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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P18994: Convívios (873): Tabanca de Matosinhos, 4ª feira, dia 5, com 35 camaradas e amigos/as: Joaquim Peixoto (1949-2018), presente ! (Parte II)


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > O régulo da Tabanca, Eduardo Moutinho dos Santos, falando do homenageado e da sua história de vida... No final, deixou uma garrafa de aguardente bagaceira, envelhecida, que o Joaquim lhe oferecera em tempos, produto da sua Tabanca de Guilamilo. Pelo Bando do Café Progresso, falaria ainda o José Ferreira e, pela Tabanca Grande, o nosso editor Luís Graça. O Joaquim pertenceu a estas três tertúlias, tendo frequentado ainda a Tabanca dos Melros (Gondomar). Em boa verdade, teríamos que lembrar ainda aqui a Tabanaca de Guilamilo, de que era o régulo, bem como a Tabanca da Sra. da Graça (Santa Marta de Penaguião), onde pontifica a matriarca Luísa Valente Lopes. Sem esquecer a Tabanca de Candoz, onde ele foi, com a Margarida, um ou duas vezes...


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Margarida Peixoto e Luísa Valente Lopes, mulher do nosso poeta e vitivinicultor José Manuel Lopes (Josema), que no final ofereceu um poema seu para a Margarida ler em voz alta: "Recuso dizer uma oração ao deus que te abandonou" (*)...


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >A esposa do Brito da Silva  (ex.fur mil, CCAÇ 3414, Sare Bacar e Bafatá, 1971/73) e a Joaquina Carmelita, esposa do Manuel Carmelita, dois casais muito amigos do casal Peixoto,


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Foto de grupo, da direita para a esquerda, de pé: Maria Alice Carneiro, Maria Cancela, Margarida Peixoto, Luísa Valente Lopes, Manuela Teixeira e a jovem Andreia (que completou 13 anos nesse dia, e a quem todos cantámos os parabéns a você); sentadas, a esposa do Brito da Silva e a Joaquina Carmelita.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Outra foto de grupo.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > A Margarida saudando a jovem Andreia


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > O professor e a aluna: o capitão cavaleiro Leite Rodrigues, que tem uma escola de equitação em Leça da Palmeira (e que esteve na Guiné, como alferes, onde foi gravemente ferido em combate, em Sinchã Jobel), e a sua  jovem aluna, a amazona Andreia (nascida na África do Sul, vive em Moçambique, e fez 13 aninhos nesse dia). O Leite Rodrigues sabe dar valor à solidariedade na dor e na perda, uma vez que já pssou por isto: em 2006, perdeu a sua filha, Filipa, de 14 anos, num trágico acidente com um dos seus  cavalo.s.. A Filipa era uma promissora atleta da equitação portuguesa, tal como o pai (que foi atleta olímpico). As palavras que o Leite Rodrigues dirigiu à Margarida, np final da refeição, elogiando a sua coragem e dignidade,  tocaram-nos fundo, a todos nós, os presentes.




Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Leite Rodrigues e Virgílio Teixeira, dois homens do Porto.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >José Ferreira e o primo, que andou na Marinha e no TO da Guiné.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >  Manuel Carvalho e o Isidro


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >O régulo Zé Teixeira com os tabanqueiros Vitorino, Nelson e Abreu


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Brito da Silva é, agora, na Tabanca de Matosinhos, o único representante da CCAÇ 3414, a "açoreana", a que ele pertenceu juntamente com o seu camarada Peixoto. Reforcei, mais uma vez, o convite para ele se juntar à malta da Tabanca Grande.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > José Manuel Moreira Cancela. Escreveu na sua página do Facebook: "O nosso amigo Peixoto deixou-nos. Obrigado, amigo, pelos momentos que passámos juntos, e foram muitos. Os amigos só morrem quando nos esquecermos deles"...


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 >  Manuel Carmelita, outro amigo do peito do Joaquim. Mora em Vila do Conde.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) >A "aguardente do espírito do frade" (referência ao fantasma do frade que paira, há 170 anos, pela casa e quinta de Guilamilo). O rótulo foi desenhado por um camarada da Tabanca de Matosinhos.


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei) > 5 de setembro de 2018 > Almoço de homenagem à memória do nosso saudoso camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) > Aspeto da decoração da sala do restaurante, reservada à Tabanca de Matosinhos

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação da notícia do convívio de 4ª feira passada, na Tabanca de Matosinhos, em que se homenageou a memória do nosso camarada Joquim Peito mas também a dignidade e a coragem da sua  conpanheira de uma vida, a Margarida (Guida).


Joaquim e Margarida (Monte Real, 2010).
Foto de Manuel Carmelita /
Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné
O convívio, dois dias depois do funeral, reuniu 35 camaradas e amigos/as do Joaquim, incluindo a sua viúva, Margarida.

Foi uma bela jornada de confraternização e solidariedade, com destaque para a figura da Margarida que reafirmou a sua vontade de continuar a fazer aquilo que o marido gostava: estar com os amigos e camaradas da Guiné, frequentar as suas tabancas, etc. 

Houve várias intervenções, emotivas, de alguns dos presentes, em nome pessoal ou das tabancas que representavam: Eduardo Moutinho dos Santos  e José Teixeira (Tabanca de Matosinhos); Luís Graça (Tabanca Grande), Leite Rodrigues, José Manuel Lopes, Maria Alice Carneiro, e, por fim, Margarida Peixoto... Para a Margarida foi um convivio, naturalmente "difícil (...) mas muito gratificante pela amizade, companheirismo, respeito e saudade, manifestada por todos pelo camarada Carlos Peixoto".

Fica aqui o soneto, dito pelo nosso editor Luís Graça, em seu nome pessoal, da Alice e dos demais presentes. Recorde-se queo Joaqim foi fur mil arm pes inf, MA, CCAÇ 3414 (Sare Bacar e Bafatá, 1971/73). A CCAÇ 3414 era uma "açoreana".


Soneto de homenagem a dois grã-tabanqueiros,
Joaquim Peixoto (Penafiel, 1949-Porto, 2018) e Margarida Peixoto

Joaquim, bom amigo e camarada,
nunca quiseste estar entre os primeiros,
mas, por nós, tens presença reservada
lá no Olimpo dos deuses e guerreiros.

Serás para sempre um dos nossos melhores,
e recordado com doce saudade,
por todos nós, da Guiné aos Açores,
sem esquecer a tua natal cidade.

A Guida, a tua mulher-coragem,
deu-nos o privilégio da sua presença,
juntando-se a esta homenagem.

O vosso Amor a Morte não o matou,
mesmo se, no final, foi a Doença
quem, à traição, a Vida te tirou.

Tabanca de Matosinhos, 5 de setembro de 2018

Luís Graça, Maria Alice Carneiro 
e demais amigos/as e camaradas presentes.

Foto: Manuel Carmelita (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné

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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P18978: In Memoriam (320): Joaquim Carlos Rocha Peixoto (Penafiel, 1949 - Porto, 2018) (Luís Graça / Alice Carneiro / Tabanca de Matosinhos / Francisco Baptista / Joaquim Mexia Alves / Ana Sequeira)



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real >  26 de Junho de 2010 >  V Encontro Nacional da Tabanca Grande  > Uma foto para a eternidde... Uma foto, muito feliz, do Manuel Carmelita, grande fotógrafo, e grande amigo do casal: o Joaquim e a Margarida Peixoto, o nosso casalinho de professores de Penafiel, apanhados num belíssimo momento de descontracção e de ternura... (*)

Foto: © Manuel Carmelita (2010). Todos os direitos reservados.  [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


O professor do 1º ciclo do ensino básico Joaquim Peixoto e um grupo de alunos. S/d, s/l. Foto do arquivo do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné


O escritor (José Ferreira) e... o professor (Joaquim Peixoto). Em segundo plano, ao fundo, ao centro, o José Cancela. um velho amigo e vizinho dos Peixoto (Joaquim e Margarida). O José Ferreira escreveu sobre ele uma história deliciosa, publicada aqui no nosso blogue, e a tradicional cortejo do carneirinho, em Penafiel, tradição única no país, que remonta ao ano de 1880.


Vila Nova de Foz Coa > Restaurante do Museu do Côa > 3 de setembro de 2013 >  O meu cunhado, Augusto Pinto Soares e o Joaquim Peixoto, numa visita que fizemos juntos, com as nossas mulheres, ao Museu do Coa, com viagem de comboio até ao Pocinho.

Foto: © Luís Graça  (2013). Todos os direitos reservados.  [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Alguns dos seus amigos e camaradas da Guiné com quem convivia regularmente: da esquerda para a direita, José Manuel Moreira Cancela, Joaquim Peixoto,  José Manuel Lopes, Antonio Carvalho, Isolino Gomes e Manuel Carvalho. Foto de Manuel Carmelita, outro dos seus grandes amigos.

Fonte: página do Facebook do  Joaquim Carlos Rocha Peixoto.


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães... 21 de Agosto de 2011 > Sete magníficos (a contar da direita, Carvalho de Mampatá, Zé Rodrigues, Zé Manel Lopes, Zé Cancela, Joaquim Peixoto - régulo da tabanca-, Manuel Carmelita, Brito da Silva) mais um (Luís Graça, o fundador da Tabanca Grande)...

Foto (e legenda): © Luís Graça  (2011). Todos os direitos reservados.  [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 > A arte de bem receber e partilhar  do casal Peixoto > À hora refeição, em que participou também o resto da família Peixoto (o filho e a filha da Margarida e Joaquim, mais o genro, marido da Joana).

Foto (e legenda): © Luís Graça  (2011). Todos os direitos reservados.  [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Cinfães, Porto Antigo, albufeira da Barragem do Carrapatelo > 29 de Agosto de 2011 > A Alice, o Joaquim Peixoto e a Margarida... O casal Peixoto veio à Tabanca de Candoz (Quinta de Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses) retribuir a nossa, minha e da Alice, visita à Tabanca de Guilamilo,  no passado dia 21 de agosto de 2011.

Foto (e legenda): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Vizela > 30 de agosto de 2010 > Santuário de São Bento, a 410 metros acima do nível do mar, ao pôr do sol... Dois camaradas da Guiné, Joaquim Peixoto e Luís Graça, os dois primeiros inscritos na Tabanca de Guilamilo....

Foto (e legenda): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Joaquin Carlos Rocha Peixoto (Penafiel, 1949- Porto, 2018), Foto da página no Facebook.


Obrigado, Joaquim, pelo privilégio de te termos  conhecido... E até um dia, lá no Olimpo dos deuses, dos heróis, e dos amigos e camaradas da Guiné!... 



1. Conheci o Joaquim e a Margarida Peixoto por ocasião do IV Encontro Nacional da  Tabanca Grande, na Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria, em 20 de junho de 2009. Por um feliz acaso, apresentei-os à Alice  por que serem da mesma região; eles, de Penafiel, a Alice, do Marco de Canaveses... Ficámos, para sempre, bons amigos, os dois casais.

A Alice proporcionou logo a seguir, na sua casa, nesse verão o reencontro da senhora professora Margarida Peixoto com alguns dos seus antigos meninos e meninas...  A escola primária de Passinhos /Foz, no Marco de Canaveses, em 1972, foi o seu primeiro ano de atividade como professora. (**)

Eu e o Joaquim estivemos naturalmente presentes... Encantados. Foi um momento único, irrepetível. Como têm sido, para muitos de nós, alguns momentos aqui proporcionados pelo nosso blogue... De tal modo que já paga direitos de autor a frase O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande.

Em 11 de julho desse ano,  já se havia apresentado formalmente à Tabanca Grande  o Joaquim Carlos Rocha Peixoto, ex-fur mil inf,  com o curso de Minas e Armadilhas, da CCAÇ 3414 (Bafatá e Sare Bacar, 1971/73 (***).
CCAÇ 3414: Joaqiim Peixoto e Fernando Ribeiro (c. 1973)

Mas os nossos contactos remontavam já a 2007, quando o Joaquim respondeu a um pedido de
informação  nosso sobre o seu camarada Fernando Ribeiro, natural de Condeixa, morto em 1973 numa emboscada na estrada de Binta-Farim (****)

O nosso malogrado camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) nasceu em Canelas, Penafiel. O pai era um conceituado comerciante. Também tinha um irmão que já morreu.

Segundo os dados que constam na sua página no Facebook, andou no Colégio João de Deus, no Porto,  e frequentou o Liceu Nacional de Guimarães. Já depois depois de regressar da Guiné, e por conselho da sua namorada e futura esposa, fez o curso de professor  no Magistério Primário de Penafiel (*****).

Era casado, pai de um filho e uma filha, avô de dois netos (de 3 e 5 anos) que o adoravam. Foi professor do 1º ciclo do ensino básico, tendo-se reformado no Agrupamento Escolar de Penafiel Sul. Leccionou durante anos na Casa do Gaiato, em Paços de Sousa. Aí o professor também foi aluno, recebeu lições grandes de vida, por que naquela instituição acolhem-se e educam-se meninos da rua, alguns dos quais com dramáticas histórias de abandono, violência, exclusão social...

Sempre o conheci como  um homem simples, bom, discreto, sensível, reservado (mas nem por isso menos alegre e brincalhão), hospitaleiro, amigo do seu amigo, enquanto a Margarida, também nossa grã-tabanqueira (***),  é uma típica nortenha, de verbo fácil e a sensibilidade à flor da pele. Tive o privilégio de estar com eles, na sua belíssima casa nessa belíssma terra, que é Penafiel, da qual então era então um sítio de passagem, a camimnho de Candoz, desde 1975... O pouco que sabia, do tempo da guerra colonial,  é que Penafiel era a capital do vinho verde. Ora é muito mais do que isso: rica de história, património e gente boa. Uma terra que ele amava e de que tinha orgulho  (******).

Também passei, duas vezes, pela Quinta de Guilamilo, muito ligado à memória do seu pai, que ele estava a recuperar, e onde gostava de receber os amigos, e em especial dos camaradas da Guiné.


2. Depoimentos sobre o Joaquim Peixoto

(i) Luís Graça & Maria Alice Carneiro (*******):

Estivemos, ontem à noite, na Igreja das Freiras, em Penafiel, a despedirmo-nos do nosso amigo Joaquim, e a acompanhar na dor a Margarida, a sua filha e o seu filho... Apesar de tudo, era uma família que mostrava uma grande serenidade e dignidade... O Joaquim esperara por eles para morrer, em paz, ao fim da manhã!... Lucidamente, apenas com a morfina para lhe aliviar as dores físicas!...

Desgraçadamente era uma "morte anunciada"... Morre-se sozinho, sendo este o ato mais solitário da vida, mas a companhia dos que nos amam é um bálsamo!... Não há melhor morfina do que o amor e a compaixão!... Que lição extraordinária, esta, para todos nós que receamos esse momento derradeiro e fatal... Como iremos morrer? Às três da manhã, sozinhos, numa cama do hospital, o "terminal da morte", ou lúcida, digna, corajosamente, de mão dada com os que nos amam?... 

Que melhor despedida podia querer um homem bom e um grande camarada da Guné como o Joaquim?!

Soubemos pela Margarida, quanto bem lhe fez, em vida, o nosso blogue e as amizades que ele criou e alimentou na Tabanca Grande, na Tabanca de Matosinhos, na Tabanca dos Melros e na Tabanca de Guilhomil, em Guimarães, de que ele era o generoso e hospitaleiro régulo.

Obrigado/a, Joaquim, pelo privilégio de te termos conhecido... E até um dia, lá no Olimpo dos deuses, dos heróis, e dos amigos e camaradas da Guiné!... 

Malta da Tabanca de Matosinhos, vamos fazer-lhe a nossa homenagem de despedida no almoço de 4.ª feira? Eu e a Alice alinhamos, ainda estamos por cá esta semana!... E ver-nos-emos, mais logo, com certeza, às 15 horas, na derradeira despedida do Joaquim desta "terra da alegria".

À Margarida e à sua família apresentámos também os votos de pesar da Tabanca Grande e demais tabancas, incluindo a de Candoz.


(ii) Tabanca Matosinhos

Um Camarada que parte para a eternidade.

Joaquim Carlos Rocha Peixoto

Um camarada que parte deixa-nos sempre um pouco de si. O Peixoto deixou-nos muito de si:
- Deixou-nos a amizade profunda que sabia cultivar, enriquecida pela alegria, o seu sorriso, a sua meiga palavra de acolhimento...


A sua forte vontade de viver e saborear o que a vida tem de bom era contagiante.
O Peixoto partiu. Deixou-nos mais pobres. Paz à tua alma, bom amigo. Bem mereces.

À sua esposa Margarida e demais família as nossas profundas condolências e a nossa amizade.



(iii) Francisco Batista (*******):

Aos homens bons, aos melhores homens de todos nós, desejamos uma vida longa para podermos usufruir, se possível até ao limite, a sua companhia tão agradável e relaxante.

A perda do amigo Joaquim Peixoto, que ainda há poucos meses era um homem saudável, bom, alegre, transparente, vai criar em mim um vazio que ninguém poderá preencher. Tenho a certeza que o mesmo acontecerá a muitos camaradas e amigos que o conheceram e que conviveram com ele.
A minha mulher que o conheceu, a ele e à esposa Margarida, num almoço na quinta do poeta da Régua [, José Manuel Lopes e Luisa Valente], e gostou muito do casal, gostaria muito ir ao funeral amanhã. Eu, por maioria de razões, mais conhecimento e mais convivência gostaria muito de estar presente, mas porque a minha mulher está bastante adoentada, embora por doença passageira segundo me dizem, terei que lhe fazer companhia e não vamos poder ir. 

À Margarida enviamos um grande abraço de pêsames, sabemos que a sua dor é grande, nós compartilhamos dela e tal como nós uma multidão de homens e mulheres que o conheceram que o estimaram e se sentiram felizes e honrados com a sua convivência.


(iv) Joaqim Mexia Alves (********)

(...) Pergunto-me se o conhecia assim tão bem e chego à conclusão de que não, mas a sua bonomia, a sua simpatia, o seu olhar sereno, confiante, camarigo, ligado ao da sua mulher, Margarida, transporta-me para uma realidade que queria longe de mim e que é o saber que nós, os camarigos, vamos partindo, e que não sei se deixamos história, se deixamos sentimentos, se deixamos alma lusa, para motivar os vindouros, que já cá vão estando!

O Joaquim Peixoto era a serenidade em pessoa, pelos menos para mim, e na sua partida, chora-me o coração de camarigo, mas anima-se a minha alma de cristão: Ao homem bom, Deus recebe sempre no seu amor!

Sirvo-me da expressão popular e desejo que a “terra lhe seja leve”, porque aos homens bons Deus toma-os nos seus braços e leva-os para a eternidade!

A ti, meu amigo, camarigo, Joaquim, como eu, junto-me em oração à tua Margarida, à tua família, e espero que lá no “assento etéreo a que subiste”, nos relembres sempre junto daqu’Ele que é a vida, para que também nós a ti nos juntemos um dia, fazendo de um bocadinho do Céu, uma porção de Guiné! (...)


(ii) Ana Sequeira

 Joaquim Carlos Rocha Peixoto, obrigada pela tua amizade! Jamais me esquecerei do teu sorriso e boa disposição! Obrigada pelo teu companheirismo e apoio tão paternal quando cheguei à cidade de Penafiel!! Sou muito grata por te ter conhecido, por termos feito parte de uma equipa fantástica na Escola Básica de Guilhufe, de ter privado contigo e os teus momentos que guardarei eternamente na minha memória e no meu coração! Descansa em paz! Voltaremos a estar juntos, um dia! Beijinho desta tua "filha"...
________________


(**) Vd, blogue A Nossa Quinta de Candoz >  10 de setembro de  2009 > A homenagem da professora aos seus primeiros alunos (Escola de Passinhos, 1972)




(******) Vd. poste de 18 de outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5126: Um Casal Garcia, para desinfectar o dente... (Joaquim Peixoto, ex-Fur Mil, CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, 1971/73)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8740: Convívios (372): Tabanca de Guilamilo, 21 de Agosto de 2011: A arte de bem receber da Margarida e do Joaquim Peixoto (ex-Fur Mil, CCAÇ 3414, Saré Bacar e Bafatá, 1971/73)


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 > Não é fácil de lá chegar... O dono da casa foi-nos esperar à saída da autoestrada...

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  Os sete magníficos; a contar da direita, António Carvalho (ou simplesmente Carvalho de Mampatá), Zé Rodrigues, Zé Manel Lopes, Zé Cancela, Joaquim Peixoto - régulo da tabanca -, Manuel Carmelita, Brito da Silva;  mais um, Luís Graça, na ponta esquerda...  

Aqui reunem-se, de vez em quando, os amigos da Guiné, diz o letreiro, bem humorado, afixado no alpendre da casa, centenária, cheia de mistério e de história, ensombrada por um irã, que repousa sobre um diospireiro (Diospyros kaki, originário da China) , e que dizem ser a alma (penada) de um frade que terá sido morto durante a guerra civil de 1828-1832...  Em suma, dizem os pergaminhos da casa (que em tempos até serviam para os caseiros fazer os porta-enxertos das vides...) que o casarão já foi convento, extinto provavelmente em 1834, como todos os outros em Portugal...
 


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães >  21 de Agosto de 2011 >  Algumas das iguarias com que nos brindaram os donos da casa, a Margarida e o Joaquim Peixoto, professores do ensino básico, reformados, a viver habitualmente em Penafiel... O cabritinho (não confundir, com o anho ou o cordeiro a que tinham direito os senhores professores quando no activo...) e o respectivo arroz de forno (com açafrão) eram dignos de uma página de finmo recorte literário do grande gourmet que também era o Eça de Queiroz... Ou melhor, e passe a publicidade: A Margarida teve a nota máxima... Um dia ainda haveremos de editar o livro de receitas de todas as nossas tabancas... E o cabrito de Guilamilo, à moda da professora Margarida Peixoto, deverá lá figurar como uma das nossas maravilhas gastronómicas...
 

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães >  21 de Agosto de 2011 >  Os aperitivos, cá fora, na antiga eira da quinta... Do lado esquerdo, O Zé Cancela (Penafiel) e  o Zé Manel Lopes (Régua); do lado direito, duas das esposas, a do Zé Cancela e a do António Carvalho (Gondomar)...  (As duas são Luísas, se não me engano... Não fixei todos os nomes, lapso de que peço mil perdões.)

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  Em primeiro plano, a esposa do Brito da Silva (cuja entrada, na Tabanca Grande, se aguarda...) e a Alice, da Tabanca de Candoz...  O Brito da Silva, natural de Baião (e, portanto, vizinho da Tabanca de Candoz) vive, por sinal, na Madalena, Vila Nova de Gaia, onde eu (e a Alcie) costumo ir com frequência...
 

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  O Joaquim Peixoto - régulo da tabanca - exibindo uma surpreendente oferta do Manuel Carmelita à Tabanca Grande, representada por mim, um relógio de parede com o logótipo da solidária e alegre Tabanca de Matosinhos... 

O Manuel Carmelita, que é um verdadeiro artista, casado com a Joaquina Carmelita, vive em Vila do Conde, ofereceu igual prenda ao Pepito, director executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento, a passar férias em Portugal (e réguo da Tabanca de São Martinho do Porto),  aquando da sua  visita (muito comentada) à Tabanca Pequena, no passado dia 17 de Agosto...

O Joaquim estava superfeliz, por  uma série de razões: (i) acabava de se reformar; (ii) tinha conseguido, em finais de Julho, realizar o 1º encontro da sua companhia, a CCAÇ 3414 (Sare Bacar, 1971/73), "graças ao teu/nosso blogue"; (iii) trazia a Guilamilo alguns dos seus amigos e camaradas da Tabanca de Matosinhos, mais chegados, incluindo o Brito da Silva (ex-Fur Mil Mec da sua companhia); (iv) tivera a agradável surpresa da vinda dos já velhos amigos Luís Graça e Alice Carneiro, da Tabanca de Candoz; (v) juntava também os seus filhos e genro... E, last but not the least, (vi) através do nosso blogue, um ilustre parente desconhecido contactou-o, por mail e depois por telefone, dando-lhe conhecimento dos desenvolvimentos da árvore genealógica dos Peixoto e da história de Guilamilo...


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 > Os anfitriões, Margarida e Joaquim, na hora dos discursos... Antes do Old Parr ("from Scotland for The Portuguese Armed Forces with love"...) e da aguardente, amarelinha,  do frade, feita outrora na quinta... (O Joaquim fez questão de presentear cada um dos seus convidados com uma garrafa desse precioso líquido, em cuja feitura estava presente o alquimista do frade; a Margarida, por sua vez, e mais uma vez, surpreendeu-nos com os seus delicados mimos, para as senhoras, que também eram oito... No seu brilhante e bem disposto improviso, a Margarida fez questão de sublinhar o quão bem tinha feito ao seu marido o reencontr com os camaradas da Guiné.)
 


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  À hora refeição, em que participou também a família Peixoto (Margarida e Joaquim, mais os seus dois filhos e o genro, marido da Joana).

 A Tabanca de Guilamilo (que já foi falsamente baptizada, por mim, como Guilhomil) dá assim mais um magnífico exemplo de camarigagem e de gosto pela convivialidade, sã e fraterna,  dos camaradas da Guiné que, de norte a sul, se reúnem sob o poilão da nossa magnifica Tabanca Grande... Neste caso, os convivas (incluindo eu) têm uma dupla pertença, são também "tabanqueiros" da Tabanca de Matosinhos, e fazem jus ao slogan, "Uma, duas, três, muitas tabancas"...

O Joaquim Peixoto (bem com os seus convidados nortenhos, acima identificados) reúne-se regulamente, às 4ªas feiras, para o já sacramental e célebre almoço no restaurante  Milho Rei  (A chamada Tabanca Pequena, que tem também uma página no Facebook, é descrita como um "espaço feito para e por ex-combatentes da Guerra do Ultramar na Guiné e que se juntam semanalmente em Matosinhos para perpetuarem uma amizade iniciada na sua juventude em África em tempos de Guerra").


Fotos (e legendas): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados 

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Guiné 63/74 - P8713: Convívios (360): Tabancas de Guilamilo e de Candoz, geminadas...,

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães... 21 de Agosto de 2011 > Sete magníficos (a contar da direita, Carvalho de Mampatá, Zé Rodrigues, Zé Manel Lopes, Zé Cancela, Joaquim Peixoto - régulo da tabanca -, Manuel Carmelita, Brito da Silva) mais um (Luís Graça)...



Cinfães, Porto Antigo, albufeira da Barragem do Carrapatelo > 29 de Agosto de 2011 > A Alice, o Joaquim Peixoto e a Margarida... O casal Peixoto veio à Tabanca de Candoz (Quinta de Candoz, Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses) retribuir a nossa, minha e da Alice, visita à Tabanca de Guilamilo (e não Guilhamil), no passado dia 21... Sobre esta "geminação" entre as duas tabancas falaremos, com mais tempo e vagar, logo que forem resolvidos problemas técnicos do blogue que nos obrigam a trabalhar ainda no "modo de edição antigo"...


Fotos (e legendas): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados

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Nota do editor:

Último poste da série >
25 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8707: Convívios (359): Tabanca de São Martinho do Porto, 2011

domingo, 12 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P6978: Convívios (270): Tabanca de Guilamilo, Polvoreira, Guimarães, 30 de Agosto de 2010,com o Joaquim e a Margarida Peixoto (Luís Graça)




A festa do carneirinho é uma tradição única no nosso país. Em Penafiel, o carneirinho é festejado na véspera o dia do Corpo de Deus. Em que consiste ? Nesse dia as crianças do 1º ciclo do ensino básico  (antiga 4ª classe) fazem um desfile,  ao longo das ruas de Penafiel. À frente seguem os bombos e os divertidos gigantones. Cada turma leva consigo um carneirinho, um anho,  enfeitado com flores de papel multicolores, oferenda ao seu(sua) professor(a)... Os miúdos vão vestidos com roupas tradicionais, levam bandeiras de papel e cartazes com frases alusivas aos professores. Desfilam entoando canções feitas por eles sobre o carneirinho, a escola e os professores. E no passado, a palmatória... Como recordam, aqui, os nossos amigos Joaquim e Margarida Peixoto, ambos professores, residentes em Penafiel. Ele, membro da nossa Tabanca Grande.

Esta tradição remonta a 1880, segundo Teresa Soeiro, autora do livro Penafiel. Nesse ano “um grupo de alunos da Casa Escolar do Sr. Henrique de Carvalho resolveram brindar o seu professor com um carneiro e fizeram-no por modo vistoso (…) indo na frente montado num jerico um aluno tocando corneta, e o carneiro muito enfeitado entre duas alas de pequenos estudantes vestidos a capricho. Todos acharam graça à lembrança.”

A nossa amiga Guida lembra-se, do seu tempo de menina e moça, das quadras que os  alunos cantavam durante o desfile, frente à casa da professora:

Viva o Carneirinho, / Viva a Professora, / Morra a palmatória, / Morra!

... No dia 30 de Agosto de 2010, nasceu mais uma Tabanca, a de Guilhomil, nome da quinta do Joaquim, sita na freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães. Fui lá, com familiares, almoçar, em resposta a um convite a este simpatiquíssimo casal de quem,  eu e a Alice,  já nos tornámos amigos.


