Mostrar mensagens com a etiqueta CART 1687. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta CART 1687. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Guiné 61/74 - P25937: Por onde andam os nossos fotógrafos ? (23): Victor Condeço (1943-2010), o ex-fur mil mec armamento, CCS/BART 1913 (1967/69), que documentou como ninguém o quotidiano da linda vila de Catió - Parte II

 


Guiné > Região de Tombali > Cufar > Foto 7 > Fevereirto de 1968 > Pista de Cufar, a "Bissalanca do Sul": o helicanhão ("Lobo Mau")



Guiné > Região de Tombali > Cufar > Foto 7 > Fevereiro de 1968 > Pista de Cufar topo do lado do aquartelamento (Operação Ciclone I, envolvendo forças pára-quedistas do BCP 12).


Guiné > Região de Tombali > Cufar > CART 1687 (1967/1969) > Setembro de 1967 > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Foto 07 > Interior da messe e bar de Sargentos. O Victor Condeço, de bigode, parece ser o terceiro  da segunda fila, a contar da direita para a esquerda




Guiné > Região de Tombali > Cufar > CART1687 (1967/1969) > Setembro de 1967 > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Foto 07  > Pormenor: interior da messe e bar de Sargentos. O Victor Condeço, de bigode, parece ser o terceiro  da segunda fila, a contar da direita para a esquerda.



Guiné> Região de Tombali > Cufar > CART1687 (1967/1969) > Setembro de 1967 > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Foto 10 > "Outro interior da messe de Sargentos. Vejam-se os cadeirões feitos dos barris do vinho, a necessidade aguçava o engenho".


Guiné> Região de Tombali > Cufar > CART1687 (1967/1969) > Setembro de 1967 > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Foto 10 > Pormenor: "Outro interior da messe de Sargentos."... Na parede, um grafito: "Salta (periquito)..."


Fotos (e legendas): © Victor Condeço (2010).Todos os direitos reservados [Edição e legtendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 



1. São  fotos, selecionadas,  do álbum do nosso querido e saudoso amigo e camarada Victor Condeço (Vitinho, para os amigos de Catió) (1943-2010),  um dos históricos da nossa Tabanca Grande: sentou-se à sombra do nosso poilão em 3/12/2006. 

Esteve na Região de Tombali, em  Catió,  CCS / BART 1913 (Catió 1967/69) > Álbum fotográfico de Victor Condeço, ex-fur mil mec armamento.

Era natural do Entroncamento. Infelizmente a morte levou-o cedo, há 14 anos, em 18 de junho de 2010.

Não o conheci pessoalmente Falei com ele, ao telefone, algumas vezes. A última, na véspera do início do seu tratamento no IPO de Lisboa... Começou a ter sintomas da doença que o vitimou, a partir de fevereiro de 2010. Lúcido e corajoso, sabia o que tinha, conforme  mail de 10 de maio, que me enviou... A última vez que falei com ele, foi justamente no início do mês de junho. Estava apreensivo e ansioso, ia começar no dia seguinte o tratamento de radioterapia no IPO... Tarde de mais, infelizmente... 

Era uma homem discreto, afável e prestável.  
Temos dele  6 dezenas de referências no nosso blogue. Achámos, por isso, que estava na altura de revisitar o seu álbum, com belíssimas fotos da linda vila de Catió, e dos arredores (npomeadamente Ganjola e Cufar,  meticulosamente organizadas por áreas temáticas e e devidamente legendadas...  Estão dispersas no nosso blogue.

Um dos seus grandes amigos era o Benito Neves,  ex-fur mil atirador da CCAV 1484 (Nhacra e Catió, 1965/67), membro da nossa Tabanca Grande desde abril de 2007, natural de Abrantes,  bancário reformado.

As fotos deste poste são relativas a Cufar.

______________

Nota do editor:

Último poste da série  > 25 de agosto de 2024 > Guiné 61/74 - P25880: Por onde andam os nossos fotógrafos ? (22): Victor Condeço (1943-2010), o ex-fur mil mec armamento, CCS/BART 1913 (1967/69), que documentou como ninguém o quotidiano da linda vila de Catió - Parte I

terça-feira, 18 de junho de 2024

Guiné 61/74 - P25654: Elementos para a história do Pel Caç Nat 51 - Parte VII: Notícias do Armindo Batata e fotos do seu tempo de Cufar (1970)



Foto nº 56



Foto nº 64 


Foto nº 65


Foto nº 66


Foto nº 60


Foto nº 57


Foto nº 63


Foto nº 62

Guiné > Região de Tombali > Cufar > Pel Caç Nat 51,  > 1970 > Álbum fotográfico do Armindo Batata, ex-alf mil, que esteve em Guileje (de jan 69 a jan 70), e depois em Cufar (de jan a dez 70), até acabar a comissão,como comandante do Pel Caç Nat 51.

Fotos  acima, nºs  56, 57, 60, 62,  63, 64, 65, 66

Fotos (e legenda): © Armindo Batata (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



1. Mensagem de Armindo Batata (foto atual à esquerda):

Data - segunda, 17/06/2024, 18:03
Assunto - Pel Caç Nat

Caro Luís

As minhas desculpas por não te ter respondido de imediato como devia ter feito, mas ... sempre alguma coisa (inventada) para fazer, cumulativamente com a crescente vontade de preguiçar.

