Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
sexta-feira, 11 de outubro de 2024
Guiné 61/74 - P26032: Parabéns a você (2321): Eduardo Campos, ex-1.º Cabo TRMS da CCAÇ 4540 (Bigene, Cadique e Nhacra, 1972/74) e Patrício Ribeiro, Empresário na Guiné-Bissau, ex-Fuzileiro Naval (Angola, 1969/72)
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Nota do editor
Último post da série de 10 de outubro de 2024 > Guiné 61/74 - P26028: Parabéns a você (2320): Manuel Resende, ex-Alf Mil Art da CCAÇ 2585 / BCAÇ 2884 (Jolmete, 1969/71)
quinta-feira, 27 de junho de 2024
Guiné 61/74 - P25689: Humor de caserna (68): Passa-palavra, furriel Canhão à frente! (Alberto Branquinho)
Leiria > Monte Real > Palace Hotel > 26 de Junho de 2010 > V Encontro Nacional da Tabanca Grande > Sousa de Castro, o antigo 1º cabo radiotelegrafista (CART 3494, Xime e Mansambo, 1971/74), tentando comunicar com o Eduardo Campos, ex-1º cabo trms (CCAÇ 4540, Cumeré, Bigene, Cadique, Cufar e Nhacra, 1972/74), simulando uma situação de comunicação militar, vulgaríssima, em operações no mato, com recurso ao velhinho Emissor / Receptor AVP1, o famoso"rádio-banana" (*).
Fotos (e legendas): © Sousa de Castro (201o). Todos os direitos [Edição e legendagem complementar : Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. A comunicação humana parece fácil... mas não é. É uma das principais fontes de conflito, a nível das nações, das sociedades, das organizações, dos grupos, das famílias... E, então, nas redes sociais, é que pode ser mesmo um "bico de obra"...Podemos falar todos português, a mesma "língua", o que não quer dizer a mesma "linguagem"... Em suma, muitas vezes a gente não se entende...
Comunicar (do latim, "communicare", que quer dizer "pôr em comum", "partilhar"...) é mais do que uma técnica: quem diz o quê a quem, por que meio, e com que efeitos...
A comunicação é uma "arte", uma "competência", que se tem de se aprender, praticar, desenvolver... Tem muitas subtilezas e armadilhas... Não é só o "texto", é o "contexto"...
Na tropa e na guerra, no nosso tempo, não faltaram as situações (umas trágicas, outras dramáticas, outras ainda caricatas) de incomunicação, total ou parcial. Às vezes até podia dar jeito à "tropa macaca" quando queria "acampar": por exemplo, as "transmissões não funcionavam" entre terra e ar...
2. O nosso Alberto Branquinho, no seu livro de contos "Cambança Final" (2013) tem uma dessas cenas de (in)comunicação "bem apanhadas", e que merece ser contada ...
Mais uma vez, temos o privilégio de beneficiar do seu apurado sentido de humor e do seu talento como contador de histórias (**).
Passa-palavra, furriel Canhão à frente!
por Alberto Branquinho
Durante as operações militares a comunicação, entre o capitão, comandante de uma companhia e os quatro alferes responsáveis pelos pelotões, era feita através dos chamados rádios-banana: rádios pequenos, com cerca de um palmo de comprimento e cerca de cinco centímetros de espessura, previamente sintonizados e com regulador de som. As extremidades do rádio eram ligadas por uma correia de lona, extensível, que permitia pendurá-lo do pescoço, caído sobre o peito.
No entanto, quando era necessário passar uma mensagem ou uma ordem para retaguarda da coluna, era usada a transmissão homem a homem, o chamado "passa-palavra".
Tinham sido detetadas, na frente da coluna, terras recentemente movimentadas e folhagem caída, ainda fresca. O capitão entendeu dever chamar o furriel de minas e armadilhas, com o apelido Canhão.
− Passa-palavra, o furriel Canhão à frente !− Furriel Canhão à frente...
− Furriel Canhão à frente...
E assim sucessivamente, homem a homem.
Passaram minutos e minutos. O capitão estava já impaciente, porque o furriel não vinha. Então surgiu a resposta, de trás para a frente:
− Canhão não veio...
− Canhão não veio...
− Não veio o canhão...
− Canhão ficou no quartel!...
Fonte: Alberto Branquinho - Cambança final: Guiné, guerra colonial: contos. Vírgula, Lisboa, 2013, pp. 45/46
(Título, excerto, revisão / fixação de texto, parênteses curvos, para efeitos de publicação deste poste, na série "Humor de caserna": LG) (Com a devida vénia ao autor e à editora...)
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terça-feira, 18 de junho de 2024
Guiné 61/74 - P25654: Elementos para a história do Pel Caç Nat 51 - Parte VII: Notícias do Armindo Batata e fotos do seu tempo de Cufar (1970)
Fotos (e legenda): © Armindo Batata (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
1. Mensagem de Armindo Batata (foto atual à esquerda):
As minhas desculpas por não te ter respondido de imediato como devia ter feito, mas ... sempre alguma coisa (inventada) para fazer, cumulativamente com a crescente vontade de preguiçar.
Quanto ao Pel Caç Nat 51, pouco ou nada tenho para contribuir para esse louvável movimento de recuperação de memórias. Durante umas duas dezenas de anos, ou mais, após o meu regresso da Guiné, essas memórias foram atiradas para um qualquer pego bem fundo nos confins das recordações. Felizmente que por lá ficaram.
Prometo que vou ter o cuidado de ler tudo o que se publicar referente aos tais dois anos em que por lá estive (1969 e 1970) e pode ser que alguma coisa venha à tona.
Um abraço
Acrescente-se, da nossa lavra, que nas fotos nº 56 e 64 vê-se o pau da bandeira e, na sua base, um pequeno monumento de homenagem à CART 1687 (Cachil e Cufar, 1967/69). Na foto nº 57 é visível um posto de vigia no alto de uma árvore, com uma escada de acesso. Devia ter uma bom ângulo de visão.
- Foto nº 62 > À esquerda identifica-se a pista de Cufar em terra batida, inaugurada em 1957 pelo então presidente da Republica Craveiro Lopes na sua visita à Guiné. Esta pista tinha na altura mil e novecentos metros de comprimento. No começo da pista ficava a entrada principal do aquartelamento. Ao fundo vê-se a mata de Cufar Novo, de onde foram extraídas as palmeiras para construção dos abrigos do novo aquartelamento. Do lado direito, vislumbra-se a mata de Cufar Nalu onde existia uma importante base do PAIGC e que foi tomada em 15 de naio de 1965 na operação "Razia". É bastante visível no sentido descendente a estrada para o cais do rio Manterunga.
- Foto nº 56 > É a parada com o pau de bandeira, que não consigo identificar, se é o cibe que nós lá colocamos. Ao lado direito a Capela construída pelos "Lassas" e que posteriormente por outra companhia foi transformada em armazém.
- Foto nº 64 > Parada, vendo-se ao fundo a antiga fábrica de descasque de arroz do sr. Camacho, e que em seu redor em abrigos cavados no chão era o aquartelamento que existia. De março a maio de 1965 foi um trabalho de loucos, para não sermos apanhados pelas chuvas nos buracos.
- Foto nº 65 > Esta foto foi tirada do varandim da habitação da antiga quinta e transformada em habitação e funcionamento do comando.
- Foto nº 66 > Julgo tratar-se da fachada norte do comando onde existia a tabanca dos milícias do João Bacar Jaló.
- Foto 60 > Varandim do comando, vendo-se ao fundo a casa do gerador. Na altura da CCaç 763, de permeio, existia o canil.
- Foto nº 57 e 62 > "O que a foto 57 nos mostra, tenho a certeza que já não existia, no meu tempo, pois pela sua originalidade eu jamais poderia esquecer o engenho e obra de arte que a mesma transmite."
- Foto nº 62 > É Cufar, mas quando lá cheguei em 1972 o 'aglomerado residêncial' era muito maior. Do lado esquerdo da foto, parecer ser a pista em terra (quando lá cheguei já era em alcatrão) e saída para Catió e Matofarroba. Lado direito, o que parece ser uma estrada, seria a picada que ia para o porto no rio Combijã.
- Fotos nºs 56, 64 e 65 > Recordo, aqui sem dúvidas, que são de Cufar. As restantes fotos não me recordo. Quanto a boas recordações de Cufar, direi que sim foram mesmo muitos boas: manga de ataques com foguetões (...), dois ataques de armas ligeiras ao arame, dormir numa tenda de campanha em que o colchão foi feitas de folhas de árvores e ainda alguma fominha á mistura. 40 anos depois e podendo até ser irónico, tudo isso para mim hoje, são mesmo boas recordações. As restante fotos não consigo identificar (...), mas por breves momentos voltei a Cufar, o que por si foi bom.
- Fotos nº 57, 63 e 65: Não é uma terra portuguesa, é Cufar, com certeza. Mas Portugal andou por lá. Cufar é, na Guiné o único lugar onde eu gostava de regressar. Sofri em Cufar tanta, tanta dor, coisas que não tenho vergonha de contar seja a quem for. Adiante, camarada, ávante. Sou tão português que ainda gosto de sofrer, como se está a ver.
- Na foto 63, a tabanca mais à esquerda foi a minha casinha durante uns quatro meses. Os bidons cheios de terra eram uma segurança nas flagelações, mas havia muitas valas. O poleiro alto na foto 57 já não existia em 73/74.
- Mas a capela lá estava (foto 65) e foi usada, infelizmente com demasiada frequência para guardar corpos de militares falecidos em combate, antes de vir o cangalheiro para depois seguirem de DO ou Noratlas para Bissau.
Guiné > Região de Tombali > Cufar > CART 2477 (1969/71) > O Jorge Simão, residente em São João da Madeira, foi 1º Cabo Escriturário, CART 2477, Cufar, 1969/71. Aqui junto ao edifício da secretaria... Várias companhias por aqui passaram, além da CART 2477: CCAÇ 763, CCAÇ 1621, CART 1687... Na foto de cima, uma vista aérea de Cufar...
Fotos (e legenda): © Jorge Simão (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
13 de outubro de 2012 às 21:37
Comentário do nosso leitor Henrique Reis, um "cufarense":
Feliz por estar aqui a conhecer a história duma tabanca/aldeia onde cresci (por meu pai lá ter trabalhado 5 anos pós a guerra colonial), anos e anos depois da vossa vida lá.
Vendo os vestígios da guerra colonial mas sem poder interpretar ou melhor conhecer bem a história, claro, ninguém podia nos contar. Conheço bem a pequena tabanca/aldeia de Cufar, vi os vestígios (sucatas de carros queimados logo depois do quartel e atrás a casa de gerador tínhamos sucatas de carros queimados... de balas de armas pequenas e grandes por todo e quanto é lado em Cufar, os restos do barco queimado ainda até a data está lá a ponta do barco no pequeno porto...o quartel ainda lá está). E vou lá de quando em vez visitar e prometo ainda dentro de dias poder ir visitar de novo e, se possível, vos trazer fotos daquela pequena aldeia/tabanca de Cufar que conheciam.
Meus muito obrigado à todos vocês.
"Cufarense"
Henrique Reis
8 de agosto de 2019 às 03:56
Nota do editor:
quarta-feira, 11 de outubro de 2023
Guiné 61/74 - P24744: Parabéns a você (2215): Eduardo Campos, ex-1.º Cabo TRMS da CCAÇ 4540 (Bigene, Cadique e Nhacra, 1972/74) e Patrício Ribeiro, ex-Fuzileiro Naval (Angola, 1969/72), residente na Guiné-Bissau
Nota do editor
Último poste da série de 10 de Outubro de 2023 > Guiné 61/74 - P24741: Parabéns a você (2214): Manuel Resende, ex-Alf Mil Art da CCAÇ 2585 / BCAÇ 2884 (Jolmete, 1969/71)
sexta-feira, 22 de abril de 2022
Guiné 61/74 - P23189: Memória dos lugares (440): A antiga pista de Cufar...e uma torre de vigia do tempo da CART 2477 (1969/71) (Martin Evison, Action Guinea-Bissau, Catió e Cufar)
Guiné-Bissau >Região de Tombali > Catió > Cufar > A antiga pista de Cufar, usada pela Força Aérea Portuguesa durante a guerra colonial (1961/74). Posto de sentinela do tempo da CART 2477 (Cufar, 1969/71).
Guiné > Região de Tombali > Cufar > c. 1973 > O Nordatlas na pista de Cufar... Posando junto dele o Eduardo Ferreira Campos, ex-1º Cabo Trms, CCAÇ 4540 (Cumeré, Bigene, Cadique, Cufar e Nhacra, 1972/74) (*)
Estive em Cufar na semana passada. Tenho algumas fotos da pista de pouso (sic).
Um tem um prédio marcado como CART 2477. Por favor, deixe-me saber se eu posso enviá-los para você. Martin.
3. Nova mensagem do Martin Evison, quinta, 21/04, 19:48
Olá, Luis,
Anexo algumas fotos. Há algumas mullheres na passarela secando arroz.
Tive problemas por tirar as fotos e tive que me apresentar ao comandante em Buba. Acho que também era um acampamento do exército português. A pista tem sido usada por traficantes de drogas. O exército colocou toras [, toros, em português dePortugal] na pista para controlar seu uso. Supõe-se que a recente tentativa de golpe de Estado tenha sido relacionada a drogas.
Tive o prazer de encontrar uma foto de blog mostrando a 'torre de controle' (?), com um Nord Nordatlas.
4. Depois de recebermos as fotos, perguntámos, com data de ontem, 11:53 e 14:36:
Olá, Martin, está tudo OK. Vou publicar as fotos com o teu nome. Podemos identificar o autor das fotos ? Não há problema (de segurança, por exemplo) ?
Tudo bem, você usar meu nome como autor. Seria possível incluir algumas fotos do trabalho da "Action Guinea-Bissau", uma instituição de "charity" (beneficência) em Catió e Cufar, e um link para projetos anteriores - se você acha que é apropriado? (**)
https://www.actionguineabissau.org.uk/project-gallery
(*) Vd. poste de 31 de dezembro de 2009 > Guiné 63/74 – P5569: Histórias do Eduardo Campos (2): CCAÇ 4540, 1972/74 - Somos um caso sério (Parte 2): 5 meses como operador de mensagens em Cufar
domingo, 21 de março de 2021
Guiné 61/74 - P22024: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (25): Curso, gratuito, "online", sobre "Iniciação à Prova de Vinhos": promovido pelo Turismo de Portugal, com a duração de 2,5 horas ... mas tem de ser feito até ao fim deste mês
Guiné-Bissau > Região de Gabu > Ponte Caium > Ao lado de um memorial aos mortos do 3º Gr Comb da CCAÇ 3546 (1972/74) , ainda existia em 2010, no tabuleiro da ponte, esta base de um nicho com a inscrição "Nem só de pão vive o homem. [Guiné] 72-74".
Foto (e legenda): © Eduardo Campos (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné > Região de Cacheu > São Domingos > CCS/BCAÇ 1933 > Novembro de 1968 > O alf mil SAM Virgílio Teixeira (o segundo a contar da esquerda), a ajudar a descarregar garrafões de vinho, alguns dos quais têm o rótulo do Cartaxo (presumivelmente, da Adega Cooperativa do Cartaxo).
Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
2. O que é a NAU? ...
“NAU – Ensino e Formação Online para Grandes Audiências” é um projeto online, pioneiro a nível nacional, de suporte ao ensino e formação, dirigido a grandes audiências.
(...) "É um serviço desenvolvido e gerido pela Unidade FCCN da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) que permite a criação de cursos em formato MOOC (Massive Open Online Course), ou seja, cursos abertos e acessíveis a todos, produzidos por entidades reconhecidas e relevantes na sociedade, que contam com a participação de milhares de pessoas."
Integra-se na missão (nacional) de promover: (i) o desenvolvimento digital, (ii) a inclusão e a literacia digitais, (iii) a educação e (iv) qualificação da população ativa.
3. Mas vamos ao curso, que o tempo escasseia:
Público-Alvo
Iniciação à Prova dos Vinhos é um curso promovido pelo Turismo de Portugal direcionado para profissionais do setor, estudantes e o público em geral que tenham interesse em conhecer mais sobre esta área.
Objetivos de Aprendizagem
Após a realização deste curso o formando deve ser capaz de:
1 - Descrever as etapas metodológicas do exercício de degustação;
2 - Selecionar o copo ideal e organizar a sala de prova;
3 - Explicar os principais fatores que contribuem para a correta avaliação da cor do vinho;
4 - Descrever o que são vinhos cristalinos, límpidos e turvos, estabilidade biológica;
5 - Executar os principais métodos no exame olfativo e gustativo;
6 - Descrever Potencial de persistência aromática, adstringência, causticidade e efervescência;
7 - Descrever e explicar a consistência do vinho;
8 - Aplicar a correta adequação do vinho à iguaria.
Neste curso, o promotor pretende ir muito mais além do "gosto ou não gosto", ou do
“sou como o Jacinto, tanto faz branco como tinto”, conseguindo dar resposta a perguntas como:
- Que estilo de vinho?
- Apresenta a tipicidade do seu terroir e da sua casta?
- Estará no momento ótimo para ser servido?
- Como devo servi-lo?
- A que temperatura?
- Decantar?
- Com que copo?
- Será adequado ao gosto das pessoas a quem se destina?
- Será adequado à iguaria ou ao momento?
https://www.nau.edu.pt/curso/iniciacao-a-prova-de-vinhos/
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Último poste da série 3 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P21966: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (24): arroz de lampreia à moda do Minho... e da "chef" Alice
terça-feira, 9 de fevereiro de 2021
Guiné 61/74 - P21871: Tabanca Grande (511): Albertino Ferreira, ex-alf mil at inf, CCAÇ 4540/72 (Bigene, Cadique, Nhacra, 1972/74), natural de Figueira de Castelo Rodrigo; senta-se à sombra do nosso sagrado poilão, no lugar nº 829
Data - 16:48 (há 1 hora)
Assunto - Envio de fotografias
Boa tarde
Em conformidade com o teu pedido, que agradeço, junto envio as fotografias solicitadas, em anexo, e o seguinte texto:
Albertino Nunes Ferreira, ex- Alferes Miliciano, Atirador de Infantaria, CCAÇ. 4540 - R. I. nº 15 Timar / - Guiné-Bissau, Bigene, Cadique, Nhacra., 1972/74.
Albertino Ferreira
Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas de unidade: Tomo II - Guiné - (1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002), pág. 416.
Último poste da série > 1 de fevereiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21835: Tabanca Grande (510): Aniceto Rodrigues da Silva (1947-2021), natural da Anadia, ex-sold cond auto, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71); que descanse em paz, à sombra do nosso poilão, no lugar nº 828
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Guiné 61/74 - P21490: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (77): Memoriais Militares: obrigado pelo apoio da Tabanca Grande... Mas, atenção, o que procuro são as marcas, deixadas nos diferentes territórios ultramarinos pelas unidades que por lá passaram, e não monumentos aos combatentes da guerra do ultramar, erigidos nas nossas vilas e cidades (Serra Vaz, ex-fur mil inf / op esp, CCAÇ 2335, Angola, 1968 / 70)
Fotos (e legendas): © Eduardo Campos (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
Date: quarta, 28/10/2020 à(s) 09:39
Subject: Agradecimento
Muito obrigado pelo teu E-mail, que passo em revista:
- Não tenho Facebook;
- O Ano passado fui a um almoço da Tabanca da Linha no Caravela d' Ouro [, em Algés], onde me receberam muito bem, apesar de eu não ser "tabanqueiro", eu sou "sanzaleiro".
Entretanto , o teu (ou melhor, nosso ) antigo camarada João Crisóstomo, muito simpático, já me escreveu e eu vou já responder.
Abri o link e entrei no Blog; mais uma vez obrigado pelo "apelo" que tiveste a amabilidade de fazer, em meu nome.
Mas relativamente a esta questão, acho que se calhar não me fiz nentender lá muto bem porque a matéria que eu estudo são os Memoriais Militares, ou sejam, as "Marcas", da nossa passagem por África (Cabo Verde e S. Tomé , incluídos), que nós por lá deixámos, espalhados um pouco por todo o lado, e nada tem que ver com os Monumentos de Homenagem aos Combatentes da Guerra do Utramar, erigidos em todas as vilas e cidades de Norte a Sul de Portugal.
No blog, aparece uma imagem do detalhe de um desses monumentos na Lourinhã, (por acaso, conheço bem, ) que alimenta essa confusão.
Obrigado mais uma vez, grande abraço
Serra Vaz
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domingo, 11 de outubro de 2020
Guiné 61/74 - P21439: Parabéns a você (1879): Benito Neves, ex-Fur Mil Cav da CCAV 1484 (Guiné, 1965/67), Eduardo Campos, ex-1.º Cabo TRMS da CCAÇ 4540 (Guiné, 1972/74) e Patrício Ribeiro, ex-Fuzileiro Naval (Angola, 1969/72)
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Nota do editor
Último poste da série de 10 de Outubro de 2020 > Guiné 61/74 - P21436: Parabéns a você (1878): Manuel Resende, ex-Alf Mil Art da CCAÇ 2585 (Guiné, 1969/71)
domingo, 19 de janeiro de 2020
Guiné 61/74 - P20573: Memórias boas da minha guerra (José Ferreira da Silva) (50): No dia 8 de Janeiro de 2020, o "Bando do Café Progresso" distingiu os seus Veteranos
MEMÓRIAS BOAS DA MINHA GUERRA
50 - O Bando distinguiu os seus Veteranos
Ontem, dia 8 de Janeiro, decorreu na Maia o último convívio mensal do Bando do Café Progresso - das Caldas à Guiné. Deste programa, destaca-se ainda o facto de estar a assinalar o seu 11.º Aniversário. Do Estádio do Dragão, local habitual das concentrações, seguiram os Bandalhos para o Restaurante Miramaia, após algumas fotos de grupo e de muita e saudosa “mantenha”.
Durante o almoço, o Presidente, Jotex de Cerva, fez uso da palavra e após o brilhante discurso em verso, resolveu atribuir e distribuir aos Bandalhos, importantes diplomas de reconhecimento das suas capacidades.
Foram estas as palavras de Sua Excelência:
Caros Camaradas
“Largos dias são cem anos”
O nosso Papa, em palavra sadia,
Nos quis transmitir,
Que bem cedo ou hora mais tardia,
Justiça terá que vir.
O 25 de Abril chegou,
Portugal acordou
A guerra acabou.
Justiça prometeram
Alegrias vieram
E felicidade fizeram
Porém…
O tempo passou,
A justiça tardou
O poder abusou
E a ingratidão aumentou.
Meio século mais tarde
Muitos Heróis já morreram
E muitos mais sofreram
Nesses tempos, sem alarde
Outros adoeceram
E muitos amoleceram
Neste mundo covarde.
Restam grupos de veteranos
Chamados “peste grisalha”
Que gritam de revolta
Perante tanta canalha.
Eis senão quando
Despertam em Movimento
Camaradas que, em Bando,
Clamam contentamento.
E, assim, vamos bebendo
Conversando em voz alta
Comendo e comendo
Animando toda a malta
Agora que o tempo escasseia
E a injustiça campeia
Coisas sérias urge fazer:
Vamos brincar e sorrir
Sem as consequências medir
Mas… sem medo de viver!
Hoje, quase tudo é doutor,
Diplomas proliferam.
Já esqueceram o suor
E as lágrimas “já eram.”
Do sangue derramado
Em ambiente “sagrado”
Nada ficará registado.
Do horror dos mosquitos,
E do ódio aos “chicos”,
Dos combates aflitos,
De todo o frio nos dentes,
E das saudades ardentes
E das artes marciais
E outras que tais,
Nem uma palavra mais.
E foi por estas razões,
Assumindo as competências
Que me foram outorgadas,
Sem mais tempo ou dilações
E sem outras diligências
Porventura aconselhadas
E sem mais outros trabalhos,
Atribuo aos BANDALHOS
Com muita, muita emoção:
“Diploma de… PÓS-GRADUAÇÃO”
PARABÉNS A TODOS!!!
(UNIVERSIDADE DOS HERÓIS
Veterano Jotex de Cerva, Presidente do Colégio dos Bandalhos, faz saber que graças às experiências patrióticas colhidas na luta contra calor, “chicos” e mosquitos, com saudades, sangue, suor e lágrimas, é atribuído o grau de Homem Grande ao veterano de guerra 25 de Abril de 1974)
Graças à colaboração da Câmara Municipal da Maia, o seu Departamento de Turismo destacou a sua técnica Rita Azevedo que, com extrema simpatia e profissionalismo, nos serviu de Guia na visita ao Edifício Lidador, mais conhecido pelo “Isqueiro da Maia”. A nossa paragem no 19.º andar mereceu também umas breves palavras do Eng. António da Silva Tiago, Presidente da Edilidade.
Lá no alto, apesar do tempo nubloso, foi possível captarem-se imagens deslumbrantes.
Nota do editor
Último poste da série de 15 de março de 2018 > Guiné 61/74 - P18418: Memórias boas da minha guerra (José Ferreira da Silva) (49): O "Senhor Badalhoco" foi à Escola