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terça-feira, 14 de outubro de 2025

Guiné 61/74 - P27316: Viagens à Guiné-Bissau: Amizade e Solidariedade (Armando Oliveira e Ricardo Abreu) (3): Vila de Fulacunda (Aníbal Silva, ex-Fur Mil Vagomestre)

1. Em mensagem de 13 de Outubro de 2025, Aníbal José Soares da Silva, ex-Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483 / BCAV 2867 (Nova Sintra e Tite, 1969/70), enviou-nos a terceira reportagem das "Viagens à Guiné-Bissau: Amizade e Solidariedade", levadas a efeito pelos nossos camaradas Armando Oliveira e Ricardo Abreu.


VIAGENS À GUINÉ BISSAU: AMIZADE E SOLIDARIEADE

Na viagem à Guiné Bissau de 2017, depois da visita à Missão Católica de Tite, os camaradas Armando Oliveira e Ricardo Abreu rumaram a Fulacunda, onde entregaram medicamentos no Centro de Saúde Victoriano Costa e outras dádivas à população, com quem confraternizaram longamente.


III - VILA DE FULACUNDA

Fulacunda é um sector da região administrativa do Quinara, na área sul da Guiné-Bissau, com 917,3 Km2 e uma população aproximada de 1300 habitantes.
A área circundante de Fulacunda abriga o Parque Natural das Lagoas de Cufada, constituído pelas lagoas de Biorna, Bedasse e a própria Cufada, sendo um importante santuário da vida selvagem da Guiné-Bissau.

Situa-se entre os dois grandes rios da região, o Rio Grande de Buba e o Rio Corubal e representa a maior reserva de água doce da Guiné-Bissau. Na zona do Parque existem 36 tabancas onde vivem cerca de 3500 pessoas, pertencentes a diversas etnias, designadamente Beafadas, Balantas, Fulas e Mandingas.

Lagoa de Cufada

RUMO A FULACUNDA
Partida de Tite em veículo da Missão conduzido por uma freira e com o Armando pronto a fazer a reportagem
Entrada em Fulacunda
Centro de Saúde Victoriano Costa
Freira da Missão de Tite em visita à enfermaria
Ricardo e Armando na entrega de medicamentos, conteúdo de duas malas
Outras dádivas para além dos medicamentos
O Ricardo cumprimenta o Malan, ex-militar e deficiente das Forças Armadas
Com o ex-guia de Fulacunda (62 a 74) Francisco Mamadu Mané
Juventude Fulacundense

EDIFICADO MILITAR AO ABANDONO
Secretaria
Messe de Oficiais
Cantina e refeitório
Messe de Sargentos
Sala de: convívio, aulas e ténis de mesa

EDIFICADO DA POPULAÇÃO
Fontanário
Edifício onde o administrador (civil) recebia os Fulacundenses que lhe iam apresentar problemas e o pedido de resolução dos mesmos.
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Nota do editor

Último post da série de 7 de outubro de 2025 > Guiné 61/74 - P27292: Viagens à Guiné-Bissau: Amizade e Solidariedade (Armando Oliveira e Ricardo Abreu) (2): As hortas do Ricardo Abreu (Aníbal Silva, ex-Fur Mil Vagomestre)

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Guiné 61/74 - P27292: Viagens à Guiné-Bissau: Amizade e Solidariedade (Armando Oliveira e Ricardo Abreu) (2): As hortas do Ricardo Abreu (Aníbal Silva, ex-Fur Mil Vagomestre)

1. Em mensagem de 30 de Setembro de 2025, o nosso camarada Aníbal José Soares da Silva, ex-Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483 / BCAV 2867 (Nova Sintra e Tite, 1969/70), enviou-nos mais um trabalho referente às viagens de amizade e solidariedade à Guiné-Bissau.


VIAGENS À GUINÉ BISSAU: AMIZADE E SOLIDARIEADE

II - AS HORTAS DO RICARDO ABREU

O Ricardo Abreu, ex-militar, sapador de minas e armadilhas da CCS do BART 6520/72, tem um orgulho enorme nos produtos da terra, que cultiva na sua horta e quintal, situada na freguesia de Canidelo-Gaia.

Nas seis viagens que já fez à Guiné (1999 a 2024), como não podia tratar do seu quintal e para não perder o hábito, abriu uma sucursal na Guiné e criou duas hortas. Uma em Tite, junto à estrada que vai para Bissássema, onde ensina os jovens da escola da Missão Católica a fazer sementeiras e a cultivar hortaliças, que depois são consumidas na cozinha da Missão. A outra localiza-se em Bissau nas imediações do Restaurante Machado, propriedade da D. Teresa (foto 4), a quem presta o mesmo voluntariado que em Tite. Em cada viagem que faz à Guiné, o Ricardo leva novas sementes para renovar o stock.

Comparando as fotografias, as de Bissau tiradas no ano 2010 e as de Tite em 2024, verifica-se que a horta desta última é mais modesta que a da D. Teresa de Bissau.

É pena que o rio Geba não possa contribuir com as algas que o Ricardo costuma utilizar para adubar as suas terras, em Canidelo-Gaia, de modo a aumentar a produção e qualidade dos produtos semeados em Tite.

O Ricardo e as suas algas

HORTA DE BISSAU

HORTA DE TITE
(continua)
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Nota do autor

Último post da série de 30 de setembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27272: Viagens à Guiné-Bissau: Amizade e Solidariedade (Armando Oliveira e Ricardo Abreu) (1): Missão Católica e Hospital de Tite (Aníbal Silva, ex-Fur Mil Vagomestre)

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Guiné 61/74 - P27133: Efemérides (465): 21 de Julho, Dia da Arma de Cavalaria, comemorado em 1970, em Nova Sintra, com rabanadas (Aníbal José da Silva, ex-Fur Mil Vagomestre)


1. Em mensagem de 24 de Julho de 2025, o nosso camarada Aníbal José Soares da Silva, ex-Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483 / BCAV 2867 (Nova Sintra e Tite, 1969/70), enviou-nos uma efeméride do dia 21 de Julho de 1970, Dia da Arma de Cavalaria, passado em Nova Sintra.


O 21 de JULHO – DIA DA ARMA DE CAVALARIA e as RABANADAS, têm algo em comum?

Aparentemente não, mas será conveniente ler o texto que se segue.

Prestei serviço militar na Guiné de 01 de Março de 1969 a 22 de Dezembro de 1970, integrado numa Companhia de Cavalaria, a 2483, denominada por Cavaleiros de Nova Sintra, que pertencia ao BCAV 2867, sediado em Tite.

O dia 21 de Julho de 1970 foi passado no mato, em Nova Sintra, dia esse que esteve efetivamente ligado às rabanadas. Isto porque no reabastecimento mensal de géneros frescos, os tais que só davam para três dias, sobraram algumas dúzias de ovos, poucas, que não davam sequer para meio ovo por militar numa refeição. Para que os ovos fossem repartidos igualmente por todos (uma companhia tem mais ou menos 160 homens), resolvi mandar fazer rabanadas e desta forma comemorar a data festiva do Dia da Cavalaria, tanto mais que eu fazia nesse dia 24 anos.

O padeiro, o José Manuel Bicho teve um trabalho extra ao fazer o pão, tipo cacete e os homens da cozinha o Gonçalves e o Gonzaga, auxiliados pelos seus ajudantes deram início à “Operação Rabanada”. As fatias de pão estiveram de molho em vinho tinto, como convém e depois for embebidas em ovo batido. Na cozinha ao ar livre, iniciou-se a fritura das ditas.

Deviam ser umas três da tarde e o pessoal juntou-se à volta das fritadeiras e não arredou pé, lambendo os lábios com o cheiro da iguaria.

Mas de repente tudo mudou. Os rapazes do PAIGC vieram participar na festa, dando inicío a uma flagelação ao quartel, a uma hora não muito habitual, porque era no final do dia que costumavam visitar-nos. Ouvidos os primeiros tiros da célebre arma automática, por todos conhecida por “costureirinha”, pois tinha um matraquear parecido com uma máquina de costura, bem como o som caractrístico da saída das granades de morteito e do canhão sem recuo, disparadas longe do arame farpado, os esfomeados bateram em retirada procurando refúgio nos abrigos e nas valas onde, por vezes, resultava equimoses na cabeça e uns arranhões nos braços.

Na ânsia da fuga, o pessoal bateu com as pernas nas compridas pegas das fritadeiras, tombando-as, originando que o petisco caísse no pó do chão de terra da cozinha. Durante a flagelação ouviam-se as granadas das armas pesadas do PAIGC a silvar o céu, cruzando o aquartelamento, indo cair e rebentar com estrondo lá para os lados da bolanha. Contrariamente a outras flagelações desta vez não acertaram no alvo. Foi um susto que durou perto de dez minutos, não tendo havido feridos ou danos materiais.

Passda a tempestade veio a bonança com a malta a regressar ao local do crime (junto das fritadeiras). Só que rabanadas limpas e comestívéis havia poucas, porque a grande maioria ficou polvilhada de pó de terra, parecendo canela e até esmagadas devido à debandada. Mas ainda assim os mais gulosos e corajosos pegaram as rabanadas do chão e com todo o cuidado tiraram a terra envolvente e com meio dúzia de sopradelas, passaram a ter um petisco delicioso, sempre acompanhado por uma ou mais garrafas de cerveja de 0,66.

Terminada a festa foi tempo de tomar banho e aguardar as cinco da tarde para o jantar. Findo este, o pessoal ficou na conversa, próximos dos abrigos, prontos para o que desse e viesse, por vezes sob o magnífico luar africano, contando anedotas e discutindo os jogos de futebol, ou escrevendo à família, aos amigos, à namorada ou madrinha de guerra. Também, por vezes, ansiosos aguardavam o regresso dos camaradas que haviam saído para um patrulhamento.

Como curiosidade refiro que o Dia da Cavalaria, a nível de Batalhão foi celebrado em Jabadá, onde se encontravam os camaradas da CCAV 2484, os Dragões de Jabadá.

Aníbal Silva

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Nota do editor

Último post da série de 4 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27087: Efemérides (464): 4 de agosto de 1969, o "adeus às armas", ou o dia em que o T/T Uíge apitou.... seis vezes, antes de zarpar (Virgílio Teixeia, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAQÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Guiné 61/74 - P27114: Blogpoesia (806): Versejar em Nova Sintra - 3: "Nova Sintra", pelo Cap Fonseca e Silva da CCS/BCAV 2867 (Aníbal José da Silva, ex-Fur Mil Alimentação)

Vista aérea de Nova Sintra

1. Em mensagem de 1 de Julho de 2025, o nosso camarada Aníbal José Soares da Silva, ex-Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483 / BCAV 2867 (Nova Sintra e Tite, 1969/70), enviou-nos alguns versos alusivos a Nova Sintra.
Publicamos hoje "Nova Sintra", da autoria do (então) Capitão Fonseca e Silva da Companhia de Comando e Serviços do BCAV 2483.



VERSEJAR EM NOVA SINTRA - 3

NOVA SINTRA

Em largo de areia e terra,
No meio de mata cerrada,
Vivem homens em buracos
Na corrida do tempo passado!

Fazendo dum sorriso
Uma boa e larga anedota!
Fazendo duma palavra dada
Conversa para dias e anos!

Em casa de chapa e tronco
Vivem homens de olhos encovados,
Sempre os mesmos, meses e meses,
Na amizade sã dos deserdados.

Olhando outros em local farto
De quartos limpos em parede caiada,
Não olham com inveja ou enfado,
Mantêm a noção de camarada!

Na singeleza destas quadras
Vai o amor de um poeta pelintra
Que sentiu o que outra devia sentir
Em terras de Nova Sintra.

Autor
Capitão Fonseca e Silva


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Breve história sobre a razão de ser destes versos

O Capitão Fonseca e Silva foi o Comandante da CCS do meu Batalhão, o BCAV 2867, que esteve sediado em Tite nos anos 69/70.
Por divergências havidas com o Comandante do Batalhão, Tenente Coronel Trinité Rosa, o Capitão como castigo ou punição foi desterrado durante duas semanas para o quartel de Nova Sintra. Pela leitura das duas últimas quadras conclui-se que os versos lhe são dirigidos.
De referir que o Comandante do Batalhão nunca passou qualquer noite em Nova Sintra, bem como o Capitão de Operações do Batalhão, o médico e até o Padre. O único que lá esteve durante uma semana foi o 2.º Comandante, o Major Martins Ferreira.

Aníbal Silva
Arcozelo/Gaia 01 de Julho de 2025

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Nota do editor

Último post da série de 5 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27093: Blogpoesia (805): Versejar em Nova Sintra - 2: "Despedida de Nova Sintra", por Manuel Gouveia de Oliveira, Soldado Atirador (Aníbal José da Silva, ex-Fur Mil Alimentação)

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Guiné 61/74 - P27093: Blogpoesia (805): Versejar em Nova Sintra - 2: "Despedida de Nova Sintra", por Manuel Gouveia de Oliveira, Soldado Atirador (Aníbal José da Silva, ex-Fur Mil Alimentação)


1. Em mensagem de 1 de Julho de 2025, o nosso camarada Aníbal José Soares da Silva, ex-Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483 / BCAV 2867 (Nova Sintra e Tite, 1969/70), enviou-nos alguns versos alusivos a Nova Sintra.
Publicamos hoje a "Despedida de Nova Sintra" da autoria do Soldado Atirador Manuel Gouveia de Oliveira, o "Xabregas".



VERSEJAR EM NOVA SINTRA - 2

Não me recordo de haver muitos militares a fazer versos e a havê-los não os davam a conhecer.
Eventualmente enviavam as suas “obras” à mãe, à esposa, à namorada, ou à madrinha de guerra.

Mas recordo com muita saudade o amigo Xabregas, sempre bem disposto e risonho, soldado atirador de Cavalaria de seu nome completo Manuel Gouveia de Oliveira que, sobre qualquer tema ou pretexto, repentinamente fazias as suas quadras. De várias que ele compôs, partilho com os camaradas do blogue, as duas únicas que tive a oportunidade de guardar.



DESPEDIDA DE NOVA SINTRA

Dezassete chegam bem para quem tem
Esta missão cumprida
Por isso eu digo agora chegou a hora
De merecermos a partida

Vamos todos pra Bissau, que já não é mau
E dormir
descansadinhos
Vamos entregar a farda camufleda
Porque já somos velhinhos

Adeus Nova Sintra, nunca mais quero voltar
Saudade são meus desejos
Mas tu não leves a mal.

Adeus Bissau, também não quero voltar
Quero ir para a mimha terra
Quando a missão terminar.

Marchando na escuridão, em paliçadas
Em qualquer operação
Sempre unidos e velozes as nossas vozes
Nunca disseram que não

Adeus Nova Sintra
Colunas a S. João
Adeus Mata do Jorge
Uanadim e Brandão


Autor
Manuel Gouveia de Oliveira
Soldado Atirador de Cavalaria
CCAV 2483

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Nota do editor

Último post da série de 29 de julho de 2025 > Guiné 61/74 - P27068: Blogpoesia (804): Versejar em Nova Sintra - 1: "Marcha de Nova Sintra", por Manuel Gouveia de Oliveira, Soldado Atirador (Aníbal José da Silva, ex-Fur Mil Alimentação)

terça-feira, 29 de julho de 2025

Guiné 61/74 - P27068: Blogpoesia (804): Versejar em Nova Sintra - 1: "Marcha de Nova Sintra", por Manuel Gouveia de Oliveira, Soldado Atirador (Aníbal José da Silva, ex-Fur Mil Alimentação)


1. Em mensagem de 1 de Julho de 2025, o nosso camarada Aníbal José Soares da Silva, ex-Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483 / BCAV 2867 (Nova Sintra e Tite, 1969/70), enviou-nos alguns versos alusivos a Nova Sintra.
Publicamos hoje a "Marcha de Nova Sintra" da autoria do Soldado Atirador Manuel Gouveia de Oliveira, o "Xabregas".



