Título > Desertor ou Patriota
Autor > David Costa
Editora > Ausência
Local > Vila Nova de Gaia
Ano> 2004
Nº pp > 160
Preço > 12 €
A extraordinária aventura de um soldado raso
David Costa nasceu na freguesia de Fânzeres, concelho de Gondomar, a 12 de Dezembro de 1945. Incorporado em Julho de 1966, casado à pressa para ver se se livrava da mobilização, nem com um filho recém-nascido e outro a caminho escapou. Como ele diz a certa altura, só os cegos e os paralíticos podiam ter alguma esperança.
Tudo começou em Fevereiro de 1967. No cais da Rocha Conde de Óbidos ouviu a prelecção habitual:
- Soldados de Portugal! É grande a vossa honra, pois a Pátria chama-vos a defender aquelas terras tão orgulhosamente portuguesas.
Embarcou no Uíge num daqueles dias frios para cinco dias depois respirar o ar quente de Bissau. Nem deu tempo para dar uma volta pela cidade. Encaixotados nas viaturas, lá rumaram, ele e os camaradas, a caminho de Mansoa.
Um tipo cheio de sorte. Ainda em Lisboa deram-lhe a notícia:
- O teu serviço vai ser trabalhar na secretaria, incorporado na CART 1660.
Em Mansoa encontrou-se com os velhinhos do BCAÇ 1912, que não deixaram passar a oportunidade de praxar a periquitada:
- A vossa chegada não tarda vai ser condignamente festejada...Não vai faltar molho! - E, de facto, assim aconteceu.
Numa daquelas noites, a gozar o cinema ao ar livre, aí vai aço, tugas de um raio! “Corríamos inseguros à procura de qualquer coisa que nos abrigasse”, remata o infeliz amanuense condutor que, afinal, estava a ver que também sobrava alguma coisa para ele.
David Costa nasceu na freguesia de Fânzeres, concelho de Gondomar, a 12 de Dezembro de 1945. Incorporado em Julho de 1966, casado à pressa para ver se se livrava da mobilização, nem com um filho recém-nascido e outro a caminho escapou. Como ele diz a certa altura, só os cegos e os paralíticos podiam ter alguma esperança.
Tudo começou em Fevereiro de 1967. No cais da Rocha Conde de Óbidos ouviu a prelecção habitual:
- Soldados de Portugal! É grande a vossa honra, pois a Pátria chama-vos a defender aquelas terras tão orgulhosamente portuguesas.
Embarcou no Uíge num daqueles dias frios para cinco dias depois respirar o ar quente de Bissau. Nem deu tempo para dar uma volta pela cidade. Encaixotados nas viaturas, lá rumaram, ele e os camaradas, a caminho de Mansoa.
Um tipo cheio de sorte. Ainda em Lisboa deram-lhe a notícia:
- O teu serviço vai ser trabalhar na secretaria, incorporado na CART 1660.
Em Mansoa encontrou-se com os velhinhos do BCAÇ 1912, que não deixaram passar a oportunidade de praxar a periquitada:
- A vossa chegada não tarda vai ser condignamente festejada...Não vai faltar molho! - E, de facto, assim aconteceu.
Numa daquelas noites, a gozar o cinema ao ar livre, aí vai aço, tugas de um raio! “Corríamos inseguros à procura de qualquer coisa que nos abrigasse”, remata o infeliz amanuense condutor que, afinal, estava a ver que também sobrava alguma coisa para ele.
Uma brincadeira de mau gosto, que lhe saiu cara
Mas nessa noite como em outras que se seguiram estava longe de adivinhar o que, dezenas de anos depois, chamou “a extraordinária aventura que eu vivi”.
Foi no fatídico dia 17 de Maio de 1967 que começou a odisseia do David. Brincalhão, cheio de arte e manha, era o encarregado do transporte do correio, o que o levava a Bissau sempre que havia avião.
“Tudo não passou de uma simples brincadeira com uma carta mal fechada, da qual caíra uma foto de uma linda rapariga. Com essa fotografia, destinada ao Floriano, resolvi fazer umas graças, exibindo-a como troféu de grande conquistador que eu era. Brincadeira de mau gosto, certamente, imperdoável também, com certeza, mas que me saiu tão cara!...”
