Brasão da CCAÇ 2316 / BCAÇ 2835. Cortesia do Rui Madeira e Silva
2. Resposta do nosso colaborador permanente, José Martins;
Date: terça, 6/10/2020 à(s) 15:35
Boa tarde
Acerca do solicitado, pouco mais podemos acrescentar ao que o Rui Madeira já tem.
Do Arquivo Histórico Militar já tem a relação nominal dos graduados da CCaç 2316 [, donde consta o nome do seu avô] [*)
Em UTW - Ultramar TerraWeb, tem os crachás do Batalhão e das companhias orgânicas, que já deve conhecer.
Dos livros da CECA [, Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974] pode ver, no 7º volume, tomo 11, pp. 107 a 119 a composição do comando do Batalhão e a atividade operacional, condensada [, Reproduzimos alguns excertos abaixo, da cópia em pdf, disponível na Net].
Estas são as dicas que podemos disponibilizar, utilizando o que já se encontra disponibilizado na Net.
Pode consultar o processo individual do avô, presencialmente, no Arquivo Geral do Exército, em Chelas, tendo necessidade de ter a data e local de nascimento, e o local em que foi recenseado, caso não tenha sido o local da naturalidade.
Fui contemporâneo do Celestino Madeira, uma vez que a minha CCaç 5 [, "Gatos Pretos", Canjadude, 1968/70,] estava dependente, operacionalmente, do BCAÇ 2835 [Bissau, Nova Lamego, 1968/69] .
Apesar da CCaç 2316 ser uma companhia orgânica do BCAÇ 2835, nunca esteve dependente operacionalmente dependente daquele, como se pode ver pela leitura do resumo da companhia.
Em http://ultramar.terraweb.biz/index.htm, clicar em "pesquisa no portal UTW" e colocar na página que surgir, em baixo no quadro "pesquisar", o marcador "ccac 2316", sem pontos virgulas, cedilhas, etc.
Algo mais que possa ajudar, disponham.
Abraço para todos e um abraço ao "nosso neto" Rui, já que os netos dos nossos camaradas, nossos netos são.
Zé Martins
Actividade operacional da CCAÇ 2316
Fonte: Portugal. Estado Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7º volume: fichas das unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pp. 107-110 (excertos).
3. Comentário do editor Luís Graça:
Meu caro Rui, obrigado, antes de mais, pelo elogio que faz ao nosso blogue, e pelo seu caloroso contacto, que nos obrigou a uma pesquisa adicional sobre o batalhão e a companhia a que pertenceu o seu querido avô e nosso saudoso camarada Celestino Madeira.
Temos cerca de duas de dezenas de referências à CCAÇ 2316, que passou por Bissau, Bula, Mejo, Guileje, Gadamael, Bissau, e alguns dos capitães que a comandaram, como o Joaquim Evónio Rodrigues de Vasconcelos e o [Octávio Manuel] Barbosa Henriques (***).
Como já vimos acima, o BCAÇ 2835 (Nova Lamego, 1968/69), constituido pela CCS, e pelas unidades de quadrícula, CCAÇ 2315, 2316 e 2317, teve como unidade de mobilização o RI 15, Tomar. Partiu para o TO da Guiné em 17/1/68, e regressou a 4/12/69.
O nosso colaborador permanente, José Martins que conhece bem o Arquivo Histórico.Militar, já lhe disse o essencial e já satisfez, em parte, a sua legítima curiosidade como neto. Costumamos dizer no nosso blogue, que os filhos e os netos dos nossos camaradas nossos filhos e netos são.
Ficamos muito semsibilizados pelo seu gesto. Transmita as nossas melhores saudações ao seu avô, à sua querida mãe e, a esta em particular, diga-lhe que o pai dela e os seus camaradas da CCç 2316 foram, seguramente, homens e militares que honraram a sua Pátria e estiveram em "sítios duros de roer" como, no sul da Guiné, a região de Tombali: Mejo, Gandembel, Guileje, Gadamael, Ganturé... Temos muitas referências no nosso blogue sobre estes topónimos, que foram lugares de "sangue, suor e lágrimas".
Infelizmente não dispomos, ainda, em papel ou em suporte digital a história da CCAÇ 2316. Pode ser que o Rui a consiga obter. fotocopiada, a partir do exemplar existente no Arquivo Histórico Militar.
Mas entretanto dê- nos mais dados biográficos sobre o seu avó, incluindo o ano e o local do nascimento, onde mora, o que tem feito...
Pode ser, por outro lado, que haja alguns dos seus camaradas de companhia (e até do batalhão) que tenham privado mais com ele, e que nos mandem fotos e histórias passadas com ele.
Se não achar inconveniente, divulgamos o seu nº de telemóvel para eventuais contactos dos nossos leitores. Vá-nos dando notícias. Fica aqui o seu (e nosso) apelo. (****)
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Notas do editor: