1. O Luís Branquinho Crespo é o novo membro da nossa Tabanca Grande. Passa a sentar-se, à sombra do nosso poilão, no lugar nº 744.
Formalizamos deste modo a sua entrada nesta comunidade virtual de camaradas e amigos da Guiné (*). Tínhamos prometido apresentá-lo no dia 11 do corrente. Ele, por sua vez, ficou de nos enviar duas coisas: (i) as duas fotos da praxe, uma atual e outra do tempo da tropa; e (ii) o texto da apresentção do seu livro, que esteve a cargo do nosso camarada António Graça de Abreu.
O nosso grã-tabanqueiro é do tempo do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70), esteve no sector L1, na zona leste, no Xitole e Saltinho, como alferes miliciano, na CART 2413.
Sobre esta subunidade temos poucas (13) referências no nosso blogue... Os elementos a seguir discriminados foram-nos fornecidos pelo nosso colaborador permanente José Martins. Muito sumariamente diremos então que a CART 2413:
(i) foi mobilizada Eegimento de Artilharia Pesada nº 2, instalado na Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia;
(ii) foi inicialmente comandada pelo cap art Raul Alberto Laranjeira Henriques, sendo substituido,
pelo cap inf José Medina Ramos;
pelo cap inf José Medina Ramos;
(iii) tinha como divisa “Nova Onda”;
(iv) embarcou para a Guiné em 11 de agosto de 1968, chegando a Bissau no dia 16 desse mês;
(v) fez em Fá Mandinga, a IAO (Intrução de Aperfeiçoamento Operacional), ainda ao tempo do BART 1904;
(vi) participou em m operações nas zonas de Nova Lamego e Cabuca;
(vii) a 12 de setembro de 1968 desloca-se para o sector Xitole, para sobreposição com a CART 1646, tendo assumido a responsabilidade desse subector em 18 de setembro;
(viii) desloca um pelotão para o Saltinho, ao mesmo tempo que fica integrada no dispositivo de manobra do BCAÇ 2852;
(ix) em 25 de eevereiro de 1969, com a criação do subsector do Saltinho, foi o pelotão, da CART 2413, substituido pela CCAÇ 2406;
(x) durante alguns períodos e por tempo variável, deslocou pelotões para guarnecer os destacamentos de Quirafo, Sinchã Maunde Buco, Cambassé, Sinchã Madiú e Tangali;
(xi) nos finais de abril de 1969, passou a deslocar um pelotão para a ponte do rio Pulon, também conhecida como como Ponte do Fulas (não sabemos a razão da designação);
(xii) ter,minada a comissão, foi rendida pela CART 2716, em 7 de junho de 1970, tendo recolhido a Bissau, de onde embarca para a metrópole em 18 de junho.
Portanto, a CART 2413 estava adida ao BCAÇ 2852. Sabemos que foi rendida pela CART 2716 / BART 2917 (1970/72), a que pertenceu, entre outros, o nosso David Guimarães. Mais tarde, hão de passar pelo Xitole os nossos camaradas Francisco Silva, Joaquim Mexia Alves, entre outros, da CART 3492... E ainda temos o José Zeferino, alf mil da 2ª CCAÇ / BCAÇ 4616 (Xitole, 1973/74), que fechou a guerra, com 2 mortos, 15 de maio de 1974, se não erro...
De qualquer modo, os "periquitos" da CCAÇ 12 [ou CCAÇ 2590] cruzaram-se com os "velhinhos" da CART 2413...Fizemos colunas loucas, no 2º semestre de 1969 para levar a "bianda" aos camaradas de Mansambo, Xitole, Saltinho... E operações no mato... Foram anos loucos, os de 1969 e 1970. Estou-me a lembrar da Op Bodião em fevereiro de 1970. Não sei se o Luís Branquinho Crespo participou nessa operação ou se, nessa altura, estava destacado.
2. Sobre Luís Branquinho Crespo podemos repetir aqui o que já dissemos sobre ele e que vem, de resto, na sua página no Facebook;
(i) nasceu em Leiria, na freguesia das Cortes; (ii) andou na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo (Leiria); (iii) estudou em Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo completado o curso em Lisboa; (iv) pelo meio, fez a triopa e a guerra colonial na Guiné, com o poste de alf mil, (v) vive em Coimbra e é advogado em Leiria.
É, além disso, autor do livro "Guiné: um rio de memórias" (Leiria, Textiverso, 2017), lançado recentemente (**).
Talvez os camaradas, mais velhos, do tempo do BCAÇ 2852, tal como o Jaime Machado, o Torcato Mendonça ou o Beja Santos... se lembrem do Luís Branquinho Crespo...Se não erro, será o primeiro camarada da CART 2413 a integrar a nossa Tabanca Grande.
De qualquer modo, os "periquitos" da CCAÇ 12 [ou CCAÇ 2590] cruzaram-se com os "velhinhos" da CART 2413...Fizemos colunas loucas, no 2º semestre de 1969 para levar a "bianda" aos camaradas de Mansambo, Xitole, Saltinho... E operações no mato... Foram anos loucos, os de 1969 e 1970. Estou-me a lembrar da Op Bodião em fevereiro de 1970. Não sei se o Luís Branquinho Crespo participou nessa operação ou se, nessa altura, estava destacado.
2. Sobre Luís Branquinho Crespo podemos repetir aqui o que já dissemos sobre ele e que vem, de resto, na sua página no Facebook;
(i) nasceu em Leiria, na freguesia das Cortes; (ii) andou na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo (Leiria); (iii) estudou em Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo completado o curso em Lisboa; (iv) pelo meio, fez a triopa e a guerra colonial na Guiné, com o poste de alf mil, (v) vive em Coimbra e é advogado em Leiria.
É, além disso, autor do livro "Guiné: um rio de memórias" (Leiria, Textiverso, 2017), lançado recentemente (**).
Sobre o Xitole temos 196 referências, menos do que sobre Mansambo (332), Xime (367) ou Bambadinca (574) mas mais do que sobre o Saltinho (108).
O Luís é, naturalmente, bem, vindo à nossa Tabanca Grande. E fazemos votos para o seu livro seja um sucesso, Aguardemos mais notícias suas e, naturalmente, também histórias do seu/nosso tempo.
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 10 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17342: Tabanca Grande (436): Luís Branquinho Crespo, autor de "Guiné: um rio de memórias" (Leiria, Textiverso, 2017) aceita o nosso convite para ser o nosso próximo grã-tabanqueiro
(*) Vd. poste de 10 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17342: Tabanca Grande (436): Luís Branquinho Crespo, autor de "Guiné: um rio de memórias" (Leiria, Textiverso, 2017) aceita o nosso convite para ser o nosso próximo grã-tabanqueiro
(**) Vd. poste de 5 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17320: Agenda cultural (557): Lançamento do livro "Guiné: um rio de memórias", de Luís Branquinho Crespo. Sábado, 6 de maio, às 15h30, em Leiria, no Celeiro da Casa do Terreiro. Apresentação do nosso camarada António Graça de Abreu. O autor fez parte do Grupo dos Amigos da Capela de Guileje.