Condenado pelos camaradas que lhe viraram as costas, resolveu ir dar uma volta pela povoação.
Foi andando, diz ele, a matutar, acabrunhado, andando até dar por ela que era noite e já estava fora de Mansoa e sem sequer vislumbrar qualquer referência. Em pânico, desorientado, meteu-se pelo mato, andou para trás e para a frente e para os lados possivelmente, até que pela madrugada viu um holofote a girar. Era um destacamento das NT que ele não fazia ideia qual fosse.
Entra, não entra, arrisca a entrar por baixo do arame farpado, a desaparecer pelo chão, quando lhe vem à cabeça a ideia de poder ser visto à distância por alguma sentinela que, certamente, não o identificaria e, o mais certo, pensou para ele, fura-me todo.
Escapa-se do aquartelamento (ao longo de toda a história vê-se que conjuga o verbo escapar de trás para a frente) e decidiu internar-se no mato ao encontro, não sabia ainda, de uma pequena coluna da guerrilha.
Estava ele a dizer “Tem calma David!”, quando uns vultos estacam à frente dele. Curvados, observam-lhe a cara, murmuram entre eles, até que um se chega à frente de um David a tremer por todos os lados.
- Que andas aqui a fazer fora do quartel?
- Fugi, ontem à noite - saiu-lhe pela boca, sem pensar, diz ele.
Mas nessa noite como em outras que se seguiram estava longe de adivinhar o que, dezenas de anos depois, chamou “a extraordinária aventura que eu vivi”.
Foi no fatídico dia 17 de Maio de 1967 que começou a odisseia do David. Brincalhão, cheio de arte e manha, era o encarregado do transporte do correio, o que o levava a Bissau sempre que havia avião.
“Tudo não passou de uma simples brincadeira com uma carta mal fechada, da qual caíra uma foto de uma linda rapariga. Com essa fotografia, destinada ao Floriano, resolvi fazer umas graças, exibindo-a como troféu de grande conquistador que eu era. Brincadeira de mau gosto, certamente, imperdoável também, com certeza, mas que me saiu tão cara!...”
Condenado pelos camaradas que lhe viraram as costas, resolveu ir dar uma volta pela povoação.
Foi andando, diz ele, a matutar, acabrunhado, andando até dar por ela que era noite e já estava fora de Mansoa e sem sequer vislumbrar qualquer referência. Em pânico, desorientado, meteu-se pelo mato, andou para trás e para a frente e para os lados possivelmente, até que pela madrugada viu um holofote a girar. Era um destacamento das NT que ele não fazia ideia qual fosse.
Entra, não entra, arrisca a entrar por baixo do arame farpado, a desaparecer pelo chão, quando lhe vem à cabeça a ideia de poder ser visto à distância por alguma sentinela que, certamente, não o identificaria e, o mais certo, pensou para ele, fura-me todo.
Escapa-se do aquartelamento (ao longo de toda a história vê-se que conjuga o verbo escapar de trás para a frente) e decidiu internar-se no mato ao encontro, não sabia ainda, de uma pequena coluna da guerrilha.
Estava ele a dizer “Tem calma David!”, quando uns vultos estacam à frente dele. Curvados, observam-lhe a cara, murmuram entre eles, até que um se chega à frente de um David a tremer por todos os lados.
- Que andas aqui a fazer fora do quartel?
- Fugi, ontem à noite - saiu-lhe pela boca, sem pensar, diz ele.
Apanhado pelo PAIGC, levado para o Morés e, depois, para o Senegal
Começa assim a odisseia do soldado raso David Costa. Levado pelo Comandante Alexandre Dias Correia e mais seis elementos bem armados e equipados com fato camuflado, dirige-se à mata de Morés. Sempre bem tratado pela guerrilha e pela população, conhece José Landim, que se apresenta como chefe militar da base de Morés.
Depois foi a viagem por trilhos, bolanhas e ribeiros, em direcção ao Senegal. No trajecto ainda conheceu em Iracunda, bem perto do Olossato, o Aristides Pereira, futuro Presidente da República de Cabo Verde que, contente pela deserção do soldado, o abraçou e tratou com muita simpatia. Foi aí que assistiu a uma sessão política, que o deixou boquiaberto. Acarinhado por todos, rumou novamente em direcção à linha de fronteira, conduzido pelo Comandante Alexandre Correia e pelos seus homens. Dois ou três dias depois chegaram.
