Foto: © Jorge Félix (2013). Todos os direitos reservados
Data: 9 de Janeiro de 2013 17:22
Assunto: Comentário a comentário(s) ao poste P10891 (*)
Meu Caro Luís Graça,
Vou novamente pedir a tua paciência, para dares seguimento a este mail.
...Não consegui fazer-me entender, culpa minha, desde já as minhas desculpas .
Retribuo os meus sinceros cumprimentos aos autores do livro e a ao Senhor Comandante Alpoim Calvão.
(Junto uma foto de 69 em Teixeira Pinto onde consta Rebordão de Brito, Fernando Giesteira, e eu).
Retribuo os meus sinceros cumprimentos aos autores do livro e a ao Senhor Comandante Alpoim Calvão.
(Junto uma foto de 69 em Teixeira Pinto onde consta Rebordão de Brito, Fernando Giesteira, e eu).
Sem mais.
Abraço do tamanho do Geba
Jorge Félix
_______________
Nota do editor:
Abraço do tamanho do Geba
Jorge Félix
_______________
Nota do editor:
(*) vd. poste de 3 de janeiro de 2013 > Guiné 63/74 - P10891: (Ex)citações (204): Alpoim Calvão e a Operação Nebulosa: revelações de Jorge Félix, ex-alf mil pil av heli AL III, e comentário de João Meneses, 2º ten fze, RN, DFE 21, 1972
(...) JCAS deixou um novo comentário na sua mensagem "Guiné 63/74 - P10891: (Ex)citações (204): Alpoim ...":
... no intuito de concluir o m/comentário supra (o qual pouco depois, em conjunto aos conteúdos dos vossos p10877 e p10891, fiz chegar a conhecimento do biografado), reproduzo, para benefício de todos os membros deste blogue e seus leitores, um recente email:
---«quote»---
de: guilherme alpoim calvao
para: Abreu dos Santos (senior)
data: 06Jan2013 19:43
assunto: Re: "Alpoim Calvão e a Operação Nebulosa: revelações de Jorge Félix"
Prezado Amigo, boa noite.
Sobre o comentário do Jorge Félix, tenho a dizer-lhe:
Parece que as pessoas andam com as sensibilidades exacerbadas. Não há ninguém, nos fuzileiros e na Marinha, que não teça os maiores elogios à actuação da FAP no teatro-de-operações da Guiné, incluindo dois dos autores, oficiais do quadro de fuzileiros e combatentes na Guiné!
A apresentação do episódio da Nebulosa, resume-se ao seguinte:
Necessidades operacionais obrigavam-me a estar em Bissau a uma certa hora, impossível de cumprir com o meio naval em que estava embarcado. Tomei pois a decisão de enviar msg para o CDMG pedindo que fosse contactada a FAP, para me ir pescar num banco de areia que, com o subir da maré, ficava completamente submerso e onde a Marinha tinha colocado recentemente uma marca com reflector para radar. Desembarquei imediatamente, sem esperar resposta para não perder as condições da altura da água. Entretanto a msg foi cifrada, telegrafada, recebida no CDMG, decifrada e o Comodoro entrou em contacto com o Cor. Diogo Neto, que sabia o porquê do pedido e que, pelos vistos, deu uma ordem ao Jorge Félix para me ir buscar. Como a marca não estava assinalada na carta geográfica – utilizei uma carta hidrográfica –, enquanto esperava pensei que era mais uma dificuldade para o piloto. Mas tinha a certeza que me iriam encontrar.
Agora veja os tempos: desde o meu desembarque até o pedido chegar ao Cor. Manuel Diogo Neto, 90 minutos, mais o tempo de voo e de busca, com a maré a encher, senti que tinha passado um século!!!
Quando me aproximei da marca para evitar um banho forçado, vi que já lá estava um náufrago – em crioulo, "irã ceco" –, que vulgarmente chamávamos de jibóia. Como não sou herpetólogo, provavelmente classifiquei mal o bicho, que tinha entre três ou quatro metros e, dado ser uma constritora, não me apetecia mesmo nada disputar terreno com ela! Pouco depois chegou o heli, que me pescou finalmente, como era esperado.
Saliento que estava desarmado, sem meios de comunicação, isolado, mas tinha tanta confiança na FAP que não pensei duas vezes. Sabia que haviam de me encontrar!
Tirei o 'brevet' na Guiné, tendo por instrutores o então Major Lino Miguel, por vezes o Cor. Neto ou o Orlando Amaral.
... no intuito de concluir o m/comentário supra (o qual pouco depois, em conjunto aos conteúdos dos vossos p10877 e p10891, fiz chegar a conhecimento do biografado), reproduzo, para benefício de todos os membros deste blogue e seus leitores, um recente email:
---«quote»---
de: guilherme alpoim calvao
para: Abreu dos Santos (senior)
data: 06Jan2013 19:43
assunto: Re: "Alpoim Calvão e a Operação Nebulosa: revelações de Jorge Félix"
Prezado Amigo, boa noite.
Sobre o comentário do Jorge Félix, tenho a dizer-lhe:
Parece que as pessoas andam com as sensibilidades exacerbadas. Não há ninguém, nos fuzileiros e na Marinha, que não teça os maiores elogios à actuação da FAP no teatro-de-operações da Guiné, incluindo dois dos autores, oficiais do quadro de fuzileiros e combatentes na Guiné!
A apresentação do episódio da Nebulosa, resume-se ao seguinte:
Necessidades operacionais obrigavam-me a estar em Bissau a uma certa hora, impossível de cumprir com o meio naval em que estava embarcado. Tomei pois a decisão de enviar msg para o CDMG pedindo que fosse contactada a FAP, para me ir pescar num banco de areia que, com o subir da maré, ficava completamente submerso e onde a Marinha tinha colocado recentemente uma marca com reflector para radar. Desembarquei imediatamente, sem esperar resposta para não perder as condições da altura da água. Entretanto a msg foi cifrada, telegrafada, recebida no CDMG, decifrada e o Comodoro entrou em contacto com o Cor. Diogo Neto, que sabia o porquê do pedido e que, pelos vistos, deu uma ordem ao Jorge Félix para me ir buscar. Como a marca não estava assinalada na carta geográfica – utilizei uma carta hidrográfica –, enquanto esperava pensei que era mais uma dificuldade para o piloto. Mas tinha a certeza que me iriam encontrar.
Agora veja os tempos: desde o meu desembarque até o pedido chegar ao Cor. Manuel Diogo Neto, 90 minutos, mais o tempo de voo e de busca, com a maré a encher, senti que tinha passado um século!!!
Quando me aproximei da marca para evitar um banho forçado, vi que já lá estava um náufrago – em crioulo, "irã ceco" –, que vulgarmente chamávamos de jibóia. Como não sou herpetólogo, provavelmente classifiquei mal o bicho, que tinha entre três ou quatro metros e, dado ser uma constritora, não me apetecia mesmo nada disputar terreno com ela! Pouco depois chegou o heli, que me pescou finalmente, como era esperado.
Saliento que estava desarmado, sem meios de comunicação, isolado, mas tinha tanta confiança na FAP que não pensei duas vezes. Sabia que haviam de me encontrar!
Tirei o 'brevet' na Guiné, tendo por instrutores o então Major Lino Miguel, por vezes o Cor. Neto ou o Orlando Amaral.
Já agora, agradeço ao Jorge Félix a boleia do passado e esteja certo da nossa maior consideração pela FAP, que foi o anjo guardião, dos céus dos nossos teatros-de- operações.
Melhores cumprimentos e um Abraço
G. Alpoim Calvão
---«unquote»---
______________
Melhores cumprimentos e um Abraço
G. Alpoim Calvão
---«unquote»---
______________