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terça-feira, 27 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6794: O Nosso Livro de Visitas (95): Quem se lembra do Dr. Noronha (de Bafatá), do Toscano de Almeida, madeireiro, do Dias Saboeiro, figuras que povoam a minha infância ? (Maria Augusta Antunes, que cresceu no Xitole, na década de 1950)


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Saltinho > Rio Corubal > Novembro de 2000> Uma das mais belas tiradas pelo Albano Costa (ou seu filho, Hugo Costa), aquando da sua visita à Guiné-Bissau... Mulheres e crianças tomando banho nos rápidos do Saltinho... Poucos de nós tiveram o privilégio de, em tempo de guerra, contemplar uma cena idílica, quase bíblica,  como esta... Na época o Rio Corubal era um dos sítios onde o tuga não se atrevia a tomar banho, com excepção do Saltinho... É dos rios míticos que, quais fantasmas, nos povoam a memória... E que deve ser familiar à nossa leitiora Maria Augusta Antunes, que viveu lá perto até ao início da década de 1960...

Foto: © Albano Costa (2006). Direitos reservados


1. Comentário da nossa leitora Maria Augusta Antunes (*), com data de hoje, ao poste P6434 (**)

Por favor, algum dos soldados que chegaram à Guiné em 63, se lembra do Dr. Noronha, de Bafatá? Do Sr. Toscano de Almeida, madeireiro, que ajudou a levar tantos colonos para a Guiné? Do Dias Saboeiro?

Porque não li nada sobre eles e julgo que deviam dar a conhecer estas pessoas a quem brancos e negros desse tempo tanto devem... Eu era pequena e pouco sei deles... mas gostaria de aprofundar as suas origens e até conhecer os seus descendentes para lhes contar o que me lembro deles. Eles povoam as memórias da minha infância.


2. Comentário de L.G.:

Cara leitora, e já nossa amiga do Xitole: 

Obrigado pela sua "visita" (***). Aqui fica, com visibilidade, o seu comentário ao poste do nosso camarada Beja Santos, em que se faz a recensão do livro do António Estácio, guineense, pessoa do seu tempo, nascida em Bissau. 

Se quiser adquirir o livrinho dele (Nha Carlota), sugiro que lhe telefone (219229058 ou 962 696  155). Trata-se de uma edição de autor. (Infelizmente, o nosso camarada e amigo António Estácio, faleceu em 2022. LG).

O Toscano de Almeida é citado várias vezes nesse livro de memórias. O António Estácio faz parte da nossa Tabanca Grande. Clique aqui para saber mais... 

Apareça sempre que quiser e puder. Inclusive fica convidada para ingressar no nosso blogue, como membro de pleno direito. Seria uma honra para nós podermos partilhar mais memórias da sua infância na Guiné. Mantenhas. Luís Graça

PS - Convido-a a ver um vídeo de 6 minutos sobre o Xitole, posto no You Tube pelo nosso camarada Álvaro Basto... Foi feito por Hugo Costa, filho do nosso camarada Albano Costa (de Guifões / Matosinhos) aquando de uma visita em grupo à Guiné-Bissau, em Novembro de 2009. O vídeo também pode ser visto no blogue Xitole, poste de 12 de Dezembro de 2007.

___________

Notas de L.G.:

(*) Nascida em 1948, no concelho de Tomar. Imigrou ainda bebé com os pais para a Guiné, donde regressou aos 12 anos [c. 1960]. Fonte: Comentário ao blogue Fundo da Rua > Domingo, 14 de Dezembro de 2008 > Um Ministro em Paio Mendes

Vd. também 7 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6549: O Nosso Livro de Visitas (92): O Xitole que eu e os meus pais conhecemos até 1962 (Maria Augusta Antunes, filha de Henrique Martinho, antigo madeireiro)

 (**) Vd. poste de 20 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6434: Notas de leitura (109): Carlota Lima Leite Pires, 'Nha Carlota' (1889-1970), de António Estácio (Mário Beja Santos)

(...) Uma das singularidades da Nha Carlota foi o seu salazarismo indefectível, proibia que se falasse mal de Salazar. Fez sociedade com um dos filhos do antigo Presidente da República António José de Almeida, Manuel Alexandre Toscano de Almeida (confesso que de algum modo me baseei nesta personagem para criar o primeiro marido da Benedita, Albano Toscano, do meu livro “Mindjer Garandi”).


Este Manuel Toscano era opositor ao regime de Salazar, participou na sublevação da Guiné de 17 de Abril de 1931, foi demitido da função pública e depois enveredou pelos negócios. Viajou várias vezes a Portugal, numa delas, já perto do final da sua vida, foi recebida por Salazar. Nessa audiência ofereceu ao ditador um retrato dele próprio feito a carvão com a seguinte dedicatória: “Um homem tão grande para um país tão pequeno”. (...)

(***) Último poste desta série > 18 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 – P6757: O Nosso Livro de Visitas (95): Cassiano Reginatto, um nosso leitor no Brasil que gosta de África