 Vídeo (3' 38''): Luís Graça (2010). Alojado em You Tube > Nhabijoes




Guimarães, berço da nacionalidade, património mundial da humanidade... preparando-se para ser  a Capital da Cultura 2012...


Guimarães > Centro histórico, zona intra-muros (Classificada como património mundial da humanidade)  > Os antigos paços do concelho




Guimarães > Centro histórico > O célebre Largo da  Oliveira...



Guimarães > Centro histórica > Cada recanto, um encanto...



Guimarães < Polvoreira >  Quinta de Guilamilo, doravante Tabanca de Guilamilo ... A nobreza do granito esconde um antigo convento, de cuja história se sabe pouco... A casa está assombrada por vários fantasmas: o do Zé do Telhado, que a terá assaltado em emados do Séc. XIX; a de um frade que lá foi assassinado, possivelmente depois da extinção dos conventos em 1834... Mas foi lá que o Joaquim conheceu a Guida, numa festa que ele organizou depois do seu regresso da Guiné, creio que na passagem de ano de 1974...


Em casa é em U... Um pormenor do pátrio exterior, visto do 1º piso...


Vista para o pátio de entrada da quinta e da casa...


A belíssima cozinha do convento, que chegou a ter três fornos... Restam agora dois...


O oratório... e alguns dos livros que sobreviveram ao passar dos anos...


Fazendo as honras à casa: o Joaquim é exímio na arte de bem receber... O Joaquim e a Guida fazem, de resto,  uma belíssimo par.


Ainda em obras, a casa (o casarão) é um encanto... Da direita para a esquerda, o Joaquim (que a Guida trata por Carlos), a Alice, e os meus cunhados (e sócios de A Nossa Quinta de Candoz) Gusto e Nitas.


Vamos lá então ao cabritinho... com o estômado já bem composto pelas magníficas entradas confeccionadas pela Guida... Os vinhinhos eram verdes, monocastas, não da quinta (que produziu 40 pipas no tempo do pai do Joauqim) mas da  Região Demarcada dos Vinhos Verdes: um azal, outro avesso...À mesa estavam apenas, além dos anfitriões, a minha mulher Alice, e os meus cunhados, Ana Carneiro e Augusto Soares... Foi uma tarde de amena cavaqueira... Ainda iríamos depois à Penha (Guimarães) e ao Santuário de São Bento (Vizela)... Com esta história regressámos, eu e a Alice, a Candoz (e os meus cunhados ao Porto) já no dia seguinte...




A Guida, aliás Margarida... que na infância viveu em Angola.


Depois de uma magnífica refeição, ficámos os dois, eu e o Joaquim, a lembrar as coisas e as loisas da Guiné, com o Old Parr como digestivo...



 
A chave da nova Tabanca... de Guilamilo



O portal da casa do caseiro...



O velho brasão... A quinta foi herança do Joaquim, por via paterna... O pai foi nado e criado em Penafiel.




O senhor professor Joaquim Carlos Rocha Peixoto... ainda no activo...  A Guida já está reformada...

Recorde-se que era foi Fur Mil, da CCAÇ 3414, Sare Bacar, Cumeré, Brá, tendo estado no CTIG entre Julho de 1971 e Setembro de 1973.

A CCAÇ 3414 era uma companhia açoriana, comandada pelo Cap Inf Manuel José Marques Ribeiro de Faria... Unidade mobilizadora, BII 17. O Joaquim era amigo do Fernando Ribeiro, morto já no final da comissão...Falámos disto, das peripécias da Guiné, das (des)venturas dos nossos camaradas (alguns velhos, gastos, doentes, solitários, e com dificuldades financeiras, garante ele que é um homem atento, observador e sensível). Falámos das nossas Tabancas, a Grande e a Pequena (a de Matosinhos, de que o Joaquim é presença habitual nos almoços de 4ª feira)... O Joaquim fez o antigocurso do magistério primário já depois de regressar da Guiné... A ele e à Guida o meu muito especial Oscar Bravo (obrigado) pela hospitalidade e a amizade com que me honraram, a mim, à Alice e aos meus cunhados.





Vizela > Santuário de São Bento, a 410 acima do nível do mar, ao pôr do sol... Dois camaradas da Guiné, Joaquim Peixoto e Luís Graça, os dois primeiros inscritos na Tabanca de Guilamilo (e não Guilhomil...). Obrigado, Joaquim, por esta bela jornada...

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados

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Nota de L.G.: