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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24426: In Memoriam (480): Carlos Nuno Carronda Rodrigues (1948-2023), ex-alf mil, CCAÇ 6 (Bedanda, 1970/72), cor inf ref... Passa a integrar a título póstumo a Tabanca Grande, sob o n.º 876


Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > Carlos Nuno Carronda Rodrigues, cor inf 'cmd'  (1948 - 2023).  

Foto (e legenda): © Manuel Resende (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

Guiné > Região de Tombali > Bedanda  CCAÇ 6 (ex-4ª CCAÇ) (1964/74) > Guião das "Onças"  cuja lema era  "Aut vincere aut morire" [Vencer ou morrer].

Foto: © Amaral Bernardo (2011). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

 Carlos Nuno Ca

Mealhada > Pedrulha > Restaurante "A Portagem" > 9 de junho de 2012 > 2 .º Encontro Nacional "Onças Negras de Bedanda",  CCAÇ 6 > Uma foto histórica: da esquerda para a direita, o ex-cap inf  Aurélio Manuel Trindade (hoje ten gen ref), o último cmdt da 4.ª CCAÇ e o primeiro da CCAÇ 6 (1965/67), o Lassano, o Rui Santos, Amará e ex-alf mil Carronda Rodrigues (cor cmd ref).

Foto (e legenda: © António Teixeira, "Tony" (2012). Todos os direitos reservados. [ Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Amadora >  Venda Nova > Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 >  Almoço de Natal dos bedandenses do sul, com homenagem ao  Tony Teixeira  (António Henriques Campos Teixeira, 1948-2013) > Em primeiro plano, o cor Carronda Rodrigues. (que andou a pisar a bolanhas de Bedanda como alferes miliciano) e a esposa a Manuela Carronda Rodrigues.

Foto: © Manuel Lema Santos (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, com a ajuda  do Hugo Moura Ferreira]

Oeiras > Algés > 21 de julho de 2016 > Restaurante Caravela de Ouro> 26.º convívio da Magnífica Tabanca da Linha > Caras conhecidas: Carlos Carronda Rodrigues, cor ref  e esposa Manuela (Alguerião)

Foto: © Manuel Resende (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 

Tabanca da Linha > 34.º Almoço-convívio > Algés > Restaurante "Caravela de Ouro" > 16 de novembro de 2017 > 73 camaradas e amigos/as compareceram à chamada e desta vez bateu-se o recorde de inscrições e presenças... A localização do restaurante (Algés) e a ementa (cabrito no forno...) também ajudaram. Na foto, o Carlos Carronda Rodrigues, cor cmd ref, e a esposa., Manuela. O casal vive em Algueirão.

Fotos (e legendas): © Manuel Resende (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Morreu no passado dia 21, o nosso camarada Carlos Nuno Carronda Rodrigues, ex-alf mil, da CCAÇ 6, "Onças   Negras", Bedanda, 1970/72, cor cmd ref (*). Tinha 75 anos.

Sobre ele escreveu, ontem, na página do Facebook da Magnífica Tabanca da Linha, o Manuel Resende,  respetivo régulo e administrador:

(...) O Sr. Coronel Carronda Rodrigues foi quem colocou a medalha de ex-Combatente ao Diniz Souza e Faro, numa cerimónia em Comandos de Carregueira.

Já nos conhecíamos dos convívios, e fiquei muito satisfeito quando ele, sabendo que eu estava a filmar, me veio dar um grande abraço. São coisas que não podemos esquecer.

O Sr. Coronel Carronda Rodrigues veio a 11 convívios da Magnífica Tabanca da Linha, e sua esposa D. Manuela participou em 6 com o marido.

O 1.º Convívio em que o Sr. Coronel participou foi o n.º 22 em Oitavos, em 19-11-2015. O 1.º em que a D. Manuela o acompanhou foi o n.º 24 em 17-03-2016 em Oitavos. O último em que a esposa o acompanhou foi o n.º 34 em Caravela de Ouro em 16-11-2016.

