Cabo Verde > Ilha de S. Tiago > Praia > Junho de 1941 > De pé à esquerda. [Foto nº 2]
Cabo Verde > Ilha de S. Tiago > Praia > Junho de 1941 > Primeiro à direita. [Foto nº 3]
Cabo Verde > Ilha de S. Tiago > Praia > Junho de 1941 > Junto a um estaleiro de construção e reparação de embarcações. O Feliciano é o primeiro à direita.[Foto 4]
Cabo Verde > Ilha do Sal > Pedra Lume > 1942. Junto a uma velha peça de artilharia. O Feliciano esta na fila de trás, de pé, a apontar. [Foto 5]
Cabo Verde > Ilha do Sal > Pedra Lume > 1942. O Feliciano é o segundo, de pé, à esquerda. [Foto 6]
Cabo Verde > Ilha do Sal > Pedra Lume > 1942. O Feliciano é o primeira, da direita [Foto 7]
Cabo Verde > Ilha do Sal > Pedra Lume > 1942. O Feliciano é o primeira, da direita [Foto 8]
Fotos (e legendas): © Augusto Silva Santos (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Fotos do álbum do pai do Augusto Silva dos Santos [, ex-Fur Mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73]. O nosso camarada disponibilizou-nos 33 fotos, digitalizadas, do seu pai, Feliciano Delfim Santos, e dos seus camaradas da 1ª companhia do 1º batalhão expedicionário do RI 11, que esteve na ilha do Sal (e depois na Ilha de Santo Antão), entre junho de 1941 e dezembro de 1943 (*).
Os "expedicionários do Onze" partiram do Cais da Rocha Conde de Óbidos, em Lisboa, no vapor "João Belo", a 16 de junho de 1941, com desembarque na Praia, ilha de Santiago, a 23 do mesmo mês. O navio transportava igualmente os materiais de construção indispensáveis para a edificação das instalações para o pessoal de dois batalhões e de mais uma companhia, além de serviços de saúde e intendência, num total de 2244 homens.
A ilha do sal era escassamente povoada ("meia dúzia de casas"...), vivendo da exploração do sal e de um fábrica de consersa de peixe (atum). Tiveram que recrutar lavadeiras de outras ilhas (Boavista, São Vicente e Santiago), que não as havia na ilha do Sal. Nem sequer havia padre, apenas uma professora, na vila de Santa Maria, a "capital". O aquartelamento era em Pedra [de] Lume. A água potável era racionada, tomava-se banho com água salgada. Cerca de dezenas de homens do 1º batalhão morreram de doença.
O Feliciano Delfim Santos deixou, sepultados nesta ilha (ou em Santo Antão ?), a sua companheira e um filho, vítimas de doença. De regresso à metrópole, exerceu a profissão de serralheiro, tendo mais tarde concorrido aos quadros do pessoal civil da Marinha de Guerra, onde exerceu a profissão de maquinista em diversas embarcações (rebocadores e vedetas de transporte de pessoal), inicialmente no antigo Arsenal de Marinha em Lisboa e posteriormente na Base Naval do Alfeite.
Reformou-se aos 56 ansos com a categoria equivalente a sargento ajudante. E dez anos depois morreu, precocemente. Ainda em vida, assistiu à partida, para a Guiné, com um ano de diferença, dos seus dois filhos, um deles o nosso grã-tabanqueiro Augusto Silva Santos.
Estas fotos e notas serão complementadas com a reprodução do livro sobre os "expedicionários do onze", do capitão José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp.).
(Continua)
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Nota do editor:
(*) Último poste da série > 27 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P16996: Meu pai, meu velho, meu camarada (49): O que conseguimos saber, até agora, do ex-1º cabo Armindo da Cruz Ferreira, companhia de acompanhamento do 1º Batalhão Expedicionário do RI 11, Cabo Verde, Ilha do Sal (junho de 1941-dezembro de 1943) a pedido da sua neta, Albertina da Conceição Gomes, médica patologista na Noruega