Quanto ao Pel Caç Nat 51, pouco ou nada tenho para contribuir para esse louvável movimento de recuperação de memórias. Durante umas duas dezenas de anos, ou mais, após o meu regresso da Guiné, essas memórias foram atiradas para um qualquer pego bem fundo nos confins das recordações. Felizmente que por lá ficaram.

Prometo que vou ter o cuidado de ler tudo o que se publicar referente aos tais dois anos em que por lá estive (1969 e 1970) e pode ser que alguma coisa venha à tona.

Um abraço
Armindo Batata


2. Republicam-se, reeditadas, mais algumas fotos do álbum do nosso camarada, que esteve em Cufar, em rendição individual, durante o ano de 1970,  como comandante do Pel Caç Nat 51, depois de ter estado, durante o ano de 1969, em Guileje. 

Aproveita-se para recompletar as legendas com a ajuda de vários camaradas que passaram por Cufar em diferentes períodos:

(i) Mário Fitas (ex-fur mil, op esp,  CCAÇ 763, "Os Lassas", Cufar, 1965/66);

(ii)  Eduardo Campos (ex-1º cabo trms, CCAÇ 4540, Cumeré, Bigene, Cadique, Cufar e Nhacra, 1972/74);

(iii) António Graça de Abreu (ex-alf mil, CAOP1, Canchungo / Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74)


Acrescente-se, da nossa lavra, que nas fotos nº 56 e 64 vê-se o pau da bandeira e, na sua base, um pequeno monumento de homenagem à CART 1687 (Cachil e Cufar, 1967/69). 
Na foto nº 57  é visível um posto de vigia no alto de uma árvore, com uma escada de acesso. Devia ter uma bom ângulo de visão.

 
(i) Mário Fitas
  • Foto nº 62 > À esquerda identifica-se a pista de Cufar em terra batida, inaugurada em 1957 pelo então presidente da Republica Craveiro Lopes na sua visita à Guiné. Esta pista tinha na altura mil e novecentos metros de comprimento. No começo da pista ficava a entrada principal do aquartelamento. Ao fundo vê-se a mata de Cufar Novo, de onde foram extraídas as palmeiras para construção dos abrigos do novo aquartelamento. Do lado direito, vislumbra-se a mata de Cufar Nalu onde existia uma importante base do PAIGC e que foi tomada em 15 de naio de 1965 na operação "Razia". É bastante visível no sentido descendente a estrada para o cais do rio Manterunga.
  • Foto nº 56 > É a parada com o pau de bandeira, que não consigo identificar, se é o cibe que nós lá colocamos. Ao lado direito a Capela construída pelos "Lassas" e que posteriormente por outra companhia foi transformada em armazém.
  • Foto nº 64 > Parada, vendo-se ao fundo a antiga fábrica de descasque de arroz do sr. Camacho, e que em seu redor em abrigos cavados no chão era o aquartelamento que existia. De março a maio de 1965 foi um trabalho de loucos, para não sermos apanhados pelas chuvas nos buracos.
  • Foto nº 65 > Esta foto foi tirada do varandim da habitação da antiga quinta e transformada em habitação e funcionamento do comando.
  • Foto nº 66 > Julgo tratar-se da fachada norte do comando onde existia a tabanca dos milícias do João Bacar Jaló.
  • Foto 60 > Varandim do comando, vendo-se ao fundo a casa do gerador. Na altura da CCaç 763, de permeio, existia o canil.  
(ii) Eduardo Campos (esteve em Cufar apenas 4 meses em diligência, ao serviço do Cop4 e adido a CCAC 4740.)

  • Foto nº 57 e 62 > "O que a foto 57 nos mostra, tenho a certeza que já não existia, no meu tempo, pois pela sua originalidade eu jamais poderia esquecer o engenho e obra de arte que a mesma transmite."
  • Foto nº 62 > É Cufar, mas quando lá cheguei em 1972 o 'aglomerado residêncial' era muito maior. Do lado esquerdo da foto, parecer ser a pista em terra (quando lá cheguei já era em alcatrão) e saída para Catió e Matofarroba. Lado direito, o que parece ser uma estrada, seria a picada que ia para o porto no rio Combijã.
  • Fotos nºs 56, 64 e 65 > Recordo, aqui sem dúvidas, que são de Cufar. As restantes fotos não me recordo. Quanto a boas recordações de Cufar, direi que sim foram mesmo muitos boas: manga de ataques com foguetões (...), dois ataques de armas ligeiras ao arame, dormir numa tenda de campanha em que o colchão foi feitas de folhas de árvores e ainda alguma fominha á mistura. 40 anos depois e podendo até ser irónico, tudo isso para mim hoje, são mesmo boas recordações. As restante fotos não consigo identificar (...), mas por breves momentos voltei a Cufar, o que por si foi bom.

(iii) António Graça de Abreu

  • Fotos nº 57, 63 e 65: Não é uma terra portuguesa, é Cufar, com certeza. Mas Portugal andou por lá. Cufar é, na Guiné o único lugar onde eu gostava de regressar. Sofri em Cufar tanta, tanta dor, coisas que não tenho vergonha de contar seja a quem for. Adiante, camarada, ávante. Sou tão português que ainda gosto de sofrer, como se está a ver. 
  • Na foto 63, a tabanca mais à esquerda foi a minha casinha durante uns quatro meses. Os bidons cheios de terra eram uma segurança nas flagelações, mas havia muitas valas. O poleiro alto na foto 57 já não existia em 73/74. 
  • Mas a capela lá estava  (foto  65) e foi usada, infelizmente com demasiada frequência para guardar corpos de militares falecidos em combate, antes de vir o cangalheiro para depois seguirem de DO ou Noratlas para Bissau.



Guiné > Região de Tombali > Cufar > CART 2477 (1969/71) > O Jorge Simão, 
 residente em São João da Madeira, foi 1º Cabo Escriturário, CART 2477, Cufar, 1969/71. Aqui junto ao edifício da secretaria... Várias companhias por aqui passaram, além da CART 2477: CCAÇ 763, CCAÇ 1621, CART 1687...  Na foto de cima, uma vista aérea de Cufar...


Fotos (e legenda): © Jorge Simão (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].

3. Comentários adicionais de Armindo Batata: 

(i) Olha o Jorge Simão !!! Um abraço,  caro Jorge. A secretaria era ao lado do meu quarto. Tinha de facto uma 'chaise long'  à porta. Seria aquela?


(ii)  Caros Mário Fitas e Eduardo Campos: Disseram tudo o que era importante. Deixem-me só acrescentar dois pormenores: Foto nº 60 > Do lado de cá do extintor é a porta da secretaria e do lado de lá, a do meu quarto; Foto nº 57 >  Era um posto de vigia, raramente ocupado, junto ao canhão s/r e do lado de Cufar Nalu.

13 de outubro de 2012 às 21:37



Comentário do nosso leitor Henrique Reis, um "cufarense":

Feliz por estar aqui a conhecer a história duma tabanca/aldeia onde cresci (por meu pai lá ter trabalhado 5 anos pós a guerra colonial), anos e anos depois da vossa vida lá.

Vendo os vestígios da guerra colonial mas sem poder interpretar ou melhor conhecer bem a história, claro, ninguém podia nos contar. Conheço bem a pequena tabanca/aldeia de Cufar, vi os vestígios (sucatas de carros queimados logo depois do quartel e atrás a casa de gerador tínhamos sucatas de carros queimados... de balas de armas pequenas e grandes por todo e quanto é lado em Cufar, os restos do barco queimado ainda até a data está lá a ponta do barco no pequeno porto...o quartel ainda lá está). E vou lá de quando em vez visitar e prometo ainda dentro de dias poder ir visitar de novo e, se possível, vos trazer fotos daquela pequena aldeia/tabanca de Cufar que conheciam.

Meus muito obrigado à todos vocês.
"Cufarense"
Henrique Reis

8 de agosto de 2019 às 03:56

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Guiné 61/74 - P17077: Convívios (779): Convívio do pessoal do BART 1913 (Guiné, 1967/69), a levar a efeito no próximo dia 27 de Maio de 2017, em Viana do Castelo (Fernando Cepa)



Pede o nosso camarada Fernando Cepa, (ex-Fur Mil Art da CART 1689/BART 1913, Catió, Cabedú, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), para divulgarmos o Convívio do seu Batalhão, a levar a efeito no próximo dia 27 de Maio de 2017 em Viana do Castelo, este ano coincidente com o 50.º aniversário da partida para a Guiné.


CONVÍVIO DO PESSOAL DO
BART 1913 
 CCS, CART 1687, CART 1688 e CART 1689

27 DE MAIO DE 2017 - VIANA DO CASTELO 

CINQUENTENÁRIO DA PARTIDA PARA A GUINÉ EM 25.04.1967 

PROGRAMA:

10.00 H - Recepção no Forte de S. Julião da Barra 
11.00 H - Missa na Igreja de S. Domingos 
13.00 H - Almoço no Restaurante Camelo em Santa Marta de Portuzelo 
16.00 H - Queimada Galega 
Animação - Música, Baile e Folclore 

Presenças já confirmadas. 
Senhor General Manuel Moreira Maia 
Senhor Tenente Coronel Alves da Silva 

Contactos:
Teotónio Barreto (Ex-Alf Mil da CCS) - 963 037 234 
Fernando Cepa (Ex-Fur Mil da Cart 1689) - 964 056 889 
____________

Nota do editor

Último poste da série de 21 de fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17070: Convívios (778): XI Encontro dos Combatentes da Guerra do Ultramar do Concelho de Matosinhos, a realizar-se no próximo dia 11 de Março de 2017, em Leça da Palmeira (Carlos Vinhal)

sábado, 24 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13189: Memória dos lugares (267): Cachil, na ilha de Caiar, a sudoeste de Catió, na margem esquerda do Rio Cobade



Guiné > Mapa da província > 1961 > Escala 1/500 mil > Pormenor > Posição de Cachil, na ilha de Caiar, a sudoeste de Catió... As ilhas de Caiar, Como e Catunco, estavam separadas do continente, a norte pelo Rio Cobade, a oeste pelo Rio Tombali, a leste pelo Rio Cumbijã, e a sul pelo oceano Atlântico... A ligação de Cachil (na margem esquerda do Rio Cobade)  a Catió fazia-se de barco, pelo Rio Cobade e depois pelo seu afluente, o Rio Cagopère (em cuja margem direita se  situava o porto exterior de Catió).

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)



Guiné > Ilha do Como > 1964 > Op Tridente (de 14 de Janeiro a 24 de Março de 1964)

Infografia: © Mário Dias (2005). Todos os direitos reservados


"A designada Ilha do Como é, na realidade, constituída por 3 ilhas: Caiar, Como e Catunco mas que formam na prática um todo, já que a separação entre elas é feita por canais relativamente estreitos e apenas na maré-cheia essa separação é notória.

"Na ilha não existia qualquer autoridade administrativa nem força militar pelo que o PAIGC a ocupou (não conquistou) sem qualquer dificuldade em 1963. As tabancas existentes são relativamente pequenas e muito dispersas. Possui numerosos arrozais, o que convinha aos guerrilheiros pois aí tinham uma bela fonte de abastecimento, acrescido do factor estratégico da proximidade com a fronteira marítima Sul e o estabelecimento de uma base num local que facilitava a penetração na península de Tombali e daí poderia ir progredindo para Norte.

"Não tinha estradas. Apenas existia uma picada que ligava as instalações do comerciante de arroz, Manuel de Pinho Brandão (na prática, o dono da ilha) a Cachil. A partir desta localidade o acesso ao continente (Catió) era feito de canoa ou por outra qualquer embarcação. A casa deste comerciante era, se não estou em erro, a única construída de cimento e coberta a telha.

"Portugal não exercia, de facto, qualquer espécie de soberania sobre a ilha. Tornava-se imperioso a recuperação do Como. Foi então planeada pelo Com-Chefe a Operação Tridente na qual foram envolvidos numerosos efectivos, divididos em 4 Agrupamentos (...), num total de cerca de 1200/1300 homens"


Fonte: Mário Dias > Guiné 63/74 - CCCLXXII: Op Tridente (Ilha do Como, 1964): Parte I (Mário Dias) (15 de Dezembro de 2005)


Guiné > Região de Tombali > Carta de Catió > 1956 > Escala 1/50 mil >  Posição relativa da Catió, com os seus portos, interior (no Rio Cadime, afluente do Rio Capère) e exterior (no Rio Cagopère, afluente do Rio Cobade, que por sua vez liga(va) o Rio Tombali ao Rio Cumbijã).

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014).





Guiné > Região de Tombali > Ilha de Caiar > Cachil > CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió, Ilha do Como e Cachil (1964/66) > Desembarque no Cachil,  a norte da iha de Caiar,  princípio de Dezembro de 1965


Guiné > Região de Tombali > Ilha de Caiar > Cachil > CCAÇ 617/BCAÇ 619, Catió, Ilha do Como e Cachil (1964/66) >  O cais de abicagem, feito de troncos de palmeira... Na foto,  a mascote da companhia, o Toby, de raça boxer, ferido em combate. .  Fotos do álbum do ex-alf mil João Sacôto).

Foto: © João Sacôto (2011). Todos os direitos reservados



Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > Porto interior (no Rio Cadime, afluente do Rio Cagopère) > Álbum fotográfico do nosso saudoso camarada Victor Condeço (1943-2010) > Foto 1 > " Aproximação ao porto interior de Catió no rio Cadime da lancha de transporte LP2, que fazia o reabastecimento diário do pão e da água ao Cachil na Ilha do Como [1967/1968]. ".



Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > Porto interior (no Rio Cadime, e não Cadima, afluente do Rio Cagopère) > Álbum fotográfico do Victor Condeço> Foto 2 > "- Lancha do Cachil LP2, em manobra de atracação ao cais do porto interior de Catió no rio Cadime. Neste dia [11 de Julho de 1967] os passageiros eram um pelotão da CArt 1687 em trânsito do Cachil para Cufar, onde renderia por troca outro pelotão da CCaç 1621, concluindo-se assim a troca das companhias".

Fotos (e legendas): © Victor Condeço (2010). Todos os direitos reservados.
__________

Nota do editor:

Último poste da série > 24 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13188: Memória dos lugares (266): Cachil, o meu suplício de Sísifo durante 30 dias (Benito Neves, ex-fur mil, CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Guiné 63/74 - P10515: Álbum fotográfico de Armindo Batata, ex- comandante do Pel Caç Nat 51 (Guileje e Cufar, 1969/70) (8): Cufar, 1970 (Parte II)


Foto nº 62





Foto nº 56



Foto nº 64



Foto nº 65



Foto nº 66


Foto nº 57


Foto nº 60


Foto nº 63


Guiné > Região de Tombali > Cufar > Pel Caç Nat 51 > 1970 > Álbum fotográfico do Armindo Batata, ex-alf mil, que esteve em Guileje de janeiro de 1969 a janeiro de 1970, e depois em Cufar... De cima para baixo: fotos nºs 52, 56,  57, 60, 63, 64, 65, 66. 


