O nosso camarada José Carmino Azevedo (ex-Soldado Condutor Auto Rodas da CCAV 2487/BCAV 2868, Bula, 1969/71), solicita o anúncio de mais um Encontro do pessoal da CCS do seu Batalhão.
ENCONTRO DO PESSOAL DA CCS/BCAV 2868
(Guiné, 1969/70)
DIA 27 DE JUNHO DE 2015
AVEIRAS DE CIMA
EMENTA:
Lombo assado
e
Bacalhau com natas
PREÇO: 18,00 Euros
RESTAURANTE: Pôr do Sol 2
Estrada Nacional, 366
Aveiras de Cima
Contacto para inscrições: 919 143 520
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Nota do editor
Último poste da série de 8 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14588: Convívios (677): Mais um Encontro do pessoal da Magnífica Tabanca da Linha, desta feita no próximo dia 21 de Maio, em Arneiro, S. Domingos de Rana (José Manuel Matos Dinis)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
sábado, 9 de maio de 2015
Guiné 63/74 - P14590: Agenda cultural (397): Apresentação do livro "O General Ramalho Eanes e a História Recente de Portugal" - 1.º Volume, dia 14 de Maio de 2015, pelas 15 horas, na Messe Militar do Porto, Praça da Batalha (Manuel Barão da Cunha)
APRESENTAÇÃO DO LIVRO "O GENERAL RAMALHO EANES E A HISTÓRIA RECENTE DE PORTUGAL" - 1.º VOLUME, DIA 14 DE MAIO DE 2015, PELAS 15H00, NA MESSE MILITAR DO PORTO - PRAÇA DA BATALHA
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Nota do editor
Último poste da série de 7 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14579: Agenda cultural (396): no 70º aniversário do final da II Guerra Mundial, uma sugestão iimperdível: três obras-primas do realizador de cinema italiano Roberto Rossellini: Roma, Cidade Aberta (1945), Paisá-Libertação (1946) e Alemanha, Ano Zero (1948)...Em cartaz, em cópias restauradas, em Lisboa (Espaço Nimas) e no Porto (Teatro do Campo Alegre)
C O N V I T E
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Nota do editor
Último poste da série de 7 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14579: Agenda cultural (396): no 70º aniversário do final da II Guerra Mundial, uma sugestão iimperdível: três obras-primas do realizador de cinema italiano Roberto Rossellini: Roma, Cidade Aberta (1945), Paisá-Libertação (1946) e Alemanha, Ano Zero (1948)...Em cartaz, em cópias restauradas, em Lisboa (Espaço Nimas) e no Porto (Teatro do Campo Alegre)
Guiné 63/74 - P14589: A bianda nossa de cada dia (3): o melhor casqueiro da zona leste, amassado e cozido em forno a lenha pelo Jacinto Cristina e pelo Manuel Sobral, no destacamento da ponte Caium... Mas nem só de pão viviam os homens do 3º Gr Comb, os "fantasmas do leste", da CCAÇ 3546 (Piche, 1972/74)
Foto nº 1 A
Footo nº 1
Foto nº 2
Foto nº 3
Foto nº 4
Foto nº 5
Foto nº 6
Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Setor de Piche > CCAÇ 3546 (1972/74) > Destacamento da Ponte de Caium, guarnecido pelo 3º grupo de combate, "Os fantasmas do leste".(*)
Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Setor de Piche > CCAÇ 3546 (1972/74) > Destacamento da Ponte de Caium, guarnecido pelo 3º grupo de combate, "Os fantasmas do leste".(*)
Fotos: © Jacinto Cristina (2010). Todos Todos os direitos reservados. [EDição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. A ponte, a padaria e o padeiro... O forno foi construído na parte inferior da ponte... Como o espaço era acanhado, tudo se aproveitava... O forno e a cozinha ficavam do lado esquerdo, no sentido Piche-Buruntuma...
De costas, em tronco nu, vê-se o Manuel da Conceição Sobral (que vive hoje em Cercal do Alentejo, Santiago do Cacém), e era o ajudante de padeiro (Foto nº 1). O Jacinto Cristina, o padeiro, está a enfornar (Foto nº 1A)...
No destacamento da ponte de Caium estava um grupo de combate, à época pertencente à CCAÇ 3546 (Piche, 1972/74). O Sobral e o Cristina faziam reforço das 4 às 6 da manhã. Por volta das 5h/5h30, um deles ia amassar a farinha (12 kg / dia)... O outro ficava de reforço até às 6. Depois das seis, até às 8h/8h30, ficavam os dois a trabalhar. Às 9h já havia pão fresco...
Todos os dias coziam. Tinham um stock de farinha que dava para um mês. Faziam uma média de 30 pães de 400 gramas, por dia. Como bons tugas, os camaradas que defendiam a ponte, adoravam pão!... O resto do dia os padeiros descansavam, ou jogavam à bola, ou brincavam no rio, quando levava água...
O Sobral era o apontador do morteiro 81 e o Cristina o municiador. Portanto, uma parelha completa! Também havia um morteiro 10,7, ao cuidado do Pinto e do Algés. O 81 ficava do lado direito, à saída da ponte, no sentido de Buruntuma. O 10,7 ficava no lado esquerdo, junto ao paiol, também no sentido de Buruntuma... Mais à frente estava o 1º cabo Torrão, apontador da HK 21 (irá morrer em 14 de Junho de 1973). Também havia o morteiro 60 e a bazuca 8,9.
O Sobral era o apontador do morteiro 81 e o Cristina o municiador. Portanto, uma parelha completa! Também havia um morteiro 10,7, ao cuidado do Pinto e do Algés. O 81 ficava do lado direito, à saída da ponte, no sentido de Buruntuma. O 10,7 ficava no lado esquerdo, junto ao paiol, também no sentido de Buruntuma... Mais à frente estava o 1º cabo Torrão, apontador da HK 21 (irá morrer em 14 de Junho de 1973). Também havia o morteiro 60 e a bazuca 8,9.
O Cristina (eu trato-o sempre por Jacinto, pai da minha querida amiga engª Cristina Silva e sogro do meu querido amigo, dr. Rui Silva) tornou-se de tal maneira imprescindível (por causa do "pão nosso de cada dia") que, além de municiador (e apontador, quando necessário) do morteiro 81, ficou na ponte de Caium 14 meses (em rigor, 13, se descontarmos o glorioso mês de férias, em abril de 1973, em que veio a casa para estar com a mulher e a filha; com ele, de férias, vieram também o Pinto, o Charlot e o Algés; no avião da TAP, uma alegria!...Já não se lembra de quanto pagou... "Seis contos, para aí", diz-me ele).
Diziam que era o melhor casqueiro da Zona Leste... Na foto nº 2 o Jacinto está varrer e a limpar o forno... Na foto nº 3, está a fazer um petisco, ou não fosse ele um alentejano dos quatro costados... Na foto nº 4, está a barbear-se... Mesmo com o metro quadrado mais caro da Guiné, nas "suites" da Ponte Caium não faltava nada... O chuveiro era um bidão de 200 litros, furado...
Terrível foi aquele período de um mês (entre meados de maio e junho de 1973) em que o destacamento esteve sem reabastecimentos, sem farinha, sem pão... Por que a fome era negra, meteram-se a caminho de Piche, a 14 de junho de 1973, tendo sofrido uma brutal emboscada, em que morreram o 1º cabo apontador de metralhadora David Fernandes Torrão, e os soldados atiradores Carlos Alberto Graça Gonçalves ("Charlot"), Hermínio Esteves Fernandes e José Maria dos Santos...
Disse-me o Jacinto Cristina (que ficou na ponte a tomar conta do seu morteiro 81), que os corpos foram cortados em quatro, com rajadas de Kalash... O bigrupo do PAIGC (onde foram referenciados cubanos) levou cinco armas (incluindo a do furriel que foi projectado com o impacto do RPG7, juntamente com o sold cond auto Rocha, o Florimundo ).
Uns meses antes, em 19 de Fevereiro de 1973, tinha morrido o fur mil op esp Amândio de Morais Cardoso, na sequência da desmontagem de uma armadilha de caça. Essa cena passou-se debaixo dos olhos do Cristina que se salvou, ao pressentir o perigo.
Uns meses antes, em 19 de Fevereiro de 1973, tinha morrido o fur mil op esp Amândio de Morais Cardoso, na sequência da desmontagem de uma armadilha de caça. Essa cena passou-se debaixo dos olhos do Cristina que se salvou, ao pressentir o perigo.
Soldado atirador, o Cristina era, como já dissemos, municiador do morteiro 81. Mas, uma vez que Piche ficava longe e era preciso fazer pão todos os dias, aprendeu a arte de padeiro (que depois seria o seu ganha-pão, em Figueira de Cavaleiros, Ferreira do Alentejo, onde vive, hoje já refiormado; durante anos, teve um negócio próprio na área da panificação; passei várias vezes pela casa e padaria, e trazia para Lisboa o seu pão feito na hora; pude, pois, comprovar que o seu "casqueiro" era, de facto, o melhor da região).
Como se percebe pelas fotografias, as estruturas da ponte foram aproveitadas ao milímetro...
Na foto nº 6 (s/d, tirada na época seca, em 1973), o destacamento é visto da margem esquerda do Rio Caium, a sul da estrada, no sentido Buruntuma-Piche. Segundo o Carlos Alexandre (, de alcunha, "Peniche"), ao examinar melhor uma imagem destas que lhe mandei, com maior resolução, vê que à entrada do tabuleiro, estão dois camaradas que parecem ser o Cristina e o Sobral.
Um novo troço da estrada Piche-Buruntuma estava então em construção, a cargo da Tecnil. De Nova Lamego a Piche já se ia, há muito, em estrada asfaltada. Daí talvez este desvio, contornando a ponte e atravessando. O desvio é visível (parcialmente, em primeiro plano) na foto nº 6.
Na época seca, o rio Caium ficava seco (ou reduzia-se a um pequeno charco à volta da ponte). Este rio é um afluente do Rio Coli, que fica a sul da estrada Nova Lamego-Piche-Buruntuma e serve de linha fronteiriça entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conacri.
2. Quem passou por aqui, entre Piche e Buruntuma, dificilmente acredita que um homem pudesse aguentar mais do que um mês, dois meses, neste Bu...rako. Recorde-se aqui a opinião, autorizada, do nosso camarada Luís Borrega (que infelizmdente, já nos deixou, em agosto de 2013, ficando vazio o seu lugar à sombra do nosso poilão):
"Se houvesse um ranking para os maiores BURACOS da Guiné, Ponte Caium estaria certamente no TOP TEN, e provavelmente dentro dos 10, muito à cabeça (...) . O destacamento tinha que ser rendido a cada três semanas, (só em teoria), pela necessidade de géneros, mas também porque psicologicamente era o máximo de tempo que (...) podia aguentar. No entanto só éramos rendidos mês e meio ou dois meses depois. Numa das vezes estivemos 15 dias a sobreviver só com latas de atum, café e pão confeccionado sem fermento. Podem imaginar a qualidade desta panificação. Não havia mais nada no depósito de géneros. Era o meu grupo de combate que estava lá nessa altura. Foi um bocado complicado lidar com a situação, especialmente acalmar a guarnição" (...).
Houve quem vivessse e sobrevivesse na Ponte Caium, comendo o pão que o Cristina e o Sobral amassaram e cozaram, sempre com dedicação e carinho... Mas também lembrando aos camaradas que defendiam a ponte e aos transeuntes, que "nem só do pão vive o homem (**),,,
Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Ponte Caium > Ao lado de um memorial aos mortos do 3º Gr Comb da CCAÇ 3546 (1972/74) ("Honra e Glória: Fur Mil Cardoso, 1º Cabo Torrão, Sold Gonçalves, Fernandes, Santos, Sold AP Dani Silva. 3º Gr Comb, Fantasmas do Leste,. Guiné- 72/74"; ainda existia em 2010, no tabuleiro da ponte esta base "Nem só de pão vive o home. Guiné, 1972-1974".
Foto: © Eduardo Campos (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.
Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Setor de Piche > Carta de Piche > Localização (assinalada a amarelo) da Ponte do Rio Caium, na estrada Piche (a sudoeste)-Buruntuma (nordeste, junto à fronteira com a Guiné-Conacri), sensivelmente a meio entre as duas localidades. O Rio Caium corre para sul, sendo um afluente do Rio Coli (que separa os dois países, num largo troco da fronteira leste).
Imfografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2015)
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Notas do editor:
(*) 24 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7033: Álbum fotográfico de Jacinto Cristina, o padeiro da Ponte Caium, 3º Gr Comb da CCAÇ 3546, 1972/74 (1): O melhor pão da zona leste...
(**) Último poste da sérei 26 de setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7039: Álbum fotográfico de Jacinto Cristina, o padeiro da Ponte Caium, 3º Gr Comb da CCAÇ 3546, 1972/74 (3): De facto, Eduardo, nem só de pão vive o homem...
(*) 24 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7033: Álbum fotográfico de Jacinto Cristina, o padeiro da Ponte Caium, 3º Gr Comb da CCAÇ 3546, 1972/74 (1): O melhor pão da zona leste...
(**) Último poste da sérei 26 de setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7039: Álbum fotográfico de Jacinto Cristina, o padeiro da Ponte Caium, 3º Gr Comb da CCAÇ 3546, 1972/74 (3): De facto, Eduardo, nem só de pão vive o homem...
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Guiné 63/74 - P14588: Convívios (677): Mais um Encontro do pessoal da Magnífica Tabanca da Linha, desta feita no próximo dia 21 de Maio, em Arneiro, S. Domingos de Rana (José Manuel Matos Dinis)
1. Mensagem do nosso camarada José Manuel Matos Dinis (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71), Amanuense da Magnífica Tabanca da Linha, em efectividade de serviço, com data de 7 de Maio de 2015:
Viva Carlos, boa tarde!
Prosto-me a teus pés e,
Volto a contar contigo para publicitares o próximo encontro da MAGNÍFICA, pois se não o fizeres, corro o risco de ser degradado para um qualquer lugar que não tenha as magníficas praias de S.Tomé, e sem os privilégios antigos e tolerantes de um outro degradado de luxo naquelas paragens.
De facto, S. Ex.ª o Senhor Comandante Rosales criou um interregno nos seus múltiplos afazeres, e mandou-me conduzi-lo a um lugar respeitoso, respeitado, e onde se servem famosas refeições, que se presume susceptível de nos fazer esquecer Oitavos. Não tem a mesma vista, nem a mesma facilidade de estacionamento, mas situa-se a meio da linha, pelo que em princípio será de mais fácil acesso para a maioria. Tem fama de bom serviço, que já é um contributo para a adaptação. O preço é que medra para os 20 aéreos (mas é equivalente para a Marinha, como para o Exército. Em suma, é de 20 paus para cada um, e de qualquer origem). Acabada a diligência, depositei S. Ex.ª na sua residência no nobiliário Monte Estoril, que me incumbiu de esmero nesta tarefa de promoção.
Tratando-se de pessoa afável, mas vingativo, apelo ao teu coração e à tua criatividade, para me salvares da terrível punição em caso do seu, dele, desagrado.
Hei-de pagar-te.
Nota - peço que preserves a imagem de Oitavos para esta convocatória, no sentido de evitar uma crise de identidade..
Então lá vai:
Conforme diversos relatos oficiais e particulares, faltou muita seriedade à empresa de Oitavos relativamente ao serviço do último encontro. Nessa esteira, e levando em conta o politicamente correcto, S. Ex.ª deu acolhimento a vários protestos sobre a qualidade, a quantidade, e a (in)delicadeza do serviço, para além da traição vínica, o costumeiro e honesto Esteva douriense, substituído por uma zurrapa não sei de onde. Dessa decisão decorreu a transferência, definitiva ou provisória, para outro local de amesentação, onde a tertúlia possa continuar a proporcionar magníficos e saudáveis encontros de confraternização. Tal mudança tem custos: a refeição completa tem novo preço, que já foi referido e não me atrevo a repetir, e o vinho passa a ser da Ermelinda, e do mais fracote dos produzidos naquela casa. De resto, continua a haver breves entradas, e uma escolha de duas sobremesas. Também haverá uma escolha de dois pratos. Esta concepção de ementa implica que ninguém se esqueça de notificar as escolhas com que deseja ser contemplado.
Assim, da estrada do Guincho, passamos para o Arneiro, a S. Domingos de Rana. Saindo da A5, vira-se logo à direita, passam-se 3 indicações do Arneiro, e vira-se à direita, onde o Caseiro está a breves 100 metros. Há uma dúzia de lugares ali à porta, e os atrasados terão que procurar nos quarteirões próximos.
Sobre os comeres, como já referi haverá "couvert", pratos e sobremesas à escolha, rematados com café, mai-la pinga, pelo valor citado de 20 paus. E o que se poderá escolher, perguntarão os excelentíssimos tertulianos. Nos pratos existem as alternativas de arroz de tamboril e maminha (uma carne grelhada) fatiada, enquanto nas sobremesas as alternativas serão delícia de nata com chocolate quente e salada de frutas. O "couvert" constará de pão, manteiga, patês, queijo de cabra com azeite e orégãos.
Vamos a alinhar, que o IMI já passou. As respostas e inscrições terão que chegar até ao dia 18, segunda-feira. Peço ao Manuel Resende para divulgar no blogue da Magnífica. Há alguns camaradas sem identificação de contacto, casos de Filipe (amigo do Pires), Tirano, Zé Rosales, Rogê, Santiago e Sottomouro.
Com os habituais desejos de saúde, boa disposição, e tostões para estragos, S. Ex.ª o Senhor Comandante Rosales abraça-vos, e refere estar atento aos faltosos, desertores e outros complicados, mas para quem vier a apresentar-se promete o derretimento máximo.
A minha humilde pessoa deseja que no dia 21 compareçam com muita e espontânea alegria.
Abraços fraternos
JD
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Nota do editor
Último poste da série de 7 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14582: Convívios (676): VI Almoço do pessoal da CCS do BCAÇ 2834 (Buba, 1968/69), dia 20 de Junho de 2015 em Mira (Flávio Ribeiro, Op Cripto)
Viva Carlos, boa tarde!
Prosto-me a teus pés e,
Volto a contar contigo para publicitares o próximo encontro da MAGNÍFICA, pois se não o fizeres, corro o risco de ser degradado para um qualquer lugar que não tenha as magníficas praias de S.Tomé, e sem os privilégios antigos e tolerantes de um outro degradado de luxo naquelas paragens.
De facto, S. Ex.ª o Senhor Comandante Rosales criou um interregno nos seus múltiplos afazeres, e mandou-me conduzi-lo a um lugar respeitoso, respeitado, e onde se servem famosas refeições, que se presume susceptível de nos fazer esquecer Oitavos. Não tem a mesma vista, nem a mesma facilidade de estacionamento, mas situa-se a meio da linha, pelo que em princípio será de mais fácil acesso para a maioria. Tem fama de bom serviço, que já é um contributo para a adaptação. O preço é que medra para os 20 aéreos (mas é equivalente para a Marinha, como para o Exército. Em suma, é de 20 paus para cada um, e de qualquer origem). Acabada a diligência, depositei S. Ex.ª na sua residência no nobiliário Monte Estoril, que me incumbiu de esmero nesta tarefa de promoção.
Tratando-se de pessoa afável, mas vingativo, apelo ao teu coração e à tua criatividade, para me salvares da terrível punição em caso do seu, dele, desagrado.
Hei-de pagar-te.
Nota - peço que preserves a imagem de Oitavos para esta convocatória, no sentido de evitar uma crise de identidade..
Então lá vai:
CONVÍVIO DA MAGNÍFICA TABANCA DA LINHA
DIA 21 DE MAIO DE 2015, EM S. DOMINGOS DE RANA
Conforme diversos relatos oficiais e particulares, faltou muita seriedade à empresa de Oitavos relativamente ao serviço do último encontro. Nessa esteira, e levando em conta o politicamente correcto, S. Ex.ª deu acolhimento a vários protestos sobre a qualidade, a quantidade, e a (in)delicadeza do serviço, para além da traição vínica, o costumeiro e honesto Esteva douriense, substituído por uma zurrapa não sei de onde. Dessa decisão decorreu a transferência, definitiva ou provisória, para outro local de amesentação, onde a tertúlia possa continuar a proporcionar magníficos e saudáveis encontros de confraternização. Tal mudança tem custos: a refeição completa tem novo preço, que já foi referido e não me atrevo a repetir, e o vinho passa a ser da Ermelinda, e do mais fracote dos produzidos naquela casa. De resto, continua a haver breves entradas, e uma escolha de duas sobremesas. Também haverá uma escolha de dois pratos. Esta concepção de ementa implica que ninguém se esqueça de notificar as escolhas com que deseja ser contemplado.
Assim, da estrada do Guincho, passamos para o Arneiro, a S. Domingos de Rana. Saindo da A5, vira-se logo à direita, passam-se 3 indicações do Arneiro, e vira-se à direita, onde o Caseiro está a breves 100 metros. Há uma dúzia de lugares ali à porta, e os atrasados terão que procurar nos quarteirões próximos.
Sobre os comeres, como já referi haverá "couvert", pratos e sobremesas à escolha, rematados com café, mai-la pinga, pelo valor citado de 20 paus. E o que se poderá escolher, perguntarão os excelentíssimos tertulianos. Nos pratos existem as alternativas de arroz de tamboril e maminha (uma carne grelhada) fatiada, enquanto nas sobremesas as alternativas serão delícia de nata com chocolate quente e salada de frutas. O "couvert" constará de pão, manteiga, patês, queijo de cabra com azeite e orégãos.
Vamos a alinhar, que o IMI já passou. As respostas e inscrições terão que chegar até ao dia 18, segunda-feira. Peço ao Manuel Resende para divulgar no blogue da Magnífica. Há alguns camaradas sem identificação de contacto, casos de Filipe (amigo do Pires), Tirano, Zé Rosales, Rogê, Santiago e Sottomouro.
Com os habituais desejos de saúde, boa disposição, e tostões para estragos, S. Ex.ª o Senhor Comandante Rosales abraça-vos, e refere estar atento aos faltosos, desertores e outros complicados, mas para quem vier a apresentar-se promete o derretimento máximo.
A minha humilde pessoa deseja que no dia 21 compareçam com muita e espontânea alegria.
Abraços fraternos
JD
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Nota do editor
Último poste da série de 7 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14582: Convívios (676): VI Almoço do pessoal da CCS do BCAÇ 2834 (Buba, 1968/69), dia 20 de Junho de 2015 em Mira (Flávio Ribeiro, Op Cripto)
Guiné 63/74 - P14587: Efemérides (186): 8 de maio de 1945: o fim da II Guerra Mundial na Europa, com a capitulação da Alemanha nazi... O mundo não voltaria mais a ser o mesmo...
Brlim > 3 de junho de 1945 > O Reichstag em ru+inaa, um mês depois da rendição dos alemães (a 2 de maio, em Berlim, e a 8 de maio, em todos os teatros de operações). Imagem do Imperial War Museum, Londres. Domínio público. Cortesia de Wiki Commons.
Berlim > 21 de março de 2015 > O histórico edifício do Reichtag, hoje sede do parlamento federal alemão (Bundestag) (desde 1999). O edifício foi profundamente remodelado sob a direção do arquiteto inglês Sir Norman Foster.
Berlim > 21 de março de 2015 > Ediífício do Reichtag, hoje sede do parlamento federal alemão (Bundestag) (desde 1999) > A famosa cúpula de vidro e aço desenhada pelo arquiteto inglês Sir Norman Foster. A original (de 1894) foi destruída pelo incêndio de 1933 e pelos bombardeamentos da II Guerra Mundial...
Berlim > 21 de março de 2015 > Edifício do Reichtag, hoje sede do parlamento federal alemão (Bundestag) (desde 1999) > Aspeto do interior da famosa cúpula de vidro e aço, desenhada pelo arquiteto inglês Sir Norman Foster, e que é um os ex-libris da cidade, "fénix renascida" do triplo pesadelo que foi o regime nazi (1933-1945), a II Guerra Mundial e a divisão da Alemanha e da cidade de Berlim durante a ocupação e o período da guerra fria... Recorde-se que o muro de Berlim caiu em 1989 e a reunificação da Alemanha é do ano seguinte.
Berlim > 21 de março de 2015 > Edifício do Reichtag, hoje sede do parlamento federal alemão (Bundestag) (desde 1999) > Aspeto, já ao pôr do sol, do interior da famosa cúpula de vidro e aço, desenhada pelo arquiteto inglês Sir Norman Foster,
Berlim > 21 de março de 2015 > Ediífício do Reichtag, hoje sede do parlamento federal alemão (Bundestag) (desde 1999) > Interior da cúpula > Exposição documental sobre a história do parlamento alemão (construído em 1894, e já um cúpula de vidro e aço. no tempo do Kaiser Guilherme I), > Imagem das primeiras tropas soviéticas que ocuparam o edifício em 2 de maio de 1945.
Berlim > 21 de março de 2015 > A porta de Brandemburgo vista da cúpula do edífício do Reichtag.
Berlim > 22 de março de 2015 > Com a porta de Brandemburgo, um numeroso grupo de adolescentes nipónicos tira a sua "foto de família"... Recorde-se que a rendição incondicional do Japão, na II Guerra Mundial, só se vai verificar no dia 2 de setembro de 1945, três meses do colapso de Berlim...
Berlim > 22 de março de 2015 > As portas de Brandemburgo, Lê-se na Infopédia, e reproduz-se aqui com a devida vénia:
"As Portas de Brandemburgo, construídas entre 1788 e 1791, são o que resta da entrada na cidade de Berlim pela Avenida Unter den Linden [, a famosa Avenida das Tílias]. A construção do monumento ficou a dever-se ao arquiteto Carl Gottard Langhans, na época em que era Diretor de Arquitetura em Berlim.Trata-se de um pórtico colunado com seis pares de colunas dóricas encimadas por entablamento como se apresentam os propileus gregos. A famosa Quadriga da Vitória, uma estátua com um coche de gala puxado por quatro cavalos, remata todo o conjunto. É ainda ladeado por dois corpos laterais simétricos, porticados e sobrepujados com frontão triangular. A sobriedade monumental reflete a vontade que a Alemanha exprimia em ser uma continuadora da tradição arquitetónica da Grécia. A ordem dórica, embora exprimindo mais eficazmente a simplicidade e grandeza clássica, era ao mesmo tempo pouco flexível, razão pela qual não foi extensivamente usada durante o período neoclássico.
"O monumento reflete os ideais autocráticos pela sua monumentalidade, conseguida através do uso de elementos classicistas. Evocando os arcos de triunfo, apresenta uma maior frieza precisamente pelo uso da ordem dórica. A estrutura ficou bastante danificada durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido restaurada em 1957-58. Entre 1961 e 1989 o muro de Berlim vedava o acesso a esta entrada por alemães orientais e ocidentais. Em consequência da reunificação alemã, as portas foram reabertas em 1989."...
Berlim > 21 de março de 2015 > > Portas de Brandemburgo > A Quadriga, a escultura que reprsenta a deusa (romana) Vitória a conduzir o seu coche, é da autoria do alemão Johann Gottfried Schadow (1764-1850), tendo sido adicionada à porta em 1793/94. Em 1806, Napoleão, derrotados os prussianos em Jena, trouxe a quadriga como troféu para Paris. Derrotado Napoleão oito anos depois, a escultura é trazida de volta. É então, que recebe a cruz de ferro (uma condecoração militar instituída pelo rei da Prússia, Fredereco Guilherme III) com uma águia prussiana no topo. Concebida originalmente como uma "porta da paz", acabou sempre por estar associado aos valores do militarismo... Em 1933, a porta é atravessada pelo cortejo de archotes dos nazis, marcando simbolicamente o início do Reich dos mil anos...
Berlim > 22 de março de 2015 >Portas de Brandemburgo, A deusa Vitória conduzindo a Quadriga...
1. Em todas as guerras e em todos os regimes, ninguém dispensa o poder da propaganda... Umas das fotos-ícone do séc. XX foi tirada justamente aqui, no Reichtag, em 2 de maio de 1945, pelo fotojornalista Yevgeny Khaldei (Donetsk, Ucrânia, 1917- Moscovo, Rússia, 1997)...
Não reproduzimos aqui a foto por não estar inteiramente esclarecido se é do domínio público ou não. Mas continua, por enquanto, disponível na Wikipedia: um soldado soviético, em pose heróica, crava a bandeira vermelha, com a foice e o martelo, num dos cantos do telhado do Reichtag [, a antiga sede do parlamento da República de Weimar, proclamada em 9/11/1918], em Berlim. A capital do poderoso Reich dos mil anos tinha acabado de cair, sem honra nem glória, às mãos do exército de Staline.
Soube-se, todavia, mais tarde que a foto sofreu sucessivos "retoques artísticos"... por imperativos de propaganda. Uma das razões foi ditada pela necessidade de "limpar" a imagem do heróico soldado soviético... Afinal, o porta-bandeira de ocasião ostentava nos braços pelo menos dois relógios, supostamente provenientes de um saque...
No dia 2 maio de 1945, de manhãzinha, Yevgeny Khaldei estava no edifício do Reichstag, que os soviéticos tomavam erradamente como um dos símbolos do nazismo. (O Parlamento da república de Weimar foi incendiado em 1933, e esse cabo tenebroso acabou por dar pelnos poderes a Hitler)...
Três horas antes, o último comandante alemão que defendia a cida tinha capitulado, mas ainda havia combates esporádicos. Khaldei tinha sua câmera Leica com ele, além de uma bandeira soviética.
Três horas antes, o último comandante alemão que defendia a cida tinha capitulado, mas ainda havia combates esporádicos. Khaldei tinha sua câmera Leica com ele, além de uma bandeira soviética.
O fotógrafo militar, de 28 anos, tenente da marinha, de origem judia, encontrou um jovem camarada junto ao edifício do antigo parlamento, seriamente destruído pelas chamas e pelos bombardeamentos, persuadindo-o a subir ao telhado com a bandeira. Dois outros soldados do exército vermelho se juntaram a eles..
Khaldei tirou um rolo inteiro, ou seja, 36 fotografias. Uma delas tornou-se célebre, ao simbolizar a derrota da Alemanha nazi e a vitória do exército vermelho. Foi sabiamente usadas pela propaganda soviética, para quem o Reichtag tinha um valor simbólico... e não propriamente militar.
Vtima, ao que parece, do antissemitismo estalinista no pós-guerra, Khaldei caiu no esquecimento, e ele e a sua foto. Seria só em 1991, já depois da queda do muro de Berlim, e do desmoronamento da URSS, que um artista berlinense, Ernst Volland, se deparou por acaso com estas fotos de Khaldei em Moscovo, tendo decidiu publicá-las em livro.
Em 8 de maio de 2008, no aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, o museu Martin Gropius Bau, em Berlim, fez uma retrospectiva da obra de Khaldei, considerado o mais importanbe fotojornalista da era soviética. A exposição mostrou fotografias da "Grande Guerra Patriótica": a conquista, pelo exército vermelho, de Sofia, Bucareste, Budapeste e Viena, bem como a conferência de Potsdam e os julgamentos de Nuremberg. Também contava com fotografias da vida quotidiana na União Soviética, de antes e depois da guerra.
Khaldei não era, técnica, formal e esteticamente, um fotógrafo de grande estilo. Em contrapartida, teve o mérito de captar momentos historicamente importantes (e alguns únicos), ao longo de uma carreira de seis décadas. Pode-se lamentar que, do ponto de vista deontológico, o seu comportamento nem sempre tenha sido correto, como no caso da sua obra-prima fotográfica, a foto da bandeira vermelha no Reichtag. De qualquer modo, não deixa de ser um dos grandes fotojornalistas do séc. XX.
2. A história dessa falsificação, o "making off" da foto do Reichtag, foi reconstituída por Volland, o curador da exposição de Berlim. Segundo ele, Khaldei nessa mesma noite de 2 maio seguiu de avião para Moscovo, levando os negativos. Quando a imagem apareceu na revista Ogonjok, em 13 de maio de 1945, já havia um detalhe modificado. Na realidade, o soldado que está apoar o seu camarada com a bandeira tinha um relógio em cada pulso, o que só podia ser produto de roubo. Khaldei admitirá mais tarde que tinha riscado o relógio no braço direito do homem num dos negativos, usando uma agulha... Por outro lado, as nuvens negras de fumo, dando maior carga dramática e tom épica à foto, terão sido adicionadas mais tarde.... Enfim, na versão final, há uma nova bandeira, ondulando dramaticamente no vento.
Khaldei tirou um rolo inteiro, ou seja, 36 fotografias. Uma delas tornou-se célebre, ao simbolizar a derrota da Alemanha nazi e a vitória do exército vermelho. Foi sabiamente usadas pela propaganda soviética, para quem o Reichtag tinha um valor simbólico... e não propriamente militar.
Vtima, ao que parece, do antissemitismo estalinista no pós-guerra, Khaldei caiu no esquecimento, e ele e a sua foto. Seria só em 1991, já depois da queda do muro de Berlim, e do desmoronamento da URSS, que um artista berlinense, Ernst Volland, se deparou por acaso com estas fotos de Khaldei em Moscovo, tendo decidiu publicá-las em livro.
Em 8 de maio de 2008, no aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, o museu Martin Gropius Bau, em Berlim, fez uma retrospectiva da obra de Khaldei, considerado o mais importanbe fotojornalista da era soviética. A exposição mostrou fotografias da "Grande Guerra Patriótica": a conquista, pelo exército vermelho, de Sofia, Bucareste, Budapeste e Viena, bem como a conferência de Potsdam e os julgamentos de Nuremberg. Também contava com fotografias da vida quotidiana na União Soviética, de antes e depois da guerra.
Khaldei não era, técnica, formal e esteticamente, um fotógrafo de grande estilo. Em contrapartida, teve o mérito de captar momentos historicamente importantes (e alguns únicos), ao longo de uma carreira de seis décadas. Pode-se lamentar que, do ponto de vista deontológico, o seu comportamento nem sempre tenha sido correto, como no caso da sua obra-prima fotográfica, a foto da bandeira vermelha no Reichtag. De qualquer modo, não deixa de ser um dos grandes fotojornalistas do séc. XX.
2. A história dessa falsificação, o "making off" da foto do Reichtag, foi reconstituída por Volland, o curador da exposição de Berlim. Segundo ele, Khaldei nessa mesma noite de 2 maio seguiu de avião para Moscovo, levando os negativos. Quando a imagem apareceu na revista Ogonjok, em 13 de maio de 1945, já havia um detalhe modificado. Na realidade, o soldado que está apoar o seu camarada com a bandeira tinha um relógio em cada pulso, o que só podia ser produto de roubo. Khaldei admitirá mais tarde que tinha riscado o relógio no braço direito do homem num dos negativos, usando uma agulha... Por outro lado, as nuvens negras de fumo, dando maior carga dramática e tom épica à foto, terão sido adicionadas mais tarde.... Enfim, na versão final, há uma nova bandeira, ondulando dramaticamente no vento.
Khaldei justificou-se, alegando que manipulou a foto por uma boa causa, o seu ódio ao nazismo... O seu pai e três das suas quatro irmãs foram assassinados pelos alemães... Uns anos antes de morrer (em 1997), disse publicamente que perdoava aos alemães, mas nunca poderia esquecer... O que se entende, porque é humano.
Conheceu grandes fotógrafos do seu tempo como Robert Capa (1913-1954), de seu nome verdadeiro, Endre Ernő Friedmann, judeu de origem húngara, um dos fundadores da agência Magnum. Tornaram-se amigos e Capa deu a Khaldei uma câmera "Speed Graphic", quando ambos faziam a cobertura dos julgamentos de crimes de guerra em Nuremberg.
Fonte: adaptação livre de The Art of Soviet Propaganda: Iconic Red Army Reichstag Photo Faked,
by Michael Sontheimer, in Berlin. Spiegel on line International, 7 may 2008.3. O fim da I Guerra Mundial foi o fim da Europa imperial, e a emergência dos EUA como grande potência... O fim da II Guerra Mundil foi o fim dos impérios coloniais, logo com a Inglaterra, em 1947, a abrir mão da "joia da coroa" que era a Índia... Foi também a divisão do mundo em dois blocos, polítco-militares, com um longo período de guerra fria, a emergência do movimento dos não-alinhados, o 3º Mundo, a descolonização...
Mas foram também os "trinta gloriosos", as três décadas de crescimento económico ininterrupto dos países europeus, sob a tutela dos EUA: o "milagre económico" alemão, francês, italiano... Um mundo (e um modelo de desenvolvimento) que entrou em crise, a partir de 1973, com o choque petrolífero, e acabou em 1989, com a queda do muro de Berlim... No meio de tudo isto, Portugal, país milenar, viu-se reduzido, em 1975, às fronteiras do séc. XIV e aos seus modestos 89 km mil quadrados, depois de ter levado a cabo, ingloriamente, a maior guerra do séc. XX, de baixa intensidade, em três teatros de operações, a milhares de quilómetros de distância, mobilizando mais de um milhão de homens, ao longo de quase década e meia... Essa guerra calhou-nos na rifa, à geração nascida com a (ou depois da) II Guerra Mundial... Feita a paz, e as contas, verficamos que o português é hoje a língua de 250 milhões de seres humanos, da Guiné ao Brasil, de Angola a Timor...O português é, verdadeiramente, a nossa "joia da coroa" e não é mais uma língua imperial...
De facto, a partir de 1945, o mundo não mais voltaria a ser como dantes... (LG)
______________
Nota do editor:
Último poste da série > 22 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14500: Efemérides (185): Tabanca de Matosinhos, 10 anos de convívio fraterno e solidariedade que merecem ser festejados, com um almoço especial, animado com fados e guitarradas, na 4ª feira, dia 29 de abril, no sítio do costume, o Restaurante Milho Rei, Rua Heróis de França 721, Matosinhos, telef 22 938 5685 (José Teixeira)
Nota do editor:
Último poste da série > 22 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14500: Efemérides (185): Tabanca de Matosinhos, 10 anos de convívio fraterno e solidariedade que merecem ser festejados, com um almoço especial, animado com fados e guitarradas, na 4ª feira, dia 29 de abril, no sítio do costume, o Restaurante Milho Rei, Rua Heróis de França 721, Matosinhos, telef 22 938 5685 (José Teixeira)
Guiné 63/74 - P14586: Notas de leitura (710): "Cabra Cega - Do seminário para a guerra colonial", por João Gaspar Carrasqueira, Chiado Editora, 2015 (3) (Mário Beja Santos)
1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 22 de Abril de 2015:
Queridos amigos,
Temos agora António Aiveca algures no Norte, percorre amiúde a fronteira senegalesa, comanda um grupo de combate de Balantas.
O autor reserva-nos aqui uma surpresa, alguns dos melhores diálogos têm aqui lugar, e Aiveca deixa transparecer que toda esta guerrilha e contraguerrilha é uma infinidade de equívocos, faz sentir que há por ali um beco sem saída.
E depois regressa a Lisboa, descobre que o mundo não esperou por ele, cada um foi à sua vida, mas descobre uma coisa pior: depois deste longíssimo jogo de cabra-cega, desde o seminário até ao fim da guerra, não sabendo ainda para onde se virar, sabe que tem que contar com ele, o passado já nada mais é que uma memória.
Um livro cativante, leitura a recomendar.
Um abraço do
Mário
Cabra-cega, por João Gaspar Carrasqueira (3)
Beja Santos
Insisto que “Cabra-Cega, Do seminário para a guerra colonial”, de João Gaspar Carrasqueira, Chiado Editora, 2015, traz algo de novo à literatura memorial da guerra da Guiné. Logo a formação do seminarista e o seu mergulho na formação de atirador de infantaria, tudo se exprime numa linguagem contida, frases sóbrias, o jovem de famílias pobres, vai para os 20 anos, recusa-se a prosseguir um itinerário para o qual não tem vocação, faz o 7.º ano e vai para Mafra, no cumprimento de uma chamada para a qual ele não tem uma explicação em contrário. Depois, assistimos a uma aclimatação, o ex-seminarista acompanha o comandante de companhia na estúrdia, descobre que há um mercado da carne em vários bares de Lisboa e até participa numa bacanal, é uma descrição incomparável onde prima a ingenuidade e o toque farsola. E quatro meses na Guiné, um regresso com os tímpanos avariados, vamos conhecer a retaguarda onde jazem os sinistrados, aqueles escombros que são discretamente escondidos à opinião pública. E meses depois, de novo apurado para todo o serviço, regressa à Guiné, é colocado numa companhia de recrutamento local, algures perto do Senegal. Digo algures porque nunca se sabe onde reside e combate o alferes António Aiveca.
Alguns dos melhores diálogos da obra situam-se neste período. Há profundo desencanto na convivência com este capitão e alguns dos alferes. Logo vão começar os patrulhamentos, assim que ele toma conta do seu pelotão constituído por Balantas, Spínola quer que nestas companhias de caçadores haja separação das etnias, porque há melindres e processos culturais que podem provocar o choque interétnico. Um dia uma vaca trazida por carregadores do PAIGC pisou uma mina, houve rancho melhorado no dia seguinte. Aiveca passou pelo refeitório para saber se os seus soldados estavam satisfeitos, veja-se a importância do diálogo: “
- “É baca-brutu!”, soltou o Incanha.
Gerou-se uma confusão. Na mesa ao lado dele o Akadite protestava vivamente virado para o Incanha.
- “Mas o que é que aconteceu?”, admirou-se o capitão.
- “Estou a ver que o Incanha fez asneira”, disse Aiveca.
Levantou-se e foi às mesas deles.
- “O que é que há?”.
O Otcha estava calmo e foi ele que respondeu. Estava bem em português e sabia explicar-se bem.
- “Meu alferes, baca-brutu é uma dança que os Biajgós mais novos fazem com uma máscara de vaca selvagem. O Akadite é Bijagó e não gostou, porque para eles é sinal de coragem. Nada tem a ver com esta carne dura”.
- “Ah, é isso”.
Aiveca crisma o seu grupo de combate de “Jagudis”. Vê-se que o autor fala dos seus homens com contido carinho: “O Watna, o Sumba, o Bidinté, o Abna, o N’dafá, o Kuluté, e outros, eram normais, sem nada de especial. Mas havia uns que se distinguiam. Por exemplo o Falcão que era o apontador da metralhadora ligeira. Apresentava um rosto sempre com ar de dureza e usava umas botas de borracha, chovesse ou fizesse sol. Tinha voz seca mas não era conflituoso. O André Gomes, a quem chamavam o professor porque estudara no Liceu Honório Barreto antes de ser recrutado, que era de etnia Balanta mas cristão. O Blétche Intéte, aquele a quem dera um murro por ter abandonado o posto, pequeno de altura mas entroncado, ficara seu amigo, talvez por isso. E Otcha, Fula no meio de Balantas, distinto só por isso, porque, sempre sereno e com voz calma, ia ganhando a simpatia de todos. Mas o caso deveras singular era o de dois irmãos, o Etudja e o Moba. O Moba, apontador de morteiro 60, era um matulão com cerca de um metro e oitenta, e o Etudja não devia ter mais do que um metro e sessenta e cinco. Além disso, este era mais novo, um rapazinho meigo e de boas falas enquanto o Moba era um brutamontes sempre sério e pouco atreito a amizades”.
Vão apanhando civis, cultivadores de bolanha, Aiveca vai-se apercebendo do absurdo daquela guerra, aquele somatório de mortes inúteis. É nisto que chega a mulher do capitão Alves, D. Eugénia, a senhora viera convencida de que o marido estava em território pacífico, acabou por viver uma flagelação monumental ficou em estado de choque. Os patrulhamentos são intermináveis, sucedem-se as tensões na fronteira, até com os gendarmes senegaleses.
Ao fim de dez meses passados no Senegal, parte para Bissau, o fim da comissão está próximo. Em Bissau vive um tempo de fúria, frequenta a casa da Fatinha. No regresso da Guiné, volta para casa dos pais, os irmãos já lá não vivem. Procura Júlia, uma relação de outrora, envia-lhe em primeiro lugar uma carta de amor. É recebido com indiferença, em casa da Júlia já lá está um matulão de grande arcaboiço.
Tudo mudara, havia mesmo um passado que não se transferira para o seu presente. E assim se resume o seu estado de espírito: “Os pensamentos são claros quando projetados no céu escuro. As estrelas calmas e as luzes suaves da cidade lá no fundo do parque ajudavam. Como foi a noite na bolanha e a solidão noturna no seminário. À noite não há jogo de cabra-cega, não há venda nos olhos. Era quando conseguia ver tudo”. Parece estar pronto a encetar uma nova vida, a deitar para trás sofrimentos pretéritos. Mas o livro termina, não lhe vamos conhecer os planos, o que fará depois, o título não nos defrauda, está tudo entre o seminário e a guerra, um encadeamento de deceções e melancolias mas igualmente de grandes revelações, porque no jogo da cabra-cega pode aprender-se muito, fora testado em quatro meses convulsivos que precederam a sua evacuação, houve depois aquele compasso de espera em Lisboa em que se movimentou entre o trabalho do sexo e a visão daqueles que ficaram destruídos pela guerra, regressou para um território de absurdos, descobriu que havia fronteiras imaginárias e cumplicidades étnicas inultrapassáveis e questões africanas que ele não podia resolver. Aprendera a desenrascar-se, aquela noite em que andara perdido na operação Cabra-Cega fora determinante. Tinham-lhe dado empurrões para o desorientar, regressara e ainda não sabia para onde se virar. Um depoimento a ter em conta.
Pena é que o autor, à semelhança de tantos outros, manifeste em dado momento cansaço e vontade de acabar a escrita, descrevendo episódios onde o leitor fica confuso. Na badana do livro, diz-se que Aiveca foi militante de algumas organizações que lutavam contra o regime e a guerra colonial. Aliás, no livro aparece Norberto, elemento de oposição e com vida clandestina, jamais perceberemos como se urdiu tal cumplicidade. É pena, João Gaspar Carrasqueira (ou quem se acoberte à sombra deste nome) tem manifestas potencialidades para ir mais longe na literatura memorial.
____________
Nota do editor
Vd. postes de:
1 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14552: Notas de leitura (708): "Cabra Cega - Do seminário para a guerra colonial", por João Gaspar Carrasqueira, Chiado Editora, 2015 (1) (Mário Beja Santos)
e
4 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14564: Notas de leitura (709): "Cabra Cega - Do seminário para a guerra colonial", por João Gaspar Carrasqueira, Chiado Editora, 2015 (2) (Mário Beja Santos)
Queridos amigos,
Temos agora António Aiveca algures no Norte, percorre amiúde a fronteira senegalesa, comanda um grupo de combate de Balantas.
O autor reserva-nos aqui uma surpresa, alguns dos melhores diálogos têm aqui lugar, e Aiveca deixa transparecer que toda esta guerrilha e contraguerrilha é uma infinidade de equívocos, faz sentir que há por ali um beco sem saída.
E depois regressa a Lisboa, descobre que o mundo não esperou por ele, cada um foi à sua vida, mas descobre uma coisa pior: depois deste longíssimo jogo de cabra-cega, desde o seminário até ao fim da guerra, não sabendo ainda para onde se virar, sabe que tem que contar com ele, o passado já nada mais é que uma memória.
Um livro cativante, leitura a recomendar.
Um abraço do
Mário
Cabra-cega, por João Gaspar Carrasqueira (3)
Beja Santos
Insisto que “Cabra-Cega, Do seminário para a guerra colonial”, de João Gaspar Carrasqueira, Chiado Editora, 2015, traz algo de novo à literatura memorial da guerra da Guiné. Logo a formação do seminarista e o seu mergulho na formação de atirador de infantaria, tudo se exprime numa linguagem contida, frases sóbrias, o jovem de famílias pobres, vai para os 20 anos, recusa-se a prosseguir um itinerário para o qual não tem vocação, faz o 7.º ano e vai para Mafra, no cumprimento de uma chamada para a qual ele não tem uma explicação em contrário. Depois, assistimos a uma aclimatação, o ex-seminarista acompanha o comandante de companhia na estúrdia, descobre que há um mercado da carne em vários bares de Lisboa e até participa numa bacanal, é uma descrição incomparável onde prima a ingenuidade e o toque farsola. E quatro meses na Guiné, um regresso com os tímpanos avariados, vamos conhecer a retaguarda onde jazem os sinistrados, aqueles escombros que são discretamente escondidos à opinião pública. E meses depois, de novo apurado para todo o serviço, regressa à Guiné, é colocado numa companhia de recrutamento local, algures perto do Senegal. Digo algures porque nunca se sabe onde reside e combate o alferes António Aiveca.
Alguns dos melhores diálogos da obra situam-se neste período. Há profundo desencanto na convivência com este capitão e alguns dos alferes. Logo vão começar os patrulhamentos, assim que ele toma conta do seu pelotão constituído por Balantas, Spínola quer que nestas companhias de caçadores haja separação das etnias, porque há melindres e processos culturais que podem provocar o choque interétnico. Um dia uma vaca trazida por carregadores do PAIGC pisou uma mina, houve rancho melhorado no dia seguinte. Aiveca passou pelo refeitório para saber se os seus soldados estavam satisfeitos, veja-se a importância do diálogo: “
- “É baca-brutu!”, soltou o Incanha.
Gerou-se uma confusão. Na mesa ao lado dele o Akadite protestava vivamente virado para o Incanha.
- “Mas o que é que aconteceu?”, admirou-se o capitão.
- “Estou a ver que o Incanha fez asneira”, disse Aiveca.
Levantou-se e foi às mesas deles.
- “O que é que há?”.
O Otcha estava calmo e foi ele que respondeu. Estava bem em português e sabia explicar-se bem.
- “Meu alferes, baca-brutu é uma dança que os Biajgós mais novos fazem com uma máscara de vaca selvagem. O Akadite é Bijagó e não gostou, porque para eles é sinal de coragem. Nada tem a ver com esta carne dura”.
- “Ah, é isso”.
Aiveca crisma o seu grupo de combate de “Jagudis”. Vê-se que o autor fala dos seus homens com contido carinho: “O Watna, o Sumba, o Bidinté, o Abna, o N’dafá, o Kuluté, e outros, eram normais, sem nada de especial. Mas havia uns que se distinguiam. Por exemplo o Falcão que era o apontador da metralhadora ligeira. Apresentava um rosto sempre com ar de dureza e usava umas botas de borracha, chovesse ou fizesse sol. Tinha voz seca mas não era conflituoso. O André Gomes, a quem chamavam o professor porque estudara no Liceu Honório Barreto antes de ser recrutado, que era de etnia Balanta mas cristão. O Blétche Intéte, aquele a quem dera um murro por ter abandonado o posto, pequeno de altura mas entroncado, ficara seu amigo, talvez por isso. E Otcha, Fula no meio de Balantas, distinto só por isso, porque, sempre sereno e com voz calma, ia ganhando a simpatia de todos. Mas o caso deveras singular era o de dois irmãos, o Etudja e o Moba. O Moba, apontador de morteiro 60, era um matulão com cerca de um metro e oitenta, e o Etudja não devia ter mais do que um metro e sessenta e cinco. Além disso, este era mais novo, um rapazinho meigo e de boas falas enquanto o Moba era um brutamontes sempre sério e pouco atreito a amizades”.
Vão apanhando civis, cultivadores de bolanha, Aiveca vai-se apercebendo do absurdo daquela guerra, aquele somatório de mortes inúteis. É nisto que chega a mulher do capitão Alves, D. Eugénia, a senhora viera convencida de que o marido estava em território pacífico, acabou por viver uma flagelação monumental ficou em estado de choque. Os patrulhamentos são intermináveis, sucedem-se as tensões na fronteira, até com os gendarmes senegaleses.
Ao fim de dez meses passados no Senegal, parte para Bissau, o fim da comissão está próximo. Em Bissau vive um tempo de fúria, frequenta a casa da Fatinha. No regresso da Guiné, volta para casa dos pais, os irmãos já lá não vivem. Procura Júlia, uma relação de outrora, envia-lhe em primeiro lugar uma carta de amor. É recebido com indiferença, em casa da Júlia já lá está um matulão de grande arcaboiço.
Tudo mudara, havia mesmo um passado que não se transferira para o seu presente. E assim se resume o seu estado de espírito: “Os pensamentos são claros quando projetados no céu escuro. As estrelas calmas e as luzes suaves da cidade lá no fundo do parque ajudavam. Como foi a noite na bolanha e a solidão noturna no seminário. À noite não há jogo de cabra-cega, não há venda nos olhos. Era quando conseguia ver tudo”. Parece estar pronto a encetar uma nova vida, a deitar para trás sofrimentos pretéritos. Mas o livro termina, não lhe vamos conhecer os planos, o que fará depois, o título não nos defrauda, está tudo entre o seminário e a guerra, um encadeamento de deceções e melancolias mas igualmente de grandes revelações, porque no jogo da cabra-cega pode aprender-se muito, fora testado em quatro meses convulsivos que precederam a sua evacuação, houve depois aquele compasso de espera em Lisboa em que se movimentou entre o trabalho do sexo e a visão daqueles que ficaram destruídos pela guerra, regressou para um território de absurdos, descobriu que havia fronteiras imaginárias e cumplicidades étnicas inultrapassáveis e questões africanas que ele não podia resolver. Aprendera a desenrascar-se, aquela noite em que andara perdido na operação Cabra-Cega fora determinante. Tinham-lhe dado empurrões para o desorientar, regressara e ainda não sabia para onde se virar. Um depoimento a ter em conta.
Pena é que o autor, à semelhança de tantos outros, manifeste em dado momento cansaço e vontade de acabar a escrita, descrevendo episódios onde o leitor fica confuso. Na badana do livro, diz-se que Aiveca foi militante de algumas organizações que lutavam contra o regime e a guerra colonial. Aliás, no livro aparece Norberto, elemento de oposição e com vida clandestina, jamais perceberemos como se urdiu tal cumplicidade. É pena, João Gaspar Carrasqueira (ou quem se acoberte à sombra deste nome) tem manifestas potencialidades para ir mais longe na literatura memorial.
____________
Nota do editor
Vd. postes de:
1 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14552: Notas de leitura (708): "Cabra Cega - Do seminário para a guerra colonial", por João Gaspar Carrasqueira, Chiado Editora, 2015 (1) (Mário Beja Santos)
e
4 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14564: Notas de leitura (709): "Cabra Cega - Do seminário para a guerra colonial", por João Gaspar Carrasqueira, Chiado Editora, 2015 (2) (Mário Beja Santos)
Guiné 63/74 - P14585: Os nossos camaradas guineenses (42): em 1/12/1973, na tabanca do Xime, vítima de fogo amigo ou inimigo, morreu na sua morança um militar da CCAÇ 12 e toda a sua família, duas mulheres, duas crianças em idade escolar e um recém nascido (António Manuel Sucena Rodrigues, ex-fur mil, CCAÇ 12, Bambadinca e Xime, 1972-74)
1. Mensagem de António Manuel Sucena Rodrigues [ex-fur mil, CCAÇ 12, Bambadinca e Xime, 1972-74], que vive atualmemnte em Oliveira do Bairro:
Data: 7 de maio de 2015 às 12:17
Assunto: Xime - pequeno esclarecimento pouco importante.
Olá Luís Graça.
Estive na CCaç 12, de 1972 a 1974 em Bambadinca e no Xime.
Sobre o ataque ao Xime, [em 1/12/1973,] com fogo inimigo ou amigo (??), cada um terá a sua opinião. Tenho a minha, mas não vou aqui divulgar, por achar que não virá resolver coisa nenhuma. Poderá, isso sim, eventualmente trazer outros problemas.
Só quero dar algum esclarecimento (*):
António, está feito o esclarecimento, obrigado. Infelizmente, a CÇAÇ 12 não tem história de unidade, relativamente ao período que vai de março de 1971 até à sua extinção, em agosto de 1974... A única que conheço foi a que eu pessoalmente escrevi e que vai de maio de 1969 a março de 1971...
Relativamente à "tua versão" sobre o fogo amigo / fogo inimigo que matou um camarada nosso e a sua família inteira (!), eu gostava de conhecê-la um dia, mesmo que seja em "off record"... Não farei uso dela, em público, fica entre nós... Entendo que o assunto é delicado. De resto, e de acordo com a política do blogue, também não estamos aqui para julgar e muito menos incriminar ninguém.
Um abraço fraterno, Luís
PS - Talvez alguém saiba dizer o nome do militar da CCAÇ 12 que morreu, cruelmente, com toda a sua família, na tabanca do Xime, no dia dia 1/12/1973.
___________________
Notas do editor:
(*`) Vd. poste de 28 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14535: História do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74) (António Duarte): Parte XXIII: dezembro de 1973: flagelação do Xime, com foguetões 122 mm: sete mortos civis
(...) O destaque do mês de dezembro de 1973 (pp. 78/80) vai para:
(i) Flagelação do Xime, em 1 de dezembro, às 22h15, durante 25 minutos, com utilização de artilharia (armas pesadas e foguetões 122 mm), de que resultou a morte de 7 civis; (há um ano, na mesma data, o PAIGC tinha feito uma violenta emboscada em Ponti Coli)
(...) Já ouvi outra versão (, de alguém, um graduado, metropolitano, pertencente à CCAÇ 12, que na altura era a unidade de quadrícula do Xime): podia ter sido "fogo amigo", neste caso o obus 14 de Gampará, do outro lado do rio Corubal... A distância, em linha, entre Gampará e o Xime devia ser de 13/15 km (no máximo), ou seja, dentro do alcance do obus 14 ... O Xime só tinha o obus 10,5 cm (que não chegava à Foz do Corubal e à Ponta do Inglês) (...)
(**) Último poste da série > 22 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14282: Os Nossos Camaradas Guineenses (41): Amadu Bailo Jaló (Bafatá, 14/11/1940- Lisboa, 15/2/2015): 13 anos ao serviço do exército português (1962-1975), "em perigos e guerras esforçado mais do que prometia a força humana" (Virgínio Briote)
Data: 7 de maio de 2015 às 12:17
Assunto: Xime - pequeno esclarecimento pouco importante.
Olá Luís Graça.
Estive na CCaç 12, de 1972 a 1974 em Bambadinca e no Xime.
Sobre o ataque ao Xime, [em 1/12/1973,] com fogo inimigo ou amigo (??), cada um terá a sua opinião. Tenho a minha, mas não vou aqui divulgar, por achar que não virá resolver coisa nenhuma. Poderá, isso sim, eventualmente trazer outros problemas.
Só quero dar algum esclarecimento (*):
(i) ss vítimas não foram 7 mas sim 6 e não foram todos civis;
(ii) morreram: 1 militar da companhia, [a CCAÇ 12,] (era o pai da família), 2 mulheres (ambas mães da família, como sabes praticava-se a poligamia), 2 crianças em idade escolar e 1 criança recém nascida ( com 8 dias de vida).
Este esclarecimento não terá grande importância perante o resto, serve apenas para acrescentar mais algum rigor. (**)
Um abraço
(ii) morreram: 1 militar da companhia, [a CCAÇ 12,] (era o pai da família), 2 mulheres (ambas mães da família, como sabes praticava-se a poligamia), 2 crianças em idade escolar e 1 criança recém nascida ( com 8 dias de vida).
Este esclarecimento não terá grande importância perante o resto, serve apenas para acrescentar mais algum rigor. (**)
Um abraço
António M. Sucena Rodrigues
Ex furriel Mil. da C.Caç 12 (72/74)
Ex furriel Mil. da C.Caç 12 (72/74)
2. Comentário do editor:
Segundo a página oficial da Liga dos Combatentes, em 1/12/1973, no TO da Guiné, e por motivo de combate, morreu apenas um elemento das NT, o soldado Sumbate Man.Consultanda preciosíssima Lista dos Mortos do Utramar, nascidos na Guiné, do nosso portal Ultramar Terraweb (de novembro de 2006, e atualizada em janeiro de 2015), constata-se que o Sumbate Man era soldado milício, natural do concelho de Mansoa, nº 268/73, pertemncen ao PelMil 365 - 2ª / BCAÇ 4612, unidade que estava em Jugudul (1972/74)...
Não pode pois ser o militar da CCAÇ 12, referido pelo Sucena Rodrigues.
Já agora aproveito para acrescentar que o número de mortos desta lista (de 45 pp.) é, no total, de 1208 (!).
Não pode pois ser o militar da CCAÇ 12, referido pelo Sucena Rodrigues.
Já agora aproveito para acrescentar que o número de mortos desta lista (de 45 pp.) é, no total, de 1208 (!).
Relativamente à "tua versão" sobre o fogo amigo / fogo inimigo que matou um camarada nosso e a sua família inteira (!), eu gostava de conhecê-la um dia, mesmo que seja em "off record"... Não farei uso dela, em público, fica entre nós... Entendo que o assunto é delicado. De resto, e de acordo com a política do blogue, também não estamos aqui para julgar e muito menos incriminar ninguém.
Um abraço fraterno, Luís
PS - Talvez alguém saiba dizer o nome do militar da CCAÇ 12 que morreu, cruelmente, com toda a sua família, na tabanca do Xime, no dia dia 1/12/1973.
___________________
Notas do editor:
(*`) Vd. poste de 28 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14535: História do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74) (António Duarte): Parte XXIII: dezembro de 1973: flagelação do Xime, com foguetões 122 mm: sete mortos civis
(...) O destaque do mês de dezembro de 1973 (pp. 78/80) vai para:
(i) Flagelação do Xime, em 1 de dezembro, às 22h15, durante 25 minutos, com utilização de artilharia (armas pesadas e foguetões 122 mm), de que resultou a morte de 7 civis; (há um ano, na mesma data, o PAIGC tinha feito uma violenta emboscada em Ponti Coli)
(**) Último poste da série > 22 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14282: Os Nossos Camaradas Guineenses (41): Amadu Bailo Jaló (Bafatá, 14/11/1940- Lisboa, 15/2/2015): 13 anos ao serviço do exército português (1962-1975), "em perigos e guerras esforçado mais do que prometia a força humana" (Virgínio Briote)
quinta-feira, 7 de maio de 2015
Guiné 63/74 - P14584: A bianda nossa de cada dia (2): homenagem ao nosso cozinheiro Manuel, hoje empresário de restauração (Abílio Duarte, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Nova Lamego, Paunca, 1969/1970)
1. Mensagem do Abílio Duarte [, ex-fur mil,CART 11, Nova Lamego, Paunca, 1969/1970,]
Data: 5 de maio de 2015 às 14:39
Assunto: A bianda nossa de cada dia...
Data: 5 de maio de 2015 às 14:39
Assunto: A bianda nossa de cada dia...
Luís, é verdade o que afirmas (*). A minha CART 11, esteve muito tempo sem instalações próprias. Só quando chegamos a Nova Lamego, é que nos deram um quartel, chamado o Quartel de Baixo, junto á Administração do Concelho. Foi quando o nosso cozinheiro Manuel ficou responsável, pela messe e refeitório que era só para brancos, pois os fulas iam comer á tabanca.
_______________
No entanto não quero deixar de recordar os tempos que passei em Pirada e Quenquelifá, onde permaneci por vários períodos, a qualidade da alimentação, e em especial o pão, que era feito naquelas unidades, de grande qualidade.
Assim o meu bem haja para todos aqueles, que apesar de não saírem do arame farpado e das valas, lutavam para nos darem algum conforto, quando regressavámos do mato.
PS - O militar, a quem me referia, o Manuel cozinheiro, está na foto anexa, de camisa com um copo de tinto na mão. Pessoa que muito estimo ao longo destes anos, que tem convivido connosco nos nossos, almoços, e que se tornou industrial de Restauração.
A malta da CART 11 , sabe quem é. Mais uma vez , agradeço a existência deste blogue, para poder,os recordar o nosso passado.
Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > Nesta foto, à esquerda, o nosso Chef Michelin 5 Estrelas, o nosso ex-cozinheiro Manuel, hoje empresário de restauração: ao centro o Leonel cripto, e um condutor, de quem agora não recordo, o nome pelo que peço as minhas desculpas.
Foto (e legenda): © Abílio Duarte (2014). Todos os direitos reservados.
PS - O militar, a quem me referia, o Manuel cozinheiro, está na foto anexa, de camisa com um copo de tinto na mão. Pessoa que muito estimo ao longo destes anos, que tem convivido connosco nos nossos, almoços, e que se tornou industrial de Restauração.
A malta da CART 11 , sabe quem é. Mais uma vez , agradeço a existência deste blogue, para poder,os recordar o nosso passado.
Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > Nesta foto, à esquerda, o nosso Chef Michelin 5 Estrelas, o nosso ex-cozinheiro Manuel, hoje empresário de restauração: ao centro o Leonel cripto, e um condutor, de quem agora não recordo, o nome pelo que peço as minhas desculpas.
Foto (e legenda): © Abílio Duarte (2014). Todos os direitos reservados.
Nota do editor:
(*) Vd. poste de 5 de maio de 2015 Guiné 63/74 - P14574: A bianda nossa de cada dia (1): histórias do pão e do vinho... precisam-se!
(*) Vd. poste de 5 de maio de 2015 Guiné 63/74 - P14574: A bianda nossa de cada dia (1): histórias do pão e do vinho... precisam-se!
Guiné 63/74 - P14583: Caderno de notas de um mais velho (Antº Rosinha) (37): Sempre houve emigrantes europeus para África, agora dá-se o inverso
1. Texto enviado, em 4 do corrente, pelo nosso amigo e camarada António Rosinha:
[Foto à esquerda, Antº Rosinha, ex-fur mil em Angola, 1961/62, topógrafo da TECNIL, Guiné-Bissau, em 1979/93, ex-colon e retornado, como ele gosta de dizer com a sabedoria, bonomia e o sentido de humor de um mais velho, ou seja, de quem tem vidas e estórias de vidas para contar]
Data: 4 de maio de 2015 às 23:36
Assunto: Sempre houve emigrantes europeus para África, agora dá-se o inverso
Antº Rosinha
Guiné > Bissau > c. 1964 > O cais do Pidjiguiti visto do Fortaleza da Amura.. Foto do álbum de Durval Faria (ex-fur mil, CCAÇ 274, Fulacunda, 1962/64), que vive na ilha de São Miguel, Açores.
Foto: © Durval Faria (2011). Todos os direitos reservados.
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Nota do editor:
[Foto à esquerda, Antº Rosinha, ex-fur mil em Angola, 1961/62, topógrafo da TECNIL, Guiné-Bissau, em 1979/93, ex-colon e retornado, como ele gosta de dizer com a sabedoria, bonomia e o sentido de humor de um mais velho, ou seja, de quem tem vidas e estórias de vidas para contar]
Data: 4 de maio de 2015 às 23:36
Assunto: Sempre houve emigrantes europeus para África, agora dá-se o inverso
Um fula guineense dentro de um contentor no Pijiquiti...Foi um caso real, que se passou há 30 anos, 1985, um guineense que trabalhava na minha empresa [, TECNIL], entrou para dentro de um contentor no porto de Pijiquiti em Bissau, juntamente com um primo, e só passado quase um mês é que nos apareceu novamente no trabalho.
E contou-nos a aventura e o perigo que correu para emigrar clandestinamente.
Era fácil, pois o nosso trabalho era dentro do cais, e com ajuda de estivadores amigos, lá embarcou escondido no contentor num barco espanhol para Cadis, que era o destino final.
Só que se prepararam com alimentos e água para uma semana, mas com várias acostagens a viagem demorou muitos mais dias.
E ficaram sem alimentos e água alguns dias e foram retirados em muito mau estado de saúde de dentro contentor e não tiveram saúde nem cabeça para preparar uma fuga de dentro do porto de Cádis e ir para Portugal, que era a ideia deles.
Como entre a Espanha e a Guiné já havia uma grande tradição de clandestinos, principalmente com Canárias, já havia uma rotina de recâmbio entre os dois países, e foi só seguir a rotina diplomática
Emigra-se por aventura, para fugir à miséria, para fugir a perseguições políticas, para procurar fortuna, para jogar futebol, ou por prazer de viajar…para bem longe de tudo o que nos cerca.
Nós, portugueses, e todos os europeus do sul e ingleses sempre emigrámos, principalmente para as Américas e África. E, em alguns casos, não foi simples emigração. Foram mais êxodos, evasões, invasões e ocupações coloniais, e em muitos casos não houve regresso.
Mas emigrar, para fugir à guerra e à fome, é em parte o que se passa hoje, em sentido contrário de África para a Europa.
Quem tenha acompanhado de perto o que se passa nos diversos países africanos desde as suas independências há 4 ou 5 dezenas de anos, houve sempre uma emigração maciça para a Europa, principalmente para as suas antigas metrópoles.
Desde o simples povo até aos dirigentes e empresários africanos, aproveitaram todas as hipóteses para eles próprios ou parte de suas famílias, emigrarem, ou simplesmente afastarem-se das suas problemáticas pátrias.
Embora só recentemente a Europa se esteja preocupando com a afluência maciça de africanos ( e asiáticos) entrando clandestinamente na Europa, na realidade sempre existiu uma «atracção» irresistível dos jovens africanos pela Europa e há mais de 40 anos que existe um grande afluxo de clandestinos daqueles países africanos.
Só que a Europa até há pouco tempo não se queria «preocupar», com um problema cuja solução ultrapassa toda a sua capacidade. Para a Europa está a tornar-se um grave problema, principalmente por ser uma emigração clandestina, descontrolada e imprevisível.
Dizia o jovem guineense que sobreviveu no contentor espanhol, que falhou aquela tentativa, mas com a experiência que teve, isso iria permitir-lhe não falhar na próxima..
Há uma realidade africana tão complicada , que a Europa ajudou a criar com independências extemporâneas e mal estudadas, que os povos não as entendem, que para os jovens africanos até se poderão considerar úteis e capazes na Europa, mas na sua terra consideram-se incapacitados e sem hipóteses de integração social, étnica e profissional.
Embora os políticos até convençam o povo que só com guerras é que a Europa se fez, e África também é natural guerrear-se, a desordem e a violência são demasiado grandes para os jovens não tentarem a «fuga» .
Parece que a Europa foi "abandonada" pelos EUA e pela Rússia nesta solução que devia ser de todos, e a China ajuda pouco, antes deita umas achas para a fogueira.
Amigo Luís, com os meus cumprimentos e, se achares exagerado,,manda para o cesto.
Antº Rosinha
Guiné > Bissau > c. 1964 > O cais do Pidjiguiti visto do Fortaleza da Amura.. Foto do álbum de Durval Faria (ex-fur mil, CCAÇ 274, Fulacunda, 1962/64), que vive na ilha de São Miguel, Açores.
Foto: © Durval Faria (2011). Todos os direitos reservados.
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Nota do editor:
Guiné 63/74 - P14582: Convívios (676): VI Almoço do pessoal da CCS do BCAÇ 2834 (Buba, 1968/69), dia 20 de Junho de 2015 em Mira (Flávio Ribeiro, Op Cripto)
1. Mensagem do nosso camarada Flávio Ribeiro, ex-Op Cripto do BCAÇ 2834, com data de 1 de Maio de 2015
Boa tarde, caros amigos e camaradas de armas,
Em referência ao assunto em epigrafe, e dado existir uma duvida razoável sobre o envio do e-mail através do Vosso Blogue, solicito a publicação do seguinte;
Restaurante Milénio
Via Infante D. Pedro // Leitões 3070-212 - Mira
Contacto:
flavioribeiro46@sapo.pt
Tlm. 918 076 705
Renovando o meus agradecimentos,
apresento melhores cpts.
Flavio Ribeiro
Ex-Op. Cripto
____________
Nota do editor
Último poste da série de 7 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14580: Convívios (675): X Encontro da CCAÇ 1426, Pinhal do General "Quinta do Conde" FERNÃO FERRO, 11/07/2015 (Fernando Chapouto)
Boa tarde, caros amigos e camaradas de armas,
Em referência ao assunto em epigrafe, e dado existir uma duvida razoável sobre o envio do e-mail através do Vosso Blogue, solicito a publicação do seguinte;
6.º Almoço-convivio da CCS do BCAÇ 2834
Data 20 de Junho de 2015
Restaurante Milénio
Via Infante D. Pedro // Leitões 3070-212 - Mira
Contacto:
flavioribeiro46@sapo.pt
Tlm. 918 076 705
Renovando o meus agradecimentos,
apresento melhores cpts.
Flavio Ribeiro
Ex-Op. Cripto
____________
Nota do editor
Último poste da série de 7 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14580: Convívios (675): X Encontro da CCAÇ 1426, Pinhal do General "Quinta do Conde" FERNÃO FERRO, 11/07/2015 (Fernando Chapouto)
Guiné 63/74 - P14581: (Ex)citações (274): Ainda a propósito do aniversário da nossa querida Enfermeira Paraquedista Giselda Pessoa (Francisco Baptista)
1. Mensagem do nosso camarada Francisco Baptista (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Buba, 1970/71) e CART 2732 (Mansabá, 1971/72), enviada ao nosso editor Luís Graça em 30 de Abril de 2015, a propósito do aniversário da querida Enfermeira Paraquedista Giselda Pessoa:
Eu sou um transmontano que resolveu romper as amarras do silêncio a que a solidão e a meditação imposta pelas montanhas, vales e isolamento, e o orgulho dos povos pobres da montanha, têm condenado os meus conterrâneos.
Essa pobreza e despojamento também nos permite falar cara a cara, com todos os poderes, sem abdicarmos nunca da nossa dignidade.
Amiga Giselda, desculpa o meu excesso de confiança, e tudo isto porque, o amigo Luís Graça, em email decidiu revelar além da tua antiguidade e dedicação a esta Tabanca Grande, as tuas origens transmontanas. Os meus camaradas que me desculpem mas quando me falam nessa Pátria primordial, tão desigual e desnivelada, que deu pão, azeite e vinho a tantos em troca de tanto suor, sorrisos e lágrimas. Essa terra tão dura, povoada de rochas de xisto, cantaria, estevas e giestas, e alguns terrenos cultiváveis, continua a ter um poder e uma mística espiritual que faz vibrar as cordas mais sensíveis dos antigos transmontanos.
As nossas raízes continuam a acompanhar o nosso crescimento até ao fim das nossas vidas. A nossa identidade genética está lá, está cá dentro, para ser reconhecida por todos.
Amiga Giselda tento escrever um hino em prosa a todas essas mulheres transmontanas que cultivavam batatas, cenouras, feijões, sécias e outras flores na horta . "Num aparte lembro-me de a minha mãe regatear, como uma leoa, com o meu pai, um bom lugar para plantar as suas flores na horta".
O que escrevo pretende também ser um uma homenagem à tua coragem, à tua camaradagem e se me permites, também ao batalhão das tuas colegas enfermeiras paraquedistas.
Com reconhecimento e emoção envio-te um grande beijo.
Saúde para podermos festejar o teu aniversário por muitos anos.
Francisco Baptista
____________
Nota do editor
Último poste da série de 30 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14549: (Ex)citações (273): A propósito de "O Vento Mudou".... No Festival RTP da Canção de 1967, o Eduardo Nascimento ganhou com o todo o mérito, porque era a melhor canção, e rompia com o chamado "nacional cançonetismo"... É falso que o Salazar tenha imposto o seu nome para ir ao festival da Eurovisão (Nuno Nazareth Fernandes, autor da música, e ex-alf mil, BENG 447, Bissau, 1972/74)
Eu sou um transmontano que resolveu romper as amarras do silêncio a que a solidão e a meditação imposta pelas montanhas, vales e isolamento, e o orgulho dos povos pobres da montanha, têm condenado os meus conterrâneos.
Essa pobreza e despojamento também nos permite falar cara a cara, com todos os poderes, sem abdicarmos nunca da nossa dignidade.
Amiga Giselda, desculpa o meu excesso de confiança, e tudo isto porque, o amigo Luís Graça, em email decidiu revelar além da tua antiguidade e dedicação a esta Tabanca Grande, as tuas origens transmontanas. Os meus camaradas que me desculpem mas quando me falam nessa Pátria primordial, tão desigual e desnivelada, que deu pão, azeite e vinho a tantos em troca de tanto suor, sorrisos e lágrimas. Essa terra tão dura, povoada de rochas de xisto, cantaria, estevas e giestas, e alguns terrenos cultiváveis, continua a ter um poder e uma mística espiritual que faz vibrar as cordas mais sensíveis dos antigos transmontanos.
© Giselda Pessoa - 2.º Sargento Enfermeira Paraquedista do BA 12
As nossas raízes continuam a acompanhar o nosso crescimento até ao fim das nossas vidas. A nossa identidade genética está lá, está cá dentro, para ser reconhecida por todos.
Amiga Giselda tento escrever um hino em prosa a todas essas mulheres transmontanas que cultivavam batatas, cenouras, feijões, sécias e outras flores na horta . "Num aparte lembro-me de a minha mãe regatear, como uma leoa, com o meu pai, um bom lugar para plantar as suas flores na horta".
O que escrevo pretende também ser um uma homenagem à tua coragem, à tua camaradagem e se me permites, também ao batalhão das tuas colegas enfermeiras paraquedistas.
Com reconhecimento e emoção envio-te um grande beijo.
Saúde para podermos festejar o teu aniversário por muitos anos.
Francisco Baptista
____________
Nota do editor
Último poste da série de 30 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14549: (Ex)citações (273): A propósito de "O Vento Mudou".... No Festival RTP da Canção de 1967, o Eduardo Nascimento ganhou com o todo o mérito, porque era a melhor canção, e rompia com o chamado "nacional cançonetismo"... É falso que o Salazar tenha imposto o seu nome para ir ao festival da Eurovisão (Nuno Nazareth Fernandes, autor da música, e ex-alf mil, BENG 447, Bissau, 1972/74)
Guiné 63/74 - P14580: Convívios (675): X Encontro da CCAÇ 1426, Pinhal do General "Quinta do Conde" FERNÃO FERRO, 11/07/2015 (Fernando Chapouto)
1. O nosso Camarada Fernando Chapouto, ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAÇ 1426, que entre 1965 e 1967, esteve em Geba, Camamudo, Banjara e Cantacunda, enviou-nos, com pedido de divulgação, o seguinte programa da festa da sua Companhia.
A Companhia de Caç 1426 vai organizar o seu 10º convívio na localidade de Pinhal do General "Quinta do Conde" FERNÃO FERRO, organizado pelo ex Soldado Armindo Monteiro com a colaboração do ex Fur Miliç Fernando Chapouto no dia 11 de Julho (Sábado).
Um grande abraço
X ENCONTRO DOS EX COMBATENTES DA
COMPANHIA DE CAÇADORES 1426 – GUINÉ 65/67
11 DE JULHO DE 2015 - SÁBADO
Venho informar que o nosso encontro se realiza em PINHAL DO GENERAL-QUINTA DO CONDE Avenida Associação Amigos do Pinhal do General “RESTAURANTE PIC-NIC ”lote 839
Contamos com a vossa presença.
GPS: 38.559344, -9.058300
JUNTO ITINERÁRIO
A2
DE LISBOA: pela ponte 25 de Abril
Saída para Sesimbra encostar á direita para Setúbal continuar sempre até COINA, virara a direita em direção a estação do comboio de COINA na rotunda da estação seguir em frente até outra rotunda sair na 2ª. Seguir pela Rua Luis Dourdil até a uma mini rotunda sair na 1ª. Seguir pela Av Almirante Réis segunda rua a direita Alameda do Poder Local até a rotunda sair na 3ª. Sempre em frente até ao restaurante.
Pela ponte Vasco da Gama
Saída para Barreiro Setúbal encostar à direita seguir sempre em frente direção Barreiro-Setúbal, depois de passar o cruzamento do Barreiro encostar à direita saída para Auto Europa a seguir aparece uma rotunda sair na 2ª. até ao entroncamento virar à direita, continuar em frente ,em direção Quinta do Conde atravessar a rotunda por cima da EN 10 sempre em frente passar três rotundas até encontrarem uma mini rotunda saída na 2ª. Seguir pela Av Almirante Réis segunda rua a direita Alameda do Poder Local até a rotunda sair na 3ª. Sempre em frente até ao restaurante.
Do sul
Auto -Estrada: saída na portagem de Coina direção Barreiro até a rotunda contornar toda a rotunda voltar para traz até à rotunda, sair na 2ª. até ao entroncamento virar à direita, continuar em frente ,em direção Quinta do Conde atravessar a rotunda por cima da EN 10 sempre em frente passar três rotundas até encontrarem uma mini rotunda saída na 2ª. Seguir pela Av Almirante Réis segunda rua a direita Alameda do Poder Local até a rotunda sair na 3ª. Sempre em frente até ao restaurante.
___________
Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em:
6 DE MAIO DE 2015 > Guiné 63/74 - P14575: Convívios (675): 38º Encontro da CCaç 3547/BCAÇ 3884, “Os Répteis de Contuboel”... Leiria, 31/05/2015
Guiné 63/74 - P14579: Agenda cultural (396): no 70º aniversário do final da II Guerra Mundial, uma sugestão iimperdível: três obras-primas do realizador de cinema italiano Roberto Rossellini: Roma, Cidade Aberta (1945), Paisá-Libertação (1946) e Alemanha, Ano Zero (1948)...Em cartaz, em cópias restauradas, em Lisboa (Espaço Nimas) e no Porto (Teatro do Campo Alegre)
1. Na comemoração dos 70 anos do fim da II Guerra Mundial (a 2 de maio de 1945, Berlim capitulava e, a 8 de maio, a Alemanha rendia-se incondicionalmente aos Aliados), é importante conhecer ou rever um dos grandes cineastas europeus, o italiano Roberto Rosselini (Roma, 1906- Roma, 1977) que, de algum modo, nos ajudou a reconciliarmo-nos, a nós, homens e europeus.
Alemanha, Ano Zero
Título original:Germania anno Zero
Dez filmes do seu período mais célebre (grosso modo, os treze anos que medeiam entre 1945, ano de Roma, Cidade Aberta, e 1958, ano de Índia, com a exceção de A Força e a Razão, filme de 1971), estão em exibição no Espaço Nimas, em Lisboa – desde 26 de abril –´e no Teatro do Campo Alegre, no Porto – desde 9 de Abril.
Neste lote estão pelo menos três filmes que ainda não conheço e não quero perder: (i) Roma, Cidade Aberta (1945); (ii) Paisá - Libertação (1946); e (iii) Alemanha, Ano Zero (1948), todos tendo a ver com a guerra e o fim da guerra. E naturalmente com a nossa geração do pós-guerra...Mas também recomendo Stromboli (1950) e Viagem em Itália (1954), filmes que já vi em devido tempo. REcorde.se que Rossellini foi casado com a grandes atriz sueca Ingrid Bergmam (1915-1982), a inesquecível Ilsa Lund do filme Casablanca (1942).
Neste lote estão pelo menos três filmes que ainda não conheço e não quero perder: (i) Roma, Cidade Aberta (1945); (ii) Paisá - Libertação (1946); e (iii) Alemanha, Ano Zero (1948), todos tendo a ver com a guerra e o fim da guerra. E naturalmente com a nossa geração do pós-guerra...Mas também recomendo Stromboli (1950) e Viagem em Itália (1954), filmes que já vi em devido tempo. REcorde.se que Rossellini foi casado com a grandes atriz sueca Ingrid Bergmam (1915-1982), a inesquecível Ilsa Lund do filme Casablanca (1942).
Com a devida vénia, e sobre esta programação, transcrevo aqui um oexcerto do artigo do Público, de 20/3/2105, assinado pelo crítico de cinema Luís Miguel Oliveira;
(...) “Roma, Cidade Aberta” não foi o primeiro filme de Rossellini, que já assinara, durante o regime mussoliniano, alguns filmes, pelo menos teoricamente, de “propaganda”. Mas “Roma” foi uma bomba, o pontapé de saída para as gloriosas décadas do cinema italiano que vieram a seguir. Não é tanto a questão do “neo-realismo” enquanto corrente estética e ideológica (que já tinha precedentes antes de Rossellini e teria no futuro apóstolos muito mais convictos do que ele próprio); é antes a questão do compromisso com a realidade, o cinema a fazer “corpo” com o quotidiano e as circunstâncias históricas. Nunca se tinha visto nada assim: alguém escreveu – salvo erro Godard, para variar – que com “Roma”, rodado ainda durante a guerra, Rossellini redimiu a Itália, e como medida da dimensão do gesto do cineasta, não é expressão exagerada. Tanto assim que, depois de redimir os italianos, Rossellini foi redimir os alemães, nesse absolutamente fulcral filme que foi “Alemanha, Ano Zero”, rodado nas ruínas de Berlim, onde de cada buraco saltam fantasmas e persistências nazis. O destino do miúdo protagonista – e o que ele “simboliza” – deve ser das coisas mais discutidas em toda a história do cinema, sendo certo que ele representa algo de profundamente importante para Rossellini: a tragédia de uma educação “falsa” (o nazismo), o drama de um condicionamento contra o homem em vez de a favor dele.
Veremos também o sofrimento, quase Sado-masoquista, que Rossellini infligiu a Ingrid Bergman, ao transplantá-la do luxo de Hollywood para as agruras da vida numa desolada e vulcânica ilha de pescadores: “Stromboli”, outro filme essencial, que ganha em ser visto tendo presente esse “moralismo” rosselliniano, castigando o “espectáculo” (Bergman, Hollywood) que entrou pelo seu cinema adentro e castigando-se a si próprio. Ou o mais generoso – e “milagroso” – mas nem por isso menos castigador “Viagem em Itália”, doce e violenta anatomia de um casamento, porventura a mais contundente incursão de Rossellini na introspecção autobiográfica. E mais “Europa 51”, “O Medo” (ambos com Bergman), “Paisá”, “O Amor”, “A Máquina de Matar Pessoas Más”, “Ìndia”. Que sentido se encontrará ainda, hoje, na ética humanista de Rossellini? (...)
Libertação
Veremos também o sofrimento, quase Sado-masoquista, que Rossellini infligiu a Ingrid Bergman, ao transplantá-la do luxo de Hollywood para as agruras da vida numa desolada e vulcânica ilha de pescadores: “Stromboli”, outro filme essencial, que ganha em ser visto tendo presente esse “moralismo” rosselliniano, castigando o “espectáculo” (Bergman, Hollywood) que entrou pelo seu cinema adentro e castigando-se a si próprio. Ou o mais generoso – e “milagroso” – mas nem por isso menos castigador “Viagem em Itália”, doce e violenta anatomia de um casamento, porventura a mais contundente incursão de Rossellini na introspecção autobiográfica. E mais “Europa 51”, “O Medo” (ambos com Bergman), “Paisá”, “O Amor”, “A Máquina de Matar Pessoas Más”, “Ìndia”. Que sentido se encontrará ainda, hoje, na ética humanista de Rossellini? (...)
Libertação
Título original:Paisà
Classificação:M/12
Outros dados: ITA, 1946, Preto e Branco, 128 min.
Um dos mais míticos filmes realizados em Itália no período que se seguiu ao fim da guerra. "Paisà" retrata, em seis episódios, a progressão das tropas americanas de libertação, desde o desembarque na Sicília até aos pântanos do vale do Pó. A descrição da realidade imediata, na linha de "Roma Città Aperta", a utilização de não profissionais, o aspecto de documentário da fotografia, tudo faz de "Paisà" uma obra em completa ruptura com o cinema italiano da década anterior.
Texto: Cinemateca Portuguesa. [Fonte: Cortesia de Público, Cinecartaz]
Um dos mais míticos filmes realizados em Itália no período que se seguiu ao fim da guerra. "Paisà" retrata, em seis episódios, a progressão das tropas americanas de libertação, desde o desembarque na Sicília até aos pântanos do vale do Pó. A descrição da realidade imediata, na linha de "Roma Città Aperta", a utilização de não profissionais, o aspecto de documentário da fotografia, tudo faz de "Paisà" uma obra em completa ruptura com o cinema italiano da década anterior.
Texto: Cinemateca Portuguesa. [Fonte: Cortesia de Público, Cinecartaz]
Alemanha, Ano Zero
Título original:Germania anno Zero
Género:Drama
Classificação:M/12
Outros dados: ALE/ITA, 1948, Cores, 75 min.
O mais pungente e desesperado filme sobre o pós-guerra. A crise económica e moral na Alemanha, através do drama de uma criança sobrevivendo de pequenos tráficos e expedientes, sustentando um pai doente, e que acabará por envenenar por influência de um seu professor nazi. Texto: Cinemateca Portuguesa. [Fonte: Cortesia de Público, Cinecartaz]
Roma, Cidade Aberta
Título original:Roma, Citta Aperta
O mais pungente e desesperado filme sobre o pós-guerra. A crise económica e moral na Alemanha, através do drama de uma criança sobrevivendo de pequenos tráficos e expedientes, sustentando um pai doente, e que acabará por envenenar por influência de um seu professor nazi. Texto: Cinemateca Portuguesa. [Fonte: Cortesia de Público, Cinecartaz]
Roma, Cidade Aberta
Título original:Roma, Citta Aperta
Género:Drama, Guerra
Outros dados: ITA, 1945, Cores, 100 min.
Quando Roberto Rosselini começou a rodar "Roma, Cidade Aberta", os Aliados tinham acabado de expulsar os nazis da cidade de Roma, perto do final da II Guerra Mundial. Considerado como uma das suas melhores obras, o filme que Rosselini filmou em pequenas partes de película danificada ajudou a definir o neorealismo italiano.
Quando Roberto Rosselini começou a rodar "Roma, Cidade Aberta", os Aliados tinham acabado de expulsar os nazis da cidade de Roma, perto do final da II Guerra Mundial. Considerado como uma das suas melhores obras, o filme que Rosselini filmou em pequenas partes de película danificada ajudou a definir o neorealismo italiano.
A história é narrada num estilo semi-documental, usando cenários reais, e envolve membros da resistência italiana em plena acção contra a ocupação nazi. Giorgio Manfredi (Marcello Pagliero), líder da Resistência italiana, é descoberto pelos nazis. Procura ajuda em casa do amigo Francesco (Francesco Grandjacquet), mas é a noiva Pina (Anna Magnani) que o vai ajudar, avisando o padre Don Pietro Pellegrini (Aldo Fabrizi) que Giorgio tem de deixar a cidade imediatamente.
Anna Magnani tornou-se uma estrela de cinema internacional com esta interpretação de uma mulher grávida e solteira que é apanhada pelos acontecimentos no dia do seu casamento. "Roma, Cidade Aberta" recebeu o Grande Prémio do Festival de Cannes de 1946. Sergio Amidei e Federico Fellini foram nomeados para o Óscar de melhor argumento de 1947. Pùblico .[ Fonte: Cortesia de Público, Cinecartaz],
2. Lisboa > Espaço Nimas > 10 obras restauradas, imperdíveis, de Roberto Rossellini
Do portal da Medeia Filmas, com a devida vénia, transcreve-se o seguinte...
Do portal da Medeia Filmas, com a devida vénia, transcreve-se o seguinte...
(...) Face ao sucesso da exibição das obras restauradas de Roberto Rossellini no Espaço Nimas em Lisboa, os Cinemas Medeia prolongam a exibição destes filmes, que contarão com uma nova programação durante quatro semanas, entre 30 de abril e 27 de maio.
Todos estes filmes serão exibidos em versões restauradas digitais, resultado de um trabalho audaz de restauro levado a cabo por várias prestigiadas entidades: Cinecitta Luce, CSC – Cineteca Nazionale, Cineteca di Bologna e Coproduction Office.
(...)
Nova Programação das dez obras restauradas:
(,,,) Quinta - 7 Maio- Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
O MEDO (1954)
Sexta - 8 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
O MEDO (1954)
Sábado - 9 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
STROMBOLI (1950)
Domingo - 10 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
VIAGEM EM ITÁLIA (1954)
Segunda - 11 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
EUROPA 51 (1952)
Terça - 12 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
O AMOR (1948) + A FORÇA E A RAZÃO (1971)
Quarta - 13 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
O AMOR (1948) + A FORÇA E A RAZÃO (1971)
Quinta - 14 Maio- Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
ALEMANHA, ANO ZERO (1948)
Sexta - 15 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
ALEMANHA, ANO ZERO (1948)
Sábado - 16 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
ÍNDIA (1958)
Domingo - 17 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
ROMA, CIDADE ABERTA (1945)
Segunda - 18 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
PAISÀ – LIBERTAÇÃO (1946)
Terça - 19 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
MÁQUINA DE MATAR PESSOAS MÁS (1952)
Quarta - 20 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
MÁQUINA DE MATAR PESSOAS MÁS (1952)
Quinta - 21 Maio- Horários: 16h30, 19h, 21h30
STROMBOLI (1950)
Sexta - 22 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
STROMBOLI (1950)
Sábado - 23 Maio - 16h30, 19h, 21h30
EUROPA 51 (1952)
Domingo - 24 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
O MEDO (1954)
Segunda - 25 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
O AMOR (1948) + A FORÇA E A RAZÃO (1971)
Terça - 26 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
VIAGEM EM ITÁLIA (1954)
Quarta - 27 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
VIAGEM EM ITÁLIA (1954)
(...) Todos os filmes em projecção digital. (...) Consultar esta programação aqui.
Todos estes filmes serão exibidos em versões restauradas digitais, resultado de um trabalho audaz de restauro levado a cabo por várias prestigiadas entidades: Cinecitta Luce, CSC – Cineteca Nazionale, Cineteca di Bologna e Coproduction Office.
(...)
Nova Programação das dez obras restauradas:
(,,,) Quinta - 7 Maio- Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
O MEDO (1954)
Sexta - 8 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
O MEDO (1954)
Sábado - 9 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
STROMBOLI (1950)
Domingo - 10 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
VIAGEM EM ITÁLIA (1954)
Segunda - 11 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
EUROPA 51 (1952)
Terça - 12 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
O AMOR (1948) + A FORÇA E A RAZÃO (1971)
Quarta - 13 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
O AMOR (1948) + A FORÇA E A RAZÃO (1971)
Quinta - 14 Maio- Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
ALEMANHA, ANO ZERO (1948)
Sexta - 15 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
ALEMANHA, ANO ZERO (1948)
Sábado - 16 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
ÍNDIA (1958)
Domingo - 17 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
ROMA, CIDADE ABERTA (1945)
Segunda - 18 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
PAISÀ – LIBERTAÇÃO (1946)
Terça - 19 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
MÁQUINA DE MATAR PESSOAS MÁS (1952)
Quarta - 20 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
MÁQUINA DE MATAR PESSOAS MÁS (1952)
Quinta - 21 Maio- Horários: 16h30, 19h, 21h30
STROMBOLI (1950)
Sexta - 22 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
STROMBOLI (1950)
Sábado - 23 Maio - 16h30, 19h, 21h30
EUROPA 51 (1952)
Domingo - 24 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
O MEDO (1954)
Segunda - 25 Maio - Horários: 16h30, 19h, 21h30
O AMOR (1948) + A FORÇA E A RAZÃO (1971)
Terça - 26 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
VIAGEM EM ITÁLIA (1954)
Quarta - 27 Maio - Horários: 16h, 18h, 20h, 22h
VIAGEM EM ITÁLIA (1954)
(...) Todos os filmes em projecção digital. (...) Consultar esta programação aqui.
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Nota do editor:
Último poste da série > 5 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14573: Agenda cultural (395): Estórias Abensonhadas, exposição de Joana Graça, Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, Telheiras, Lisboa, até 19 de maio
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