VERSEJAR EM NOVA SINTRA - 1

Não me recordo de haver muitos militares a fazer versos e a havê-los não os davam a conhecer.
Eventualmente enviavam as suas “obras” à mãe, à esposa, à namorada, ou à madrinha de guerra.

Mas recordo com muita saudade o amigo Xabregas, sempre bem disposto e risonho, soldado atirador de Cavalaria de seu nome completo Manuel Gouveia de Oliveira que, sobre qualquer tema ou pretexto, repentinamente fazias as suas quadras. De várias que ele compôs, partilho com os camaradas do blogue, as duas únicas que tive a oportunidade de guardar.


MARCHA DE NOVA SINTRA

Defendemos Nova Sintra
Com muito orgulho e altivez
Pertencemos à companhia
Que é, a dois quatro oitenta e três

Aqui vai Nova Sintra
Que vai a Tite pra dar nas vistas
Andam por aqui e além
À procura dos terroristas

Terroristas venham cá
Que nós estamos à vossa espera
Agora não são catanas
Nós temos armas da nova era

Terroristas, Terroristas
Nova Sintra está cá
Se precisarem de ajuda
Nós iremos a Jabadá

Defendemos Nova Sintra
Com muito orgulho e presunção
Pertencemos à Companhia
Que é a melhor do Batalhão

Viva a nossa Companhia
Que é a melhor do Batalhão
Viva o nosso Homem Grande
Que é o nosso CAPITÃO


Autor
Manuel Gouveia de Oliveira
Soldado Atirador de Cavalaria
CCAV 2483

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Nota do editor

Último post da série de 21 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26602: Blogpoesia (803): No Dia Mundial da Poesia: "A Noite Mundial da Poesia", por Adão Cruz, ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 1547 / BCAÇ 1887 (Canquelifá e Bigene, 1966/68)

terça-feira, 17 de junho de 2025

Guiné 61/74 - P26930: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (16): Para recordar; Quadro de Honra; Feridos em combate e Outros que serão sempre lembrados

CCAV 2483 / BCAV 2867 - CAVALEIROS DE NOVA SINTRA
GUINÉ, 1969/70


VIVÊNCIAS EM NOVA SINTRA

POR ANÍBAL JOSÉ DA SILVA


49 - PARA RECORDAR

A amizade entre todos era forte e sincera, que ainda hoje perdura. Mas dada a maior convivência destaco:

- Furriel Jardim, um bom amigo, conversador e conselheiro.
- Furriel Lima e Furriel Oliveira Miranda, os irmãos metralha, sempre pegados como o cão e o gato, mas bons amigos.
- Furriel Baeta, autêntico computador à época, grande memória pois sabia de cor algumas dezenas de números mecanográficos. Passados vinte anos num convívio perguntei-lhe se sabia o meu, tendo respondido de pronto 06026567 e é mesmo.
- Furriel Bettencourt, mais do que enfermeiro foi o médico que nunca tivemos.
- Furriel Brito, o nosso fotógrafo e DJ no quarto de Tite.
- Soldado Xabregas, espirituoso e sempre bem disposto e o poeta que escreveu a letra da marcha de Nova Sintra que começava assim:

Defendemos Nova Sintra
com muito orgulho e altivez
pertencemos à companhias
que é a dois quatro oitem e três
Furs Mil Jardim e Aníbal
Furs Mil Aníbal e Brito
Furs Mil Baeta e Miranda
Cap Bernardo; Lima; Ludovico; Aníbal e Lopes
Capitão Bernardo
Furs Mil Aníbal e Bettencourt

Obviamente não posso deixar de referir o capitão Bernardo, o nosso chefe, amigo de toda a gente, grande condutor de homens, cuja perda prematura foi muito sentida. Jamais esquecerei uma das suas palavras de ordem “à falta de meios avança a imaginação


50 - QUADRO DE HONRA

****** Aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando ******

24 de Julho de 1969 - Soldado José Pedroso de Almeida
24 de Julho de 1969 - Soldado Adelino Sousa Santos
04 de Agosto de 1969 - Soldado Domingos Conceição Verdades Ventinhas
17 de Novembro 1969 - 1.º Cabo José Maria Lomba
17 de Novembro 1969 - Soldado António Abrantes do Couto


51 - FERIDOS EM COMBATE

Cap Cav - Joaquim Manuel Correia Bernardo, em 11/07/69
Fur Mil - José Joaquim Oliveira Miranda, em 24/07/69
Fur Mil - Aníbal José Soares da Silva, em 04/08/69
Fur Mil - Fernando José Barriga Vieira, em 17/11/69
1.º Cabo - Manuel João
Soldado - Isidoro Soares Machado
Soldado - Gabriel Matias dos Santos, em 17/11/69
Soldado - António Augusto Soares Poupada, em 17/11/69
Soldado - Leonel Jorge Pascoal Germano, em 17/11/69
Soldado - Joaquim Marques Batista, em 17/11/69
Soldado - José Maria Silva Soares



52 - OUTROS QUE SERÃO SEMPRE LEMBRADOS

E que entretanto faleceram, após o regresso a casa:

1.º Sargento Josué Júlio Monteiro Ludovico
2.º Sargento José Fidalgo Canaveira
Fur Mil Alberto Augusto Ramos P. Azevedo
Fur Mil José Santos Moreira
Fur Mil Jorge Manuel Frazão Damaso
1.º Cabo Artur Oliveira Soares
1.º Cabo Gregório João Revés
1.º Cabo José Correia
1.º Cabo José Manuel Chambrinho Braz
1.º Cabo Rogélio Carlos Cipriano
1.º Cabo Sérgio Alves Pereira
Soldado Amândio Alves Amaral
Soldado António Francisco Soares
Soldado António Jesus Garcia
Soldado António Augusto Fernandes Poupada
Soldado Carlos Alberto Neves Lourenço
Soldado Fernando Jacinto da Silva
Soldado Gustavo Liz Castro
Soldado João Henrique Martins Boleto
Soldado Joaquim Marques Batista
Soldado José Augusto Batista Rodrigues
Soldado José Guerreiro Estevans
Soldado José Joaquim Alves Cruz
Soldado Leonel Jorge Pascoal Germano
Soldado Manuel Gouveia de Oliveira (Xabregas)

ARCOZELO – GAIA, 01 de JUNHO DE 2020


(FIM)
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Nota do editor

Vd. posts da série de:


4 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26551: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (1) Formação do BCAV 2867 - Partida para a Guiné e Chegada a Bissau

11 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26573: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (2): Partida para Nova Sintra - Chegada a Nova Sintra - Em Nova Sintra

18 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26595: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (3): A Alimentação

25 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26615: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (4): Cantina - Encontros em Bissau e Entretenimento

1 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26636: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (5): Jogos de futebol e voleibol - Natal e Fim de Ano de 1969 e Hotel Miramar e Pensão Xantra

8 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26664: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (6): Pelotão de Caçadores Nativos 56 - Primeira vez debaixo de fogo e Emboscada virtual

15 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26692: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (7): Coluna de Reabastecimento a S. João - Coluna a S. João em 08/12/69 e Colunas de reabastecimento a Lala

22 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26714: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (8): O gerador; O bezerro; Os cães e a raiva; As botas trocadas; As abelhas e As rolas

29 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26743: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (9): Messe de sargentos; O Correio; A Enfermagem; As Transmissões e A Ferrugem

6 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26770: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (10): Os grandes azares; Insensatez; O ronco; Caso do Furriel Moreira e Chuveiro do abrigo dos Morteiros

13 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26796: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (11): Uma jóia de criança; A Tombó; Abutres e pelicanos e As larvas de asa branca

20 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26820: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (12): O meu acidente

27 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26852: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (13): Comissão liquidatária e Esferográficas Parker

3 de junho de 2025 > Guiné 61/74 - P26878: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (14): Tite, Quarto dos Furriéis e Últimos dias em Bissau
e
10 de junho de 2025 > Guiné 61/74 - P26904: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (15): A despedida do Quartel de Brá e o Regresso