1. Segunda parte da publicação das fotos de Cufar. Estas fotos, tal como as restantes que foram cedidas pelo Armindo Batata ao Núcleo Museológico Memória de Guiledje, não têm legendas. O Armindo já nos prometeu que, com tempo e vagar, vai legendá-las e enviar outras, do seu álbum. O nosso camarada,  de rendição individual, esteve em Cufar, depois de Guileje, a comandar o Pel Caç Nat 51, possivelmente ainda durante uns bons 9 meses, até acabar a sua comissão...

Nas fotos nº 56 e 64 vê-se o pau da bandeira e, na sua base, um pequeno monumento de homenagem à CART 1687 (1967/69). 

Os camaradas que passaram por Cufar (desde os mais antigos como o Mário Fitas aos mais novos, como António Graça de Abreu) e que ainda sabem reconhecer e descrever  os sítios, podem ajudar-nos a completar a legendagem. Os editores (e os leitores) agradecem.

Fotos: © Armindo Batata (2007). / AD - Acção para o Desenvolvimento Todos os direitos reservados [Fotos editadas por L.G.]





Guiné > Região de Tombali > Cufar > CART 2477 (1969/71) > O Jorge Simão junto ao edifício da secretaria (?)... Várias companhias por aqui passaram, além da CART 2477: CCAÇ 763, CCAÇ 1621, CART 1687... Temos alguns camaradas pertencentes a duas destas unidades de quadrícula: Hugo Ferreira Moura (CCAÇ 1621) e Mário Fitas (CCAÇ 763)... O Jorge Simão, residente em São João da Madeira,  foi 1º Cabo Escriturário, CART 2477, Cufar, 1969/71. 

Foto: © Jorge Simão (2010). Todos os direitos reservados
__________

Nota do editor:


Último poste da série > 7 de outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10494: Álbum fotográfico de Armindo Batata, ex- comandante do Pel Caç Nat 51 (Guileje e Cufar, 1969/70) (7): Cufar, 1970 (Parte I)

domingo, 13 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9038: O nosso blogue em números (15): A propósito dos 3 milhões de visitas... Comentários de Felismina Costa, Manuel Moreira e Carlos Pinheiro... Fotos de Cufar, de Victor Condeço (1943-2010)


Guiné > Região de Tombali > Cufar > CART1687 (1967/1969) > Setembro de 1967 > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Foto 07  > Interior da messe e bar de Sargentos.


Guiné> Região de Tombali > Cufar > CART1687 (1967/1969) > Setembro de 1967 > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Foto 10 > "Outro interior da messe de Sargentos. Vejam-se os cadeirões feitos dos barris do vinho, a necessidade aguçava o engenho".

Fotos do nosso saudoso camarada, membro da Tabanca Grande, Victor Condeço (1943-2010), que era natural do Entroncamento, e foi Fur Mil Mecânico de Armamento na CCS / BART 1913 (1967/69) (1967/69), além de notável fotógrafo. É mais que justo recordar a sua memória nesta data. Falámos os dois, emocionados, ao telefone, antes da sua dolorosa partida desta vida. (LG)

 Fotos (e legendas):  © Victor Condeço (2007). Direitos reservados.



A. Mais comentários de membros da nossa Tabanca Grande: Felismina Costa (com data de 7 do corrente), Manuel Moreira e Carlos Pinheiro (12 do corrente), a propósito do passado, do presente e do futuro do nosso blogue (*):


1. Felismina Costa (a nossa amiga de Agualva, Sintra, antiga madrinha de guerra):

(...) 
Caro Luís Graça, administrador e editor do Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné,
 Caro co-editor e administrador Carlos Vinhal,
Co-editor Magalhães Ribeiro,
Co-editor Virgínio Briote,
Cartógrafo mor Humberto Reis
e colaboradores permanentes Hélder Sousa, Joaquim Mexia Alves, Jorge Cabral, José Manuel Diniz, José Marcelino Martins Miguel Pessoa e Torcato Mendonça:



A todos, os meus sinceros Parabéns!

Parabéns sobretudo, pela vossa persistência, pelo vosso trabalho, pelo vosso altruísmo, que dá voz a todos e a cada um, dos que viveram e sofreram os efeitos de uma guerra que marcou a vossa/nossa Juventude, permitindo que se conheça em pormenor a vivência de cada um no referido conflito, suas recordações mais marcantes, visto que acontece num tempo em que todos eram Jovens, ávidos de conhecimento e descoberta e até de aventura.

Hoje, a várias décadas de distância, o conflito é por vós analisado e revivido neste Blogue, que se tornou o meu Jornal diário, onde procuro entender motivos e encontrar justificação para o que então se viveu, sabendo de antemão que nenhuma Guerra se justifica, muito embora se diga que elas são necessárias.
Parabéns, pelo número de aderentes, pelo interesse manifestado a nível de visitantes, pela quantidade de trabalhos apresentados e pela quantidade de comentários que suscitam.

Parabéns,  igualmente, pelo número de camaradas que fez aproximar, que permitiu reencontrar, formando uma gigantesca família, que se vai encontrando, revivendo o passado e falando do presente, quer no encontro anual da Tabanca Grande, quer nas reuniões semanais ou mais ou menos esporádicas das Tabancas mais pequenas.

Permitam-me que fique a um cantinho, observando a vossa alegria quando se encontram.

Permitam-me que seja uma espectadora e uma admiradora das vossas recordações.

Desejo que todos continuem unidos e que o Blogue continue a ser a expressão da vossa vivência passada, nua e crua, para que possa ser avaliada correctamente:

Saúdo-vos a todos num abraço fraterno.





2. Manuel Moreira (ex. 1.º Cabo Mec Auto, CART 1746,Bissorã, Ponta do Inglês e Xime, 1967 a 1969)



(...) O nosso blogue está muito bom e deve continuar com os moldes existentes, a menos que os seus editores tenham ideias superiores em alterar, para melhor.


Apetece-me dizer, como " velha " Portuguesa: P'ra melhor está bem, está bem ; p´ra pior já basta assim.


Bom S. Martinho no Reguengo Grande, terra do meu camarada da CART 1746,  António Daniel Ferreira, na Rua da Boiça nº 7. (...)



3. Carlos Pinheiro (ex-1.º Cabo TRMS Op MSG, Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG, 1968/70),


(...) Não podia deixar de corresponder ao desafio para dar a minha humilde e modesta opinião acerca do "nosso" blogue.


Independentemente de muitos outros que vão aparecendo, e que são sempre importantes, o facto é que o "nosso" blogue já tem uma história alargada e os seus "postes" poderão um dia, diria até vão,  contribuir decisivamente para que possas reescrever a história daquele período conturbado da vida das nossas gentes. 


Quando digo nossas gentes, quero incluir todos os que fomos obrigados a combater e também os que foram obrigados a combater-nos. Será um trabalho importante e interessante pelo que não será preciso desafiar-te porque penso também terás isso em mente desde que tenhas vida e saúde, como todos desejamos.


Quanto às estatísticas elas são sempre importantes mas não serão decisivas para o êxito que está a ser alcançado. O que é necessário é que cada um, à sua maneira, independentemente dos juízos de outrem, queira colaborar, desde que possa, a engrossar o próprio blogue contando as suas histórias uma vez que cada caso é um caso, por ventura sempre diferente de outros, dependendo do momento, do local e das circunstâncias onde nos pudéssemos ter encontrado e, convenhamos, há ainda muita coisa para contar.


Cada um de nós deve ser o mensageiro para que outros digam de sua justiça e que venha tudo cá para fora de muita gente que continua calada pelas mais variadas razões. Eu também tive dificuldades em começar a reviver aqueles 25 meses, e hoje vou participando como posso e sei. É pena poder pouco e o saber também não ser muito. Mas cada pode o que sabe e sabe o que pode. É tudo uma questão de se começar.


Estás de parabéns, caro Luís Graça, pela ideia inicial da criação do blogue, como também estão de parabéns todos os editores, especialmente o Carlos Vinhal, que é uma peça importante para o êxito que tem vindo a ser consolidado.


Vida e saúde é o que desejo para ti, para todos os colaboradores e para os muitos camaradas e amigos que participam pelo menos a ler, o que já é importante. O resto virá por acrescento. (...)


______________


Nota do editor:


(*) Último poste da série > 12 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9029: O nosso blogue em números (14): A propósito dos 3 milhões de visitas... Comentários de Manuel Marinho e Raul Albino

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6736: Memórias boas da minha guerra (José Ferreira da Silva) (2): Sexualmente falando, tudo continua normal

1. Mensagem do nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), com data de 30 de Junho de 2010:


Camarada Vinhal
Antes do mais, um especial agradecimento, pela forma como me apoiou.
E, registando as "Memórias boas da minha guerra", cá estou a enviar a segunda história: - "Sexualmente falando, tudo continua normal".


Junto uma foto do cais de Cufar. Uma mulher semeando cereal, indiferente ao movimento militar integrado na Op Diabo Negro (23.02.68). Publique, se julgar oportuno.


Espero que o meu tipo de linguagem (básica/popular/nortenha) não agrida ninguém, porque desejo exactamente o contrário.


Um abraço do
Silva da Cart 1689




Memórias boas da minha guerra (2)

Sexualmente falando, tudo continua normal

Cufar é no sul da Guiné, perto do rio Tombali, e fica a uns 12Km de Catió. Apesar de se encontrar assim perto, estava isolado e a ligação entre Cufar e Catió, fazia-se só em colunas militares, com periodicidade mais ou menos mensal, para seu abastecimento.

De vez em quando servia de base de operações, sempre com muita tropa, por ser zona perigosa. Só para montarmos a segurança às colunas, nuns 8Km, até ao cruzamento de Camaiupa, gastava-se um dia, desde o amanhecer até ao anoitecer. Os que lá estavam aquartelados eram poucos para as necessidades operacionais e de defesa (não passavam de uns 170 homens, incluídos os africanos da milícia) e a sua actividade limitava-se praticamente ao movimento diário no espaço do aquartelamento e à defesa de violentos ataques nocturnos.

Sempre que por lá passávamos, era festa e bebedeira certa. Estavam lá aquartelados desde o início de Maio de 67 os militares da Companhia 1687, que pertencia ao nosso Batalhão 1913, sediado em Catió e de onde saíram só 2 anos depois.

Entre militares, falar de actividade sexual naquela zona era uma utopia, aliás como na maioria da Guiné, porque os guerrilheiros levavam as mulheres logo na sua baixa adolescência (Bajuda com cabaço). As poucas mulheres que lá ficavam eram velhas (mulher grande) e parte delas eram companheiras dos milícias que também viviam dentro do arame farpado, mas com vida independente.

As necessidades sexuais (tesão, rebarba, apetite ou lá o que lhe queiram chamar), eram o dia a dia dos militares e não só em Cufar. Recordo que era vulgar verem-se alguns militares dirigirem-se para o chuveiro improvisado, feitos pavões, com a toalha pendurada no pénis.

Mas em Cufar, havia uma solução curiosa. A Fati, que era mulher do milícia Jaramba, satisfazia toda a gente, graças às suas capacidades manuais. E então, quando a tropa recebia o seu pré, aquilo era um movimento contínuo, fazendo bicha, para a palhota (tabanca) da Fati.

Ao contrário dos outros indígenas ligados à nossa tropa, este casal pertencia a uma etnia diferente, visto que o Jaramba bebia álcool e os outros não. E era grande o interesse deste africano em seguir o modelo português. Frequentava o Bar, falava razoavelmente o português crioulo, e gostava de saber coisas de Lisboa, do Salazar e de Portugal (afinal éramos todos portugueses).

São mais de 11 horas da manhã, o sol é abrasador, e não há árvores junto da tabanca da Fati, que se situa na orla da parada. A fila dos militares estende-se pela parada dentro. Do outro lado, mesmo de frente, é o Bar e lá de dentro, avista-se a fila dos que fazem bicha de mãos nos bolsos, a assar ao sol. O Jaramba bebe cerveja. Parece um homem orgulhoso e feliz. A tropa vai sendo (patrioticamente) aliviada, ganhando a mulher do Jaramba algum dinheirito e com ele lá vai o Jaramba governando a sua vida e bebendo mais alguma cerveja.

Entretanto, o Furriel Belarmino, um católico fervoroso e bastante militante, não via com bons olhos a actividade constante da mulher do Jaramba e tratou de catequisá-lo. E, ao deparar-se com mais uma fila (militar) para a palhota do Jaramba, entrou pelo Bar adentro e com ar zangado e modos menos amistosos, atirou-lhe:
– Jaramba, não tens vergonha deste espectáculo? – E continuava: – Não sabes que Deus não quer estas vergonhas e que um dia serás castigado? Tu que até pareces evoluído, não vês que os brancos não fazem coisas destas? Como podes dizer que somos todos iguais?  Mulher branca que faz isto é prostituta e está condenada pela Igreja e pela sociedade.
 – Ma Furiel, mim mulher inhcá puta, inhcá parte catota, és bom pessoal  – dizia o Jaramba que acrescentava:
– Fati faz bom no tropa, és brincadera, tudo ficar contente e Fati vai ganha patacão.

O Furriel, que bebia um sumo, ofereceu-lhe mais uma cerveja e lá insistiu de novo nos seus conselhos cristãos e modos europeus.

No dia seguinte, mais ou menos à mesma hora, o Bar estava mais movimentado. A fila dos carentes fora desmobilizada, porque a Fati não estava a trabalhar e a porta da tabanca fechada.

Interrogavam-se uns, preocupavam-se outros.
 – Que se terá passado?

Ninguém sabia. Apareceu, então, o Cabo Enfermeiro Alijó que informou o pessoal que o Jaramba partiu o braço direito à Fati, depois de uma grande discussão. Tinha estado a ligar-lhe o braço e não podia fazer esforços com ele.
– Ora foda-se lá a taça, logo hoje que estava com os colhões cheios – observou o Gondomar.

Ao que prontamente lhe respondeu o Matosinhos:
– E os outros, não?
– E o Jaramba, onde está?  – perguntou o Nogueira.
– Estava ali há bocado com o beato do Furriel Belarmino, junto ao embondeiro grande – testemunhou o Costa de Vila Real.
– Então foi-se confessar, o filho da puta – observou logo o Guimarães.

Os dias passavam, o fim do mês ainda vinha longe, e o Jaramba foi rareando as suas visitas ao Bar. E agora, quando se aproximava não havia ninguém que lhe oferecesse uma cerveja. Por seu turno, o Belarmino, o guia espiritual, que não era homem de Bar, também não via necessidade de passar por lá, para compensá-lo da sua nobre atitude.

Mais uns dias depois, o Jaramba atravessa a parada, com o filhito pela mão. Entra no Bar, pede uma cerveja e um Sumol. O Cantineiro admira-se, olha para a parada e volta a ver os militares a formar fila. Pergunta, então, ao Jaramba:
– Tua mulher já está bem?
E ele:
– Sim, tudo bem na mão squerda.

