Contos com mural ao fundo (4) > Amigos para sempre!
Estavam presentes um alferes, o Azevedo, o "Ranger", uma boa parte dos furriéís e outras tantas praças, cabos e soldados, sobretudo do Centro e Norte. Ao todo não mais do que uma trintena, menos de um quinto da Companhia.
Também apareceu o "Pastilhas". O seu "bunker" era a "República dos Feliz... ardos", os que não iam para o mato: ele, o transmissões, o gajo da ferrugem, o vagomestre, e dois sargentos (um deles, o Félix, que chefiava a secretaria), e ainda alguns primeiros cabos, como o cripto, o escriturário, o quarteleiro, o bate-chapas (o "Chapinhas*)...
−A taça ?!... − ouviu-se, lá do fundo da mesa, a voz do "Vagomestre", que estava com um ouvido atento à conversa do grupinho do "Campanhã", e outro orientado para as graçolas de alguém que recordava o pobre diabo do "Peniche", a "Bichona", o "bobo da corte" da Companhia, que assegurava que ainda havia de mudar de sexo antes de morrer. (Infelizmente morrera de HIV/SIDA, uns bons anos antes, por volta de 1985, com o mesmo corpinho com que tinha saído da barriga da mãe.)
− Quer-se dizer, mais uns galões, mais graveto ao fim do mês… − insistiu o "Campanhã".
− Mas, ó pá, era a vida dele, a carreira dele! – atalhou o ex-alferes miliciano Azevedo, tambem tratado por "Ranger", transmontano, que nada tinha perdido do seu espírito de subserviência em relação a todas as hierarquias deste mundo.
− E depois nós éramos milicianos, estávamo-nos nas tintas para as divisas e os galões! – atalhou o "Vagomestre", tentando, com sua proverbial falta de sentido de humor, deitar água na fervura.
− E, nós, o mexilhão, a tropa-macaca, os soldados do contingente geral! – ripostou o "Campanhã".
− Estávamos todos metidos no mesmo barco, essa é que essa! − opinou, por sua vez, o "Pastilhas", agora o "xô dôtor" Andrade.
− Mas mesmo assim havia diferenças, carago! No meio daquela merda toda – desculpem lá a expressão, que eu sou um home do Norte, carambas! – vocês até eram uns fidalgotes: tinham patacão, graveto; tinham messe, bar, bebidas estrangeiras; iam matar a malvada a Bafatá; comiam umas garinas, pretas ou verdianas, de vez em quando, em Bafatá e em Bissau; iam de férias, na TAP, à Metrópole…
E lá continuou o reguila do "Campanhã" a vociferar contra os privilegiados da tropa, neste caso os milicianos que na guerra tinham messe, à parte, com direito a comer de garfo e faca, toalha branca na mesa e... até criados de libré!...
Recorde-se que o capitão, um minhoto ("de sangue azul", dizia-se, com solar lá na terra, e todo cheio de nove horas), até lhes arranjou, aos impedidos na messe, uma farpela a condizer!... Um deles era justamente o "Peniche", soldado básico, ex-desertor e ex-presidiário (tinha passado pela Companhia Disciplinar de Penamacor; viera a "ferros" no T/T "Niassa", "um espectáculo confrangedor", recordava o Neves).
− Criados de libré, já não me lembrava dessa, ó meu! − comentou o "Campanhã", para o Neves, e outros que lhe estavam próximos, na mesma mesa (que, na prática, era só uma, comprida, onde cabiam todos os convivas; de fora tinham ficado, daquela vez, no primeiro convívio da Companhia, as caras-metade e demais famíliares).
− Alguns de vocês, alferes e furriéis (não vale a pena aqui citar nomes) até nem queriam outra vida se não fosse terem de andar com a puta da canhota no mato, a embrulhar e a foder o coirão!...
− Calma aí e pára o baile, ó "Campanhã"! Estás a ser injusto, ao fazer generalizações abusivas! − interrompeu, de chofre, o Azevedo, que tinha vindo direitinho do seminário para a "Máfrica" (onde fez a recruta) e depois para Lamego (onde tirou o Curso de Operações Especiais), com passagem por Tancos (para tirar as 'minas & armadilhas').
− Bom amigo e camarada, tenho que te lembrar que muitos de nós, furriéis e alferes, já trabalhávamos, e alguns começaram bem cedo, feito o 5.º ano ou o 7.º, do liceu ou equivalente... − atalhou o Neves, ajudando a cortar o fio à meada do discurso torrencial (e perturbador) do "Campanhã", e sabendo que os primeiros goles da zurrapa do espumante do Zé dos Leitões começava a abrir as goelas da desinibição.
− Cá o Zé Soldado, como eu, já era chefe de família e há muito que fossava no duro, antes de ir parar com os quatros costados à Guiné. É bom que não se esqueçam disto, carago!... Quanto ao resto, reconheço que éramos todos iguais, brancos e pretos, oficiais, sargentos e praças, que elas no mato, c.., não traziam código postal!
O "Campanhã" e o Neves tínham-se tornado amigos (ou, talvez melhor, confidentes e cúmplices um do outro, camaradas, no sentido etimológico do termo, já que na tropa não havia verdadeiros amigos, amigos do peito, mas apenas gente que partilhava a mesma condição, o mesmo chão, a mesma caserna, o mesmo "bunker", a mesma vala, o mesmo espaldão, o mesmo beliche, a mesma cama, enfim, o mesmo buraco)...
Entre dois tragos de bagaço de vinho verde, rasca, o "Campanhã" fora-lhe contando a sua vida, os seus sonhos, os seus projectos, mas também os seus tropeções, fazendo do Neves o seu confidente de circunstância, vizinho de lugar e companheiro de infortúnio, "lucidamente deprimido" (escreveria ele mais tarde), à medida que o comboio da CP, requisitado pela tropa, galgava as terras banhadas pelo Tejo, ronceiro, sonolento e lúgubre, pela calada da noite, e o "Quarteleiro" tirava uns acordes sinistros do seu acordeão. Mas a maior da malta dormitava, encostada aos ombros de uns e outros, para acordar, estremunhada, com a brisa do estuário do Tejo...
Muitos deles ainda se tratavam, neste primeiro convívio anual, em 1991, pelas alcunhas da tropa. E, em rigor, o Neves já não se lembrava sequer dos nomes próprios da maioria dos seus camaradas da Companhia. O "Quarteleiro", por exemplo, sempre o havia conhecido por "Quarteleiro" e era um gajo impecável que punha a G3 num brinquinho, quando a malta regressava do mato, coberta de pó ou enlameada, "a tresandar a merda". E, depois, animava a malta com o seu acordeão de arraial minhoto, tal como o Oliveira, que tocava viola e cantava uns fados e baladas de Coimbra.
Da dura história de vida do "Campanhã", o Neves, com o seu traquejo de jornalista, tinha, porém, tomado notas, no seu diário. Lá em Baião, o último concelho do distrito do Porto, ficava uma infância pobre, e no Porto, em Campanhã, uma adolescência truculenta, uma filha de mãe solteira, um futuro incerto de operário da ferrugem.
− Parti, sem a benção do meu pai, e com a minha mãe em alta berraria, em som estereofónico que era para as vizinhas ouvirem bem... Fui em busca de melhores dias na Invicta, já que em casa o caldo, a broa e a pinga mal chegavam para dez bocas. Nem sequer tinha graveto para comprar o bilhete. Viajei escondido num vagão de mercadorias, como um cigano ou um ladrão.
− Falas em fome... mesmo, a sério?!− insinuou o Neves, timidamente.
− Não, vocês, lá na capital, nem sabem o que é isso: uma sardinha para três em dia de festa; um bocado de toucinho quando se matava o porco lá pelo Natal; o ranço da salgadeira na loja quando eu ia buscar o verdasco; um caldo de água quente, pencas e pão de milho esfarelado para aconchegar o estômago; batatas com batatas, quando as havia… E um pingo de azeite, com cebolinhas, e castanhas cozidas no outono e inverno... Mas um homem habitua-se a tudo... Fome, fome, não direi. Digamos que passei... necessidades!... Até ir para o Porto, nunca soube o que era o leite da vaca, nem queijo, manteiga ou iogurte, nem muito menos cerveja. Nem sequer um ovo estrelado, que a minha mãe vendia os ovos para fazer algum dinheiro!... Não, nunca conheci calças sem remendos. Ou sequer um par de botas. O meu furriel sabe o que são socas?
− Não, não faço ideia! Peço perdão, sou um citadino...
− Tarocas, tamancos, chinelos, um calçado aberto, com um tira de couro por cima e sola de pau... Era o que a gente botava nos pés, quando ia à vila ou à escola.
− "Cães grandes"?!.. Aprendi a tirar-lhes o chapéu e a cuspir-lhes na sombra desde o dia em que, de socas, mas já com pêlo na venta e os tomates inchados, depois de feita a 4.ª classe, acompanhava o meu velho na visita anual à Casa da Fidalga, pelo São Miguel...
"Cães grandes" era uma expressão que lhe era querida, e suficientemente ampla para nela caber todos os que lhe podiam morder o fundilho das calças e "foder o coirão", do 1.º sargento ao oficial superior, do abade ao "fidalgo"... Em Santa Margarida, tinha levado uma porrada do "sorja", o Gravata, por evidente abuso do poder do seu superior hierárquico, acrescentaria o Neves, que foi contemporâneo dos acontecimentos...
O Neves aproveitou o reencontro da malta, em 1991, para recapitular, com o "Campanhã", o que se tinha passado, ao certo, em Santa Margarida em maio de 1969, na formação da Companhia: o 1.º sargento era um "chicalhão" de cavalaria e não gozava das simpatias de ninguém, a começar pelos cabos milicianos, futuros furriéis... Por outro lado, o homem esperava ir passar apenas umas férias na Guiné, antes de ser chamado para a Escola Central de Sargentos , em Águeda.
De nada valeram os pedidos, insistentes, que os cabos milicianos lhe fizeram, para rasgar a participação. Era um homem inflexível, e irascível, oriundo da arma de cavalaria "como o Spínola" (como gostava de lembrar). E alguns de deles até tinham um certo ascendente sobre ele, haviam começado, ainda em Santa Margarida, a dar-lhe explicações de português, francês, matemática e outras disciplinas essenciais para um futuro tenente SGE (Serviços Gerais do Exército)...
O "Campanhã", que era uma figura popular, muito querida entre a malta da Companhia, acabou mesmo por levar uma porrada, na véspera de ser promovido a cabo, e lá partiu para a Guiné, "com muita mágoa e raiva", como simples soldado atirador de infantaria. O capitão, que precisava dos bons ofícios do 1.º sargento, para mais logo no início da formação da Companhia, nada fez para demover o 1.º sargento, acabando por dar andamento à participação, o que causou evidente mal-estar entre a generalidade dos cabos milicianos.
O "Campanhã" falava do seu "velho", do seu pai, com ternura contida e com o respeito comovido que lhe mereciam os mortos de que a História não fala. Tinha falecido em fevereiro de 1969, nas vésperas da ordem da sua mobilização para a Guiné.
− As alegrias passam, meu furriel. Só as desgraças e as injustiças nunca se perdoam e nem se esquecem. A "porrada", injusta, do nosso 1.º sargento ainda me dói, e vai-me continuar a doer pela Guiné fora. − confidenciou ele, nessa inesquecível viagem de comboio.
E prosseguiu, já com uns bagaços a mais, enquanto o comboio uivava na breu da noite:
− As tainadas, as bezanas, tudo isso a gente caga e mija... As fodas, um gajo vem-se e, ala, moço, que se faz tarde... Qual amor, qual carapuça!... Nunca soube o que era isso.
O Neves recordava estas palavras, ouvidas com empatia, no tal comboio da noite que transportava "carne para canhão", no longínquo ano de 1969... Curiosamente, verificava ali naquele almoço de convívio de antigos combatentes, vinte anos depois de "tudo ter acabado em bem" (como dizia o safado do Azevedo), que nenhum deles se desculpava por feito aquela guerra e, muito menos, não de a ter perdido, mas de ter perdido a sua juventude, os seus "verdes anos" (como cantarolava o Oliveira). Em contrapartida, haviam-se ganho novos amigos:
− Uma espécie de acidente de percurso. Um pesadelo climatizado. Uma trovoada fantasmagórica numa bela noite de verão tropical. Um abcesso. Um furúnculo. Uma dor de dentes... - completou, dedilhando a velha viola, ao lado do Neves, irónico, o "baladeiro" do Oliveira, ex-furriel de transmissões, que era de Coimbra (ou arredores) e que, entretanto, se formara em direito.
− Um longo parto, meu furriel, um longo parto! − arremataria o "Peniche", no meio da galhofa geral, se fosse vivo, repetindo a frase que lhe dera celebridade e impunidade: "E eu inda hei-de ficar grávida (sic)... e dar à luz, com a ajuda da ciência!"...
Talvez, o Neves, ingénuo, esperasse ouvir a confissão pública de alguém que, agora, à distância dos acontecimentos e na atmosfera distendida do restaurante do Zé dos Leitões, quisesse tomar partido e se levantasse para fazer um discurso puro e duro sobre a traição dos capitães de Abril, do Spínola, do Caetano e de todos os gajos que andaram a gozar com o pagode. Ou então sobre o trágico equívoco que fora a anacrónica, tardia, guerra colonial, ceifando vidas, gastando cabedais, hipotecando o futuro. Mas, não, nenhum dos presentes levantara o copo de espumante para gritar "Viva ou Morra"!...
− Éramos todos, afinal, bons rapazes! − confidenciou, desalentado, o Neves para os seus botões...
É que todos faziam ali o jogo da cumplicidade e da camaradagem, jogo cujas regras tácitas ninguém estava disposto a violar. Porque o momento era único, era mágico, e todos sabiam que nunca mais voltaria a repetir-se esse encontro na Anadia, em 1991, apesar das trocas de cartões e de fotos da família e das promessas de, para o ano, irem comer uma valente feijoada à transmontana e provar a famosa posta mirandesa, para lá do Marão "onde mandam os que lá estão" (assegurava o Azevedo, "agora autarca do poder local democrático" e empresário do setor agroalimentar).
− Para o ano em França de Bragança, camaradas!... São todos meus convidados!
− Eu já lá pus os butes, na França de Bragança, na quinta do Azevedo, e bibu no Porto, que é longe como o carago!... O nosso alferes faz o favor de continuar a ser meu amigo e camarada. − ironizou o "Campanhã" que continuava, amiúde, a trocar os vês pelos bês, sentindo que ainda lhe achavam alguma graça, os gajos do Sul, os "mouros".
− Agora é que foderam tudo, c...! – exclamou, em voz alta e pose teatral, o "Campanhã".
Comentava o Neves que nunca conhecera nenhuma alma tão sensível como a dele. Ou melhor: "nenhum actor, nenhum pantomineiro, com lágrima tão fácil como a dele"... Ele e o "Peniche" eram verdadeiros "artistas" da palavra e do sentimento, nunca se sabendo ao certo quando falavam "a sério" e abriam o "livro"...
Fez-se um "minete de silêncio" (uma infeliz bocarra do "Campanhá") pela memória do "Peniche", o "bobo da Companhia" e que, na "peluda", ainda chegou a ser um popular mas meteórico artista de cabaré. O Peniche, "ofendido e humilhado", com 4 ou 5 anos de tropa no lombo, de tal modo que o capitão desistira, logo no início, de lhe dar mais "porradas"....
Falou-se pouco da guerra. E de mortos e feridos. E de minas e armadilhas. E de colunas logísticas. E de emboscadas. E de operações. E de ataques e flagelações ao quartel e aos destacamentos da Companhia, que era de quadrícula. E de prisioneiros e de interrogatórios de prisioneiros...
Por outro lado, nenhum destes "bravos da Guiné" fora condecorado por feitos em combate, à exceção do "Campanhã" que, esse, sim, tivera uma cruz de guerra do Spínola depois de, "em luta corpo a corpo", ter "limpo o sebo" a um roqueteiro do PAIGC que, atrás de um bagabaga, se preparava para arrancar a cabeça do Azevedo.
O Neves era o único furriel do 1.º pelotão. Os outros dois foram mais espertos do que ele, e procuraram outros ares. Não apareceram no convívio, para conforto dele e tranquilidade do seu espírito. Claro que o Neves, mal humorado, também fez questão de dizer, alto e bom som, não tinha mesmo vontade nenhuma em revê-los, sobretudo ao Pires, que desertara, aproveitando a licença de férias na metrópole, em 1970, segundo notícia que lhes dera depois o capitão, e que deixara a malta toda "descolhoada" (sic)... Nada o fazia prever, nem nunca ele tinha dado a entender que o poderia fazer... Para a rapaziada que veio com ele, de Santa Margarida, o Pires era o exemplo do mais que improvável desertor: um gajo certinho, pouco ou nada falador, amigo do seu amigo, que sabia "fazer as coisas pela calada"...
De qualquer modo, o Neves sempre achou que a cruz de guerra, "com mais ou menos água benta da caldeirinha do padreco do Azevedo", ficava bem no peito do bravo "Campanhã".
Ao que parece, a 1.ª secção do 1.º pelotão já estava na "zona de morte" de um grupo IN emboscado, com o Azevedo e o guia à frente. O "Campanhã", que vinha com a 2.ª secção, na curva do trilho, viu de relance, de perfil, o tubo do RPG2 a sair do bagabaga, com a granada pronta a disparar.
− Parecia um c... das Caldas, a sair do forno, a passo de caracol. Só tive tempo de gritar: Todos pró chão, seus c...!', e disparar uma rajadada, a matar, sobre o vulto que estava, de pé, por detrás do bagabaga. Despejei-lhe um carregador sobre o tronco, visto de perfil...
Não terá havido nenhuma luta corpo a corpo. Mas quem conta um conto, acrescenta-lhe sempre um ponto... O "Campanhã" recuperou apenas o RPG2 com a granada e salvou a secção do Azevedo de um massacre. Este ficar-lhe-ia reconhecido para o resto da vida... Ainda hoje são amigos e o "Campanhã" é visita da sua casa em Bragança... No relatório, redigido e assinado pelo Azevedo, "o IN teve várias baixas, uma confirmada e 2 estimadas, pelos rastos de sangue"...
− Tenho pena que esse 'cão grande' (sic) já não esteja aqui entre nós... Fazia questão de lhe enfiar a cruz de guerra pelo cu acima e depois mandar-lhe uma traulitada direta à caixa dos fusíveis ... - disse-me ao ouvido do Neves, no gozo.
Naturalmente que o amigo (e camarada de pelotão) desculpava-lhe este lado de fanfarrão a que também têm direito os heróis de guerra. Aliás, também, naquele tempo, não havia assim tantos heróis de guerra por metro quadradao: o "Campanhã" fora um deles e o Azevedo nunca chegara a sê-lo, com muita pena dele.
− "Herói ou santo", parece que era o lema de vida do Azevedo, já do seu tempo de menino e moço. Nunca foi uma coisa nem outra, e soube, entretanto, que infelizmente já morreu há dois anos, em 2011... E o nosso "Campanhã", também infelizmente, está em Custóias, à espera de julgamento. Foi um choque para todos nós a revelação da sua vida dupla. Uma vida madrasta. Esperemos poder voltar a abraçá-lo, de novo, o mais breve possível. Quero crer na sua inocência.
(*) Postes anteriores da série: