Guiné-Bissau > Bissau > 1993 > Postal ilustrado: (i) em cima, várias paisagens do país; (ii) em baixo: o edifício onde era o antigo Café Portugal (à direita), junto ao Hotel Portugal, na antiga Praça Honório Barreto (rebatizada Pr Che Guevara, a partir de 1975)... A escultura do Honório Barreto já há muito tinmha sido derrubada... É uma das raras imagens que temos deste estabelecimento... (Ninguém se lembrava de tirar fotos às fachadas dos "tascos" lá do sítio...).
Este postal foi trazido pelo ex-fur mil António J. P. Magalhães, infelizmente já falecido: pertencia ao 1º Gr Comb CART 1525, Os Falcões (Bissorã, 1966/67) (grupo de combate comandado pelo ex-alf mil Rui César S. Chouriço) e terá sido dos nossos primeiros camaradas a fazer uma "viagem de saudade" à Guiné-Bissau, depois do fim da guerra, em 1993.Foto (e legenda): © António J. P. Magalhães (1993). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné-Bissau > Bissau > Praça Che Guevara > 2008 > Antiga Praça Honório Barreto. Foto do domínio público, cortesia de Wikipedia.
1. Antes que desapareçam, definitivamente das nossas memórias (*) (e dos nossos álbuns fotográficos), vamos lembrar aqui algumas referências ao Café Portugal, que fazia parte do roteiro dos nossos "comes & bebes" em Bissau, a par de outros já falados: Café Bento ou 5ª Rep, Café e Pastelaria Império, Café Ronda, Cervejaria Solmar, Solar dos 10, Zé da Amura, Grande Hotel, Pelicano, Nazareno, Chez Toi, etc.
(...) Recordo o Quartel de Santa Luzia com a piscina de águas tão espessamente esverdeadas que nada se via a dez centímetros de profundidade, o UDIB onde passavam filmes de cowboys, a Associação Comercial com os torneios de bridge e o naipe de restaurantes e cervejarias: o Café Portugal, o Zé da Amura, o Solar do Dez e o Grande Hotel. (...) (**)
(iv) Carlos Pinheiro (ex-1.º Cabo TRMS Op MSG, Centro de Mensagens, STM/QG/CTIG, 1968/70)
(... ) Tínhamos, na Praça Honório Barreto: o Internacional, o Portugal e o Chave de Ouro, tudo cafés/cervejarias mas também onde se comiam umas febras ou uns bifes, quando havia. (...)
Café Portugal ... que lindo, comprámos uma navalha cada um, três estalos (é que as havia de cinco). Aquela era de três. Mais um ronco... Aproveitei e comprei um relógio Seiko: que maravilha, trabalhava bem, o outro que eu tinha já havia apanhado água do rio Poulom (...).
À noite, uma volta... Sim, lá para o escuro, para lados de Pilão... Porra, a certa altura uma mulher a gritar por não sei quem... Poça, vamos lá, era o único lugar com luz... De trás da árvore surge uma voz:
- Oh furriel, furriel!?
Furriel ?... Mas nós estávamos à civil !... Bem, lá atendemos às solicitações da mulher, nem sei o que ela queria, e afastámo-nos rapidamente para os lados da luz, os canivetes de 3 estalos abertos no bolso… Correu tudo bem, lá chegámos à residencial... Bem, aconteceu nada, mas como é que nós éramos furriéis, vestidos à civil? Fiquei a matutar nessa:
(***) Vd. poste de 3 de março de 2013 > Guiné 63/74 - P11188: Os melhores 40 meses da minha vida (Veríssimo Ferreira) (27): 28.º episódio: Memórias avulsas (9): Do inferno para o céu