O último convívio do Sr. Coronel foi o n.º 44 em 25-07-2019 em Caravela de Ouro – Algés. (...)

(Negritos nossos: editor LG)

2. Mais elementos, segundo nota biográfica disponibilizada pelos nossos camaradas do portal UTW - Dos Veteranos da Guerra do Ultramar

(i) nasceu em 2 de maio de  1948,  em Castelo Branco;

(ii) Foi mobilizado para o CTIG, de 15 de janeiro de 1970, como alf mil,  em rendição individual, para a  CCAÇ 6 (Bedanda, 1970/72);
 
(iii) em 1 de setembro de 1973, foi  colocado na Escola Prática de Infantaria (EPI, Mafra)  como tenente QEO (Quadro Especial de Oficiais);

(iv) em 26 de setembro de 1974 foi transferido para o BCmds 11, Amadora;

(v) em 12 de Maio de 1975 foi promovido a capitão ‘comando’ do Regimento de Comandos, Amadora;

(vi) no período 1993-1995, foi promovido sucessivamente a major e tenente-coronel no Regimento de Infantaria de Angra do Heroísmo.

(vii) em 2005, alcançou o posto de coronel de infantaria, do Quadro Especial de Oficiais (QEO) Infantaria ‘Comando’, sendo cmdt da Unidade de Apoio da Área Militar Amadora-Sintra;

(viii) em 3 de maio de 2009, na situação de reserva, cessa funções na Comissão para o Estudo das Campanhas de África (CECA) da Direcção de História e Cultura Militar (DHCM) do Estado-Maior do Exército (EME).


3. Como nos lembra o Virgínio Briote  (poste P4014, de 11 de março de 2009),  o cor cmd Carronda Rodrigues foi o coautor (juntamenmte com o cor cmd José Castelo Glória Alves e o cor cmd Horácio Silva Ferreira) do 14.º Volume (Comandos), Tomo I (Grupos iniciais), da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), Edição do Estado-Maior do Exército / Comissão para o Estudo das Campanhas de África, Lisboa, 20009.

Em resumo: Carronda Rodrigues não só foi combatente na Guiné, um "onça negra", como participou nas nossas tertúlias e convívios, e deu, ainda, um valioso contributo para a preservação e divulgação das nossas memórias... 

Por todas estas razões, e sob minha proposta, o camarada Carronda Rodrigues passa integrar, a título póstumo, a Tabanca Grande, sob o n.º 876 (**), seguindo-se à Inês Allen. Infelizmente não temos ainda nenhuma foto dele no CTIG. À viúva, a nossa amiga Manuela, com quem convivemos na Tabanca da Linha, e demais família, apresentamos as condolências da Tabanca Grande.
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Notas do editor:

(*) Último poste da série >  11 de junho de 2023 > Guiné 61/74 - P24389: In Memoriam (479): António Branquinho (1947-2023), ex-fur mil, Pel Caç Nat 63 (Fá e Missirá, set/69 - out/71)... Nosso tabanqueiro desde 24/9/2010, era irmão do advogado e escritor Alberto Branquinho, também ele membro da nossa Tabanca Grande

(**) Último poste da série > 1 de maio de 2023 > Guiné 61/74 - P24275: Tabanca Grande (549): As "fotos da praxe" do cor inf ref Mário Arada Pinheiro, que completou 90 anos em 12/12/2022... Foi 2.º cmdt do BCAÇ 2930 (Catió, 1971/73) e Cmdt do Comando Geral de Milícias (1973)

Vd. também poste de 27 de abril de 2023 > Guiné 61/74 - P24259: Tabanca Grande (548): Inês Allen, senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar n.º 875... Voltou a Empada, 17 anos depois, para cumprir a última vontade do pai, Xico Allen, entregar ao clube de futebol local, "Os Metralhas", o emblema da divisa da CCAÇ 3566 (Empada e Catió, 1972/74)

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24401: Louvores e condecorações (14): Ordem da Liberdade, Grande Oficial, para o antigo cap QEO Humberto Trigo de Bordalo Xavier, cmdt da CCAÇ 12 (e também da CCAÇ 14, e antes da CART 3359)

Insígnia da Ordem da Liberdade.
Imagem: Cortesia de
Wikimedia Commons 



1. Por Alvará n.º 12/2023, de 24 de abril de 2023, da Presidência da República, Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas, publicado no  Diário da República  n.º 80/2023, II Série, de 2023-04-24, pág. 23, foi agraciado com a Ordem da Liberdade, Grande-Oficial, o major (na reforma) Humberto Trigo de Bordalo Xavier. 

A Ordem da Liberdade, criada em 1976,  destina-se a "distinguir serviços relevantes prestados em defesa dos valores da Civilização, em prol da dignificação da Pessoa Humana e à causa da Liberdade".

 O antigo cap QEO Humberto Trigo Bordalo Xavier começou por ser o comandante da CArt 3359 
Jumbembém, 1971/73), do BART 3844, "Bravos e Sempre Leais" (Farim, 1971/73. Foi depois substituído pelo cap mil inf Francisco Luís Olay da Silva Dias. (QEO é a sigla de Quadro Especial de Oficiais, criado em 1969.)

Foi igualmente, neste período, o 3.º comandante, por ordem cronológica, da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74):

  • Cap Inf Carlos Alberto Machado de Brito
  • Cap Inf Celestino Ferreira da Costa
  • Cap QEO Humberto Trigo de Bordalo Xavier
  • Cap Mil Inf José António de Campos Simão
  • Cap Mil Inf Celestino Marques de Jesus

Mas também comandou a CCAÇ 14:
  • Cap Inf José Luís de Sousa Ferreira
  • Cap Inf José Augusto da Costa Abreu Dias
  • Cap QEO Humberto Trigo de Bordalo Xavier
  • Cap Inf José Clementino Pais
  • Cap Inf Mário José Fernandes Jorge Rodrigues
  • Cap Inf Vítor da Silva e Sousa
  • Alf Mil Inf Silvino Octávio Rosa Santos
  • Cap Art Vítor Manuel Barata
Fonte: CECA, 7.° Volume, Fichas das Unidades, Tomo II, Guiné, 1ª edição, Lisboa, 2002.


2. Sabemos pouco da ação do cap QEO no TO da Guiné.  Natural de Lamego, e tendo frequentado o Curso de Operações Especiais, como oficial miliciano, passou ao quadro de complemento. Continua  a viver em Lamego, mas está infelizmente muito surdo, o que dificulta ao máximo a interação com ele. Alguns dos nossos tabanqueiros, como os antigos "rangers" Eduardo Magalhães Ribeiro e Joaquim Mexia Alves, são alguns amigos ele.

Sabemos que os graduados e especialistas metropolitanos da CCAÇ 12, da chamada 2.ª geração (Bambadinca, 1971/72) tinham (e continuam a ter) uma estima muito especial por este oficial...  É recorrente referirem o seu nome nos convívios anuais (como aconteceu recentemente em Coimbra, no passado dia 27 de maio). Infelizmente há poucas referências (uma meia dúzia) ao seu nome, aqui no blogue. Aguardamos o envio de algumas fotos dele, por parte do Eduardo Magalhães Ribeiro e do Joaquim Mexia Alves.

Recordo aqui o elogio do cap QEO Bordalo Xavier feito pelo saudoso do Victor Alves (1949-2916), que foi fur mil SAM na CCAÇ 12 (Bambadinca, 1971/73) (**)  

(...) Amigo Luís, conforme informámos (...), lá realizámos o nosso habitual encontro (...) o 34.º. Tem causado algum espanto, o facto de se ter começado a realizar, tão cedo, os nossos encontros...

Foram vários os factores que contribuiram para isso. Porém, o grande causador disso terá sido a vinda, para a CCAÇ 12, do Cap Humberto Trigo Bordalo Xavier, oriundo das Operações Especiais, e amigo pessoal de Spínola.

Ele soube muito bem provocar uma aglutinação e consequentemente uma união entre todos, ao ponto de estabelecer uma messe e bar para todos os militares da companhia oriundos da metrópole, sem distinção de posto...

Foi, na minha óptica, eata a principal razão da nossa união. Eu, por exemplo, como vagomestre e sempre que havia uma operação, por exemplo com saída às 4 da manhã, lá estava a dar pequeno almoço, pão quente e café à rapaziada que seguia. Assim como, mal regressassem, por exemplo, às 3 da tarde, tinham sempre a refeição com meio frango ou meio bife com acompanhamento à sua espera...

Foi isso que o Capitão pediu e foi isso que se fez. É evidente, dentro dos limites da guerra. Com fomos todos em rendição individual, nem sempre nos encontros conseguimos reunir todos, alguns já faleceram, outros emigraram e outros não vão porque... não.

Este ano conseguimos trazer mais duas presenças novas o que foi maravilhoso, foram eles o cabo radiotelegrafista Andrade, de Caldas da Rainha, e o cabo cripto Simões, de Lisboa. Isto quer dizer que não nos víamos há 37 anos, portanto foi muito bom.(...)

 

3. Também dele fala, com entusiasmo, o Joaquim Mexia Alves, ex-alf mil op esp, que esteve na Guiné, entre dezembro de 1971 e dezembro de 1973, tendo pertencido à CART 3492 (Xitole), ao Pel Caç Nat 52 (Mato Cão / Rio Udunduma) e à CCAÇ 15 (Mansoa). Nunca esteve sediado em Bambadinca, mas sim no Rio Udunduma e no Mato Cão, destacamentos do Sector L1 (Bambadinca); ia de vez em quando à sede do Batalhão, o BART 3873, 1972/74, a que estava adida a CCAÇ 12:


(...) A sala de que fala o Vitor Alves, frequentei-a muitas vezes, aliás, para mim era a sala que eu frequentava nas minhas visitas a Bambadinca.

O Cap Bordalo Xavier, meu particularissimo amigo, é e foi na Guiné um homem de extraordinárias relações humanas, para além de um fantástico operacional, que conseguiu uma união notável com todo o pessoal, não só da CCAÇ 12 mas de outras unidades, como o meu 52.

Reside em Lamego, é major, obviamente na reserva, e é a alma da Associação de Operações Especiais. Infelizmente há muito que não contacto com ele, mas quero fazê-lo brevemente.

Retenho na memória, há uns anos em Monte Real, eu estava ao fim da tarde a jogar ténis no campo à frente do Hotel das Termas e vejo para um carro e dele sair uma pessoa que me pareceu o Cap Bordalo.

Achei que não podia ser, mas roído pela curiosidade pedi desculpa ao meu parceiro e fui perguntar ao porteiro do Hotel quem era a pessoa que tinha chegado. A resposta deu como certa a minha suposição. Não o via desde a Guiné.

Imediatamente pedi ao porteiro que ligasse para o quarto e pedisse ao capitão para vir à rcepção por um motivo qualquer. Quando nos vimos, literalmente num abraço como que lhe peguei ao colo, (o Cap Bordalo Xavier é bem mais baixo do que eu, o que não é de espantar), e ficámos ali não sei quanto tempo abraçados.

O hall do Hotel estava cheio de gente que ficou muito espantada de me ver assim abraçado a um homem de barbas. Foi dos encontros mais emocionantes da minha vida!!! (...) (***)

(Seleção / revisão e fixação de texto / negritos e itálicos: LG)
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