Guiné > Região de Tombali > Gadamael > Junho/julho de 1973 > 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612 (1972/74) > Pelotão do fur mil armas pes inf António Manuel Gonçalves... A seu lado, o Marreiros (
Luís Manuel Sintra Marreiros, que vive em Faro)... Outro camarada identificado é o D. Nunes (Duarte Rodrigues Nunes, que vive em Rio de Mouro, Sintra) (Fonte: Ficheiro de nomes e moradas da 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612, disponibilizada pelo Agostinho Gaspar)
Guiné > Região de Tombali > Gadamael > Junho/julho de 1973 > 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612 (1972/74) > Pelotão do alf mil Rocha (Joaquim da Silva Rocha, Valadares, Vila Nova de Gaia)... Outros militares identificados: Libório, Puto (?), Alexandre (será o Florêncio Alexandre Duarte, de Faro ?), Marreiros (,Luís Manuel Sintra Marreiros, que vive em Faro)... O Rocha hoje é médico, segundo informação do Agostinho.
Guiné > Região de Tombali > Gadamael > Junho/julho de 1973 > 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612 (1972/74) &g Mato em redor de Gadamael
Guiné > Região de Tombali > Gadamael > Junho/julho de 1973 > 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612 (1972/74) &g O Florêncio (Florêncio Alexandre Correia, de Faro)
Guiné > Região de Tombali > Gadamael > Junho/julho de 1973 > 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612 (1972/74) &g Instalações destruídas...Numa das pedras, lê-se: "Pelotão do Ronco", um enigma por desvendar...
Guiné > Região de Tombali > Gadamael > Junho/julho de 1973 > 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612 (1972/74) &g O Leitão (Bernardo Godinho Abranches Leitão, que vive em, Lisboa)
Guiné > Região de Tombali > Gadamael > Junho/julho de 1973 > 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612 (1972/74) &g "Rapaziada > Benjamim, o Xico (ao ombro de um camarada não identificado) e o Fernando. O Benjamin Agostinho Duarte mora no concelho do Barreiro. O Fernando não sei quem seja... Havia três, na 3ª Companhia: Fernando Correia Silva Cardoso (Lisboa). Fernando P. Azevedo Magalhães (Mem Martins, Sintra) e Fernando Tomás Ramos Gomes (Ventosa, Torres Vedras)... O Xico, esse, deve ter ficado por lá, na sua terra...
Guiné > Região de Tombali > Gadamael > Junho de 1973 > 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612 (1972/74) > O Xico, a mascote da companhia...
Fotos: © Jorge Canhão (2011). Todos os direitos reservados
1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso amigo e camarada
Jorge Canhão, que vive em Oeiras (ex-Fur Mil At Inf da 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74). Estas fotos chegaram-nos às mãos através de outro grã-tabanqueiro, o
Agostinho Gaspar, ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74), residente em Leiria. Os nossos especiais agradecimentos aos dois.(*)
Recorde-se que a 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612 (1972/74) esteve em reforço do COP 5, em Gadamael, de 18 de junho a 13 de julho de 1973. Em 31 de maio, agravava-se a situação em Gadamael-Porto, com o PAIGC a concentrar a sua artilharia sobre o aquartelamento e a tabanca (reordenada), depois da retirada da guarnição de Guileje (, em 22). (**)
Leiria > Monrte Real > Ortigosa > Quinta do Paul > 20 de junho de 2009 >
IV Encontro Nacional da Tabanca Grande > Da esquerda para a direita, o Jorge Canhão e o Agostinho Gaspar.
Foto: © Magalhães Ribeiro (2009). Todos os direitos reservados.
2. Falando hoje com o Agostinho Gaspar, fiquei a saber que o nosso querido amigo e comarada Jorge Cnhão teve no fim do ano problemas de saúde que o levaram à "faca"... Tem estado a recuperar, e ainda há dias o Agostinho falou com ele...
Soube também através do Agostinho que a estadia da 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612 (1972/74) não foi propriamente um passeio turístico... Por exemplo, e contrariamente ao que sugere a correspondência do J. Casimiro Carvalho que em 26/6/1973 escreve à mãe "Now we have peace" (Finalmente em paz), os ataques do PAIGC continuaram (*)... Por exemplo, em 2 de julho de 1973 toda a malta passou mais de 5h nas valas, período de tempo em que Gadamael sofreu um ataque cerrado (, o último grande ataque do PAIGC), obrigando à intervenção dos FIAT que eram alvejados, no outro lado da fronteira com antiaéreas quádruplas... Toda a companhia esteve em Gadamael, incluindo o Agostinho, que era mecânico...
Nessa época, o seu comandante era o cap art
José Manuel Salgado Martins, transmontano, hoje coronel na reforma, a viver nos Açores. Nunca veio a nenhum encontro da companhia, constituídio maioritariamenmte por malta do Algarve, Alentejo e Lisboa..
O Agostinho (ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas ) lembra-se de toda a malta da companhia ter regressado, de LDG, a Bissau, em 13 de julho de 1973. Na LDG iam também os páras do BCP 12. Não se lembra muito bem da malta do pelotão de artilharia, mas já em tempos encontrou um 1º cabo africano que teve como comandante o nosso camarada C. Martins, o último artilheiro de Gadamael (23º Pel Art).
Ao Agostinho, antigo chefe de oficina da Mitsubishi, em Leiria, e a viver na Boavista, Leiria, prometi fazer-lhe uma visita e irmos ao leitão da Boavista quando eu for para aqueles lados (o que já não acontece com a frequência do passado). Pedi-lhe também que me fizesse uma resenha dos dias de Gadamael, para publicação no blogue, desafio que ele aceitou. Ao Jorge, a quem já tentei ligar, desejo-lhe rápidas melhoras. LG
3. Fui repescar uma
mensagem de 20 de junho de 2007, do Jorge Canhão:
(...) Sobre a minha foto em Gadamael, não sei a data certa mas sei que foi tirada entre 26 de Junho de 73 e 1 Julho do mesmo ano.Tenho aqui mais meia dúzia tiradas lá.
O período que estive com a 121 e 123 de Páras foi de 25 de Junho de 1973 até 13 de Julho de 1973, data em que deixámos Gadamael com destino a Cacine. Foi nesse período que sofremos (a minha Companhia) o maior ataque do PAIGC, em tempo, e que durou entre 4 e 5 horas, tendo terminado após a 2ª intervenção dos Fiat G91.
Foi a primeira vez que ouvi as antiaéreas do PAIGC atacarem os aviões. Após a 2ª chegada dos Fiat e com as antiaéreas a dispararem, um dos aviões ficou a andar em círculo, enquanto o outro picava, mesmo debaixo de fogo e bombardeava o inimigo de então. Após ouvirmos grandes explosões, o ataque cessou tendo nós ficado um pouco mais descansados.
Em todo o período que estive em Gadamael, não havia electricidade e a comida era escassa, pois não passava de um prato raso com uma camada de grão e 2 ou 3 rodelas de chouriço, com uma sopa (?) e um pedaço de fruta de lata.
Sobre a electricidade: eu, que era electricista naval na vida civil, e o furriel mecânico Louceiro, montámos o gerador e juntamente com outros camarada arranjámos os fios eléctricos para que o quartel pudesse ter energia, o que de facto aconteceu, mas foi sol de pouca dura (algumas horas) pois quem mandava no aquartelamento, mandou desligar,com o argumento que o PAIGC poderia com mais facilidade obter tiro mais certeiro....Como se eles não soubessem...Enfim, no comments. (...)
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Notas do editor:
(*) Último poste da série > 4 de fevereiro de 2013 >
Guiné 63/74 - P11055: Álbum fotográfico do Jorge Canhão (ex-fur mil inf, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74) (2): Gadamael, junho/julho de 1973 (Parte II)
(**) Cronologia dos acontecimentos (seguindo o texto do jornalista e ex-oficial da Reserva Naval, antigo fuzileiro especial Serafim Lobato, Público, 28/12/2003):
(...) Após a retirada das tropas portuguesas de Guileje para Gadamael, este quartel ficou com um dispositivo de duas companhias (Caçadores 4743 e Cavalaria 8350) e ainda dois grupos da Companhia de Caçadores 3520, um pelotão de canhões sem recuo com cinco peças, um pelotão de reconhecimento, com apenas um veículo com autometralhadora White, mais um pelotão de artilharia com cinco obuses de 14 e um pelotão de milícias. Um outro pelotão de milícias estava reduzido a uma secção.
Depois do afastamento do major Coutinho e Lima, assumiu o comando do COP 5 o capitão Ferreira da Silva.
Gadamael, entre o meio-dia de 31 de Maio e o fim da tarde de 2 de Junho, esteve debaixo de fogo de armas pesadas e ligeiras continuadamente, tendo sido referenciados disparos de morteiros de 120 m/m, canhões sem recuo e lança-granadas foguete, com um número de rebentamentos estimado "em cerca de 700", conforme mensagens enviados pelo COP 5 para o quartel-general em Bissau. Os soldados tiveram cinco mortos e 14 feridos e os prejuízos materiais foram avultados.
