Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
sábado, 7 de junho de 2014
Guiné 63/74 - P13253: Documentos (28): PAIGC Actualités (António Barbosa) (2): O nº 56, de Dezembro de 1973, dedicado à admissão da Guiné como 42º Estado Membro da O.U.A.
domingo, 18 de agosto de 2013
Guiné 64/74 – P11949: Documentos (26): PAIGC Actualités (António Barbosa) (1): O nº 40, Abril de 1972, dedicado em parte ao ataque à B.A.12, localizada em Bissalanca, acerca de 9 km de Bissau
António Barbosa
Alf Mil Op Esp/RANGER do 1º Pel da 2ª CART/BART 6523,
Imagens: © António Barbosa (2013). Direitos reservados.
Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010). Direitos reservados.
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Vd. último poste desta série em:
20 DE MAIO DE 2009 > Guiné 64/74 - P4384: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (5): O nº 48, Dezembro de 1972, dedicado à 'visita da OUA às regiões libertadas no sul'
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Guiné 64/74 - P4384: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (5): O nº 48, Dezembro de 1972, dedicado à 'visita da OUA às regiões libertadas no sul'
2 de Fevereiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3828: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (1): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 1-2
5 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3846: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (2): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 3-4
10 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3864: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (3): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 5-6
17 de Fevereiro de 2009 > Guiné 64/74 - P3905: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (4): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 7-8
sábado, 16 de maio de 2009
Guiné 63/74 - P4357: Questões politicamente (in)correctas (39): Havia racismo nas Forças Armadas Portuguesas ? ... E no PAIGC ? (Nelson Herbert)
"By 30 April 1968 total U.S. military personnel in Vietnam numbered 543,300. Assuming a nine to one ratio, that is nine service and support for each grunt in the bush characteristic of a modern technology (including technologies of the intellect)-based army, such as we had in Vietnam, and you rapidly conclude that all of the fighting was done by no more than 50,000 men at any one time. What this means is that with a surfeit of bodies in the rear, a critical mass was effected that recreated America in Vietnam. RACISM IN THE REAR WAS ALIVE, WELL AND VIRULENT. Both the Viet Cong and the North Vietnamese would exploit this pernicious flaw in the American Character as a divisive weapon illuminating what the war managers could not seem to grasp--the fundamentally political character of the conflict."
[ Até 30 de Abril de 1968,o total de militares norte-americanos no Vietname atingia os 543300. Assumindo uma relação de um para nove, isto é nove especialistas das áreas de serviço e apoio para um operacional na selva, que é o traço característico de um exército de base tecnológica moderna (incluindo as tecnologias da informação e do conhecimento), como tivemos no Vietname, rapidamente se conclui que o número de combatentes na frente de batalha não terá ultrapassado, de qualquer modo, os 50.000 homens. Isto significou a existência de um excesso de forças na retaguarda, tendo como efeito uma massa crítica que recreou a América no Vietname. O RACISMO NA RECTAGUARDA ESTAVA VIVO; EM FORÇA E ERA VIRULENTO. Tanto o Vietcong e como os norte-vietnamitas iriam explorar essa perniciosa falha na cultura militar dos americanos, como uma arma facturante mostrando aquilo que os gestores da guerra pareciam não compreender – a natureza fundamentalmente política do conflito.][Tr. ingl., L.G.]
in Black Studies, de William M King, Afroamerican Studies Program ,University of Colorado, Boulder, Colorado, USA
Não creio que hajam guerras imunes a problemáticas e conflitos raciais latentes, particularmente quando as forças e os homens nelas envolvidas, de um e outro lado da trincheira, forem de origem multirracial. A guerra americana no Vietname foi disso, um exemplo! A guerra travada por Portugal, nos três cenários africanos, não deverá decerto ter sido uma excepção.
Pois, vem isto a propósito da utilização do termo Nharro, num dos postes do blogue, prontamente contestado pelo bloguista José Macedo, por sinal um antigo companheiro de armas, vosso. Nharro é de facto o mais pejorativo termo feito recurso na Guiné colonial, para se referir a um negro, a um nativo. E não estou aqui a ensinar [o Padre Nosso ao Vigário]!
Termo pejorativo, racista, que, quiçá ao longo dos tempos foi-se desprendendo de toda essa sua carga semântica original. Hoje “expressão de afecto” e não tenho neste particular razões para duvidar ter sido com essa intenção, a sua utilização pelo bloguista Henrique Matos , mas pela polémica que a sua utilização e recurso no blogue podem suscitar ( melhor, já suscitou), deixo aqui um repto, um desafio.. quem sabe, uma temática a abordar: a problemática do racismo nas casernas, nas fileiras militares. Terá esse problema existido e afectado a vossa camaradagem ?
Do lado do inimigo, a então guerrrilha do PAIGC é o que se sabe, com todo o seu dramático cortejo de episódios, de que o assassinato de Amílcar Cabral fora quiçá o cume !
A história e a geração pós-guerra (a que me considero pertencer, apesar de 13 anos de vivência desse conflito), muito agradecem !
Mantenhas
Nelson Herbert
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Nota de L.G.:
(*) Vd. último poste desra série: 15 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4348: Questões politicamente (in)correctas (38): Os nossos queridos nharros (José Teixeira)
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Guiné 64/74 - P3905: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (4): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 7-8
O Eduardo foi Fur M Op Esp na CCS do BCAÇ 4612 (Guiné, 1974). Como ele gosta de recordar, foi o útimo português a arrear, em 9 de Setembro de 1974, a última bandeira portuguesa no antigo CTIG, no quartel de Mansoa, na presença de representantes do PAIGC que, por sua vez, hastearam a bandeira da nova República da Guiné-Bissau.
As páginas 7 e 8, agora transcritas, foram traduzidas do francês para português pelo Vasco da Gama, ex-Cap Mil da CCAV 8351, os Tigres de Cumbijã (1972/74). (*)
Militante nº 1 do nosso PARTIDO e fundador da nação, AMÍLCAR CABRAL - inspirador e dirigente de todas as mudanças e realizações efectuadas no nosso país durante os últimos dezassete anos, tinha anunciado a 31 de Dezembro de 1972, na sua mensagem de ano novo ao nosso povo e aos novos combatentes, um acto transcendente da história do nosso povo :
O NASCIMENTO DO NOSSO ESTADO SOBERANO
Foto ( a toda a largura das pp. 7 e 8) (legenda): "Fiéis á memória imortal do nosso Partido, os 120 representantes legítimos do nosso povo completam a tarefa daquele que está nas origens de todas as nossas vitórias".
"No decurso do corrente ano e logo que possível e achado conveniente, reuniremos a Assembleia Nacional Popular da Guiné, para cumprimento da primeira missão histórica de que foi incumbida: a proclamação do nosso Estado, a criação de um executivo para esse Estado e a promulgação de uma lei fundamental - a primeira Constituição da nossa história- que constituirá os fundamentos da vida activa da nossa nação africana.
"Quer isto dizer: Representantes legítimos do nosso povo escolhidos pelas populações e eleitos livremente por cidadãos conscientes e patriotas do nosso povo:servirá para afirmar perante o mundo que a nossa nação africana forjada na luta, está irreversivelmente decidida a caminhar para a independência, sem esperar pelo consentimento dos colonialistas portugueses, e que portanto baseado neste princípio, o Executivo do nosso Estado, será sob a direcção do nosso Partido, o PAIGC, o único, verdadeiro e legítimo representante do nosso povo face a todos os problemas nacionais e internacionais que lhe digam respeito.
"Da situação de colónia que dispõe de um movimento de libertação, cujo povo já libertou durante os dez anos de luta armada a maior parte do território nacional, passamos à situação de um país que dispõe do seu próprio Estado e que tem uma parte do seu território nacional ocupado por forças armadas estrangeiras.
"Esta mudança radical na situação do nosso país corresponde à realidade concreta da vida e da luta do nosso povo da Guiné, baseando-se nos resultados concretos da nossa luta, e tem o apoio firme de todos os povos e governos africanos, tal como de todas as outras forças anti- colonialistas e anti - racistas de todo o mundo.
"Enquadra-se nos princípios da Carta das Nações Unidas e nas resoluções adoptadas por esta organização internacional, nomeadamente na sua XVII sessão.
"Nada, nenhuma acção criminosa ou manobra ilusionista dos colonialistas portugueses impedirá que o nosso povo africano senhor do seu próprio destino e consciente dos seus direitos e deveres, dê este passo transcendente e decisivo em direcção ao objectivo fundamental da nossa luta: a conquista da independência nacional e a construção, na paz e na dignidade reconquistadas, do seu verdadeiro progresso, sob a direcção exclusiva dos seus próprios partidários e sob a bandeira gloriosa do nosso Partido.
«...Futuramente, com a evolução da nossa luta, criaremos igualmente a primeira Assembleia Nacional Popular nas Ilhas de Cabo Verde. A reunião conjunta dos membros destes dois organismos formará a Assembleia Suprema do povo da Guiné e de Cabo Verde".
Total apoio dos Países não-alinhados ao movimento de libertação nacional
O nosso camarada Aristídes Pereira, secretário geral do Partido, assistiu á quarta Conferência magna dos Países não alinhados que teve lugar em Argel de 5 a 9 de Setembro. O nosso dirigente foi indicado para usar da palavra em nome dos movimentos de libertação africanos.
A conferência dos chefes de Estado e dos governos dos países não alinhados, ao tomarem conhecimento que o nosso Partido vai em breve proclamar o Estado da Guiné Bissau, pediu aos estados membros do movimento dos não-alinhados, que apoiem política e diplomaticamente o nosso Estado, logo que este seja proclamado.
PAIGC ACTUALITÉS - Boletim de informação editado pela Comissão de Informação e Propaganda Comité Central do PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE. Correspondência: C.P. 298 - Conacri (República da Guiné) - C. P. 2319 - Dacar (Senegal)
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Nota de L.G.:
(*) Vd. postes anteriores desta série: 2 de Fevereiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3828: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (1): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 1-2
5 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3846: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (2): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 3-4
10 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3864: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (3): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 5-6
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Guiné 63/74 - P3864: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (3): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 5-6
As páginas 5 e 6, agora transcritas, foram traduzidas do francês para português pelo Vasco da Gama, ex-Cap Mil da CCAV 8351, os Tigres de Cumbijã (1972/74).
Foto: (da direita para a esquerda)
- Comandante FRANCISCO MENDES (CHICO TÉ), membro do Secretariado Permanente do CEL, Comissário Principal;
- Comandante JOÃO BERNARDO VIEIRA (NINO), membro do Secretariado do CEL, Comissário para as Forças Armadas;
- Comandante PEDRO PIRES, membro do Secretariado Permanente do CEL, Comissário Adjunto para as Forças Armadas;
- Dr. VASCO CABRAL, economista, membro do CEL, Comissário para a Economia e Finanças;
- Chefe JOSÉ ARAÚJO, membro do CEL, Comissário do Secretariado Geral de Estado;
- Comandante ABDULAY BARY, membro do CEL, Comissário do Interior;
- Chefe FIDELIS CABRAL D’ALMEIDA, membro do CSL, Comissário da Justiça;
- VICTOR SAÚDE MARIA; membro do CEL, Comissário dos Negócios Estrangeiros.
O Comandante Francisco Mendes, membro do Secretariado Permanente do CEL, foi escolhido para presidir ao Conselho dos Comissários de Estado, na qualidade de Comissário Principal.
As atribuições do Conselho dos Comissários de Estado têm como objectivo a elaboração do programa político, económico, social e cultural do Estado, bem como a sua defesa e segurança. Dirige, coordena e controla os diversos Comissários de Estado, os outros Serviços Centrais, os Comités regionais de Estado e os Comités de Sector de Estado. Nomeia e demite os funcionários de Estado.
O primeiro executivo do nosso Estado
Foto: (da direita para a esquerda)
- Eng JÚLIO SEMEDO, Sub-Comissário para o Desenvolvimento dos Recursos Naturais;
- Eng MÁRIO CABRAL, Sub-Comissário para o Controlo Económico e Financeiro;
- ARMANDO RAMOS, membro do CSL – Sub-Comissário do Comércio;
- Comandante MANUEL SATURNINO, membro do CSL, Sub -Comissário para a Educação e Cultura;
- Eng ADELINO NUNES CORREIA, Sub-Comissário para a Juventude e Desportos;
- JOÃO da COSTA, membro do CSL, Sub-Comissário para a Saúde e Assuntos Sociais.
O engenheiro SAMBA LAMINE MANÉ, Sub-Comissário para a Agricultura e Pecuária, e o Dr. LUIZ SANGA, Sub-Comissário para a Estatística e Planificação, que não aparecem nas fotografias, completam a lista dos camaradas que constituem o primeiro executivo do nosso Estado.
Após o discurso de encerramento do secretário geral do PARTIDO, Aristides Pereira, e do hino nacional Esta é a nossa pátria bem amada, cantado por um grupo de pioneiros do Boé, um grandioso desfile das FARP e manifestações populares assinalaram o encerramento da primeira reunião da ANP
Numa mensagem dirigida à Assembleia por Sua Excelência o Presidente Ahmed Sékou Touré em nome do Comité Central do PARTIDO DEMOCRÁTICO DA GUINÉ, e do Governo guineense, lido pelo chefe da delegação da imprensa guineense, senhor Fodé Berété , a República irmã da Guiné reconheceu no terreno o nosso jovem Estado da Guiné Bissau, cujo aparecimento constitui um acontecimento sublime na história da libertação dos povos africanos.
Ao separarem-se, por entre a emoção, o entusiasmo, e a plena consciência das responsabilidades do Partido, os deputados á ANP, os militantes e responsáveis do partido mostraram mais do que nunca a convicção de que o caminho traçado ao nosso povo pelo nosso bem amado líder Amílcar Cabral, é o caminho da liberdade, da dignidade e da glória.
Eis, pois, porque a participação na luta pela liberdade total da Pátria e a defesa da sua soberania, constituem a honra e o dever supremo do cidadão do nosso Estado da Guiné Bissau.
Elevado número de jornalistas e cineastas africanos e estrangeiros assistiram aos trabalhos da ANP que também tiveram a cobertura da nossa RÁDIO LIBERTAÇÃO e de uma equipa de cineastas dos nossos serviços de informação.
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Notas de L.G.:
(*) Vd. postes anteriores desta série:
2 de Fevereiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3828: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (1): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 1-2
5 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3846: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (2): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 3-4
(**) Estes homens seguiram depois percursos diferentes: alguns conheceram a morte, a traição, o exílio... Eis alguns dados biográficos, muito sumários, de alguns dos elementos do Primeiro Governo da República da Guiné-Bissau:
Luís Cabral (n.1931)> Foi o primeiro persidente da Repúblcia da Guiné-Bissau, desde 1973 a 1980, altura em que foi deposto por um golpe de Estado. Vive exilado em Portugal.
Francisco Mendes, Chico Té (1939-1973) > Será assassinado em 7 de Julho de 1988;
João Bernardo Vieira, Nino (n. 1939) > Presidente da República desde 1 de Outubro de 2005;
Pedro Pires (n. 1934) > Presidente de Cabo Verde desde Março de 2001 (Primeiro-ministro, de 1975 a 1991);
Vasco Cabral (1926-2005) > Escapou, por um triz, ao atentado que vitimou Amílcar Cabral; não se opôs ao golpe do 'Nino' Vieira que depôs, em 1980, governo de Luís Cabral;
José Araújo > Caboverdiano, hábil jurista;
Fidelis Cabral de Almada > Terá sido ele quem, após a morte de Amílcar Cabral, propôs o nome de 'Nino' Vieira para secretário-geral do PAIGC;
Abdulai Bari > [ Não se dispõe de elementos];
Vitor Saúde Maria (1939-1999) > Exilado entre 1984 e 1990;
Manuel Saturnino da Costa (n. 1942) > Virá a ser secretário-geral do PAIGC e depois 1º ministro (1994-1997).
Outras fontes > Vd. blogue do Virgínio Briote > Guiné, Ir e Voltar - Tantas Vidas > 18 de Dezembro de 2008 > PAIGC: alguns dos protagonistas
Vd. ainda postes do Virgínio Briote:
18 de Setembro de 2005 > Guiné 63/74 - P2114: Bibliografia de uma guerra (17): Guiné-Bissau e Cabo Verde, uma luta, um partido, dois países (Parte I)(V. Briote)
24 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2128: Bibliografia de uma guerra (18): Guiné-Bissau e Cabo Verde, uma luta, um partido, dois países (Parte II)(V. Briote)
27 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2136: Bibliografia de uma guerra (19): Guiné-Bissau e Cabo Verde, uma luta, um partido, dois países (Parte III) (V. Briote)
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Guiné 63/74 - P3846: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (2): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 3-4
As páginas 3 e 4 foram traduzidas do francês paar português pelo Vasco da Gama, ex-Cap Mil da CCAV 8351, os Tigres de Cumbijã (1972/74).
Imagens: © Magalhães Ribeiro / Luís Graça & Camaradas da Guiné (2008). Direitos reservados.
Guiné-Bissau > Região do Boé > 24 de Setembro de 1973 > "O Comandante Paulo Correia, do Comité Executivo da Luta, primeiro vice-presidente do Conselho de Estado, crava no chão, frente à Presidência, a bandeira nacional" . [Paulo Correia, de etnia balanta, será mais tarde julgado e condenado à morte, sendo executado em 1986, juntamente com o jurista Viriato Pã, um e outro acusados serem os autores morais da tentativa de golpe de Estado, que ficou conhecida como o "Caso 17 de Outubro" ou "A rebelião dos balantas". L.G.]
"A ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR, reunida a 23 e 24 de Dezembro, adopta a primeira Constituição da História do nosso povo.
"O PAIGC permanece como força política dirigente da nossa sociedade.
"O LEMA DO ESTADO DA GUINÉ BISSAU É UNIDADE, LUTA, PROGRESSO.
"O Secretário Geral do nosso Partido inaugurou a ANP, perante a qual apresentou um balanço das realizações do nosso Partido que conduziram às eleições e à convocação da ANP de acordo com os planos estabelecidos pelo nosso saudoso dirigente Amílcar Cabral, principal obreiro de todas as vitórias alcançadas pelo nosso povo.
"O camarada Pereira refere-se também às novas perspectivas que se abrem à nossa luta na Guiné e às Ilhas de Cabo Verde, assim como às pesadas e novas responsabilidades que recaem sobre todos os dirigentes responsáveis e militantes do nosso Partido.
"O Estado da Guiné-Bissau é um Estado soberano, republicano, democrático, anti -colonialista e anti - imperialista e tem como objectivos principais a libertação total do povo da Guiné Bissau e Cabo Verde e a construção da união destes dois territórios através da edificação de uma pátria africana forte e rumo ao progresso. A modalidade desta união será estabelecida após a libertação dos dois territórios de acordo com a vontade popular.
"O Estado da Guiné Bissau fixa como dever sagrado agir no sentido de acelerar por todos os meios a expulsão das forças de agressão do colonialismo português da parte do território que ainda ocupam na Guiné Bissau e no sentido de tornar mais forte a luta nas Ilhas de Cabo Verde, parte integrante e inalienável do território nacional do povo da Guiné Bissau e de Cabo Verde. Nas ilhas de Cabo Verde será criada no momento oportuno a Assembleia Nacional de Cabo Verde, tendo em vista a formação de um órgão supremo da soberania total do nosso povo e do seu Estado Unido: A Assembleia Suprema do Povo da Guiné e de Cabo Verde.
"O Estado da Guiné Bissau considera, como um dos princípios base da sua política externa, o reforço dos laços de solidariedade e fraternidade combativa do nosso povo com todos os povos das colónias portuguesas; solidariza-se com os povos em luta pela sua independência na África, Ásia e América Latina e com todos os povos árabes contra o sionismo.
"O Estado da Guiné Bissau é parte integrante de África e luta pela unidade dos povos africanos, respeitando a liberdade, a dignidade e o direito ao progresso político, económico, social e cultural desses povos".
O Conselho de Estado exerce, nas sessões da A.N.P., as funções que lhe são atribuídas pelas leis e resoluções da própria Assembleia. É responsável perante a A.N.P. e compõe-se de quinze elementos, cujo mandato é de três anos, eleitos, entre os deputados à A.N.P. na primeire sessão da sua legislatura.
Foto: "O Camarada Luís Cabral, secretário geral adjunto do nosso Partido, eleito Presidente do Conselho de Estado, seu representante nas relações internacionais, sendo igualmente o comandante supremo das Forças Armadas Revolucionárias do Povo ( FARP)".
Os deputados à ANP prestam juramento nos termos seguintes: “Juro que servirei com todas as minhas forças no sentido de conseguir os objectivos principais da Constituição: liquidação total do regime colonial, unidade da Guiné Bissau e das Ilhas de Cabo Verde, progresso social”.
Os outros membros do Conselho de Estado:
- Comandante Umaru Djalô, Vice-Presidente
- Comandante Lúcio Soares, membro do C.E.L. [Comité Executivo da Luta], Secretário
- Pascoal Alves, membro do C.E.L.
- Otto Schacht, membro do C.E.L.
- Carmen Pereira, membro do C.E.L.
- Paulo Correia, membro do C.E.L.
- Bacar Gassamá, membro do C.E.L.
- E ainda Sr. El-Hadj Fodé Mai Turé, Sra. Chica Vaz , Sra. Mansaba Sambu, Sr. Wangne Tchuda e Sr. Musna Sambu
Foto: "Em primeiro plano e da direita para a esquerda: Os Comandantes Umaru Djalô, membro do C.E.L. , Vice-Presidente de Estado, João Silva, membro do C.S.L. e Constantino Teixeira, membro do C.E.L., eleito no Conselho de Estado".
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Nota de L.G:
2 de Fevereiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3828: PAIGC Actualités (Magalhães Ribeiro) (1): O nº 54, Outubro de 1973, dedicado à proclamação da independência: pp. 1-2