Data: quinta, 30/01/2020 à(s) 12:13
Assunto: Informações sobre o Alferes Miliciano Pereira Gomes, da Companhia de Caçadores 1622
Bom dia, caros senhores.
Eu sou filha de um antigo combatente que gostava de encontrar o contacto de um senhor que esteve com ele na Guiné. Ele procura o Sr. Alferes Miliciano Pereira Gomes, da Companhia de Caçadores 1622.
O meu pai é o Furriel Miliciano Álvaro Lemos, da ilha de São Miguel, do arquipélago dos Açores. Ele esteve na Guiné na Aldeia Formosa e diz que era conhecido como o "homem psíco". Terminou a sua missão em 1969.
Se tiverem alguma informação, por favor disponibilizam-me para dar ao meu pai.
O meu número de telemóvel é 966 227 200, no caso ser necessário.
Um bem haja pelas informações que têm na Internet pois através daí que cheguei aos vossos contactos.
Obrigada,
Luísa Lemos
2. Resposta dos editores:
Luísa, obrigado pela sua gentil mensagem. Um alfabravo (ABraço) para seu pai e nosso camarada, Álvaro Lemos.
Temos mais de 3 dezenas de referências à CCAÇ 1622:
(i) mobilizada pelo RI 2 (Abrantes);
(ii) partiu para a Guiné em 12/11/1966 e regressou a 18/8/1968;
(iii) esteve em Aldeia Formosa, Mejo, Bolama, Jolmete, Teixeira Pinto e Bissau;
(iv) comandante: cap mil inf António Egídio Fernandes Loja;
(v) pertencia ao BART 1896, a par da CCAÇ 1623 e CCAÇ 1624.
O José Brás, que hoje faz anos [, foto atual, à direita, acima}, é um dos ilustres camaradas do seu pai:
(i) ex-fur mil trms, CCAÇ 1622, Aldeia Formosa e Mejo, 1966/68;
(ii) nasceu em Alenquer em 1943;
(iii) trabalhou na TAP como tripulante comercial de 1972 a 1997;
(iv) foi sindicalista e autarca;
(v) mora em Montemor-o-Novo;
(vi) tem mais de 130 referências no nosso blogue;
(vii) é autor dos seguintes livros com memórias da guerra colonial na Guine: (a) “Vindimas no Capim”, 2.ª Edição, Lisboa, Publicações Europa América, 1987; (b) "Lugares de Passagem", Chiado Books, Lisboa, 2010;
(vii) sobre a sua biografia oficiosa, ler aqui mais, na Chiado Books.
Outro notável escritor da CCAÇ 1622 é o António Loja, madeirense, nascido no Funchal em 1934, ex-cap mil... Infelizmente não temos o contacto dele, não é formalmente membro da nossa Tabanca Grande.
Cara amiga Luísa, vamos pô-la em contacto com o José Brás, de que o pai se deve lembrar (, era o furriel de transmissões da CCAÇ 1622), esperando que ele lhe/nos dê notícias, boas, do ex-alf mil Pereira Gomes, cujo paradeiro infelizmente desconhecemos.
Em boa verdade, só um ou dois camaradas,por companhia, é que aqui aparecem, nos escrevem, mandam fotos, e vão dando notícias... ou então somos nós que descobrimos algo sobre eles (, é o caso por exemplo do antigo capitão António Loja).
Por outro lado, não temos nenhum crachá, guião ou brasão da CCAÇ 1622, apenas um distintivo do BART 1896, a que a CCAÇ 1622 pertencia, e que reproduzimos acima.
De qualquer modo, o nosso camarada Álvaro Lemos, representado aqui pela filha Luisa Lemos, tem lugar de pleno direito no nosso blogue, na nossa Tabanca Grande: basta que nos mande duas fotografias, uma atual e outra do tempo da Guiné. E que nos diga, em meia dúzia de linhas, quem foi, onde esteve durante a comissão de serviço na Guiné, e o mais que se lhe oferecer dizer...
Esclareça, em todo o caso, o seguinte, com o seu pai: provavelmente o Álvaro Lemos era de rendição individual, para regressar só em 1969... A CCAÇ 1622 regressou a casa em 18/8/1968 e esteve em vários sítios, para além de Aldeia Formosa e Mejo (que eram no sul, na região de Tombali)...
Pergunte ao seu pai: a que subunidade pertenceu, de facto ? À CCAÇ 1622 (1966/68) ou outra, sediada, até 1969, em Aldeia Formosa? O alf mil Pereira Gomes, esse, já percebemos, pertencia à Companhia de Caçadores 1622, do BART 1896 (Buba e Bissau, 1966/68), comandado pelo ten cor art Celestino da Cunha Rodrigues. (Temos cerca de duas dezenas de referências a este batalhão.)
______________
Nota do editor:
Últumo poste da série > 21 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20264: Em busca de... (299): Camaradas do ex-alf mil António Vieira Abreu, recentemente falecido em Lisboa, e que pode ter pertencido ao BART 1904 (Bissau e Bambadinca, jan 67 / out 69) (João Crisóstomo, Nova Iorque; Manuel Carvalho Gondomar; José Martins, Odivelas)
Temos mais de 3 dezenas de referências à CCAÇ 1622:
(i) mobilizada pelo RI 2 (Abrantes);
(ii) partiu para a Guiné em 12/11/1966 e regressou a 18/8/1968;
(iii) esteve em Aldeia Formosa, Mejo, Bolama, Jolmete, Teixeira Pinto e Bissau;
(iv) comandante: cap mil inf António Egídio Fernandes Loja;
(v) pertencia ao BART 1896, a par da CCAÇ 1623 e CCAÇ 1624.
O José Brás, que hoje faz anos [, foto atual, à direita, acima}, é um dos ilustres camaradas do seu pai:
(i) ex-fur mil trms, CCAÇ 1622, Aldeia Formosa e Mejo, 1966/68;
(ii) nasceu em Alenquer em 1943;
(iii) trabalhou na TAP como tripulante comercial de 1972 a 1997;
(iv) foi sindicalista e autarca;
(v) mora em Montemor-o-Novo;
(vi) tem mais de 130 referências no nosso blogue;
(vii) é autor dos seguintes livros com memórias da guerra colonial na Guine: (a) “Vindimas no Capim”, 2.ª Edição, Lisboa, Publicações Europa América, 1987; (b) "Lugares de Passagem", Chiado Books, Lisboa, 2010;
(vii) sobre a sua biografia oficiosa, ler aqui mais, na Chiado Books.
Outro notável escritor da CCAÇ 1622 é o António Loja, madeirense, nascido no Funchal em 1934, ex-cap mil... Infelizmente não temos o contacto dele, não é formalmente membro da nossa Tabanca Grande.
Cara amiga Luísa, vamos pô-la em contacto com o José Brás, de que o pai se deve lembrar (, era o furriel de transmissões da CCAÇ 1622), esperando que ele lhe/nos dê notícias, boas, do ex-alf mil Pereira Gomes, cujo paradeiro infelizmente desconhecemos.
Em boa verdade, só um ou dois camaradas,por companhia, é que aqui aparecem, nos escrevem, mandam fotos, e vão dando notícias... ou então somos nós que descobrimos algo sobre eles (, é o caso por exemplo do antigo capitão António Loja).
Por outro lado, não temos nenhum crachá, guião ou brasão da CCAÇ 1622, apenas um distintivo do BART 1896, a que a CCAÇ 1622 pertencia, e que reproduzimos acima.
De qualquer modo, o nosso camarada Álvaro Lemos, representado aqui pela filha Luisa Lemos, tem lugar de pleno direito no nosso blogue, na nossa Tabanca Grande: basta que nos mande duas fotografias, uma atual e outra do tempo da Guiné. E que nos diga, em meia dúzia de linhas, quem foi, onde esteve durante a comissão de serviço na Guiné, e o mais que se lhe oferecer dizer...
Esclareça, em todo o caso, o seguinte, com o seu pai: provavelmente o Álvaro Lemos era de rendição individual, para regressar só em 1969... A CCAÇ 1622 regressou a casa em 18/8/1968 e esteve em vários sítios, para além de Aldeia Formosa e Mejo (que eram no sul, na região de Tombali)...
Pergunte ao seu pai: a que subunidade pertenceu, de facto ? À CCAÇ 1622 (1966/68) ou outra, sediada, até 1969, em Aldeia Formosa? O alf mil Pereira Gomes, esse, já percebemos, pertencia à Companhia de Caçadores 1622, do BART 1896 (Buba e Bissau, 1966/68), comandado pelo ten cor art Celestino da Cunha Rodrigues. (Temos cerca de duas dezenas de referências a este batalhão.)
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Nota do editor:
Últumo poste da série > 21 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20264: Em busca de... (299): Camaradas do ex-alf mil António Vieira Abreu, recentemente falecido em Lisboa, e que pode ter pertencido ao BART 1904 (Bissau e Bambadinca, jan 67 / out 69) (João Crisóstomo, Nova Iorque; Manuel Carvalho Gondomar; José Martins, Odivelas)