No dia 1 de Junho, a Companhia de Caçadores 3520, de Cacine, transmitiu a seguinte mensagem: "Informo Gadamael Porto destruído. Feridos e mortos confirmados. Pessoal daquele fugiu para o mato. Solicito providências e instruções concretas acerca procedimento desta."
De imediato, Bissau determinou que tropas pára-quedistas, que se encontravam em Cufar [, subsetor de Guidaje], seguissem para Gadamael.
Ao final do dia 1 de Junho, uma mensagem vinda de Gadamael referia que, apesar da debandada, um grupo de tropas ainda se mantinha no quartel, mas que "centro cripto tinha sido destruído". A mensagem especificava ainda que "aquartelamento estava parcialmente destruído", com transmissões "deficientes" e que a "rede de arame [farpado] fora destruída parcialmente" e terminava com um apelo lancinante:
"situação gravíssima".
A 2 de Junho, Bissau mandava mais uma companhia de pára-quedistas de reforço, juntamente com um pelotão de artilharia com obuses de 14 cm. O comando do COP 5 passou para o major pára-quedista Pessoa.
Entretanto, nesse dia, a companhia de Cacine mudava de comando, que era atribuído ao capitão Manuel Monge, e a lancha de fiscalização grande (LFG) Orion informava que meios navais recolhiam "militares e elementos da população refugiados no tarrafo, na região da confluência do rio Cacine com o rio Cachina, num total de 300 indivíduos (alguns feridos ligeiros)".
(...) Nos dias 3 e 4 de Junho, Gadamael esteve sujeita a flagelações continuadas (mais de 200 rebentamentos) do PAIGC, com morteiros de 120 e canhões sem recuo. As mensagens consultadas assinalam, pelos menos, a existência de seis mortos e oito feridos nesses dias e a perda de três espingardas G3 e um rádio AVP 1.
O capitão Manuel Monge, no dia 4, pede ao quartel-general a "presença imediata" em Cacine de "entidade desse, fim estudar situação Gadamael Porto". O general Spínola responde-lhe que "o estudo da situação já tinha sido apresentado pelo coronel Durão e que eram impossíveis os contactos pessoais diários". Duas horas depois, uma nova mensagem de Monge ressalta que "situação Gadamael Porto agrava-se aceleradamente" e pede: "Contacto, fim capitão Monge expor a situação e parecer comandante de COP."
O capitão Manuel Monge seguiu para Bissau no dia seguinte, mas ao final do dia 4 uma mensagem do comandante do COP 5 enfatizava: "Situação em Gadamael Porto é insustentável." E solicitava autorização "para se efectuar retirada ordenada" nos meios navais existentes neste. "Ou então - frisava - a minha imediata substituição no comando do COP 5." No final, uma confissão: "Nem tenho conseguido encontrar soluções que me permitam prosseguir." À meia-noite desse dia, o quartel-general respondia: "Enquanto não for substituído, continua cumprimento da sua missão de defesa a todo o custo, incutindo moral aos seus soldados."
Além de todo o Batalhão de Caçadores Pára-quedistas [, BCP 12,] no terreno, estavam no local várias unidades da Marinha de Guerra e um grupo de assalto de fuzileiros africanos. O comando do Task Group 6 referia, em mensagem, no dia 5, que quatro botes do Destacamento de Fuzileiros Especiais 22, embarcações do Exército e meios das unidades navais tinham efectuado as evacuações de mortos e feridos e ainda de um "número incontrolável" de fugitivos (civis e militares) encontrados à entrada do rio para Gadamael. "Pessoal encontrado fortemente traumatizado psicologicamente devido situação alarmante Gadamael", terminava a mensagem.
Nesse dia, o comandante do COP 4, tenente-coronel Araújo e Sá, assumiu o comando do COP 5, ficando o major Pessoa como adjunto. As unidades militares portuguesas sofreram, neste assédio a Gadamael, 24 mortos e 147 feridos. (...)
Fonte: "Estamos Cercados por Todos Os Lados"
Por SERAFIM LOBATO
Público. Domingo, 28 de Dezembro de 2003
Vd. I Série, poste de 2 de julho de 2005 >
Guiné 69/71 - XCI: Antologia (6): A batalha de Guileje e Gadamael (Afonso M.F. Sousa)