Silva da Cart 1689





Guiné > Postais ilustrados da "Guiné Portuguesa" > "2A. Bajuda balanta no arrozal, Mansoa" >  Edição Casa Mendes, Bissau > Execução Foto Lisboa > Feito em Portugal...  Cortesia do Agostinho Gaspar
(ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74), natural do concelho de Leiria... Ainda não descobri o making of, a história da produção desta série de beldades guineenses, em poses usadas para a época, e que fazia as delícias dos tugas... Quem não tinha (e não trouxe para a metrópole) a colecçãozinha completa ?... Um pormenor curioso é que alguns dos modelos (belíssimos, a pedir meças às louras suecas que afixávamos nas paredes dos bunkers...) que se deixaram fotografar em trajes muito reduzidos, trazem ao peito fios com crucifixos, sugerindo serem raparigas cristãs... 

Qualquer semelhança com a genial, divertida e pícara história contada pelo Silva, tendo como heroína a Fati e o azeiteiro (termo do calão nortenho) do Jaramba, fica por aqui, até por que não queremos ferir as susceptibilidades de ninguém, nem muito menos ofender os seus valores morais... O texto do Silva vai já para  a futura antologia do blogue, para a secção do... humor em tempo de guerra. Anima-te, Jorge Cabral, que já não estás sozinho!

 Só um reparo sócio-linguístico: "Partir punho" era uma expressão que faz(ia) parte do nosso calão de caserna, pelo menos no "chão fula", na zona leste... Aparentemente, não se usava em Cufar, o termo, claro, não a prática...  (LG)


__________

Nota de CV:

Vd. primeira história da série no poste de 8 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6696: Tabanca Grande (227): José Ferreira da Silva, ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913 (Guiné, 1967/69)

sexta-feira, 12 de março de 2010

Guiné 63/74 - P5977: Tabanca Grande (207): Jorge Simão, de S. João da Madeira, ex-1º Cabo Escriturário, CART 2477, Cufar, 1969/71




Guiné > Região de Tombali > Cufar > CART 2477 (1969/71) > Vista aérea de Cufar...


Guiné > Região de Tombali > Cufar > CART 2477 (1969/71) > O 1º Cabo Escriturário Jorge Simão



Guiné > Região de Tombali > Cufar > CART 2477 (1969/71) >  O Jorge Simão junto ao edifício da secretaria (?)... Várias companhias por aqui passaram, além da CART 2477:  CCAÇ 763, CCAÇ 1621, CART 1687... Temos alguns camaradas pertencentes a duas destas unidades de quadrícula: Hugo Ferreira Moura (CCAÇ 1621) e  Mário Fitas (CCAÇ 763)...

Fotos: ©  Jorge Simão (2010). Direitos reservados



1. Mensagem do novo membro da nossa Tabanca Grande (*), Jorge Simão, residente em São João da Madeira, ex-1º Cabo Escriturário, CART 2477, Cufar, 1969/71:

 Assunto: pela primeira vez o meu contacto

S.João da Madeira, 5 de Março de 2010

Amigos e companheiros de Guerra, depois de algum tempo que ando aqui a "espreitar" o vosso blogue, sempre resolvi escrever para vocês, mas antes de mais vou-me apresentar:

Sou Jorge Augusto Simão, da Rua dos Viajantes, 214,  1º-Esq., 3700 - 303 S. João da Madeira, fiz parte da CART 2477 do BART 2865 e foi colocado em Cufar e o Batalhão em Catió (foi para a Guiné em Fev / 69 até Dez /70, mas eu ainda aguentei em Bissau até Fev 71, era 1º Cabo Escriturário).

Vou enviar umas fotos em Cufar, mas como é a primeira vez que escrevo, fico-me por aqui, espero umas dicas do Luis Graça, porque espero que este contacto seja o mais correcto. Numa próxima vez escreverei mais em pormenor alguns acontecimentos passados na Guerra.

Um abraço grande deste camarada e combatente da guerra da guiné.

Jorge Simão

2. Comentário de L.G.:

Meu caro Jorge:  Em primeiro lugar, põe-te à vontade. Uma vez que já nos "espreitas" há uns tempos, sabes bem que aqui, na nossa Tabanca Grande, ninguém bate a pala a ninguém, respeitamo-nos uns aos outros, é certo, mas tratamo-nos por tu como camaradas que fomos e continuamos a ser...

Não tenho nenhumas dicas especiais para te dar, as nossas regras de convívio são públicas (e respeitadas...), e o que me resta para te dizer é apenas isto: Sê bem vindo, Jorge. Abanca aí, debaixo do nosso poilão, respira fundo, gere as tuas emoções, conta-nos as tuas histórias de Cufar, manda-nos as fotos que achares terem algum valor documental...

Obrigado por teres "ousado" contactar-nos. És, slavo erro, o primeiro camarada da tua companhia a ingressar na nossa Tabanca Grande, o que muito nos honra e te honra a ti, também... O próximo qu entrar já é periquito à tua beira...

Espero poder vir a conhecer-te pessoalmente em breve (por que não, no dia 19 ou 26 de Junho próximo, em Monte Real, no nosso V Encontro Nacional ?). Até lá, vai escrevendo.

Um Alfa Bravo. Luís Graça

PS - Sobre Cufar tens cerca de 110 referências no nosso blogue (II Série)... Clica aqui.

___________

Nota de L.G.:

(*) Último poste da série > 27 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5898: Tabanca Grande (206): Agostinho Gaspar, de Alqueidão, Boavista, Leiria, ex-1-º Cabo Mec Auto, 3ª C/BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1972/74)