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sábado, 2 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24610: (Ex)citações (423): Curiosidades lapónicas: As visitas continuam e qualquer dia entram em casa! (José Belo, Suécia)

Foto nº 1 > Suécia > Lapónia > Agosto de 2023 > As visitas continuam e qualquer dia entram em casa


Foto nº 2> Suécia > Lapónia > Agosto de 2023 >  A altura a que chegou  a neve no último inverno.


Foto nº 3> Suécia > Lapónia > Agosto de 2023 > As rochas polidas como mármore devido aos 320 dias por ano sob o gelo, durante milénios.


Foto nº 4 > Suécia > Lapónia > Agosto de 2023 > As matas locais… para saudosos da Guiné.

Fotos (e legendas): © José Belo  (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



O luso-sueco José Belo (com mais de  250 referências no nosso blogue, membro da Tabanca Grande desde 8 de março de 2009): foi alf mil inf da CCAÇ 2381, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70, é capitão do exército português reformado (poderia ser hoje coronel, se tivesse lutado pelo seu direito à reconstituição da carreira militar); hoje jurista, com família sueca, vive na Suécia há mais de 4 décadas; autor, entre outras, da série "Da Suécia com saudade".


1. Mensagens de 25/08/2023, às 20:29, 31 de agosto,. âs 11;17, do José Belo:

Asssunto - Curiosidades lapónicas

1) As visitas continuam e qualquer dia entram em casa!

2) A altura da neve no último inverno.

3) As rochas polidas como mármore devido aos 320 dias por ano sobe o gelo, durante milénios.

4) As matas locais….para saudosos da Guiné.

Vd. fotos acima.
___________

Nota do editor:

Último poste da série > 31 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24605: (Ex)citações (422): Os Furriéis – De Explorados da República a Ícones da Guerra da Guiné (Manuel Luís Lomba)

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Guiné 61/74 - P24454: S(C)em comentários (11): "Na imensidão da Lapónia a Natureza é uma das terapias espirituais" (José Belo)


Foto e legenda: Joseph Belo (2023) > "Na imensidão da Lapónia a Natureza é uma das terapias espirituais". 


1. Escrevi há dias (no passado dia 25 de junho...) ao José Belo, na sequência do assunto do(s) alce(s) que andava(m) a rondar a porta da Tabanca da Lapónia (*):

"José, será publicada, logo-logo (que possível...), o teu escrito, sem necessidade de invocares o democrático e universal direito de resposta em defesa da honra da tua bicharada de estimação, neste  caso o alce, que é um bicho cornudo, não é peixe e muito menos cherne (...).  

Que uma senhora, em Portugal,  mande "seguir o cherne", está no seu pleno direito, mesmo sabendo-se que era a esposa legítima de um candidato a primeiro-ministro. É "lobbying", mesmo que  encapotado.  De qualquer modo. seguir ou não o cherne, é uma decisão de cada eleitor num país livre e democrático. Mas na Suécia, que é uma monarquia constitucional, não passava pela cabeça de ninguém mandar "seguir o alce", confundindo-o com o cherne... Vou até à capital fazer uma Ressonância Magnética à cornadura... Cuida-te!... Luís

Em resposta, no mesmo dia, às 20:56, o nosso correspondente no círculo polar ártico (deve haver poucos blogues que se deem ao luxo de ter um correspondente naquela parte do planeta), mandou-me este "miminho de prosa" que eu transcrevo abaixo, e que só posso agradecer-lhe, desvanecido, por revelar desvelo, carinho e até empatia  em relação à minha pessoa que, como qualquer ser humano, também precisa (e consome) "cuidados de saúde" como, por exemplo, "ressonâncias magnéticas à cornadura" para detetar eventuais demências precoces como a "doença do Alemao".

Felizmente, José, não tenho nenhuma "neuropatia" (a avaliar pela bateria de testes e exames que me fizeram, uma neurologista, uma psiquiatra, uma hematologista, uma imagiologista,  um neuropsicólogo, um ortopedista e um fisiatra, para além da minha médica de família e do meu "personal trainer"...), pelo que não há razão nenhuma para o bom (mas preguiçoso) irã do poilão da Tabanca Grande não me escolher a mim (discriminando-me pela positiva), apontar-me o dedo e dizer-me, como o Jesus Cristo:  "Larga as canadinas e anda!"... (Zé, um milagresinho, depois do teu miminho, também me dava agora jeito, mesmo sabendo que na Tabanca da Lapónia é feio meter cunhas, e que, como diz o provérbio popular português, "quando Deus não quer, os santos não  ajudam"). (**)




2. Mensagem do J. Belo (régulo vitalício da Tabanca da Lapónia):

"Data - 25 jun 2023, 20:56

Assunto - Os cuidados com a saúde

Luís, aparentemente as maleitas näo estão a dar-te descanso.

Tendo em conta o que escreves,  estás a seguir as coisas de perto com as respectivas terapias.

Na imensidão da Lapónia a Natureza é uma das terapias espirituais. Alguns atiram-me à cara os meus privilégios económicos com os negócios,  sem compreenderem que o verdadeiro privilégio que disponho é esta natureza indiscritível.

Tu tens o nosso mar do Oeste que também é uma terapia espiritual e física."
____________

Notas do editor:

(*) Vd., poste de 20 de junho de 2023 > Guiné 61/74 - P24418: (In)citações (251): Sigamos o alce, que vem pachorrentamente pastar à porta do Joseph Belo, à hora do jantar...

(**) Último poste da série > 27 de junho de 2023 > Guiné 61/74 - P24434: S(C)em comentários (10): eu vi morrer na IAO, no CIM de Bolama, em 10/7/1972, no treino de dilagrama, o alferes Carlos Figueiredo e o soldado José Mata (António Carvalho, ex-fur mil enf, CART 6520/72, Mampatá, 1972/74)

terça-feira, 20 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24418: (In)citações (251): Sigamos o alce, que vem pachorrentamente pastar à porta do Joseph Belo, à hora do jantar...





Suécia > Lapónia : s/d> O alce que vem pachorrentamente pastar à porta do Joseph Belo, à hora do jantar...

Foto (e legenda): © José Colaço (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do Joseph Belo, o luso-sueco José Belo que foi alf mil inf da CCAÇ 2381, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70, capitão do exército português reformado, e que, se não fora o nosso blogue, já há muito  teria cortado o "cordão umbilical" emocional que o liga à terra onde nasceu... 

Autoexilado, depois de também ter dado a sua quota-parte para o triunfo da liberdade e da democracia em Portugal, é de estranhar que ninguém se tenha lembrado dele, muito menos o Presidente da República que, sendo por inerência da sua função, o Grão-Mestre de todas as Ordens Honoríficas Portuguesas, está a distribuir por estes dias (na véspera dos 50 anos do 25 de Abril) a Ordem da Liberdade, Grande Oficial, a todos os "militares de Abril"...

Data . 12 jun 2023, 15h19

Assunto - Email desgarrados

Caro Luís:

Estou a receber E-mails de camaradas do blogue que me não são dirigidos.

Algum erro nas “computações” terá certamente surgido.

Um grande abraço, JBelo

PS - E aproveitando….aqui segue um alce a comer calmamente nas traseiras da minha casa. Na Lapónia,  o jantar vem literalmente bater à nossa porta! (*)


2. Comentário do editor LG:

Zé: foi lapso meu... Costumo dar-te conhecimento, mas em bbc ("blind carbon copy") e não em cc,  de algumas coisas que te podem interessar....I'm sorry.

Aproveitaste, e a gente agradece, para fazeres "prova de vida"...Depois da saudável "hibernação",  vem aí o solstício do verão. Dizem que o mês de Junho é a época que suecos/as atingem o pico da felicidade... 

Cada povo "adverte-se" (como diz o Zé Povinho do Norte) como pode... A gente cá na parvónia tem as festas dos santos populares, o tintol e a sardinha assada. Mas não há "almoços grátis", segundo a máxima famosa de um economista cá da praça que chegou a presidente da República. Tu, tens mais sorte, tens o jantar que te vem "literalmente bater á porta",,, Já em tempos. em plena pandemia de Covid-19, nos tinhas falado do alce, "o rei das florestas escandinavas" (**)

Na altura, escreveste, à laia de desabafo : "Cada vez menos sei se estas coisas 'exóticas' que me rodeiam, aí dizem algo que valha a pena ser lido.São realidades tão dísparas das portuguesas que muitas vezes me pergunto o que eu pensaria delas se aí tivesse continuado a viver. As análises editoriais são, quanto a mim, fundamentais quanto a este tipo de participação 'fora de contextos'...". Mas, olha, pelo tipo e número de comentários (21), o poste foi lido com muito interesse e muita gente...

Podíamos, parodiando o Alexandre O'Neil, seguir o conselho, não de seguir o "cherno" (do outro, que só queria o poder, a qualquer preço), mas o teu "alce", que vem pachorrentamenmte pastar à tua porta, à hora do jantar... O poeta, lá no Olimpo, não levará a mal esta paródia, ele que era por excelência um provocador, um iconoclasta, com a sua meia costela de irlandês...


Sigamos o alce

Sigamos o alce,minha amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos,até, do alce um beijo,
Senão já com amor, com alegria...

Em cada um de nós circula o alce,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em floresta silenciosa de passado
Circula o alce: traído
Animal recalcado...

Sigamos, pois,o alce ,antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando,mentido o alce a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...

Poema original: 
"Sigamos o cherne", de Alexandre O'Neil (1924-1986)
In: "No Reino da Dinamarac" (1958)
(Adapt. de LG... Com a devida vénia...)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24109: (In)citações (233): Volta, Zé Belo, estás perdoado! (dizem os "sámi")

1. Mensagem de José Belo (jurista, gestor de conflitos, mediador cultural, o nosso luso-sueco-lapão, cidadão do mundo, efetivou-se como membro, registado, da Tabanca Grande em 8 de março de 2009; com 241 referências no nosso blogue, não precisa de apresentações, louvores, condecorações, repreensões; dizem os seus vizinhos, invejosos, que vivem longe loge dele, tão longe como de Lisboa ao Porto, que ele queria "desertar" para a ilha de Key West, mas os "sámi" foram buscá-lo de volta e puseram-no de novo dentro do círculo polar ártico, justamente ali onde, apesar do frio de rachar, ele pode cuidar dos seus "ursinhos de peluche" e das suas "renas de estimação"; na Guiné era bem pior...):


Data - segunda, 27/02, 20:48
Assunto . Os carros à frente dos bois.... 


Espero que a saúde esteja boa.

A notícia da “morte-súbita” da casa da Lapónia foi (mais uma vez) …..exagerada! (*)

A ilha de Key West é Sol-Piscina-Mar Quente do Golfo do México-Cuba a noventa quilómetros de distância -Bons Restaurantes com marisco e peixe de alta qualidade-Infindáveis Bares e….boas companhias!

Enfim,a casa ideal para se passar uns meses por ano quando o frio, neve, gelo e escuridão do Círculo Polar  "apertam”.

A grandiosidade e o isolamento da natureza da Lapónia têm para mim outras referências. Talvez demasiado pessoais mas….importantes.

Enquanto a saúde o permitir,  continuará a ser a minha morada-base.(**)

Um grande abraço. JBelo

__________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 8 de fevereiro de 2023 > Guiné 61/74 - P24047: (In)citações (230): Nunca digas adeus, até sempre! (José Belo, Key West, Flórida)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24047: (In)citações (230): Nunca digas adeus, até sempre! (José Belo, Key West, Flórida)


Em Key West, lá na Florida do furacões, no Sloppy Joe's Bar, haverá sempre alguém, com uma alma lusitana, a qualquer hora do dia ou  da noite, a beber uma ginginha (ou um daiquiri bem geladinho), o mesmo é dizer a dar de beber à dor... e à saudade. Quem sabe, se o nosso leitor passar  um dia por lá,  se não dá de caras com o nosso Zé Belo... Que  os bons irãs do poilão da Tabanca Grande, mesmo à distância, lhe deem longa vida e saúde agora lá nos States e mantenham fluídas as nossas comunicações.

José Belo, jurista, gestor de conflitos, mediador cultural... o nosso luso-sueco-lapão, cidadão do mundo, efectivou-se como membro (registado) da Tabanca Grande em 8 de março de 2009 mas ele já estava desde 6/6/2007, entrada pela mão do Zé Teixeira, também ele "Maioral" (*)

(i) tem repartido a sua vida até agora entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e os EUA (Key West, Florida, conforme as estações do ano e os quatro humores;

(ii) foi nomeado por nós régulo (jubilado e vitalício) da Tabanca da Lapónia: recusamo-nos a aceitar que ele se despeça do cargo: afinal todos os anos pela primavera, corria o boato de que a Tabanca da Lapónia ia morrer para logo a seguir ressuscitar, como a Fénix Renascida (*); 

(iii) na outra vida (todos temos mais do que uma), foi alf mil inf, CCAÇ 2381, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70): também ele participou numa guerra, como todas as guerras, "absurda e inútil";

(iv) é, legalmente, cap inf ref (mas poderia e deveria ser coronel) do exército português;

 (v) durante anos alimentou, no nosso blogue, a série "Da Suécia com Saudade"; 

(vi) tem 240  referências no nosso blogue.


1. Mensagem do Joseph Belo:

Data - domingo, 5/02/2023, 22:58

Assunto - Na boa companhia da fadista clássica (!) Hermínia Silva

Caro Luís

Os anos passam, as idades aumentam, as adaptações cómodas tornam-se… saudáveis!

Depois de ter ressuscitado pelo menos quatro vezes (o que, mesmo usando os parâmetros da Bíblia Sagrada,  é inaceitável!) é tempo da quase mítica Tabanca da Lapónia encerrar definitivamente o portão voltado à imensidão Árctica. (**)

As tentações e decadências da floridiana Key West acabam por sobrepor-se na vida deste hermita lusitano. O tal luso-lapão factualmente único, dentro do espírito épico (!) do que… se mais terra houvera lá chegáramos!

Quanto às fronteiras extremas da Tabanca Grande, 
substitui-se simplesmente o extremo do extremo
norte europeu pelo extremo do extremo sul norte-americano. (Certamente que isto dos “extremos” saltitantes terá algo a ver com um capitão extremista de um impossível de esquecer… PREC!)

Foi numa procura de comunicação com Amigos e Camaradas da Guiné que procurei levar até aí alguns dos exotismos do dia a dia dentro do Círculo Polar Árctico. Sentindo orgulho em amizades que hoje não existiriam sem o meio de ligações que tem sido a Tabanca Grande.

Se julgam que neste momento de despedida se ouve na Lapónia sueca um clássico e triste hino fúnebre,  enganam-se. Ecoa nesta escura imensidão gelada o... Fado da Mariquinhas, cantado na versão clássica da tão nossa Hermínia Silva!

Um grande abraço do JBelo



2. Nova mensagem do Joseph Belo:

Data - terça, 7/02/2023, 05:43  
Assunto - Pare! Escute! Olhe!

Caro Luís

Por vezes a saudade e as distâncias acabam por nos colocar o… ”carro à frente dos bois “! O texto que te enviei está demasiado pessoal ao referir uma mudança, importante para mim e para alguns amigos próximos, mas que acaba por se tornar o tal “conversar com o meu umbigo”.

Texto escrito sobre o joelho, surgido ao constatar uma mudança radical de um “marco geodésico” nos “limes” da Tabanca. Mas, mais não se trata do que… subjectivismos!

Os sentimentos e avaliações de fora para dentro são por vezes bem díspares dos efectuados de dentro para fora. É uma das lições de “tarimba” para os que estão mais de quatro décadas totalmente afastados do… ”dentro”!

Ficará portanto o texto ao critério editorial.

Um grande abraço, JBelo


3. Resposta do Luís Graça  

Data - terça, 7/02/2023, 11:48  

Querido amigo e camarada:

Fico, às vezes, na dúvida sobre o que é pessoal, reservado e intransmissível, de circulação e partilha mais restrita (entre familiares, amigos...). Ía-te pôr essa questão... Mas, se me dás luz verde ou amarela intermitente, terei todo o gosto em publicar no nosso blogue as tuas mensagens sempre originiais e com o seu quê de sabedoria e mistério (como, aliás, acabo de o fazer, às tuas duas últimas).

Sei que estás, há uns tempos a esta parte, a fazer o luto desse lugar, mágico, onde foste feliz, a tua (e também já um bocadinho nossa) Tabanca da Lapónia... Confesso que, por minha parte, vou ter saudades... Só conheço a Suécia até Kalmar (aliás, da Suécia só conheço Kalmar)... 

Mas deixa-me dizer-te que todos passamos um dia por isso: há que dizer adeus à casa onde nascemos,  à terra onde vivemos parte da nossa vida, ao nosso local de trabalho, aos velhos amores que não voltam mais, aos amigos que morreram, etc. Mas, não, nunca digas adeus, até sempre!... ("Até sempre": é uma expressão portuguesa que se usa para uma despedida quando se prevê uma separação definitiva, como a causada pela morte, ou muito longa e dolorosa.)

Eu, por exemplo, eu e a Alice, sabemos que um dia destes vamos ter que dizer adeus a Candoz... onde investimos tempo, dinheiro, sobretudo afetos... Até fizemos um blogue!... A nossa sociedade (e família), pela lei natural da vida, vai perdendo vigor e liberdade de ação: surgem as doenças, as incapacidades, a morte, etc. Os nossos filhos têm outros sonhos, interesses, preocupações, limitações, lugares... Candoz está a 400 km de Lisboa e a 80 do Porto... Acontece o mesmo noutras famílias, como a tua, a minha, as dos nossos camaradas...

Pessoalmente, não tenho o sentido de propriedade, mas valorizo o pouco que tenho, dividido por Alfragide, Lourinhã e Candoz... Há decisões dolorosas, a da alienação, sobretudo das coisas que são "animadas", as nossas geografias emocionais, as nossas relações... Mas será que essas se perdem? Podemos cultivá-las no jardim da memória (a única coisa que não nos podem tirar...). 

Enfim, talvez o teu texto nos ajude também a saber lidar com a(s) "perda(s)"... 

De qualquer modo, para onde quer que vás (e vais, felizmente,  para mais perto dos teus filhos e netos), sabes que tens sempre aqui alguém que te sabe ouvir e até compreender. Ou pelo menos que faz por isso. Afinal, a Guiné e Portugal, a nossa terra natal, aproximaram-nos. E, além de camaradas, ficámos amigos. Um abração. Luis






"A minha alegre casinha"... A Tabanca da Lapónia (ou pelo menos o casarão)  continua a lá estar, em Abisko, Kiruna, bem perto da terra do Pai Natal... Um poeta deixou lá este escrito à porta: 

É uma casa... portuguesa ? 
Sim, dizem uns, outros, não, 
Não se tem bem a certeza, 
O dono é luso-lapão...

É Belo, não Ruy, José,
E de renas, criador, 
E agora blogador, 
Mas fala pouco... da Guiné...

Diz que o mar o despejou. 
E não é nenhuma facécia, 
Neste reino da Suécia, 
Ele só por amor ficou.

Teve pelo menos 3 blogues. Foram, infelizmente, removidos... E, com muita pena nossa, não foram capturados em tempo útil pelo nosso Arquivo.pt...
Fotos (e legendas): © José Belo (2034). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


4. Nova mensagem do José Belo:
 
Data - terça, 7/02/2023, 16:11  

Assunto - Trovas ao vento que passa

Caro Amigo

Grato pelo teu E-mail. Nele apercebe-se teres compreendido o difícil que é, nas nossas idades, o fecharem-se definitivamente certas portas.

O termo “definitivamente” tem hoje um significado que não é o mesmo de quando tínhamos vinte anos. Alguém terá escrito: “Para se sentir a falta de algo, há que perdê-lo primeiro“.

E lá se cai nas tais subjetividades valorativas quanto ao viver-se (sem um único vizinho!) num círculo de trezentos quilómetros em volta da casa. Para uns assustador pelo total isolamento. Para outros indiscritível na sensação de independência.

Mas quanto aos “fechar de portas”,  o mesmo clássico acima referido terá escrito mais ou menos isto: “Ao atravessar esta porta não estou só saindo de um local mas simplesmente entrando noutros”

Como já te escrevi, a publicação destes subjectivismos (!) fica ao inteiro critério editorial (***).
__________

Notas do editor:


(**) Vd. postes de:

 

28 de abril de 2021 > Guiné 61/74 - P22146: Tabancas da Tabanca Grande (3): Morreu a Tabanca da Lapónia, viva a Tabanca da Lapónia!... A notícia da sua morte foi manifestamente exagerada.


16 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20655: Da Suécia com saudade (63): reabrindo a Tabanca da Lapónia, agora ao povo... (José Belo)

(***) Último poste da série > 2 de fevereiro de 2023 > Guiné 61/74 - P24030: (In)citações (229): A matança do porco... do nosso contentamento (Francisco Baptista / Alberto Branquinho / Joaquim Costa / José Belo / Luís Graça / Valdemar Queiroz)

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Guiné 61/74 - P23592: Notas de leitura (1490): Damião de Góis (Alenquer, 1502- Alenquer, 1574): um humanista europeu... Curiosamente, entre os seus ensaios, encontra-se um estudo sobre o povo Lapão (Samiska Folket) e o seu modo de vida.(José Belo, Suécia)

1. Mensagem do nosso amigo e camarada José Belo, um dos milhões de portugueses da diáspora para quem a casa portuguesa foi pequena:

Data - segunda, 15/08/2022, 12:36
 Assunto . Ainda Damião de Góis

Caro Luís

Julgo ter-se obtido algum debate entre Camaradas quanto aos últimos textos.

Vou enviar-te um texto mais completo sobre a muito interessante figura a nível europeu que foi Damião de Góis.

Como todos os grandes e reconhecidos pensadores portugueses da época teve um triste fim às mãos da Santa Inquisição.

Como inesperada curiosidade para mim  encontra-se entre as obras de Damiao de Góis um ensaio dedicado ao estudo do povo Lapão e à vida na Lapónia.

Verdadeiramente... ”as malhas que o Império tece”.

Dentro de uma semana regresso para os States onde conto mais uma vez “perder-me” em viagem de automóvel nas estradas rurais do Deep South americano, Louisiana e Mississippi, onde se acaba sempre por redescobrir todo um passado que muitos julgam há muito terminado.

Será um longa e saudável pausa nas... ”com-pura-vens”!

Um abraço, 
JBelo
_____________

[Imagem  acima: Retrato de Damião de Góis (1502-1574). Fonte: Wikimedia Commons (com a devida vénia... Imagem do domínio público).

(...) "Retrato de Damião de Góis, óleo sobre tábua, talvez da autoria de Jan Gossaert (1478-1532) ou outro autor flamengo desconhecido, baseado numa gravura de Philips Galle de 1587 que, por sua vez, toma inspiração de um desenho de Albrecht Dürer realizado entre 1520 e 1521. Localização desconhecida." (...)  
]


2. Notas de leitura: Damião de Góis (1502-1574): um humanista europeu (**)
 
por José Belo


Um português que foi figura de referência do Humanismo europeu. Dotado de profundo espírito crítico e de um conhecimento verdadeiramente enciclopédico. Nasceu (em 1502) e morreu (em 1574) em Alenquer 
[onde há o Museu Damião de Góis e das Vítimas da Inquisição: vd. aqui o vídeo, disponível no You Tube,  Damião de Góis na História de Alenquer e Portugal)].

De nascimento nobre, passou dez anos da sua juventude na corte de D. Manuel I. Em 1523 foi nomeado Secretário da Casa de Comércio de Portugal em Antuérpia. Posteriormente foi encarregado de importantes missões diplomáticas e comerciais através da Europa. (1528-1531).

Em 1533 abandonou todas as funções governamentais para se dedicar exclusivamente aos seus estudos humanistas. Época em que criou fortes contactos com Martinho Lutero.

Criou também grande amizade pessoal com Desidério Erasmo que muito o veio a influenciar.

Estudou em Pádua entre 1534-1538, mudando-se depois para Lovaina por um período de seis anos

Foi feito prisioneiro aquando da invasão francesa dos Países-Baixos, mas libertado após intervenção do Rei D.João III que o chamou a Portugal.

Em 1548 foi nomeado Responsável Mor da Torre do Tombo. Dez anos mais tarde, por escolha do Cardeal D. Henrique, escreveu a crónica do Rei D. Manuel I, que termina em 1571.

Este trabalho “histórico-independente” desagradou a algumas das famílias nobres importantes que de imediato procuraram encontrar razões que o incriminassem perante a Santa Inquisição.

Os contactos com Lutero e Erasmo, a forte e sentida crítica, por escrito, ao massacre dos Cristãos Novos efectuado em Lisboa no ano de 1506 , foram aproveitados nestas incriminações.

O Cardeal D. Henrique, nas suas funções de Grande Inquisitor, critica Damião de Góis e proíbe todas as suas publicações em Portugal.

A Ordem dos Jesuítas usa a importante figura de Simão Rodrigues na acusação directa de luteranismo nas ideias de Damião de Góis.

O somatório de todas estas acusações resultou na prisão do escritor, sendo este sujeito a uma série de interrogatórios que duraram quase dois anos.

Enviado para o Mosteiro da Batalha, é posteriormente libertado para vir a morrer na sua terra natal (Alenquer) em circunstâncias rodeadas de mistério.

Damião de Góis compôs algumas obras musicais de qualidade. Possuía também importante coleção de pinturas da época.

Curiosamente, entre os ensaios de Damião de Góis encontra-se um estudo sobre o povo Lapão (Samiska Folket) e o seu modo de vida.

Tenho que admitir ter este lusitano, com mais de quarenta anos de vivências na Lapónia sueca, lido este estudo como uma verdadeira mensagem vinda… do outro lado do tempo!

As estranhas “malhas que o Império tece”!

Um abraço do JBelo


 José Belo, jurista, o nosso camarada luso-sueco, cidadão do mundo, membro da Tabanca Grande:

(i) tem repartido a sua vida agora entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e os EUA (Key West, Florida); 

(ii) foi nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia, recusando-se a jubilar-se do cargo: afinal todos os anos pela primavera, corre o boato de que a Tabanca da Lapónia morre para logo a seguir ressuscitar, como a Fénix Renascida; 

(iii) na outra vida, foi alf mil inf, CCAÇ 2391, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70); 

(iv) é cap inf ref (mas poderia e deveria ser coronel, se ele tivesse tratado da papelada a tempo) do exército português; 

(v) durante anos alimentou, no nosso blogue, a série "Da Suécia com Saudade"; tem escrito, utimamente, no blogue, sobre portugueses ilustres espalhados pelo mundo (e alguns esquecidos ou menos bem lembrados em Portugal);

(vi) tem cerca de 230 referências no nosso blogue.
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 10 de agosto de 2022 > Guiné 61/74 - P23512: Notas de leitura (1473): Eduardo Lourenço (1923-2020): afinal, quem são os portugueses, e o que significa ser português? (José Belo, Suécia)

(**) Último poste da série > 5 de setembro de  2022 > Guiné 61/74 - P23590: Notas de leitura (1489): "Panteras à solta", de Manuel Andrezo (pseudónimo literário do ten gen ref Aurélio Manuel Trindade): o diário de bordo do último comandante da 4ª CCAÇ e primeiro comandante da CCAÇ 6 (Bedanda, 1965/67): aventuras e desventuras do cap Cristo (Luís Graça) - Parte VII: A incrível história do soldado 25, cabo-verdiano, aliciado pela amante, uma "mulher do mato" de Cobumba, para cometer um acto de alta traição: tomar o quartel e matar todos os tugas...

sábado, 28 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23306: (In)citações (207): Tal como a Fénix Renascida, a Tabanca da Lapónia afinal não morreu: continua lá no seu sítio, "de neve e gelo" e com "pão e vinho sobre a mesa" para os amigos, e os cães (e as renas) atrelados ao trenó (José Belo, régulo vitalício)



1. Mensagem de Joseph Belo

José Belo, jurista, o nosso luso-sueco, cidadão do mundo, membro da Tabanca Grande, (i) tem repartido a sua vida agora entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e os EUA (Key West, Florida; (ii) foi  nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia, recusando-se a jubilar-se do cargo: afinal todos os anos pela primavera, corre o boato de que a Tabanca da Lapónia morre para logo a seguir ressuscitar, como a Fénix Renascida (*); (iii) na outra vida, foi alf mil inf, CCAÇ 2391, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70); (iv) é cap inf ref do exército português; (v) durante anos alimentou, no nosso blogue, a série "Da Suécia com Saudade"; (vi) tem cerca de 220 referências no nosso blogue.

Data - sexta, 27/05/2022, 18:23 
Assunto - Subjetividades

Caro Luís

Espero que os problemas de saúde estejam todos sob controle.

Tive a oportunidade de efectuar mais uma leitura atenta aos textos de Francisco Baptista publicados no blogue. Leitura que “obrigou” a escrever algumas linhas sobre as descrições e valores tradicionais que d’elas,com tanta genuinidade , emanam.

Vou enviar-te uma carta aberta ao Escritor que aprendi a admirar. 
Um abraço do J. Belo (**)


PS - Tive a oportunidade de, literalmente no minuto antes das zero,  anular a venda da casa da Lapónia. Mais uma vez (!) tive que me render ao facto de as vivências, recordações e exotismos serem demasiado importantes para um tal encerrar de capítulo.

Daí, continuar a Tabanca da Lapónia,  não “de pedra e cal” mas de neve e gelo Árctico como anteriormente. Os passeios em trenó de cães, ou de renas, continuam à disposição dos Amigos que por lá apareçam, assim como o “pão e vinho sobre a mesa “.

Os mais friorentos encontrarão “daiquiris sobre a mesa” em Key West/Florida.
Bem Vindos!
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Notas do editor:

(*) Vd. postes de:


(**) Último poste da série > 18 de maio de2022 > Guiné 61/74 - P23275: (In)citações (206): Maria Ivone Reis (1940-2022), a primeira enfermeira paraquedista que eu conheci, em 1967, no Porto (Rosa Serra)

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Guiné 61/74 - P23166: (Ex)citações (406): Mudo-me, de vez, depois da Páscoa, para Key-West, Florida, EUA: foi um privilégio poder contactar, através do nosso blogue, camaradas que não conhecia, alguns dos quais se tornaram amigos (José Belo, régulo vitalício da Tabanca da Lapónia)


José Belo, jurista, o nosso luso-sueco, cidadão do mundo, membro da Tabanca Grande, repartia, até agora. a sua vida entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e os EUA (Key West, Florida; (ii) foi nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia, agora jubilado; (iii) na outra vida, foi alf mil inf, CCAÇ 2391, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70); (iv) é cap inf ref do exército português; (v) durante anos alimentou, no nosso blogue, a série "Da Suécia com Saudade"; (vi) tem cerca de 220 referências no nosso blogue.


1. Mensagem do Joseph Belo:

Data - quarta, 13/04/2022, 23:31   
Assunto - O último pombo-correio... congelado

Este é o último pombo-correio desde o extremo do extremo Norte da Escandinávia.

Depois da Páscoa,  a mudança para o outro lado do Atlântico é definitiva, passando o meu “centro operacional “ a ser a minha casa de Key West onde estarei à disposição de Amigos e Camaradas.

Mantenho o meu apartamento em Estocolmo para visitas “turísticas” à Suécia.

Foi um privilégio ter tido a oportunidade de, através do teu blogue, ter tido a oportunidade de contactar com Camaradas da Guiné. Alguns dos quais, não os conhecendo a
nteriormente, se tornaram Amigos.

Um grande abraço com votos, para Ti e Família, de uma Feliz Páscoa. 
J. Brelo


2. Comentário do editor LG:

Publico a tua mensagem, por entender que não é pessoal, nem sequer uma despedida. É apenas um Olá, Mudas-te para Key West, onde já tinhas casa, mas agora a título definitivo: afinal, é nos EUA que tens a tua família, filhos e netos, e os negócios da família. Fico com a ideia que a Lapónia fica agora ainda mais longe, mas tu serás sempre, até ao fim dos teus e nossos dias, o nosso mítico régulo da mítica Tabanca da Lapónia. E passas a ter o raro privilégio de acumular o cargo: também já tinhas sido investido do alto cargo de régulo da Tabanca de Key West, Florida. (Não indico a morada nem a localização GPS por causa dos mísseis balísticos que andam para aí meio perdidos ou desnorteados, nunca sabendo nós quando é que algum nos pode cair no prato da sopa.)

Permite-me só fazer uma correção: o blogue que te aproximou dos camaradas da Guiné, e onde fizeste amigos, não é meu, é teu, é nosso... E continuará a ser nosso, enquanto todos nós quisermos. Haja saúde e paz e algum patacão para pagar o aluguer... e alimentar o "bicho".

Daqui da Tabanca de Candoz, desejo-te o melhor para a tua "nova vida". E espero poder continuar a contar com a tua colaboração. Em vez de pombos-correios congelados, vais-nos mandar agora uns inofensivos aligatores... Boa viagem até Kew West.  E nunca percas a ponta do fio de Ariadne que começaste a tecer em terras lusas... Um alfabraço. Doce Páscoa para ti e os teus. Luís
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Nota do editor:

terça-feira, 12 de abril de 2022

Guiné 61/74 - P23161: (Ex)citações (405): A Lapónia (ou "Sápmi") que muitos lusitanos desconhecem... (José Belo, Suécia)


Mapa da Lapónia (na língua local, "Sápmi"), um vasto território, que inclui o Círculo Polar Ártico, e que vai da Noruega à Rússia, passando pela Suécia e a Finlândia.



Lapónia: um aeroporto servido pela SAS - Scandinavian Airlines



José Belo, jurista, o nosso luso-sueco, cidadão do mundo, membro da Tabanca Grande, reparte a sua vida entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e os EUA (Key West, Nova Orleans...); (ii) foi nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia, agora jubilado; (iii) na outra vida, foi alf mil inf, CCAÇ 2391, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70); (iv) é cap inf ref do exército português; (v) durante anos alimentou, no nosso blogue, a série "Da Suécia com Saudade"; (vi) tem cerca de 220 referências no nosso blogue.



1. Mensagem de Joseph Belo:

Data - domingo, 10/04/2022, 13:40



Assunto - Os mistérios profundos do Círculo Polar Árctico



Nos últimos 10 anos tem havido um aumento muito considerável de turistas interessados pela vastíssima área da Lapónia, seja ela a sueca, norueguesa ou finlandesa.

De um tipo de turismo anteriormente centrado nas visitas, por parte de famílias com crianças, à casa do Pai Natal ou a exóticas deslocações em trenós de cães ou renas, passou-se a um turismo mais diversificado.

Desde as Auroras Boreais do Inverno,às semanas de 24 horas do Sol da Meia-noite, até aos  modernos e muito confortáveis “safaris”.

Nestes, os turistas são transportados de helicóptero para acampamentos pré-colocados nas melhores zonas de pesca e caça que é verdadeiramente abundante!

O turismo e o artesanato estão hoje intimamente ligados. O artesanato escandinavo, e especialmente o da Lapónia, é reconhecido pela qualidade dos materiais, originalidade e bom gosto.



Lapónia; faca típica


Surgem novas oportunidades de negócios vantajosos proporcionadas pelos visitantes. Um dos artefactos mais procurado são as facas de mato com lâmina de aço de primeiríssima qualidade e cabo e bainha feitos de corno de rena altamente trabalhado.

Os turistas pagam desde mil euros pelas mais simples até cinco mil euros (ou mais) pelas de originalidade superior. E vendem-se até esgotar!

Um “Chico esperto “ local lembrou-se de moer cornos de rena num fino pó branco. Colocá-lo em pequenos e bonitos frascos de cristal embrulhados em macia pela de rena e……vendê-los aos turistas como produto natural que aumenta a potência sexual!

Na descrição que acompanha o produto afirma-se (falsamente) que este tipo de pó é usado na Lapónia desde tempos imemoriais….com bons resultados nos quarenta e tal graus negativos dos invernos locais. Bom reclame tendo em conta as condições “envolventes “!

Os vendedores locais riem-se à gargalhada com o oportunismo do negócio e do muito dinheiro que têm vindo a render ao “Chico-esperto” inventor.

Curiosamente o produto é muito popular entre os numerosos grupos de turistas asiáticos que cada vez são mais frequentes por aqui.

Um abraço.

J. Belo (*)

PS - E,inesperadamente,surge uma possível, e muito vantajosa, troca comercial entre os “Pós” do Círculo Polar Árctico e as”Penas Amarelas” dos perus asiáticos referidos pelo Amigo, Camarada e Poeta Graça de Abreu em texto anterior (*)
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sábado, 26 de junho de 2021

Guiné 61/74 - P22317: Tabancas da Tabanca Grande (6): O régulo vitalício, José Belo, da sempre saudosa Tabanda da Lapónia, de regresso de Key West, traz-nos uma história da espionagem russa e sueca durante a guerra fria, em 1982, ao tempo ainda de Olof Palm

1. Mensagem de José Belo que acaba de ultrapassar as duas centenas de referências no nosso blogue... 

Para quem não sabe, ele foi (e continua a ser) um "Maioral", ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2381 (Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70) e é hoje cap inf ref do Exército Português... 

Temos  um especial carinho por ele por ser o único exemplar que conhecemos, vivo, de uma espécie que nunca chegou a existir ou que pura e simplesmemte  desapareceu há muito: os luso-lapões... A ser verdade que ele é um exemplar único, então é porque é ou foi "desenhado" como um protótipo... Se  o não fosse, hoje seria coronel de infantaria reformado e andaria pela linha do Estoril a mostrar as mazelas e as sequelas de guerras passadas... Felizmente para ele a Pátria / Mátria / Fátria mandou-o para longe... ou não fez nada para o trazer de volta... Vive na Suécia há 4 décadas. Mas nunca se sabe por onde pára...

Por acaso, soubemos, pelo blogue da Tabanca do Centro, em poste de 14 junho último, que o José Belo tinha acabado de regressar "depois de uma muito interessante estadia em Key West, Florida,  com muito jazz e não só".... E esclareceu: "Voltei à Suécia para participar num encontro de antigos juristas de Direito Internacional tanto americanos como suecos"... Coisa que poucos sabem, ele é também jurista, especializado nesta área, a do direito internacional...

Há dias fez "prova de vida" (, como convém nas nossas idades...), perante a Tabanca Grande,  e veio relembrar-nos então um episódio, já esquecido por todos nós,  de um grave incidente, ocorrido em outubro de 1982, há quase 40 anos, com um submarino atómico russo que "encalhou" em águas territoriais suecas. Era então primeiro ministro Olof Palme (1982-1986) (já o tinha sido em 1969-1976). 

Como é sabido, a Suécia é uma país neutral ... com uma relação especial com a NATO (a que não pertence nem nunca pertenceu). O que não a impediu de ser uma potência regional, crítica da política externa imperialista tanto dos EUA como a URSS.

Porque todos fomos filhos e vítimas da "guerra fria" que opôs uma metade do mundo contra outra metade, faz-nos bem recordar estas histórias de modo a aumentarmos a nossa capacidade de resistência e resiliênca face à guerra, a todas as guerras, frias ou quentes (de que Deus nos livre!).  Bem vistas as coisas, a nossa geração nasceu e viveu, uma grande parte da sua vida, em plena guerra fria, o período de grande tensão geopolítica que opôs dois blocos militares, a NATO e o Pacto de Varsóvia, durante quase meio sécul0, de 1947 a 1991 (, ano da dissolução da URSS). Houve alturas, gravíssiamas, em que estivemos quase à beira da III Guerra Mundial.

Em suma, bem vindo de regresso a casa, Zé Belo! (LG)

 
Date: terça, 22/06/2021 à(s) 11:44
Subject: Ainda a espionagem russa e sueca durante a guerra fria 


Durante um considerável período de tempo os soviéticos usaram os seus submarinos estacionados no Báltico para tentar infiltrações nas numerosas defesas marítimas suecas.

Tendo em conta existirem numerosos arquipélagos ao longo das costas suecas (só o arquipélago de Estocolmo é formado por mais de 40 mil(!) ilhas ) esta tarefa de defesa é complicada.

Os incidentes eram frequentes e levavam ao uso de cargas de profundidade  por parte da marinha sueca.
Um caso extremo sucedeu a 27 de Outubro 1981.

O submarino soviético U-137 encalhou nuns rochedos junto de Thorhamnkär, na entrada do estreito que conduz à maior e mais secreta base naval sueca de grande importância estratégica.
Esta base está rodeada de um vasto perímetro de segurança onde é proibida a estadia de cidadãos não suecos.

Dispõe de profundos túneis cavados na rocha onde tanto barcos como instalações de radar e artilharia de costa se encontram resguardados.

O submarino, navegando à superfície aproveitando condições meteorológicas extremas, conseguiu infiltrar-se até cerca de dois mil metros da base na altura em que  encalhou. Dispunha de modernos  mísseis de carga atómica.

De imediato, e temendo represálias aquando do regresso à União Soviética, o comandante do submarino e grande parte da tripulação pediram exílio político às autoridades suecas.

O primeiro ministro sueco na altura era Olof Palme (1927-1987) que de imediato procurou soluções políticas para o incidente. Os soviéticos no entanto não aceitaram negociar.

Apresentaram um ultimato de muito curto prazo no qual exigiam a devolução do submarino com a totalidade da tripulação. Caso tal não viesse a suceder no prazo estipulado,  eles viriam buscar o submarino usando todos os meios para tal necessários.

Ao mesmo tempo em que grande parte da esquadra soviética do Báltico estacionava no limite das águas territoriais suecas precisamente frente à base naval. Os suecos deslocaram reforços marítimos, aéreos  e terrestres para a zona.

Veementemente aconselhados internacionacionalmente, acabaram por aceitar o ultimato rebocando o submarino, com a totalidade da tripulação, até junto da armada soviética.

Como seria de esperar, aquando do regresso à União Soviética, a história terminou "menos bem" para o Comandante e alguns membros da tripulação.

E incidentes mútuos continuam nos nossos dias com uma Rússia pós-soviética.

Um abraço, J. Belo
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Nota do editor:

Último poste da série > 30  de maiode 2021 > Guiné 61/74 - P22239: Tabancas da Tabanca Grande (5): Convívio de 4 tabancas (Sra da Graça, Matosinhos, Candoz e Atira-te ao Mar) na terra das 3 pontes, Peso da Régua

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Guiné 61/74 - P22146: Tabancas da Tabanca Grande (3): Morreu a Tabanca da Lapónia, viva a Tabanca da Lapónia!... A notícia da sua morte foi manifestamente exagerada.


Na Suécia o Estado tem o monopólio da venda de álcool, mas o luso-lapão José Belo tem o alambique de cobre mais lindo do município de Kiruna e arredores, na "colónia" sueca da Lapónia...



Suécia > Lapónia > Algures no município de Kiruna > "A minha alegre casinha", diz o Zé Belo... E o outro Belo, que  não é parente, e infelizmente já pertence ao "clube dos poetas mortos", acrescenta: "Sem casas näo haveria ruas / as ruas por onde passamos pelos outros / mas e principalmente onde passamos por nós". (Ruy Belo: Todos os poemas, Lisboa, Assírio e Alvim, 2000). [Ler aqui o poema
completo, "Oh as casas as casas as casas".]

Fotos (e legendas): © José Belo (2020). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. É a mais insólita das Tabancas da Tabanca Grande (*). É a tabanca de um homem só, e uma das mais longínquas... Está a cerca de 5 mil quilómetros de distância da Tabanca Grande, o mesmo é dizer, da capital do Reino de Portugal e dos Algarves... Seguramente, a mais setentrional: fica no círculo polar ártico. 

Nenhum de nós, a começar pelos nossos editores, a conhece, a não ser de belas fotografias e de textos inspiradores. Mas temos convites para aparecer por lá... de preferência em junho, época em que suecos e lapões, colonizadores e colonizados, são os povos mais felizes do mundo, dizem os sociólogos da felicidade e do turismo... 

Ou melhor, diz a Vânia Romão, brasileira, a viver na Suécia (, vou para lá estudar psicologia, imaginem!), autora do blogue, criado em 2011, "Diário de um Teimosa: dicas de Estocolmo e da vida na Suécia"... (Mas será que ela alguma vez foi à Tabanca da Lapónia ? Duvido, e muito menos provado o vodca do luso-lapão Zé Belo, a 94%, depois de redestilado 4 vezes no alambique de cobre mais lindo do município de Kiruna e arredores...)

É tabanca de um homem só, mas generoso e solidário, que está aqui connosco desde que entrou pela nossa Tabanca Grande sem pedir licença a ninguém há uns 12 anos atrás, ou não fosse ele um "Maioral", ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2381 (Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70) e hoje cap inf ref do Exército Português...

Há dias o régulo
, que tem dupla nacionalidade, deixou-nos um  lacónico recado: 

(...) A já muito longa série "Da Suécia com Saudade" chegou ao fim da picada. Mudo-me com 'armas e bagagens' para a minha casa de Key West [, Florida, EUA], apesar de manter casa também em Estocolmo para viagens nostálgicas às...raìzes.

Espero ter de algum modo contribuído para um maior conhecimento entre Lusitanos desta realidade exótica situada no extremo de extremo norte europeu que é a Lapónia." (...)


2. A mensagem deixou alguns dos meus leitores,  mais assíduos, algo surpresos e intrigados. Houve comentários à decisão de "time out" (vê foto ao lado) e de mudança de ares, ao fim de metade de um vida passada naquelas paragens :


(i) Editor Luís Graça:

(...) Percebo que queiras estar mais próximo dos teus filhos e netos...E só posso desejar-te muita saúde e longa vida em Key West onde resto tens casa há muito...

Vamos mesmo pôr um ponto final na série "Da Suécia com saudade" ? Se sim, temos que pensar numa nova série...Porque tu vais continuar a escrever no nosso blogue... E quanto à Tabanca da Lapónia ? Para nós, continuarás a ser o régulo da Tabanca Lapónia, não de pedra e cal, mas de madeira e gelo. Por outras palavras, és insubstituível, inamovível, vitalício... Claro que vamos ter saudades das tuas saudades. 

Morreu a Tabanca da Lapónia, viva a Tabanca de Key West!

Fica bem e que lá sejas feliz, pararaseando um poema do nosso Ruy Belo. Que a felicidade é onde a gente a põe, mas a maior parte de nós nunca a põe onde está... Venho de almoçar da Tabanca do Atira-te ao Mar e de deleitar-me com as nossas musiquinhas (com cavaquinho, bandolim, viola, voz...), celebrando a vida, a saúde, o desconfinamento, a amizade, a camaradagem (*).

Se um dia voltares à Pátria / Mátria / Fátria que te foi Madrasta, seja em viagem de negócios ou simplesmente para rever as tuas raízes lusitanas, tens já uma convite para vir aqui comer uns marisquinhos do Mar do Cerro e beber uns vinhinhos brancos com aromes atlânticos da regão da tua avó (que era de Torres Vedras)...(...)


(ii) Hélder Sousa:

(...) Tudo na vida tem um fim, sabemos. Mas custa pensar nisso e, principalmente, antever isso.

Pergunto-me o que pensarão ou dirão as tuas renas. E os teus cães. E os ursos que, sabemos, te visitavam de tempos a tempos. E os passarocos, que apresentaste não faz muito tempo.

Também li que embora vás privilegiar Key West, não vais descurar Estocolmo "para viagens nostálgicas...às raízes". Direi raízes "suecas", mas também faltam as "lusitanas", verdade?
E as renas? As renas, que tanta companhia te fizeram "em tempos de solidão"! (...)


(iii) Francisco Baptista:

(...) Estejas onde estiveres nunca te esqueças do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné e continua a mandar os teus lindos Bilhetes Postais . A beleza, o exotismo , as tradições, os costumes da tua Lapónia têm-nos dado mais conhecimentos e emoção estética. Em Key West ou em Estocolmo não te irão faltar histórias para nos contares com a tua humanidade e ironia.

Sinto alguma pena de termos deixado de ter um representante português num território tão vasto , que faz sonhar os meninos e encanta os mais velhos como a Lapónia.(...)

(iv) José Teixeira:

(...) Caro comandante, mudar de poiso não implica mudar de camisola. Essa tem de continuar vestida para aconchegar o coração de português que vive dentro de ti. É uma ordem do teu "dotor" de Mampatá, dos bons tempos que ali passamos em franco convívio com a população. Tal como lá fizeste falta, também aqui no Blogue de todos nós, fazes falta. Desde sempre me habituaste a mudar de poiso e apareceres quando e onde não contávamos contigo. Ainda te lembras quando apareceste em Mampatá de helicóptero e foste recebido em festa pelos teus homens e pelas bajudas mais lindas da Guiné? (...)


3. Mas, face a tantas manifestações de "carinho", o régulo da Tabanca escreveu, inesperada e respeitosamente mas também no seu estilo muito próprio, "já muito assuecado", a seguinte mensagem em 19 do corrente:

(...) "Alto e paira o baile!"..."Auguenta" os cavalos! Ou, como a ordem de comando dos militares brasileiros quanto ao...marcar passo: "Faz qui anda má näo anda!"

A luta vai continuar também.... na Lapónia! (...)


E logo  Hélder Sousa, arguto e certeiro, pegou na deixa:

(...) É por estas (e por outras) que o J. Belo será imprescindível nestas páginas. Pelo fino humor. Pela elegante capacidade de superiormente reagir às provocações que de quando em vez lhe fazem. Pela diversidade dos elementos que nos trás, sejam apontamentos de folclore, da fauna, da flora, dos locais onde está.

E as recordações dos tempos da "aventura africana"? Também bastante úteis. Na resposta que me deu indica a certo passo a propósito da "raízes", que "por outro lado não podemos esquecer que para respirar, criar, reproduzir e renovar, os campos necessitam de ser limpos de raízes velhas, certamente profundas mas....aperreadas."

Claro que concordo mas também não nos podemos esquecer que deverá existir um "processo histórico" e que, desse modo, o que somos hoje é o resultado das opções que tomámos ontem e as de hoje determinarão, em larga medida, o amanhã. Por isso é que acho que, por mais dura que seja a edificação do futuro sobre o passado, conforme referido no poema de Ruy Belo, isso acaba por muito "natural" (...)



4. Depois de "outras despedidas", mais ou menos  intermitentes, ao longo destes anos, o José Belo tinha reaparecido e decido, em plena pandemia de Covid-19, "reabrir a Tabanca da Lapónia, agora ao povo" (***). 

E, de resto, com toda a propriedade, já que estamos, é conveniente lembrá-lo, num país que tem um regime monárquico, se bem que constitucionalíssimo, ou seja, como dizia a propaganda no tempo do amado Oloff Palme (1927-1986), o melhor da monarquia, da democracia, do socialismo, do capitalismo e de outros "ismos", como feminismo, ambientalismo e... colonialismo!... 

Afinal, não é, por acaso,  que para os outros povos escandinavos..., a Suécia  é ou foi historicamente uma espécie de "Big Brother", tal como a Espanha em relação a Portugal...

Daí o comentário do nosso editor Luís Graça, na véspera do 25 de Abril de 2021 (****):

(...) Morreu a Tabanca da Lapónia, viva a Tabanca da Lapónia!... Claro que a notícia da sua morte, recebida a alguns milhares de quilómetros de distância, foi manifestamente exagerada... E depois a verdade que, na Tabanca Grande, a mãe de todas as tabancas, não recebemos em devido tempo a certidão de óbito, passada pelo competente facultativo...

Obrigado, José Belo, por continuares firme no teu posto, quer faça sol ou chuva, vento, cacimbo, neve ou granizo... Que tenhas um bom dia 25 de Abril, para o qual também deste o teu contributo...Aliás, todos nós, que na Guiné soubemos fazer, ao longo do tempo, a guerra e a paz... (*)



O José Belo tem 200 referências no nosso blogue!... E espero que ainda chegue a outro tanto, o que será bom sinal para todos/as, que queremos celebar o quarto de século do blogue, em 1929, daqui a oito anos... (Hoje estou muito otimista, cono se vê!)... 

De qualquer modo, o José Belo, régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia estará sempre, aqui, "em casa", bendito por amigos, amigas e camaradas (M/F)...LG

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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 25 de abril de 2021 > Guiné 61/74 - P22137: Tabancas da Tabanca Grande (2): Tabanca do Atira-te ao Mar - Parte II: Quem canta (e toca) seu mal espanta (ou troca...)

(**) Vd. poste de 17 de abril de 2021 > Guiné 61/74 - P22111: Da Suécia com saudade (90): o fim da picada... ou um certo fim desta picada!... Morreu a Tabanca da Lapónia, viva a Tabanca de Key West, Flórida, EUA (José Belo)

(***) Vd. 16 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20655: Da Suécia com saudade (63): reabrindo a Tabanca da Lapónia, agora ao povo... (José Belo)

(****) Vd. poste de 24 de abril de 2021 > Guiné 61/74 - P22135: 17.º aniversário do nosso blogue (3): Para muitos, e já lá vão décadas, [este Blogue] tornou-se um indispensável ponto de encontro (José Belo, ex-Alf Mil da CCAÇ 2391, Ingoré, Buba. Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70)