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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Guiné 61/74 - P16950: O nosso livro de visitas (190): Evaristo Pereira dos Reis, 66 anos de idade, residente em Setúbal... Ex-1º cabo condutor auto, de rendição individual, esteve no QG (1971/73), mas na maior parte da comissão foi mestre de obras da Câmara Municipal de Bissau, ao tempo do maj cav Eduardo Matos Guerra, como presidente



Brasão de armas da cidade de Bissau (1973)


1, Mensagem do nosso leitor e camarada,  Evaristo Pereira dos Reis, que foi 1º cabo condutor auto, de rendição individual (Bissau, QG, 1971/73), com quem já conversámos ao telefone e convidámos para integrar a Tabanca Grande:


Data: 31 de dezembro de 2016 às 16:44
Assunto: Guiné 71/73

Cumprimentos a todos os intervenientes naquela malfadada guerra.

Também participei nela durante 24 meses certos. Embarquei no paquete de então, o "Angra do Heroísmo",  em 24 de Novembro de 1971. Foram cinco dias de viagem que jamais me esquecerei, fui alojado no porão daquele monte de ferrugem e humidade, com colchões de palha com várias
dezenas de anos e dedicatórias com datas mais antigas do que o meu nascimento.

Ao terceiro dia o navio avariou,  ficando á deriva, escusado será dizer que a sensação de náuseas e com o vomitado daquelesestômagos mal fornecidos e mentes abaladas, o cheiro era azedo com a
humidade e calor, fazia um cocktail que qualquer ser humano não
gostava de passar.

Nesse mesmo barco viajava também a 35ª Companhia de Comandos, esses um
pouco mais bem instalados.

Finalmente chegados ao cais Pijdjiguiti, estava-me esperando o 1º sargento Furtado, homem que tinha conhecido no antigo aquartelamento,Trem Auto, onde tive a função de instrutor de condução, localizado na Av. de Berna em Lisboa, hoje e muito bem transformado em Universidade.

Voltando á minha chegada fui colocado na secção do ficheiro, no Quartel General, local aparentemente privilegiado em relação aos meus camaradas, local onde comecei a ter consciência do
que se passava naquela província em gura. Nesse serviço  estavam arquivadas as fichas de todos os intervenientes naquele teatro de guerra que eu considero de tortura física, mental e psicológica,

No arquivo assinalava os mortos, os desaparecidos, os evacuados, os que tiveram a sorte de já ter regressado e os que se encontravam presentes. Claro que a curiosidade principal foi ver a ficha do maestro da banda, Tive oportunidade de estar bem perto dele, diversas vezes, Refiro-me ao
homem da lupa pelo qual nunca tive qualquer simpatia.

Passado um mês tive oportunidade de concorrer a um cargo de Mestre de Obras, para a Cãmara Municipal  de Bissau para o qual estava talhado, Chefiada pelo major [cav Eduardo} Matos Guerra [1931-2016] como Presidente da Câmara, homem duro, aliado e bastante protegido pelo Governador,

A partir desse dia a minha farda foi arquivada no armário atá ao dia do regresso, Foi muito difícil
desempenhar tal cargo, a Câmara não tinha recursos, imaginem que tinha que fazer os remendos das ruas com cimento, porque não tínhamos alcatrão, Mesmo assim consegui fazer obras de algum vulto praticamente sem recursos, recorrendo a máquinas da engenharia militar,  chefiada pelo então Cap. Branquinho e Furriel Guedelha, sobre os quais nunca mais tive noticias.

Também existia uma empresa civil de construção ali sediada com o nome de TECNIL, Esses eram os meus fornecedores gratuitos.

Fiz uma messe para Sargentos e renovei o bar de oficiais dentro do Hospital Militar. Alarguei parte da estrada de Bissalanca, para o aeroporto,  arrancando dezenas de mangueiros. Fiz uma vala de drenagem e alargamento da estrada para o Quartel General, Enfim, fiz várias obras de
beneficiação para melhorar aquela cidade, passando nestas lides diárias os restantes e difíceis 23 meses.



Guiné > Mapa de Bissau (1949) > Escala de 1 /50 mil > Posição relativa de Bissau e Bissalanca (aeroporto)

Infogravura: Blogue Luís Graça & Canaradas da Guiné (2017)


Regressei no avião dos TAM, no dia 29 de Novembro de 1973, Regressei bastante desgastado, tive a sorte de não estar directamente no teatro de guerra, mas estava bastante informado,  sabendo o que os
mais desafortunados sofriam diariamente.

Durante muitos anos não desejei voltar aquele País, mas hoje talvez voltasse.

Não estou ligado a qualquer grupo de convívio de antigos combatentes, talvez por ter poucos conhecimentos da época, visto ter ido em rendição individual.

Hoje tenho 66 anos,  resido em Setúbal, tenho esposa,   filho e dois netos de 5 e 8 anos, tenho algumas dores mas estou vivo.

Desejo a todos o melhor da vida e aproveitem- na no que puderem.
Bem hajam a todos.
Evaristo Pereira dos Reis
Telem (...)

_________________

Nota do editor,

Último poste da série > 25 de maio de 2016 > Guiné 63/74 - P16133: O nosso livro de visitas (189): Morreu, em 17/4/2016, o meu pai, Cherno Sanhá, formado em Cuba, em engenharia de telecomunicações, filho do rei de Badora (Luís Causso Sanhá)

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16465: Tabanca Grande (493): Augusto Mota, nascido no Porto, a viver no Brasil há mais de 40 anos, grã-tabanqueiro nº 726: "Não fui Cabo Cripto, fui sim do Grupo de Material e Segurança Cripto: éramos cinco a trabalhar num 'cofre' [bunker], no Quartel General, em Bissau (1963/66)... Já não me lembro do nome desses camaradas"... (E, depois como civil, até 1974, foi o homem dos sete ofícios!)


Foto nº 1 > O Augusto Mota quando criança: "Marinheiro a cavalo kkkkkkk!!


Foto nº 2 > Algures no Brasil: "Eu, esposa e Bolinha (cachorra)"


Foto nº 3 > Algures no Brasil: "Eu e esposa"


Foto nº 4 > Em casa, à mesa: "Eu e empregados".

Fotos (e legendas(: © Augusto Mota (2016). Todos os direitos reservados


1. Mensagem, de ontem,  do nosso novo grã-tabanqueiro, Augusto Mota, que vive no Brasil há mais de 40 anos. com referência ao poste P16452 que precisa de ser corrigido, uma vez que as fotos publicadas não traziam legendas (*)

Caríssimo Luís,

Vou tentar matar de vez vossa curiosidade:

MEMÓRIA

Tal como disse em nosso último “bate-papo”, a memória não é o meu forte. Estou altamente preocupado com o agravamento da faculdade de recordar o passado. O que vem me auxiliando nesse aspeto é o fato de sempre ter sido uma pessoa organizada... mas vamos lá;

CABO CRIPTO

Talvez não tenha me feito entender. Não fui cabo cripto. Fui MATERIAL DE SEGURANÇA CRIPTO. Quer dizer, trabalhava com a criptografia propriamente dita. Confeccionava o material de cifra para os operadores de cripto trabalharem e, de maneira geral, todos os que por função tivessem que usar cifra em comunicação: telefonia, aviação, etc.

Éramos cinco indivíduos e trabalhávamos fechados, em um cofre, sempre no Quartel General. Meu amigo, quem andou pelo mato, sujeito a levar chumbo a todo o instante, pode dizer que o que fazíamos era moleza... mas o silêncio daquela sala, apenas cortado pelo barulho repetitivo do ventilador, algumas vezes me levou a desejar morrer. Era um sono irresistível.


Assim, pela minha atividade como militar será difícil alguém me reconhecer, salvo os outros indivíduos. As instruções eram pela discrição total.

Para melhor entendimento, informo que esse material, até nossa chegada, era produzido na CHERET, em Lisboa, e distribuído pelo “mundo” militar português, revestido da maior segurança. Devido à possibilidade de vazamento, decidiram confeccionar em cada colónia. Bom, me parece que sobre este assunto estamos acertados.

CCAV 488 

Eu não pertencia a esta unidade. Como disse, o meu tempo de militar na Guiné foi passado dentro de um cofre. Nesta unidade havia um amigo meu. Eu mandava jornais para ele e outros, recebia rolos fotográficos para revelar e reproduzir (Eu mesmo tinha um laboratório fotográfico e fazia as fotos. É outra história rsss). Não me perguntem quem era porque não recordo o nome. Convivi com os camaradas de Material de Segurança todos aqueles anos e não me recordo o nome deles. Sei que é uma desgraça mas é a realidade.

Pelo motivo acima não recordo do Armor Pires nem do Vasco Pires. Retribuo o abraço do Armor.

CADERNO DE POESIAS "POILÃO"

Nessa época meu tempo era restrito. Não dava nem para me coçar. Não recordo, tampouco, do Valdemar Rocha, Albano Matos e Luís Jales. Veja bem: tinha duas livrarias, assessorava um hotel, fazia a contabilidade do único jornal e gerenciava o restaurante no parque da cidade. Chega rsss?...

LIVRARIAS

Livraria Portugal (no edifício do hotel Portugal),

Livraria Didáctica (quase em frente ao mercado público)

e Livraria Campião (em frente ao Quartel da Amura).


NATURALIDADE

Nasci no Porto (capital do palavrão hehehe), freguesia de Massarelos. Vivi sempre, enquanto em Portugal, na Boavista.

Pronto! De momento, é tudo.

Um abração para vocês.
Mota

2. Comentário do editor:

Meu caro Augusto: Trabalhar às escuras  é o que dá: asneira... Imaginava-te cripto, e confesso que desconhecia essa tua especialidade, "material de segurança cripto"... Tenho uma desculpa: mandaste-nos as tuas primeiras fotos (*) sem legenda...

Presumo que tenhas dupla nacionalidade e, pelas fotos que agora nos remetes, deduz-se que vivas numa cidadezinha pacata do Brasil (profundo). É bom ter-te por cá. a ti, mais um valente português da diáspora... E ter-te cá. para mais tripeiro...

Acredita, faz-te bem este exercício de treino e musculação da memória. E, por favor, não te penitencies por não te recordares dos nomes dos teus camaradas de "bunker"... Já lá vai mais de meio século!...

Xicoração para a tua esposa, alfabravo fraterno para ti. (LG)
_________________

Nota do editor:

(*) Vd. poste de 6 de setembro 2016 > Guiné 63/74 - P16452: Tabanca Grande (493): Augusto Mota, grã-tabanqueiro nº 726... Ex-1º cabo cripto (CCAV 488, Bissau e Jumbembem, 1963/65), gerente comercial da Casa Campião em Bissau, agente do Totobola (SCML), agente e correspondente do "Expresso" e de outros jornais e revistas, livreiro, animador cultural, português da diáspora a viver no Brasil há 40 anos...

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12418: O que é que a malta lia, nas horas vagas (13): No meu caso "O Alviela", de Alcanena, o "Popular" como era aqui o caso, a "República", o "Século" ou o "Diário de Noticias", "O Mundo Desportivo", o "Record" ou a "Bola", a "Plateia", o "Mundo de Aventuras", etc. (Carlos Pinheiro)

1. Mensagem do nosso camarada Carlos Pinheiro (ex-1.º Cabo TRMS Op MSG, Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG, 1968/70), com data de 3 de Dezembro de 2013:

Camarigo Luis Graça
Correspondendo ao teu desafio aqui vai a minha escrita sobre a minha leitura nos tempos da Guiné.

Um abraço
Carlos Pinheiro



O que é que a malta lia, nas horas vagas

… e onde, a certa altura, descreve, por exemplo, na noite de 28 de Fevereiro de 1969, estava eu numa dessas conversas, quando se deu o sismo em Lisboa que, sem ter causado vítimas, mesmo assim provocou estragos de monta. No BT chegaram a cair paredes. E o operador que estava a falar comigo ficou gago, tal foi o susto, ficámos sem falar alguns momentos e, por esse motivo, fui certamente a primeira pessoa a saber em Bissau que Lisboa estava a tremer

05 de Novembro de 2013

Depois do Post 12379 do Grande Chefe Luís Graça, não podia ficar insensível ao desafio e por isso aqui estou a dar nota do que lia, e não só, porque também se escrevia e até se telefonava, nos chamados momentos de ócio.

De facto, a vida passada dentro de quatro paredes não era propriamente agradável, porque muito monótona, entrecortada muitas vezes, vezes demais com as mensagens RELÂMPAGO/ZULO, a pedirem evacuações ou apoio aéreo, sinal de que camaradas nossos estavam em perigo, portanto, mesmo assim, em princípio, a nossa missão era nada, nem pouco mais ou menos, comparável com o que a maior parte dos camaradas passava no mato.

E disse em princípio, porque um dia também nos foram lá levar uma FBP, uma arma fantástica que até era capaz de disparar sem se dar ao gatilho – mas isso para aqui não interessa – porque “estava” previsto um ataque ao QG. E éramos nós, dentro das tais quatro paredes, com uma FBP na mão, que íamos defender aquilo. Mas, adiante, vamos em frente.

Ali lia-se tudo e mais alguma coisa, porque a nossa missão era ler e encaminhar as mensagens que nos mandavam pelo “buraco”, ou vinham do Posto de Rádio, mas nas tais horas mais descansadas também conseguíamos ler o que aparecesse e quando aparecesse e especialmente quando os nossos familiares nos mandavam um jornal da terra, no meu caso O Alviela, de Alcanena, o Popular como era aqui o caso, a República, o Século ou o Diário de Noticias, O Mundo Desportivo, o Record ou a Bola, a Plateia, o Mundo de Aventuras, etc.

Por exemplo, numa noite de Agosto de 1969, estava a ler o Diário Popular, já com algum tempo, como abaixo a foto exemplifica.



É certo que diariamente lia e relia Presse Lusitânia depois de ter interpretado os hieróglifos que o grande Radiot Irineu apanhava a uma velocidade estonteante, depois de passar as notícias de todo o mundo à máquina – Messa - a stencil e depois pelo duplicador AGestener a fim de a ir distribuir pelas Unidades de Bissau.

Tudo isto porque o Noticias da Guiné saía de vez em quando, quase sempre com notícias requentadas e as notícias da Presse, mesmo que passadas por vários crivos, eram notícias fresquinhas da costa.





Aqui estou eu, compenetradíssimo, a passar a stencil a Presse para depois fazer o resto.

Mas aqueles tempos também se passavam a ler o correio da família, porque “bate estradas” tinha sempre nos dias em que o Boeing da TAP chegava a Bissau, logo pela manhãzinha. E depois, como o S.P.M. era ali ao lado do S.T.M., até nisso éramos uns privilegiados na recepção do correio.

Mas os privilégios, se assim se pode dizer, não se ficavam pela recepção e leitura do correio mais em cima do acontecimento.



Também, de vez em quando se fazia uma exploração do rádio telefone com o B.T., a nossa Unidade mãe das Transmissões, na Graça em Lisboa, como se pode ver a seguir, aproveitava-se quando se apanhava um camarada porreiro e colaborante para se saberem novidades, como é que estava o tempo e tudo e mais alguma coisa. Por exemplo, na noite de 28 de Fevereiro de 1969, estava eu numa dessas conversas, quando se deu o sismo em Lisboa que, sem ter causado vitimas, mesmo assim provocou estragos de monta. No BT chegaram a cair paredes. E o operador que estava a falar comigo ficou gago, tal foi o susto, ficámos sem falar alguns momentos e, por esse motivo, fui certamente a primeira pessoa a saber em Bissau que Lisboa estava a tremer


Mas nas horas vagas não era só ler e escrever. Havia sempre momentos interessantes que a camaradagem sabia aproveitar. E Bissau não sendo uma cidade excepcional era o que de melhor por ali havia. E por isso todos os momentos livres eram aproveitados o melhor que se se sabia e se podia.

Por exemplo, na foto abaixo, lá estava este grupinho, numa feira do Sporting de Bissau a tirar a medida a esta “garrafita” de cerveja Sagres, depois de algumas “bazucas”, mais ou menos acompanhadas, já terem sido absorvidas com toda a calma da vida, mas sem se perder a oportunidade de se acompanharem os companheiros para que não ficassem registados nem vencidos nem vencedores.

Mas ainda sobre esta “garrafita”, devo dizer que mesma tinha cerca de dois metros e meio de altura e o diâmetro também era apreciável e proporcional à altura, mas estava vazia porque era de cartão, feita à mão no artesanato local e só servia de apelativo para as fresquinhas que por ali estavam à disposição de quem tinha “patacão”.


Os artistas desta foto, para além de mim próprio que estou de facto a tirar a medida ao objecto, à direita está o Eduardo, à esquerda está o Alves dos Santos e ao meio não me lembro já dos nomes. Mas à excepção do segundo a contar da esquerda, éramos todos do Centro de Mensagens.

Portanto, depois disto que dizer mais? A malta, sempre que podia, lia, escrevia, comia e bebia, para além de também resolver outros assuntos de carácter mais pessoal e sempre de acordo com a carteira de cada um.

A terminar, como já estamos em Dezembro, um Bom Natal para todos apesar da guerra anormal com que nos vão cercando nesta fase adiantada das nossas vidas quando no final de contas precisávamos de saúde e paz para os dias que nos restam, o que de todo em todo cada vez é mais difícil.

Bom Natal e que o 2014 não seja muito mais violento e nos deixe continuar a viver.
Carlos Pinheiro

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Nota do editor

Último poste da série de 8 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12414: O que é que a malta lia, ns horas vagas (12): O JN - Jornal de Notícias, que eu assinava... às vezes chegava-me à dúzias de cada vez Jorge Teixeira (ex-fur mil art, CART 2412, Bigene, Guidage e Barro, 1968/70)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Guiné 63/74 - P12182: Em busca de... (231): Casimiro Silva procura camaradas do Centro de Mensagens, em Bissau, dos anos 1971/73

1. Mensagem do nosso camarada Casimiro Silva que esteve no Centro de Mensagens do QG/CTIG nos anos de 1971/73, com data de 12 de Outubro de 2013:

Boa noite camaradas
Estive no STM – Centro de Mensagens do Q.G. em Bissau, de 25 de Agosto de 1971 a 03 de Setembro de 1973.

Após o meu regresso, aconteceu o 25 de Abril e além de ter esporadicamente contactado com o camarada, operador de mensagens, Vitor Silva, do Porto, perdi o contacto com todos!

Hoje inesperadamente encontrei o blog e porque gostava de reencontrar os camaradas com quem estive aqui fica o meu endereço e o pedido de contacto se algum andar por aí.

- Os 3 Vitor Silva (um do Porto, outro do Barreiro e outro da Apelação / Loures)
- O “Caldas”
- O “Cortegaça”;
- O Gaspar;
- O “Tchefe”
- e …

casimiro.silva@netcabo.pt
961679979
Santa Iria de Azoia

Um abraço
Casimiro Silva
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Nota do editor

Último poste da série de 6 DE OUTUBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12120: Em busca de... (230): Camaradas da CCAV 1749, Os Duros (Mansoa e Mansabá, 1967/69)... Até hoje não encontrei ninguém (Martinho Gomes)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Guiné 63/74 - P9612: Os nossos últimos seis meses (de 25abr74 a 15out74) (5): Lista de oficiais CEM do QG do CTIG (Luís Gonçalves Vaz)


Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4

Foto nº 5

Guiné-Bissau > Bissau > Fortaleza da Amura > 7 de Março de 2008 > Amura: um lugar repleto de história e de histórias... 

Visita no âmbito do Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau, 1 a 7 de Março de 2008), no último dia do evento. Na foto nº 1, o Coronel de Cavalaria do Exército Português, Carlos Matos Gomes, na situação de reforma, um homem do MFA da Guiné e um celebrado autor de romances de guerra como Nó Cego, Soldadó ou Fala-me de África (que assina sob o pseudónimo literário de Carlos Vale Ferraz)... É também um conhecido historiógrafo da guerra do ultramar / guerra colonial, co-autor, juntamente com Aniceto Afonso, de diversas publicações.

Na foto nº 2, Matos Gomes está junto do catalão Josep Sánchez Cervelló, professor universitário, em Tarragona, especialista em história sobre o 25 de Abril e a descolonização portuguesa... Por detrás, vê-se o edifício, em ruína, da antiga (se não me engano)  2ª Rep do Comando-Chefe, a famosa Rep Apsico, onde trabalhou Otelo Saraiva de Carvalho e Ramalho Eanes. 

Na foto, por detrás do Matos Gomes, vê-se o edifício, em ruína, da antiga 2ª Rep (salvo erro) do Comando-Chefe, a famosa Rep Apsico, onde trabalhou Otelo Saraiva de Carvalho e Ramalho Eanes...


Nas fotos nºs 3 e 4, vemos o Matos Gomes a servir de cicerone ao Paulo Santiago e a mim próprio. Entre os edifícios históricos, há o do antigo Com-Chefe (foto nº5). Foi aí que um grupo de conspiradores entrou de rompante no gabinete do Com-Chefe, e deu voz de prisão ao General Bettencourt Rodrigues, na manhã de  26 de Aril de 1974, o chamado golpe de Estado do MFA na Guiné. Portanto, foi na Amura e não no palácio do Governador que tudo aconteceu...

Desse grupo de oficiais revoltosos faziam parte Ten Cor Mateus da Silva (Eng Trms) (*), Ten Cor Maia e Costa (Eng), Maj Folques (Cmd), Maj Mensurado (Pára), Cap Simões da Silva (Art), Cap Sales Golias (Eng Trms), Cap Matos Gomes (Cmd), Cap Batista da Silva (Cmd), Cap Saiegh (Cmd Africanos), Cap Ten Pessoa Brandão (Armada ) e Cap Mil José Manuel Barroso.

Matos Gomes, na altura capitão do Batalhão de Comandos da Guiné, foi um dos protagonistas do 25 de Abril neste palco da história recente dos nossos dois países.. Voltou lá, à Amura,  34 anos depois...

Hoje, na Amura, repousam os restos mortais de Amílcar Cabral e de outros combatentes da liberdade da pátria, como Osvaldo Vieira, Domingos Ramos, Tina Silá, Pansau Na Isna, 'Nino' Vieira, etc. (LG).


Fotos e legendas: © Luís Graça (2008). Todos os direitos reservados.




1. Mensagem do nosso amigo Luís Gonçalves Vaz, com data de hoje:


 Data: 15 de Março de 2012 15:03
Assunto: Lista de Oficiais do QG do CTIG

Olá,  Luís:


Conforme solicitaste, aí vai a lista de oficiais do QG, a saber:


Em  1973/74, eram estes os oficiais do QG (O meu pai, o ten cor Ventura e o major Cabrinha, sei que estiveram até ao fim de 74):

Chefe do Estado-Maior - Coronel do CEM, Henrique Gonçalves Vaz

Chefe da 1ª Repartição - Tenente-coronel do CEM Cunha Ventura

Chefe da 2ª/3ª Repartição - Major do CEM Cabrinha (foi este oficial que representou o meu pai, CEM/CTIG e CCFAG na altura, na cerimónia de transmissão de soberania em 9 de Setembro, em Mansoa) [, cerimónia onde esteve também em destaque o nosso co-editor, o ex-Fur Mil Op Esp / Ranger Eduardo Magalhães Ribeiro]

Chefe da 4ª Repartição - Tenente-coronel do CEM Morgado

Chefe de Serviço de Transportes - Tenente-coronel de Infantaria Monsanto Fonseca

[Notas do LGV: (i) CEM - Corpo do Estado Maior (oficiais com o curso complementar de Estado Maior no Instituto de Altos Estudos Militares);  (ii) recorde-se, por outro lado, que em 17 de Agosto de 1974 foi  oficialmente criado o QG unificado para o CC (Comando Chefe) e CTIG . Assim, a 2ª Rep, por exemplo, passou a designar-se 2ª Rep do CC/FAG, ou seja, Comando Chefe das Forças Armadas da Guiné]...

Abraço

Luís Beleza Vaz
______________


Nota do editor:


Último poste  da série > 13 de março de 2012 > Guiné 63/74 - P9602: Os nossos últimos seis meses (de 25abr74 a 15out74) (4): Documentação referente a negociações entre Portugal e o PAIGC com vista à desmobilização das tropas africanas que combateram por Portugal (Carlos Filipe)

(*) Vd. aqui excerto das declarações do Gen Mateus da Silva, no âmbito do seu depoimento sobre a  descolonização (Estudos Gerais da Arrábida, painel dedicado à Guiné, 29 de agosto de 1995):

(...)  No dia 26 de Abril, logo de manhã, nós, este grupo que estava mais ligado, reunimo-nos no Batalhão de Pára-quedistas, em Bissau, às 8.30h, a discutir o que havíamos de fazer. E foi nessa reunião que decidimos intervir e, digamos, fazer aquilo a que eu chamo um golpe militar em Bissau, que na altura não teria esta percepção, mas, a posteriori, considero que de facto foi um golpe militar. (...)

(...) Às 9h (era feriado municipal em Bissau), fomos ao gabinete do comandante-naval, comodoro Almeida Brandão, convidá-lo a ser o nosso futuro comandante-chefe. Também tem piada porque, antes de destituirmos o governador, já estávamos a convidar o futuro
comandante-chefe. O comodoro hesitou um bocado e disse que não podia aceitar. Nós até queríamos que ele também fosse logo connosco ao gabinete do Bettencourt Rodrigues. Recusou-se mas acabou por dizer que aceitava ser comandante-chefe. Em seguida, ainda passámos pelo Palácio do Governador mas ele não estava, estava no comando-chefe na Amura. Fomos então à Amura. Na altura, houve uma companhia da polícia militar que cercou o comando-chefe, e também havia tropas pára-quedistas nossas que estavam ali à volta.


Entrámos de rompante no gabinete do general Bettencourt Rodrigues, o ajudante meteu-se à frente e levou um pinhão que voou por ali adentro… A porta abriu-se de escantilhão e nós entrámos. Agora imaginem, do ponto de vista do general comandante-chefe, que vê um grupo aí de doze oficiais, entrarem-lhe assim pelo gabinete… Ele ficou logo desequilibrado psicologicamente.


(...) O general Bettencourt Rodrigues perguntou se estava preso, e este também é um aspecto que acho muito interessante. É evidente que ele estava pelo menos bastante coagido, mas eu disse: «Não, o meu general não está preso, simplesmente vai ao palácio, faz as suas malas e embarca hoje no avião para Lisboa.» E foi o que ele fez, mas muito civilizadamente. (...)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6630: Tabanca Grande (227): Rui Barbot / Mário Cláudio, ex-Alf Mil, Secção de Justiça do QG, Bissau (1968/70)




Guiné > Bissau > Quartel General > Ex-Alf Mil Rui Barbot Costa, que fez o serviço militar obrigatório na Secção de Justiça do QG... Aí conheceu, em 1970,  o nosso camarada Carlos Nery. O Rui, aliás Mário, passou doravante a pertencer à nossa Tabanca Grande, trazido pela mão do nosso camarada Carlos Nery. Já está na lista alfabética, de A a Z, na Letra M,  como Mário Cláudio.

Fotos: © Mário Claúdio (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de Carlos Nery (ex- Cap Mil Inf,  CCAÇ 2382, Buba, 1968/70):

Caros Camaradas,

Junto o texto que me acaba de enviar o Rui Barbot, meu amigo desde 1970 em Bissau. 

Tivemos arte e engenho para, nessa altura, organizar um grupo de teatro, aliciar pessoas para esse empreendimento e, do nada, levantar um espectáculo. Quem se compromete numa tal "sopa de pedra"  fá-lo para toda a vida... Não há divórcios possíveis... 

Pergunto-me onde anda quem nela deitou o sal e os temperos e a ajudou a pôr ao lume; estamos a preparar um Poste sobre essa experiência e gostaríamos de reunir depoimentos, ou a seu pretexto, reunirmo-nos nós...

O Barbot, além de uma das molas impulsionadoras, foi um dos actores que tive a grata oportunidade de dirigir. Já lho disse e repito sem hesitar, se não tivesse optado pela escrita, que domina como o texto que se segue evidencia ["Para o livro de ouro do Capitão Garcez"], poderia ter sido um grande actor. Tinha a intuição, a inteligência e o "nervo" necessários para tal. Ganhou-se um grande escritor e, não o esqueçamos, um grande dramaturgo. Não se ficou a perder...

Carlos Nery

2. Mensagem do Rui Barbot / Mário Cláudio (cujo endereço de email não divulgamos, para já), com data de 17 do corrente, dirigida ao Carlos Nery

Meu Caro Carlos Nery,

Aqui segue o que lhe prometi. O que não constar dos anexos seguirá depois, ou irá ter-lhe às mãos por via postal.

Grande abraço amigo do
Rui Barbot

3.  Breve nota biobliográfica de Mário Cláudio, pseudónimo de Rui Manuel Pinto Barbot Costa , baseada em elementos fornecidos pelo próprio e/ou recolhidos pelo editor L.G, na Internet ou nos livros do escritor.

  [ P - Neste momento, estou a falar com o Mário Cláudio ou com o Rui Barbot Costa? R - Está a falar com os dois ao mesmo tempo, embora a segunda entidade a que se referiu tenda a desaparecer cada vez mais, porque, entretanto, se avolumou o autor. Excerto de uma entrevista, em 2/2/2009, ao JN- Jornal de Notícias ]

(i) Nasceu no Porto [, em 1941]. ["Não sou um escritor do Porto. Sou um escritor no Porto, que é uma coisa diferente".]

(ii) ["Mário Cláudio é o pseudónimo literário de Rui Manuel Pinto Barbot Costa, nascido a 6 de Novembro de 1941, no seio de uma família da média-alta burguesia industrial portuense de raízes irlandesas, castelhanas e francesas, e fortemente ligada à História da cidade nos últimos três séculos"].

(iii) [Fez o liceu no Porto; em seguida, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo depois se transferido para a Universidade de Coimbra]; 

(iv) Licenciou-se, em 1966, em Direito, pela Universidade de Coimbra;

(v) É igualmente diplomado com o Curso de Bibliotecário-Arquivista, pela mesma Universidade, Master of Arts em Biblioteconomia e Ciências Documentais, pela Universidade de Londres [, em 1976];

(vi)  ["Pelo meio, a Guerra Colonial e uma mobilização para a Guiné, na secção de Justiça do Quartel General de Bissau. Antes de partir, em 1968, entrega ao pai, pronto para publicação, o seu primeiro livro de poemas, 'Ciclo de Cypris', publicado no ano seguinte".]

(vii) Ficcionista, poeta, dramaturgo, ensaísta e tradutor, é autor, entre outros, dos volumes de poesia Estâncias e Terra Sigillata, dos romances Amadeo, Guilhermina, Rosa, A Quinta das Virtudes, Tocata para Dois Clarins, As Batalhas do Caia, O Pórtico da Glória, Peregrinação de Barnabé das Índias, Ursamaior, Oríon, Gémeos, Camilo Broca e Boa Noite, Senhor Soares, e das peças de teatro Noites de Anto, O Estranho Caso do Trapezista Azul e Medeia

(viii) Tem numerosíssima colaboração dispersa por jornais e revistas, portugueses e estrangeiros. 

(ix) Está traduzido em inglês, francês, castelhano, italiano, húngaro, checo e serbo-croata. 

(x) Recebeu os seguintes galardões: 

Grande Prémio de Romance e Novela (1984), da Associação Portuguesa de Escritores;
Prémio de Ficção, da Antena 1;
Prémio Lopes de Oliveira;
Prémio de Ficção, do PEN Clube Português;
Prémio Eça de Queiroz, da Câmara Municipal de Lisboa;
Grande Prémio da Crónica, da Associação Portuguesa de Escritores;
Prémio Pessoa (2004);
Prémio Vergílio Ferreira (2008);
Prémio Fernando Namora (2009).

(xi) Foi galardoado pelo Presidente da República com a Ordem de Santiago da Espada [, em 2004,] e pelo Governo Francês com o grau de Chevalier des Arts et des Lettres.

4. Comentário de L.G.:

Mário, sê bem vindo à Tabanca Grande, a  caserna virtual aonde se acolhem os camaradas (e os amigos) da Guiné... O tratamento romano é norma, entre homens que estiveram física e psicologicamente muito próximos uns dos outros no Teatro de Operações  (TO) .

 Não podemos ignorar que és mais famoso, pelos teus livros (e prémios), do que  nós todos juntos.  Isso não nos impede de nos sentirmos irmanados pelas circunstâncias da vida que nos levaram à Guiné, no longo período em que decorreu a a guerra do ultramar / guerra colonial / luta de libertação (1963/74) (conforme os 'óculos' do observador)...

Como fazemos gala de dizer (e de tentar praticar) os amigos e camaradas da Guiné têm como maior denominador comum a experiência de (ou a relação com) a guerra colonial, a guerra do ultramar ou a luta de libertação na Guiné, entre 1963 e 1974... Tudo o mais que nos possa separar (a idiossincrasia, a ideologia política,  a religião, a nacionalidade, a origem social, a etnia, a cor da pele, as antigas patentes e armas, a orientação sexual, a riqueza, a fama,  o proveito, etc.), é secundário. Direi secundaríssimo.

Sabemos que, pelos teus afazeres de escritor activo, produtivo e famoso, um dos maiores da língua portuguesa actualmente vivos, e potencialmente Nobelitável, não terás muito tempo para, com regularidade, escreveres no nosso (e doravante teu) blogue,  e/ou compareceres nos nossos convívios períódicos (Tabanca Grande, anualmente, em Monte Real; Tabanca de Matosinhos, semanalmente, em Matosinhos; Tabanca do Centro,  em Monte Real, trimestralmente, etc.).

Mas fica a saber que será um grande prazer, para mim e para os restantes amigos e camaradas da Guiné, conhecer-te em pessoa, ao vivo, um dia destes. Somos calorosos, às  vezes até demais, fervendo em pouca água com alguns ditos & escritos. Mas vamos regando, todos os dias, a nossa cultura da tolerância...

Já leste, de certo, os nossos "dez mandamentos" (disponíveis na coluna do lado esquerdo do nosso blogue), o último dos quais diz o seguinte: "(x) respeito pela propriedade intelectual, pelos direitos de autor... mas também pela língua (portuguesa) que nos serve de traço de união, a todos nós, lusófonos"...

Agradeço-te antecipadamente o envio do texto, soberbo (e julgo que inédito), "Para o Livro de Ouro do Capitão Garcez", que nos chegou, juntamente com as fotos, através do Carlos Nery... Oxalá o nosso blogue também te possa inspirar muitas outras e boas histórias relacionadas com este povo, fantástico e às vezes demasiado humilde, de soldados, marinheiros, poetas e aventureiros. de quem os altivos castelhanos diziam: "Portugueses, pocos, pero locos".

É, naturalmente, também uma honra, para nós, poder publicar e ler em primeira mão textos, de ficção ou não, de um grande escritor como tu, que também foi nosso camarada. Bem hajas. Prometo publicar o teu primeiro texto  muito em breve. LG.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Guiné 63/74 - P4921: Em busca de... (88): Procuro António Lourenço, do Pel Trms, Quartel-General, Bissau (1968/70) (José de Melo)


1. O nosso Camarada José de Melo, que prestou serviço no Pelotão de Transmissões - Quartel-General em Bissau, como Furriel Miliciano, entre 1968 e 1970, enviou-nos em 30 de Agosto de 2009, uma mensagem com o seguinte apelo:

APELO

Camaradas,

Ao tomar conhecimento deste trabalho do Luís Graça, nasceu-me uma esperança (pouca, confesso) do seguinte:

Estive na Guiné entre 1968 e 1970 e estive colocado no Pelotão de Transmissões, sito dentro das instalações do Quartel-General, em Bissau.

Tinha então lá um amigo também furriel miliciano, que, tanto eu como ele, pela nossa semelhança fisionómica, nos tratávamos reciprocamente por irmãos.

Adorava reencontrá-lo mas, dele, lembro-me muito pouco.

Sei que o seu apelido… é Lourenço. O primeiro nome suponho que é… António.

O José de Melo na actualidade

Sei o apelido… Lourenço. O primeiro nome suponho que é… António

O José de Melo na actualidade

Mais sei que era do norte de Portugal.

Tenho uma fotografia em que estou junto dele, daquele tempo, e é tudo.

Agradeço a quem ler este meu apelo, que qualquer informação que me possa prestar o faça para o meu e-mail pessoal: casadopinho@gmail.com

Cordiais Saudações,
José de Melo
____________
Nota de M.R.:

(*) Vd. último poste da série em:


terça-feira, 23 de setembro de 2008

Guiné 63/74 - P3230: Tabanca Grande (89): José Paracana, ex-Alf Mil, Analista de Segurança das Transmissões, QG do CTIG, 1971/73




José Paracana
ex-Alf Mil
Analista de Segurança das Transmissões
QG do CTIG
1971/73



1. Relembremos as mensagens anteriores do nosso camarada José Paracana (1).

Por puro acaso encontrei um antigo camarada combatente da Guiné, enquanto estou a banhos no Algarve! E ele falou-me no blogue que já li parcialmente!

Fui alferes miliciano lá, de 4 de Setembro de 1971 a 4 de Setembro de 1973.

Prestei serviço no Quartel General e era Analista de Segurança das Transmissões. Por acaso guardo alguns documentos interessantes desse tempo conturbado. Que estão em minha casa, claro.

Conheço o Prof. Dr. Julião Sousa, é meu colega de naipe no coro dos antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra! É um bom homem, ao que me pareceu já.Tenho as minhas histórias, como todos, claro. E muitos slides e fotos da Guiné da época.

(...)

Não peguei em armas quando lá estive (felizmente para mim...); mas de mim dependiam informações/formações para as NT não sofrerem mais flagelos!

Depois contarei a minha comissão!

(...)

2. Comentário de CV

Caro José Paracana, estás apresentado formalmente à tertúlia da Tabanca Grande.

Poderás, quando quiseres, começar a enviar os teus trabalhos, baseados nos documentos que tens em teu poder e que poderão contribuir para o conhecimento total de algumas situações ainda pouco esclarecidas no nosso blogue.

Atravessaste um tempo algo conturbado da guerra da Guiné e muita coisa não terá chegado ao conhecimento geral.

Aguardamos, pois, que nos comeces a contar o que sabes.

Até lá recebe um abraço de boas vindas em nome da tertúlia.

Carlos Vinhal
_______________

Nota de CV

(1) - Vd. poste de 13 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3201: O Nosso Livro de Visitas (26): José Paracana, ex-Alf Mil, QG do CTIG, 1971/73