Manuel Lema Pires dos Santos (1942 -2025). Foto: Manuel Resende
Manuel Lema Santos, engenheiro e empresário,
ex-oficial da Reserva Naval (RN)
1º Ten RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" (Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto
Escola Naval > Cadete do 8º CEORN (1965). Nasceu em 17 se setembro de 1942, em Barrancos, Baixo Alentejo. (A partir de 1966, o CEORN passou a chamar-se CFORN - Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval)
VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012 > Manuel Lema Santos e Maria João (Massamá / Sintra)... O Manuel Lema Santos fez, antes do início do almoço, uma breve alocução, em nome da direção da AORNA - Associação dos Oficiais da Reserva Naval. Ofereceu ao nosso blogue várias publicações e uma medalha em bronze, comemorativa da fundação da AORNA, em 1995.
Foto (e legenda): © Luís Graça (2012). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
O velório será, amanhã. domingo, 16/11/2025, das 10:00 às 17.30, no Centro Funerário de Cascais, segundo depois o corpo para o Crematório de Cascais. Cremação às 18:00.(**)
Para a família, a esposa, Maria João, as duas filhas do 1o. casamento) e os dois filhos, vão os nossos votos de solidariedade na dor. Partilhámos, em vida,alguns momentos bons, quer nos encontros anuais da Tabanca Grande, em Monte Real, quer na Magnífica Tabanca da Linha, em Algés.
2. O MLS tem mais de 60 referências no nosso blogue. É um histórico da Tabanca Grande. Foi o primeiro oficial da classe de marinha que nos contactou e pediu licença para entrar na nossa caserna. (O segundo foi o Pedro Lauret, em 26/6/2006, também ele imediato da LFG Orion,embora mais tarde, em 1971/73.)

3. O Manel tinha muito orgulho no seu blogue. Disponível aqui:
Para a família, a esposa, Maria João, as duas filhas do 1o. casamento) e os dois filhos, vão os nossos votos de solidariedade na dor. Partilhámos, em vida,alguns momentos bons, quer nos encontros anuais da Tabanca Grande, em Monte Real, quer na Magnífica Tabanca da Linha, em Algés.
O casal também nos honrou com a sua participaçãoo no I Encontro Nacional da Tabanca Grande, na Ameira, em 14 de outubro de 2006.
Lisboa > Monumento aos Combatentes do Ultramar >
10 de junho de 2019 (antes da era da pandemia Covid-19)
> Manuel Lema Santos e Luís Graça.
Foto: LG (2019)
2. O MLS tem mais de 60 referências no nosso blogue. É um histórico da Tabanca Grande. Foi o primeiro oficial da classe de marinha que nos contactou e pediu licença para entrar na nossa caserna. (O segundo foi o Pedro Lauret, em 26/6/2006, também ele imediato da LFG Orion,embora mais tarde, em 1971/73.)
Também é verdade, foi o segundo, em mais de 900 membros registados, a pedir para sair, a meio da viagem, por "desconforto" em relação a alguns camaradas e alguns temas, sensíveis e sobretudo "fraturantes", como o dos desertores. Respeitámos a sua decisão, retirámos o seu nome da nossa lista de A a Z, embora continuando a trocar com ele mails, a publicar postes em seu nome e a encontrarmo-nos, nomeadamente na Magnífica Tabanca da Linha, em Algés.
A seu respeito escreveu ele, em 2006 (*):
(...) Fui apenas um entre os quase 3000 oficiais da Reserva Naval que, entre 1958 e 1982, desfilaram naquela Instituição; daqueles, cerca de um milhar terão desempenhado missões de serviço nas antigas colónias portuguesas, entre 1961 e 1975.
No meu caso, depois de um curso de seis meses na Escola Naval, a viagem de instrução de cadete e o juramento de bandeira com promoção a Aspirante (Outubro de 1965 a Maio de 1966) marcaram, em sucessão, instrução e formação, camaradagem, também crescimento.
Depois, já promovido a S osubtenente, o destacamento para uma unidade naval na Guiné, o NRP Orion - P362 (LFG - Lancha de Fiscalização Grande) onde fui oficial Imediato de Maio de 1966 a Abril de 1968; uma unidade naval de 42 metros, com 2 oficiais, 4 sargentos e 22 praças entre outras 6 idênticas (Argos, Dragão, Hidra, Lira, Cassiopeia e Sagitário).
Seguiram-se inúmeras operações, apoios à navegação (LDG, LDM, LDP, TT, embarcações e batelões) e oceanografia, escoltas, fiscalização, transportes, ataques e respostas, evacuação de feridos, prisioneiros e até transporte de agentes da PIDE. (...)
Depois de 2500 horas de navegação e dois anos decorridos, o regresso ao Continente, já como 2º tenente. Família constituída e a necessidade de completar a minha formação académica e profissional levaram-me a prorrogar, por mais algum tempo, a minha permanência na Velha Escola. Em 1972, promovido a 1º tenente, pedi a passagem à disponibilidade. (...) (*)
No meu caso, depois de um curso de seis meses na Escola Naval, a viagem de instrução de cadete e o juramento de bandeira com promoção a Aspirante (Outubro de 1965 a Maio de 1966) marcaram, em sucessão, instrução e formação, camaradagem, também crescimento.
Depois, já promovido a S osubtenente, o destacamento para uma unidade naval na Guiné, o NRP Orion - P362 (LFG - Lancha de Fiscalização Grande) onde fui oficial Imediato de Maio de 1966 a Abril de 1968; uma unidade naval de 42 metros, com 2 oficiais, 4 sargentos e 22 praças entre outras 6 idênticas (Argos, Dragão, Hidra, Lira, Cassiopeia e Sagitário).
Seguiram-se inúmeras operações, apoios à navegação (LDG, LDM, LDP, TT, embarcações e batelões) e oceanografia, escoltas, fiscalização, transportes, ataques e respostas, evacuação de feridos, prisioneiros e até transporte de agentes da PIDE. (...)
Depois de 2500 horas de navegação e dois anos decorridos, o regresso ao Continente, já como 2º tenente. Família constituída e a necessidade de completar a minha formação académica e profissional levaram-me a prorrogar, por mais algum tempo, a minha permanência na Velha Escola. Em 1972, promovido a 1º tenente, pedi a passagem à disponibilidade. (...) (*)

Autor dos blogues Reserva Naval e MLS
https://reservanaval.blogspot.com/ (de 2016 a 2025)
ou aqui, para o caso da família o descontinuar (náo sabemos qual a sua última vontade):
Tal como era muito cioso das suas fotos, que tinham a sua "marca de água".
Desse blogue dissemos:
"Sem desprimor para outras páginas sobre a nossa Marinha, esta é uma verdadeira enciclopédia, de consulta obrigatória, sobre a nossa armada, nomeadamente do tempo da guerra do ultramar / guerra colonial."
E tínhamos orgulho nesse blogue da nossa blogosfera, para mais criado por um dos nossos históricos. A história da Reserva Naval da nossa Marinha (1958-1992) é também parte da nossa história.
E tínhamos orgulho nesse blogue da nossa blogosfera, para mais criado por um dos nossos históricos. A história da Reserva Naval da nossa Marinha (1958-1992) é também parte da nossa história.
Tivemos sempre, os dois, uma relação leal e franca: nem sempre o nosso pensamento estava afinado pelo mesmo diapasão mas respeitávamo-nos mutuamente, começando por reconhecer a nossa comum condição de antigos combatentes na Guiné.
Conhecíamo-nos pessoalmente desde 2006, desde a Ameira. Além disso, éramos criadores e editores de blogues que, quer se goste ou não, são uma referência para muita gente que se interessa pela história e memória da guerra do ultramar / guerra colonial.
Uma das últimas vezes que falei com ele deixou-me transparecer alguma mágoa pela indiferença e ingratidão de que se sentia vítima, nomeadamente pelos seus pares.
Concordávamos, os dois, que era uma pecha nacional, uma das "nódoas negras" que manchavam a "farda branca" dos portugueses (fossem eles militares ou civis)...
De facto, nenhum de nós estava à espera de uma comenda mas quando se fazia, como ele, em 2022, oitenta aninhos depois de muito trabalho "pro bono", a favor dos outros camaradas (através das associações, organizações, blogues, etc.) sabia bem o reconhecimento e o apreço de quem direito, e sobretudo dos nossos pares...
De qualquer modo, o blogue "Reserva Naval" está também, em grande parte, salvaguardado com as capturas feitas pelo robô do Arquivo.pt, da FCT.
https://arquivo.pt/wayback/20210310063043/https://reservanaval.blogspot.com/
(*) Vd. poste de 21 de abril de 2006 > Guiné 63/74 - P713: Tabanca Grande: Manuel Lema Santos, 1.º tenente da Reserva Naval, ex-Imediato da NRP Orion (1966/68)
De facto, nenhum de nós estava à espera de uma comenda mas quando se fazia, como ele, em 2022, oitenta aninhos depois de muito trabalho "pro bono", a favor dos outros camaradas (através das associações, organizações, blogues, etc.) sabia bem o reconhecimento e o apreço de quem direito, e sobretudo dos nossos pares...
De qualquer modo, o blogue "Reserva Naval" está também, em grande parte, salvaguardado com as capturas feitas pelo robô do Arquivo.pt, da FCT.
https://arquivo.pt/wayback/20210310063043/https://reservanaval.blogspot.com/
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Notas do editor LG:
(*) Vd. poste de 21 de abril de 2006 > Guiné 63/74 - P713: Tabanca Grande: Manuel Lema Santos, 1.º tenente da Reserva Naval, ex-Imediato da NRP Orion (1966/68)






