Antes de embarcar numa camioneta que o aguardava, chorou abraçado ao Comandante, que à despedida lhe disse:
-Vai em paz e que Deus te acompanhe. Obrigado por seres dos nossos…
Em Ziguinchor teve honras de ser recebido por Luís Cabral e pelo Mário Pádua, um médico português que desertara do Exército Português em Angola e tratava agora dos feridos e doentes do PAIGC.
Levaram-no a um alfaiate, tirou medidas para um fato, comprou camisas e sapatos, fumou Craven-A e Rothelmans, parecia-lhe tudo surreal, diz ele.
Numa noite, após jantar com Luís Cabral, duas senhoras e o Mário Pádua, este entrou-lhe no quarto e perguntou-lhe a quem queria dar notícias.
Que pergunta! O David não parava de pensar na sua jovem mulher. Então, o Pádua passou-lhe para as mãos uma carta escrita e uma folha de papel de avião em branco com o respectivo envelope.
“Quando me deixou só, comecei a ler aquela folha e fiquei muito desanimado. À medida que a ia lendo, ia perdendo a vontade de continuar. Não entendia nada de política, mas qualquer um perceberia que aquela carta era uma condenação. Eu ia dizer à minha mulher para não se preocupar comigo. Que estava muitíssimo bem e não me faltava nada. Que tivesse confiança, pois mais tarde ou mais cedo iria ter comigo, onde quer que eu estivesse. E pelo meio destas mensagens cheias de esperança dizia-se que quem tinha a culpa de tudo era Salazar…Que Salazar e Tomás eram doidos e o Cardeal Cerejeira também. Mesmo ignorante, logo percebi que jamais voltaria a Portugal sem problemas gravíssimos…”, escreve o David no seu livro.
Fez o que lhe sugeriram, copiou com a sua letra a folha que o Pádua lhe entregara.
Depois o David continua a contar as atribulações que diz ter passado. Deram-lhe uma espécie de dinheiro de bolso e deixavam-no passear sozinho. Dias depois, diz ter escrito uma carta para a mulher contando a sua própria versão e pedindo que fizesse a entrega da carta no QG, no Porto.
A aventura no Senegal continua em Dakar para onde foi levado e conhece na sede do PAIGC um tal José Augusto, natural de Braga, ex-apontador de morteiro de uma unidade militar portuguesa, que desertara em tempos e que vivia no Senegal com a mulher e a avó.
Começa assim a odisseia do soldado raso David Costa. Levado pelo Comandante Alexandre Dias Correia e mais seis elementos bem armados e equipados com fato camuflado, dirige-se à mata de Morés. Sempre bem tratado pela guerrilha e pela população, conhece José Landim, que se apresenta como chefe militar da base de Morés.
Depois foi a viagem por trilhos, bolanhas e ribeiros, em direcção ao Senegal. No trajecto ainda conheceu em Iracunda, bem perto do Olossato, o Aristides Pereira, futuro Presidente da República de Cabo Verde que, contente pela deserção do soldado, o abraçou e tratou com muita simpatia. Foi aí que assistiu a uma sessão política, que o deixou boquiaberto. Acarinhado por todos, rumou novamente em direcção à linha de fronteira, conduzido pelo Comandante Alexandre Correia e pelos seus homens. Dois ou três dias depois chegaram.
Antes de embarcar numa camioneta que o aguardava, chorou abraçado ao Comandante, que à despedida lhe disse:
-Vai em paz e que Deus te acompanhe. Obrigado por seres dos nossos…
Em Ziguinchor teve honras de ser recebido por Luís Cabral e pelo Mário Pádua, um médico português que desertara do Exército Português em Angola e tratava agora dos feridos e doentes do PAIGC.
Levaram-no a um alfaiate, tirou medidas para um fato, comprou camisas e sapatos, fumou Craven-A e Rothelmans, parecia-lhe tudo surreal, diz ele.
Numa noite, após jantar com Luís Cabral, duas senhoras e o Mário Pádua, este entrou-lhe no quarto e perguntou-lhe a quem queria dar notícias.
Que pergunta! O David não parava de pensar na sua jovem mulher. Então, o Pádua passou-lhe para as mãos uma carta escrita e uma folha de papel de avião em branco com o respectivo envelope.
“Quando me deixou só, comecei a ler aquela folha e fiquei muito desanimado. À medida que a ia lendo, ia perdendo a vontade de continuar. Não entendia nada de política, mas qualquer um perceberia que aquela carta era uma condenação. Eu ia dizer à minha mulher para não se preocupar comigo. Que estava muitíssimo bem e não me faltava nada. Que tivesse confiança, pois mais tarde ou mais cedo iria ter comigo, onde quer que eu estivesse. E pelo meio destas mensagens cheias de esperança dizia-se que quem tinha a culpa de tudo era Salazar…Que Salazar e Tomás eram doidos e o Cardeal Cerejeira também. Mesmo ignorante, logo percebi que jamais voltaria a Portugal sem problemas gravíssimos…”, escreve o David no seu livro.
Fez o que lhe sugeriram, copiou com a sua letra a folha que o Pádua lhe entregara.
Depois o David continua a contar as atribulações que diz ter passado. Deram-lhe uma espécie de dinheiro de bolso e deixavam-no passear sozinho. Dias depois, diz ter escrito uma carta para a mulher contando a sua própria versão e pedindo que fizesse a entrega da carta no QG, no Porto.
A aventura no Senegal continua em Dakar para onde foi levado e conhece na sede do PAIGC um tal José Augusto, natural de Braga, ex-apontador de morteiro de uma unidade militar portuguesa, que desertara em tempos e que vivia no Senegal com a mulher e a avó.
Da Gâmbia até Bissau: o início de outro pesadelo, incluo a célebre chapada de Spínola
A odisseia do David no Senegal acaba num Convento em Dakar, levado por um padre que o encontrara desanimado numa igreja. Não falta nesta história uma freira, jovem e bonita… Foi, aliás, através das freiras que obteve um passaporte e foi levado para Bathurst, Gâmbia, de onde depois de ter enviado um telegrama ao Comando Chefe das FA em Bissau, regressou numa avioneta civil à Guiné.
Bom, depois começou outra história. Prisão, interrogatórios, julgamento, condenação por deserção, chapada de Spínola...
Ironia ou não, o David regressou em 20 de Junho de 1971 no mesmo navio que, em Fevereiro de 1967, o transportara para a Guiné...Passou à disponibilidade em 29 de Agosto de 1971.
__________
Nota de vb:
(*) Sobre Dr. Mário Pádua, vd. o filme-documentário As Duas Faces da Guerra, de Diana Andringa e Flora Gomes:
AS DUAS FACES DA GUERRA
DIANA ANDRINGA E FLORA GOMES
DOCLISBOA 2007 - INVESTIGAÇÕES
Luta de libertação para uns, guerra de África para outros: o conflito que, entre 1963 e 1974, opôs o PAIGC às tropas portuguesas é visto, desde logo, de perspectivas diferentes por guineenses e portugueses. Mas não são essas as únicas “duas faces” desta guerra: mais curioso é que, para lá do conflito, houve sempre cumplicidade: “Não fazemos a guerra contra o povo português, mas contra o colonialismo”, disse Amílcar Cabral, e a verdade é que muitos portugueses estavam do lado do PAIGC. Não por acaso, foi na Guiné que cresceu o Movimento dos Capitães que levaria ao 25 de Abril. De novo duas faces: a guerra termina com uma dupla vitória, a independência da Guiné, a democracia para Portugal. É esta “aventura a dois” que é contada pelas vozes dos que a viveram.
