a Operação Tridente (Ilha do Como, de 5 de janeiro a 24 de março de 1964);

(viii) passou a integrar na sua zona de acção o subsetor de Cachil;

(ix) entre as operações que coordenou destacam-se as operações “Broca”, “Campo”, “Razia” e “Satan”, tendo apreendido 1 metralhadora pesada, 4 ligeiras, cerca de meia centena de espingardas e pistolas metralhadoras, 30 minas e 59 granadas de armas pesadas;

(x) no dia 11 janeiro 1965 o setor passa a ser designado por Setor S 3 e em 17 de janeiro de 1965 passa a incluir o subsetor de Cufar, então criado na sua zona;

(xi) com as populações dispersas, a 17 de março de 1965 iniciou a experiência de reagrupamento de populações, sendo criada a tabanca de Ualala, para o efeito;

(xii) é rendido em 21 de janeiro de 1966, pelo BCAÇ 1858, seguindo para Bissau e ficando a aguardar embarque.


2.2. Quanto à CCAÇ 617:

(i) permaneceu inicialmente em Bissau, como força de reserva do CTIG, colaborando na segurança e protecção das instalações e das populações da área, tendo integrado o dispositivo do BCaç 600 em substituição da CCaç 273.

(ii) em 1 de março de 1964, por troca com a CCaç 414, foi colocada em Catió como subunidade de intervenção e reserva do sector e ficando então integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão, tendo actuado em várias operações realizadas nas regiões de Ganjola, Cobumba, Cufar Nalú, Cabolol e Catunco, entre outras.

(iii) em 22 de setembro de de 1965, por troca com a CCaç 728, assumiu a responsabilidade do subsector de Cachil, onde se manteve até ser rendida pela CCaç 1424 em 16 de janeiro de 1966,, após o que recolheu a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.

(iv) comandante: cap inf António Marques Alexandre.
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Nota do editor:

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P14970: Memória dos lugares (311): Lisboa, Cais da Rocha Conde de Óbidos, partida do N/M Quanza, em 8/1/1964, com o pessoal do BCAÇ 619 (Catió, 1964/66) (João Sacoto)


Foto nº 2


Foto nº 1


Foto nº 1 A


Foto nº 1 B

Lisboa > Cais da Rocha Conde de Óbidos > 8/1/1964 > Partida do N/M Quanza, com o pessoal do BCAÇ 619 (Catió, 1964/66).

Fotos: © João Sacôto (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Mensagem, de 30 de junho último, de João Gabriel Sacôto Martins Fernandes [ ex-alf mil da CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66): comandante da TAP, reformado]

 Luís:

Da partida para a Guiné do BCAÇ 619 e,  portanto, também da [minha] CCAÇ 617, tenho estas duas que poderás, querendo, publicar. (Nota: a criança que está no cais com um adulto, é a minha filha que, nesse dia, 8/01/64,  fez 2 anos.)[Vd. foto nº 1 B].

Ab. Sacôto.
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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14918: Álbum fotográfico de Carlos Alberto Cruz , ex-fur mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió e Cachil, 1964/66)



Foto nº 1 > Lisboa, 8/1/1964, a ponte sobre o Rio Tejo, em construção: imagem do pilar norte, tirada do T/T Quanza. Uma foto notável com esta obra, emblemátca do Estado Novo, cuja construção demorou 3 anos e meio (novembro de 1962 a agosto de 1966). No regresso, o BCAÇ 619 já passou sob o tabuleiro da ponte...



Foto nº 2 > Lisboa, 9/1/1964 > O N/M Quanza, no cais da Rocha Conde de Óbidos


 Foto nº 3 >  Lisboa, 8/1/1974 > O Carlos Criz no dia da partida, no cais da Rocha Conde de Óbidos (... e não de Alcântara)... Era daqui que partiam os navios da nossa marinha mercante para as "ilhas adjacentes" e as "províncias ultramarinas"... O cais de Alcântara estava reservado às carreiras internacionais...


Fotop nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Catió > c. 1964/66 > Aspeto geral da vila, que foi sede do BCAÇ 619 (1964/66)


Fotop nº 4 A > Guiné > Região de Tombali > Catió > c. 1964/66 > Em prijmeiro plano, instalações ocupadaas pelo  BCAÇ 619 (1964/66) (1): em segundo plano, a igreja de Catió



Fotop nº 4 B > Guiné > Região de Tombali > Catió > c. 1964/66 > Em prijmeiro plano, instalações ocupadas pelo BCAÇ 619 (1964/66) (2)



Fotos do álbum do nosso camarada Carlos Alberto [Rodrigues]   Cruz, ex-fur mil, CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió e Cachil, 1964/66), membro da nossa Tabnca Grande desde 20/1/2014 e frquentador da Magnífica Tabnaca da Linha.

Sobre Catió (vila, quartel, porto interior e porto exterior, e ainda Ganjola), vd. o valiosíssimo e vasto  álbum fotográfico do Victor Condeço (1943-2010) que foi fur mil mec armamento da CCS/BART 1913 (Catió, 1967/69). Pesquisar em Google Imagens = Catió + "Victor Condeço".


Fotos (e legendas): © Carlos Alberto Cruz (2014). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: LG]


1. A CCAÇ 617 comemorou o ano passado o 50º aniversário da sua partida para  Guiné: foi a 8/1/1964, a bordo do T/T Quanza. Estas fotos que publicamos,  com a devida autorização do autor, foram "postadas" no blogue CCAÇ  617 - Guiné, com data de 3 de janeiro de 2014, e também já pubicadas, algumas, no nosso blogue, as da partida de Lisboa. 

Além da CCAÇ 617, embarcaram também no T/T Quanza  as restantes subunidades que pertencaim ao BCAÇ 619; as CCAÇ 616, 618 e 619

Recorde-se, resumidamente, o historial do BCAÇ 619 (Catió, 1964/66)

Carlos Alberto Cruz: Lisboa, Cais da Rocha
Conde de Óbidos, 8/1/1964

(i) Mobilizado pelo Regimento de Infantaria nº 1, Amadora;

(ii) sob o comando do Tenente-coronel de Infantaria Narsélio Fernandes Matias; 2º Comandante o Major de Infantaria Manuel de Jesus Correia; e como Oficial de Informações e Operações/adjunto o Capitão de Infantaria Rogério Jorge Vale de Andrade; comandante da Companhia de Comando e Serviços (CCS)  era o Capitã SGE José Francisco Galaricha;

(iii) dvisa: “Sentinela do Sul”;

(iv) embarca em Lisboa no dia 8 e desembarca em Bissau a 15 de Janeiro de 1964;

(v) em 17 de janeiro de 1964 assume a responsabilidade do Sector F, substituindo o Batalhão de Caçadores nº 356;

(vi) tem a sede em Catió e os subsetores de Catió, Empada, Bedanda e Cabedú;

(vii) integrou a  Operação Tridente (Ilha do Como, de 5 de Janeiro a 24 de Março de 1964);

(viii) passou a integrar na sua zona de acção o subsetor de Cachil;

(ix) entre as operações que coordenou destacam-se as operações “Broca”, “Campo”, “Razia” e “Satan”, tendo apreendido 1 metralhadora pesada, 4 ligeiras, cerca de meia centena de espingardas e   pistolas metralhadoras, 30 minas e 59 granadas de armas pesadas;

(x) no  dia 11 janeiro 1965 o setor passa a ser designado por Setor S 3 e em 17 de janeiro de 1965 passa a incluir o subsetor de Cufar, então criado na sua zona;

(xi) com as populações dispersas, a 17 de março de 1965 iniciou a experiência de reagrupamento de populações, sendo criada a tabanca de Ualala, para o efeito;

(xii) é rendido em 21 de janeiro de 1966, pelo BCAÇ 1858, seguindo para Bissau w ficando a aguardar embarque.


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12612: Tabanca Grande (418): Carlos Alberto Rodrigues Cruz, ex-Fur Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619 (Catió e Cachil, 1964/66)

1. Mensagem do nosso camarada e novo tertuliano Carlos Alberto Rodrigues Cruz, ex-Fur Mil da CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió e Cachil, 1964/66, com data de 8 de Janeiro de 2014:

Caro Luís Graça,
Permita-me que nesta data particularmente relevante para mim pessoalmente, bem como para todo o pessoal que fez parte do BC 619, CC 616, CC 617 e CC 618, ou seja, a comemoração dos 50 anos da partida destas unidades para a Guiné (08.01.1964), lhe venha manifestar a minha vontade de fazer parte da denominada Tabanca Grande, pelo que envio as duas fotos da praxe bem como 3 fotos (a preto e branco como era habitual na altura) e que foram tiradas naquele frio janeiro do ano de 1964, no cais de Alcântara, onde embarcámos no velho navio "Quanza", rangendo por tudo quanto era chapa e que se fez ao mar para nos levar até aquelas paragens.

As fotos que junto a estas representam, pela ordem em que são apresentadas:

Foto da despedida oficial 

Os últimos acenos de despedida já a bordo 

O nascimento do pilar norte da ponte sobre o rio Tejo que estava emergindo das águas. 

N/M "Quanza" - Com a devida vénia a Navios Mercantes Portugueses

Mas agora passemos a factos:

- Quem sou eu?
Sou o ex-Furriel Miliciano Atirador de Infª (vulgo Caçador) Carlos Alberto Rodrigues Cruz, tenho 72 anos de idade feitos em 26 de Maio de 2013, sou casado há quase 47 anos, tenho dois filhos, um rapaz com 45 e uma filha com 43.

Como disse anteriormente era comandante de secção do 1.º Pelotão da Companhia de Caçadores 617 (companhia operacional) tendo estado, primeiramente, em Catió e nos últimos 4 a 5 meses de comissão na ilha de Como, por troca com a CC 728 (os Palmeirins de Catió) onde conheci o malogrado Alferes Mário Sasso (que vim a saber mais tarde ter sido morto no decorrer de uma operação.

Conheci e participei em imensas operações onde o famoso João Bacar Djaló era o comandante dos milícias fulas, homem por quem tinha e tenho grande admiração e posso garantir ter sido para nós uma verdadeira bênção pois sem a sua sábia orientação a minha companhia teria tido grandes complicações, pois como deve saber a mata do Cantanhez não é para brincadeiras e na altura para irmos de Catió para Cufar era um "Deus nos acuda".
Por isso todos os 10 de Junho não dispenso ir até à sua lápide rezar uma breve oração pelo seu descanso eterno.

Quero também dizer que sou amigo do já tabanqueiro João Gabriel Sacôto Martins Fernandes, ex-Alferes Miliciano da minha Companhia, que me tem incentivado a escrever para o Blogue e com quem quero partilhar um próximo convívio com os Tabanqueiros da Linha, tendo já solicitado ao José Manuel Matos Dinis a devida autorização para nos juntarmos no próximo 16 de Janeiro em Alcabideche.

Gostaria, pois, que me fosse permitido juntar-me ao pessoal da grande família da Tabanca Grande, independentemente de poder vir igualmente a fazer parte da Tabanca da Linha.

Quanto ao relato de uma pequena história no decorrer da minha comissão (como nos é sugerido) penso que terá que ficar adiada para mais tarde, porquanto tenho de rebobinar velhas lembranças que os meus quase 73 já não ajudam muito a concretizar e até porque esta mensagem já vai longa talvez pela nostalgia que nos assalta quando nos damos conta da passagem de 50 anos sobre as nossas vidas.

Camarada Luís, vou ficar-me por aqui agora visto o relambório já ir longo e não pretender monopolizar a sua atenção para o meu caso já que deve ter muitos mais afazeres.

Despeço-me, pois, com amizade e se tiver o prazer de o encontrar no convívio da Tabanca da Linha no próximo dia 16, ficarei encantado e poder-lhe-ei então dar um abraço do tamanho do Cumbidjã.


2. Comentário do editor:

Caro camarada e amigo Carlos Alberto Cruz, bem-vindo à tertúlia da Tabanca Grande, mãe das muitas Tabancas de ex-combatentes da Guiné que proliferam de norte a sul do país, exemplo da Tabanca da Linha, que referes.
Os fundadores destas Tabancas "pequenas" são tertulianos do Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné e não pretendem de modo nenhum concorrer, se o termo é aqui permitido, com a Tabanca Mãe.
O nosso Blogue, ou Tabanca Grande, tem como missão principal o registo de memórias escritas e fotográficas, fruto da contribuição da tertúlia, enquanto que as mais "Pequenas" visam essencialmente o são convívio entre camaradas da Guiné, a nível regional, havendo o caso emblemático da "Tabanca Pequena" de Matosinhos que se transformou em ONGD, visando ajudar o povo da Guiné-Bissau.
Temos um caso inverso, de uma ONG que se dedica também a ajudar a Guiné-Bissau, que se transformou numa Tabanca, a "Ajuda Amiga".

É saudável o convívio e a catarse que se pode fazer ao escrever memórias, trocar impressões, desfazer equívocos, recordar acontecimentos já esquecidos, etc.
A Tabanca Grande serve para tudo isto e ainda promove o Convívio Anual, onde se podem encontrar todos os ex-combatentes da Guiné de norte a sul de Portugal, independentemente de pertencerem ou não formalmente à tertúlia.

Caro Carlos, falta só realçar a particularidade de o nosso relacionamento ser o mais informal possível, começando pelo tratamento por tu, independentemente da idade, antigo (ou actual) posto militar, formação académica, etc. Somos camaradas de armas, passamos pelas mesmas dificuldades, calcorreamos aqueles chãos, umas vezes alagados outras secos como pólvora, deixámos o nosso suor, alguns até o sangue naquele pequeno pais que nos marcou para sempre.

Antes de terminar, deixo-te o tradicional abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores.
Pessoalmente fico ao teu dispor para qualquer dúvida que te possa surgir.

O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 29 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12519: Tabanca Grande (417): Joaquim Luís Fernandes (ex-Alf Mil da CCAÇ 3461/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, 1973 e Depósito de Adidos, Brá, 1974) (2): Informações complementares