EXTRAS
Capítulos
Diana Andringa, Flora Gomes Filmografias
Legendas: Inglês
Chico Bá Paulo de Jesus Filinto de Barros Agnelo Lourenço Fernandes Sulei Balde Carlos Sambú Amílcar Domingues António Iria Revez Teresa Barbosa António Lobato Manecas Santos Osvaldo Lopes da Silva João Marques Dinis Vasco Lourenço Pedro Pires Ansumane Sambú António Marques Lopes Lassana Njai Alfredo Santi Mário Pádua Manuel Boal Maria da Luz (Lilica) Boal Fernando Baginha Amélia Araújo Leonel Martins Pedro Gomes José Mendes Sentieiro Mbana Cabra Manuel Monge Agnelo Dantas Dalme Embunde Féfé Gomes Cofre Assana Silá Alexandre Coutinho e Lima Mamadi Danso e Assana Silá Dauda Cassamá Aladje Salifo Camará Isabel Coutinho e Lima Manuel Batoréo
Argumento e Realização: Diana Andringa e Flora Gomes; Imagem: João Ribeiro; Som: Armanda Carvalh; Montagem: Bruno Cabral; Produtor: Luís Correia; Produção: Lx Filmes.
Portugal, 2007, 105’, P/B e Cor, Betacam Digital, som 2.0, formato 4:3, Português e Crioulo
© Lx Filmes 2007
(P) Midas Filmes 2007
A odisseia do David no Senegal acaba num Convento em Dakar, levado por um padre que o encontrara desanimado numa igreja. Não falta nesta história uma freira, jovem e bonita… Foi, aliás, através das freiras que obteve um passaporte e foi levado para Bathurst, Gâmbia, de onde depois de ter enviado um telegrama ao Comando Chefe das FA em Bissau, regressou numa avioneta civil à Guiné.
Bom, depois começou outra história. Prisão, interrogatórios, julgamento, condenação por deserção, chapada de Spínola...
Ironia ou não, o David regressou em 20 de Junho de 1971 no mesmo navio que, em Fevereiro de 1967, o transportara para a Guiné...Passou à disponibilidade em 29 de Agosto de 1971.
__________
Nota de vb:
(*) Sobre Dr. Mário Pádua, vd. o filme-documentário As Duas Faces da Guerra, de Diana Andringa e Flora Gomes:
AS DUAS FACES DA GUERRA
DIANA ANDRINGA E FLORA GOMES
DOCLISBOA 2007 - INVESTIGAÇÕES
Luta de libertação para uns, guerra de África para outros: o conflito que, entre 1963 e 1974, opôs o PAIGC às tropas portuguesas é visto, desde logo, de perspectivas diferentes por guineenses e portugueses. Mas não são essas as únicas “duas faces” desta guerra: mais curioso é que, para lá do conflito, houve sempre cumplicidade: “Não fazemos a guerra contra o povo português, mas contra o colonialismo”, disse Amílcar Cabral, e a verdade é que muitos portugueses estavam do lado do PAIGC. Não por acaso, foi na Guiné que cresceu o Movimento dos Capitães que levaria ao 25 de Abril. De novo duas faces: a guerra termina com uma dupla vitória, a independência da Guiné, a democracia para Portugal. É esta “aventura a dois” que é contada pelas vozes dos que a viveram.
EXTRAS
Capítulos
Diana Andringa, Flora Gomes Filmografias
Legendas: Inglês
Chico Bá Paulo de Jesus Filinto de Barros Agnelo Lourenço Fernandes Sulei Balde Carlos Sambú Amílcar Domingues António Iria Revez Teresa Barbosa António Lobato Manecas Santos Osvaldo Lopes da Silva João Marques Dinis Vasco Lourenço Pedro Pires Ansumane Sambú António Marques Lopes Lassana Njai Alfredo Santi Mário Pádua Manuel Boal Maria da Luz (Lilica) Boal Fernando Baginha Amélia Araújo Leonel Martins Pedro Gomes José Mendes Sentieiro Mbana Cabra Manuel Monge Agnelo Dantas Dalme Embunde Féfé Gomes Cofre Assana Silá Alexandre Coutinho e Lima Mamadi Danso e Assana Silá Dauda Cassamá Aladje Salifo Camará Isabel Coutinho e Lima Manuel Batoréo
Argumento e Realização: Diana Andringa e Flora Gomes; Imagem: João Ribeiro; Som: Armanda Carvalh; Montagem: Bruno Cabral; Produtor: Luís Correia; Produção: Lx Filmes.
Portugal, 2007, 105’, P/B e Cor, Betacam Digital, som 2.0, formato 4:3, Português e Crioulo
© Lx Filmes 2007
(P) Midas Filmes 2007