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quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Guiné 61/74 - P24830: Fotos à procura de... uma legenda (178): Mansabá e a sua placa toponímica, com lista em diagonal, bicolor, encarnada e verde, cores da Bandeira Nacional...

Guiné > Região do Oio > Mansabá > 1970 >  Placa toponímica assinalando a entrada de Mansabá para quem vinha de Cutia

Foto (e legenda):   © Carlos Vinhal (1970). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. A foto acima foi reproduzida no poste P24828 (*) com um lapso: "placa toponímica assinalando o fim da localidade de Mansabá"...

O Valdemar Queiroz, o nosso campeão do passatempo "Veja se é bom observador", não deixou escapar,  como sempre, aquilo que lhe parecia que não bater a bota com a perdigota, e zás, comentou: 

(...) Mais uma fotografia interessante e surrealista. Não só a placa de trânsito está mal colocada, deveria estar colocada no lado esquerdo, como ao contrário virada para a tabanca que ficou para trás." (...) | 7 de novembro de 2023 às 23:04

O Carlos Vinhal, que lá fez umas férias naquele aprazível "resort" turístico da Guiné, Mansabá, entre 1970 e 1972, e que é o dono da foto-recuerdo, veio a terreiro "defender a sua dama":

(...) "Caro Valdemar, tens (e não tens) toda a razão. A placa toponímica, e não de trânsito, da foto, assinala a entrada de Mansabá para quem vinha do Sul, Cutia, e se dirigia para norte, Farim. A fazer fé no Luís, se a legenda é minha, na altura eu devia estar sob efeito de alguma substância ilícita" (...) |  de novembro de 2023 às 10:06
 
E fez um esclarecimento adicional: 

(...) Aquela faixa em diagonal não quer dizer fim de localidade, trata-se de uma lista bicolor encarnada e verde, cores da Bandeira Nacional.(...) | 8 de novembro de 2023 às 10:16

O editor LG comentou, por sua vez,  desfazendo o equívoco:

(...) Valdemar e Carlos, não tenho aqui o livro do Mamadu Djaló (vim a Lisboa), não posso confirmar, mas pelo que vejo na cópia digital que me mandou o Virgínio Briote, a foto tem a seguinte legenda: "FOTO 103: Mansabá, vista aérea da povoação e aquartelamento. Foto de Carlos Vinhal, ex-Furriel Mil."

Trata-se de uma gralha, obviamente, que eu não sei se foi corrigida antes da impressão do livro... A legenda, no poste, era pois da minha autoria ("placa toponímica assinalando o fim da localidade de Mansabá")...  

Devia ter visto com mais atenção a foto, e  consultado o Carlos Vinhal, mas ele já fez o favor de corrigir, e muito bem: "Guiné > Região do Oio > Mansabá > Placa toponímica assinalando a entrada de Mansabá para quem vinha de Cutia" (...) .8 de novembro de 2023 às 12:50


2. Mas agora é altura de lançar um desafio aos nossos leitores: 
  • alguém mais tem fotos destas, de placas toponímicas com lista em diagonal, bicolor,  encarnada e verde, cores da Bandeira Nacional...?  
  • qual o seu significado? 
  • nasceu de uma bizarria das autoridades locais, civis e/ou militares?
  • era uma reafirmação do portuguesismo das gentes da terra? 
  • ou uma provocação aos "vizinhos" do Morés? 
Talvez o Carlos Vinhal possa dar mais um eslcarecimento adicional... (**)


Carlos Vinhal (ex-fur mil, at art, MA, CART 2732, Mansabá, 1970/72)  junto à placa toponímica que assinala a entrada de Mansabá para quem vem de Cutia. Na placa, em diagonal, a lista com as cores encarnada e, supostamente, verde, representativas da Bandeira Portuguesa. E na coluna pode ler-se: "CART 2732"...


Foto (e legenda)  © Carlos Vinhal  (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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(**) Último poste da série >  25 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24586: Fotos à procura de... uma legenda (177): Foto do Abílio Duarte, tirada talvez pelo Cândido Cunha, em Fasse, Paunca: (i) "Furriel com um bebé ao colo"; (ii) "O capitão pode ser o chefão disto tudo, mas é o furriel que me dá a pica cá no sitio"; (iii) "Os furríeis podem ser os mais garbosos, mas quem me trazia as sobras eram os da ferrugem", etc. (Valdemar Queiroz / Chernmo Baldé / Carlos Vinhal / Eduardo Estrela / Luís Graça)

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22352: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte VII: Óscar Monteiro Torres, cap pilav (Luanda, 1889 - França, CEP, 1916), o primeiro e único piloto-aviador militar português a tombar em combate na I Grande Guerra.



Óscar Monteiro Torres (1889 - 1916)

Nome: Óscar Monteiro Torres

Posto:  Cap PilAv (ex-Tenente de Cavalaria)

Naturalidade:  Luanda

Data de nascimento;  26 de Março de 1889

Incorporação:  1907 na Escola do Exército (nº 128 do Corpo de Alunos)

Unidade Serviço de Aviação:  Escola de Aeronáutica Militar

Condecorações; Medalha da Cruz de Guerra 1ª classe (a título póstumo)

Promoção a Major por Distinção (a título póstumo)

TO da morte em combate:  França (CEP)

Data de Embarque; 23 de Dezembro de 1916

Data da morte: 20 de Novembro de 1917

Sepultura;  Sepultado com honras militares alemãs no cemitério de Laon. O seu corpo foi transferido em 1920 para o cemitério Vieille Chapelle e daí, em 1925, para o cemitério de Richebourg l'Avoué. Transladado para Portugal,  teve funeral nacional em 22 de Junho de 1930 para o Cemitério do Alto de S. João (Jazigo particular).

Circunstâncias da morte: Primeiro e único piloto-aviador militar português a tombar em combate. Em 19 de Novembro de 1917, em combate aéreo contra aeronaves alemãs, foi abatido e recolhido por forças alemãs que o hospitalizaram no hospital militar de Laon onde faleceu no dia seguinte, 20 de Novembro de 1917.



António Carlos Morais da Silva, hoje e ontem



1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um oficiais oriundos da Escola do Exército e da Escola de Guerra que morreram em combate, na I Guerra Mundial, nos teatros de operações de Angola, Moçambique e França (*).

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar e depois professor da AM, durante cerca de 3 décadas; é membro da nossa Tabanca Grande, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.


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sexta-feira, 16 de abril de 2021

Guiné 61/74 - P22107: Usados & Achados: pensamentos para aumentar a nossa resiliência em mais um "annus horribilis" (10): a nossa insólita, brejeira e alegre Lisboa: o Jardim das Pichas Murchas (Mário Gaspar)


Lisboa > Freguesia de São Vicente > 2021 > Topónimos lisboetas > O Jardim / Largo das Pichas Murchas fica junto à Rua e às Escadinhas de São Tomé,  

Fotos e texto: cortesia de Valter Leandro (2021)


1. Estamos a escassos dias de completar 17 (dezassete!) anos de existência, em 23/4/2021... Mas não temos (, eu não tenho,  para além do facto de estarmos vivos), grandes motivos para celebrar a  efeméride (o 17º aniversário do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné): 

(i) ainda não nos livrámos da trágica pandemia de Covid-19, com todas as funestas consequências que está a ter em termos individuais e coletivos: já morreram  mais portugueses, no espaço de 12 meses, do que em toda a guerra colonial /guerra do ultramar (falando só de militares portugueses): 

morrreram,de Covid,  até à data, cerca de 17 mil portugueses, contra 9 mil vítimas mortais na guerra colonial (e nesses 17 mil estão membros da Tabanca Grande, estão muitos outros antigos combatentes cuja identidade desconhecemos, estão familiares, amigos, vizinhos...);

(ii) a geração dos antigos combatentes está só agora a ser vacinada, esperando-se em breve a imunização dos grupos estários da população de maior risco (os de 60 e mais anos) que contribuiram para mais de 95% da mortalidade por Covid-19 até à data;

(iii) estamos ainda confinados e privados do convívio, seguro e saudável, com os nossos "mais queridos": família, amigos, camaradas, tabanqueiros;

(iv) enfim, mantém-se a perspetiva de termos, em 2021, mais um "annus horribilis", como o de 2020, embora com uma luzinha ao fundo do túnel...

Alimentar o blogue todos os dias é quase tão difícil como  alimentar uma casa de família em época de crise... E nós fazêmo-lo, a nossa pequena equipa,  há 17 anos... com pandemia ou sem pandemia, com crise ou sem crise, com vacina ou sem vacina, quer faça sol, quer faça chuva...

No princípio deste ano criámos esta nova série, "Usados & Achados", apelando ao sentido de "humor de caserna" da nossa velha guarda, com o intuito de nos ajudar, a todos, a  carregar as baterias da resiliência e da esperança de modo a podermos (a começar pela nossa Tabanca Grande)  a resistir e sobreviver, com inteligência, arte e engenho. 

Este ano de 2021 marca também os  60 anos do início da guerra colonial, ou guerra do ultramar, ou guerra de África (como cada um quiser chamar-lhe).

Os nossos camaradas mais velhos, que foram para Angola, logo em abril de 1961, "rapidamente e em força", estão agora já na casa dos 80...E os "periquitos", os "checas", os "maçaricos", os que fecharam as portas do império, em 1974 e 1975, também já não são "Sexas", estão todos a entrar nos Setentas,. são pois Septuas...

Com o peso de tantos anos (e das "medalhas da guerra e da vida") e com as apreensões que nos batem à porta (a começar pelas mazelas do corpo e da alma...), temos que saber aprender a "sorrir com meia cara", já que a parte inferior anda tapada, há muito, com a máscara sanitária...


2. Esta série , "Usados & Achados", não teve, contudo, o sucesso esperado, tínhamos a expectativa de conseguir maior colaboração dos nossos autores com talento humorístico... 

Hoje chega-nos o contributo do Mário Gaspar, ex-Fur Mil At Art, Minas e Armadilhas, CART 1659, "Os Zorbas" (Gadamael e Ganturé, 1967/68), lapidador de diamantes reformado, e colaborador sénior do nosso blogue (com cerca de 125 referências no nosso blogue).

O Mário contnua a mandar-nos imenso correio, com mensagens que cabem dentro do seu vasto e eclético leque de interessses, extravasando naturalmente o "core business" do nosso blogue... É de destacar, por exemplo,  a sua colaboração regular no boletim "O Olhar do Mocho", da Associação Cultural e Social de Seniores de Lisboa. No último número,o 68, de abril de 2021, tem um artigo sobre o pensador Agostinho da Silva.


Mas é sobre outro tema, que vamos falar, e que queremos enquadrar na série "Usados & Achados". O Mário Gaspar mandou-nos uma cópia de um artigo deveras curioso sobre a Lisboa que muitos desconhecem, mesmo os lisboetas... Aqui vão alguns excertos, selecionados por ele, e que reproduzimoa com a devida vénia ao autor (do texto e das fotos):

Lisboa Secreta > 24 de fevereiro  de 2021 > Sítios insólitos em Lisboa: o Jardim das Pichas Murchas, by Valter Leandro


(...) Muitos sorrisos e gargalhadas já arrancou a placa do Jardim das Pichas Murchas, ali para os lados do Castelo, junto à Rua de São Tomé.

(...) O jardim foi batizado por um calceteiro da autarquia, chamado Carlos Vinagre, que adorava fazer troça dos muitos idosos que ali se juntavam. Os mais puritanos ainda tentaram mudar o nome ao jardim que também é largo, mas o povo uniu-se e acabou por ficar assim até aos dias de hoje.

(...) Junto à Rua e às Escadinhas de São Tomé, este Jardim/Largo das Pichas Murchas pertence à Freguesia de São Vicente, a caminho do castelo, e atualmente todos os que por lá passam, novos e velhos, homens e mulheres, gostam desta designação. Como é uma zona onde se costumam juntar muitas pessoas para beber uns copos ao final da tarde, ou durante a hora da bucha, para quem está a trabalhar pelas redondezas, mas também onde muitas vezes se reuniam pessoas mais velhas, para dois dedos de conversa ou para jogar às “sueca”.

(...) E, além de tudo, são agora os turistas, que sabendo o que este nome significa, fazem as mais
variadas poses fotográficas para mostrar, nos seus países, esta característica placa toponímica.

É também neste pequeno largo que, por altura dos Santos Populares, se costuma montar um daqueles restaurantes improvisados, devidamente preparados para a maior festa popular de Lisboa. (...)

(...) Muito perto do Jardim das Pichas Murchas, na Rua de São Tomé, uma das mais pisadas por visitantes de todas as partes do globo, fica ainda uma homenagem de Vhils à nossa maior fadista Amália Rodrigues. Este mural fica numa pequena praceta junto à Calçada do Menino Deus e foi todo desenvolvido com as típicas pedras da calçada portuguesa.  (...)

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Nota do editor:

Último poste da série > 14 de março de 2021 > Gué 61/74 - P22006: Usados & achados (9): pensamentos para aumentar a nossa resiliência em mais um "annus horribilis" (9): Morra o Eça (de Queiroz)!, viva o Caldo (Verde)!

Postes anteriores:

21 de fevereiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21926: Usados & Achados: pensamentos para aumentar a nossa resiliência em mais um "annus horribilis" (8): O casqueiro nosso de cada dia... ou a feliz história do Jobo Baldé, o improvável padeiro do Mato Cão, que nos matou... a malvada (Luís Mourato Oliveira,ex-alf mil, cmdt, Pel Caç Nat 52, Mato Cão e Missirá, 1973/74)

8 de fevereiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21866: Usados & Achados: pensamentos para aumentar a nossa resiliência em mais um "annus horribilis" (7): Receita caseira de Bourbon County, Kentucky, USA... Enquanto se aguarda a vacinação contra a Covid-19... (José Belo, régulo da Tabanca da Lapónia)

4 de fevereiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21851: Usados & Achados: pensamentos para aumentar a nossa resiliência em mais um "annus horribilis" (6): A web câmera, em tempo real, de Karesuando, a localidade mais ao Norte da Suécia e na área da minha casa, município de Kiruana: o pior confimamento... é o da noite escura de 24 horas (José Belo, régulo da Tabanca da Lapónia)

28 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21820: Usados & Achados: pensamentos para aumentar a nossa resiliência em mais um "annus horribilis"(5): Contra a Covid-19 e a pérfida caixinha de Pandora que vem sempre associada às pandemias, a palavra de ordem é: Confinemo-nos, sim, camaradas!... Mas não nos (con)finemos, ámen! (Luís Graça)

21 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21791: Usados & Achados: pensamentos para aumentar a nossa resiliência em mais um "annus horribilis": (4) A 'descoberta' da Índia

20 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21785: Usados & Achados: pensamentos para aumentar a nossa resiliência em mais um "annus horribilis": (3) O luso-lapão

20 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21783: Usados & Achados: pensamentos para aumentar a nossa resiliência em mais um "annus horribilis": (1) O leite; (2) A cura

domingo, 13 de setembro de 2020

Guiné 61/74 - P21352: Em bom português nos entendemos (25): Quínara, Quinara ou Quinará?... Uma 'ciberdúvida'... (Luís Graça / Cherno Baldé)



Mapa da Guiné-Bissau: destaque, a vermelho, para a região de Quínara (, adotamos a grafia que era usada pela cartografia militar portuguesa). Fonte: adapt de Wikipedia, com a devida vénia...


Guiné > Região de Quínara > Carta de São João (1955) > Escala 1/50 mil > O topónimo QUÍNARA (GUÍNALA), tal como foi grafado perlos Serviços Cartográficos do Exército

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2020)


1. Comentário do editor Luís Graça (*)

Um "ciberdúvida" para o nosso especialista em questões etnolinguísticas, o nosso irmãozinho Cherno Baldé, que mora em Bissau:

A palavra "Quinara":

(i) é esdrúxula (QUÍ-NA-RA) ?

(ii) é grave (QUI-NA-RA) ?

(iii) ou é aguda (QUI-NA-RÁ) ? 

Eu pronuncio-a sempre como se tivesse o acento tónico na antepenúltima sílaba... QUÍ-NA-RA. (Se  for erro,  é um erro sistemático que tenho aqui cometido, no blogue.)

O Gonçalo Inocentes escreve QUI-NHA-RÁ que, suponho, não existe... Ele devia  querer dizer QUI-NA-RÁ... (*)

Na nossa cartografia militar, parece ter sido  grafado o vocábulo QUÍ-NA-RA (palavra esdrúxula, acento tónico na antepenúltima sílaba): vd. por exemplo mapa de São João, de que se publica um excerto).

Mantenhas. Luís Graça

PS - Na Wikipedia pode ler-se; (...) " Quinara (também Quinará) é uma região da Guiné-Bissau, cuja capital é a cidade de Buba. Possui 60.777 habitantes (2009), correspondente a 4,19% da população do país" (...). [Compreende quatro setores: Buba, Empada, Fulacunda, Tite.]

2. Resposta do Cherno Balde_

Data: quinta, 10/09, 13:40 (há 2 dias)


Caro amigo Luis,

Ao que tudo indica, e confirmando uma regra geral no caso dos topónimos guineenses, a palavra (e a grafia) "Quínara" é portuguesa e resultou da corruptela da palavra "Guínala" que designava uma parte dos três principais reinos biafadas do séc. XIX, criados em consequência do deslocamento destes que, empurrados pelas guerras de conquista dos fulas em revolta contra o jugo mandinga/soninqué na segunda metade do séc. XIX, depois de mais de 6 séculos de submissão e escravidão na região oeste africana da Senegâmbia.

Assim, Quínara em português seria uma palavra esdrúxula como referes e corresponde mais a pronúncia fula do que os outros grupos étnicos, mas para a maioria dos outros grupos do mosaico guineense, na sua forma verbal, as três formas são aplicáveis sem que subsistam quaisquer contradições ou mal entendidos.

Aliás, devo dizer que no meio biafada a forma mais corrente é a forma aguda com acento na última sílaba [Quinará], que combina com a pronúncia da palavra de origem "Guínala" que na historiografia portuguesa não tem acento, mas deve-se pronunciar daquela forma. [Mas tem na carta de São João.]

Juntamente envio um extracto de um interessante texto de uma dissertação de mestrado de um portugués apresentado no nosso instituto (ISCTE-IUL) em 1991, para dar um cheirinho pitoresco da epopeia biafada e fula no surgimento do chão que passou a ser conhecido por Quinara ou Quinara [. Esse excerto será publicado oportunamento: o autor,   Manuel Portugal Almeida de Bivar Abrantes,a grafia Quinara, palavra grave.] (**)

Com um abraço amigo,

Cherno Baldé

3. Resposta de LG, em 10 set 2020, 21h10:

Obrigado, Cherno, és uma referência inestimável e insubstituível. O teu saber sobre a tua terra é uma prova de amor pátrio. Fico sempre muito sensibilizado pelo teu carinho pelos teus e por nós. Fica bem, meu irmãozinho. Luís

4. Nova nensagem do Cherno Baldé:

Caro Luís: esqueci-me de te dizer que, também, no extracto do texto do jovem investigador português escrito a partir de uma narrativa oral dos biafadas, podes encontrar a origem do nome do rio Geba e do regulado de Badora, descrito nos seguintes termos:

"(...) Andando, andando, andando, e a sede a apertar, os meninos e as mulheres a chorar. Mas lá em baixo, um rio. Levaram a água à boca - – “esta é doce! Bádjéba, a Geba dos brancos. Seguiram para Badora - cano de arma antiga e comprida dada pelo irã (cr.) aos biafadas para que os fulas não ousassem fazer a guerra".

Abraço,
Cherno Baldé 
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Notas do editor:

sábado, 21 de março de 2020

Guiné 61/74 - P20755: Memórias das geografias ultramarinas na toponímia da cidade de Lisboa: histórias cruzadas (Jorge Araújo)



Fotos das placas toponímicas do "Bairro das Novas Nações": Jorge Araújo, Jan2020


Jorge Araújo, ex-fur mil op esp / ranger, CART 3494 / BART 3873 (Xime e Mansambo, 1972/1974); um homem das Arábias... doutorado pela Universidade de León (Espanha) (2009), em Ciências da Actividade Física e do Desporto; professor universitário, no ISMAT (Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes), Portimão, Grupo Lusófona; autor da série "(D)o outro lado do combate"; nosso coeditor.



MEMÓRIAS DAS GEOGRAFIAS ULTRAMARINAS
NA TOPONÍMIA DA CIDADE DE LISBOA
- HISTÓRIAS CRUZADAS -


Planta dos terrenos da antiga Quinta da Mineira ou da Charca onde nasceu, no início dos anos vinte do século passado (faz um século), o "Bairro das Colónias". A construção dos edifícios começaria na década seguinte (1930), criando um dos melhores e mais coerentes conjuntos Art Déco e modernistas de Lisboa. Inicialmente foi proposto que a toponímia do bairro homenageasse colonialistas famosos, optando-se, em lugar disso, pelos nomes das ex-colónias portuguesas.  
  

1.   - INTRODUÇÃO
No último trânsito de avião de "regresso a casa", realizado por ocasião da quadra natalícia de 2019, as rodas da minha mala de viagem foram-se desintegrando ao longo dos diferentes caminhos, ocorrência sempre desagradável pelas dificuldades que daí resultaram, nomeadamente no seu controlo e condução. É certo que este facto só sucede a quem anda nestas "vidas", mas, no geral, pode acontecer a qualquer um de nós, independentemente do lugar e do contexto.


Perante esta realidade, impunha-se a sua reparação imediata, de modo a ficar operacional para nova viagem, cumprindo a função para que foi criada/concebida. Nesse sentido, iniciei os primeiros contactos, na zona de residência, com especialistas do ramo, mas sem sucesso, na medida em que ninguém estava preparado para o fazer. 

Seguiu-se a pesquisa em Lisboa. De todas as empresas contactadas, ficámos na última cujo gerente – Sr. Romero ["Casa Romero", passe a publicidade] nos informou que: "sim, senhor; pode trazer a sua mala, pois temos uma secção de reparação de malas de todas as marcas, incluindo rodas". A sua localização ficava (e fica) na Rua Maria da Fonte, perto de duas estações do Metro: "Anjos" (antigo Bairro das Colónias) ou "Intendente".

Entregue a mala (trolley) para consertar, ficou combinado com o Sr. Romero que este me telefonaria após a conclusão do mesmo. Reservei o sábado seguinte ao contacto para a recolha da 'dita cuja' mala.

Passavam poucos minutos do meio-dia quando lá cheguei. A loja fechava às 13h00. Durante a nossa presença, tivemos a oportunidade de conversar sobre este negócio e das dificuldades que tive em encontrar uma solução para o meu caso. A dada altura disse-me que tinha sido combatente em Moçambique, onde ficou por lá mais alguns anos, como civil. No regresso ao Continente, escolheu este ramo para aquela que continua a ser a sua actividade profissional e a sua ocupação de vida.

Ele, de Moçambique, e eu, da Guiné, cruzámos, então, histórias das duas geografias coloniais/ultramarinas: A "Física" e a "Humana", onde estivéramos, mas em épocas diferentes. Já muito perto da hora de fecho, chega um seu familiar (já esperado, pois tinham combinado ir almoçar) que, ao aperceber-se do tema da conversa, alargou o âmbito das "geografias", ao cruzar mais algumas histórias, agora de Angola, onde fora, também ele, combatente. Eram quase 14h00 quando decidimos suspender os diálogos.

Das diferentes experiências individuais, que deram lugar ao cruzamento de histórias vividas nas três geografias ultramarinas, surge o facto de estarmos a paredes meias com o "Bairro das Colónias" (1933); depois "Bairro do Ultramar" (1933) e, na sequência do "25 de Abril", passou a ser denominado por "Bairro das Novas Nações" (1975) (ver planta acima).

E foi assim, a pretexto do "conserto da mala", que nasceu mais esta narrativa, onde se cruzaram memórias/histórias das duas geografias acima identificadas.
Uma vez que todos os factos históricos são passado, é através do conhecimento específico e aprofundado desse passado que se entende melhor o presente. Por isso, eis alguns apontamentos sobre a origem da toponímia do "Bairro das Colónias", na antiga Freguesia dos Anjos, agora Freguesia de Arroios, em Lisboa, no ano de 1930.



Foto da "Praça das Colónias" (1933), depois "Praça do Ultramar" (1933) e, agora, "Praça das Novas Nações" (1975), da autoria de Ana Luída Alvim; com a devida vénia.


2.   ANTECEDENTES HISTÓRICOS NA ORIGEM DA TOPONÍMIA DO "BAIRRO DAS COLÓNIAS", EM LISBOA
De acordo com a literatura disponibilizada pela Junta de Freguesia de Arroios, a construção dos primeiros edifícios do "Bairro das Colónias", assim como dos respectivos arruamentos, dão-se início nos anos trinta do século passado (1930).

No que concerne à sua Toponímia, o Edital da Câmara Municipal de Lisboa, de 19 de Junho de 1933, atribui à praça aí existente o nome de "Praça das Colónias". Três semanas depois, em 06 de Julho de 1933, em nova deliberação camarária, a denominação da "Praça das Colónias" é alterada para "Praça do Ultramar", onde se referem também os seguintes topónimos, segundo a ordem do Edital: Rua de Angola, Rua de Moçambique, Rua da Guiné, Rua do Zaire, Rua da Ilha do Príncipe, Rua de Cabo Verde, Rua da Ilha de São Tomé, Rua de Macau e Rua de Timor.


Identificação das cinco ex-colónias portuguesas do continente africano e a data da sua independência 

 (Fonte: adapt. de www.elo.pro.br/cloud/aluno/atividade.php?id=2062&etapa=0), com a devida vénia.)

Após o "25 de Abril de 1974" a "Praça do Ultramar", cuja nomenclatura remetia para o Estado Novo o domínio colonial, voltou a ter uma nova designação: "Praça das Novas Nações", atribuída pelo Edital de 17 de Fevereiro de 1975, tomando o Bairro o mesmo nome de "Novas Nações". 

Esta alteração da toponímia de Lisboa foi a forma que o Município da Capital escolheu, na sequência do fim da Guerra Colonial, para homenagear as cinco novas nações no continente africano (ex-colónias) identificadas na infografia acima: Guiné (independência declarada unilateralmente em 24 de Setembro de 1973 e reconhecida em 10 de Setembro de 1974), Moçambique (25 de Junho de 1975), Cabo Verde (5 de Julho de 1975), São Tomé e Príncipe (12 de Julho de 1975) e Angola (11 de Novembro de 1975).





Foto da "Praça das Colónias" (1933), depois "Praça do Ultramar" (1933) e, agora, "Praça das Novas Nações" (1975), da autoria de Sérgio Dias; com a devida vénia.

Termino, agradecendo a atenção dispensada.
Com um forte abraço de amizade e votos de muita saúde.
Jorge Araújo.
10MAR2020
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domingo, 17 de novembro de 2019

Guiné 61/74 - P20356: Roteiro de Bissau: fotos de c. 2010, de um amigo do Virgílio Teixeira, empresário do ramo da hotelaria - Parte II


Guiné-Bissau > Bissau > c. 2010 >  Foto nº  31


Guiné-Bissau > Bissau > c. 2010 >  Foto nº  23 

Guiné-Bissau > Bissau > c.  2010 >  Foto nº  26



Guiné-Bissau > Bissau > c.  2010 >  Foto nº  21


Guiné-Bissau > Bissau > c.  2010 >  Foto nº   22


Guiné-Bissau > Bissau > c.  2010 >  Foto nº  30


 Guiné-Bissau > Bissau > c.  2010 >  Foto nº  27


Guiné-Bissau > Bissau > c.  2010 >  Foto nº  24


Guiné-Bissau > Bissau > c. 2010 >  Foto nº 25


Guiné-Bissau > Bissau > c. 2010 >  Foto nº   28


 Guiné-Bissau > Bissau > c. 2010 >  Foto nº 20


1. Continuação da publicação de uma seleção de fotos, na posse do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69). 

Foram-lhe enviadas, sem legendas,  por um português, das suas relações,  empresário do setor hoteleira, que ele de momento não está autorizado a identificar. São fotos, muitas delas aéreas, com interesse documental para aqueles, como nós, que conheceram Bissau, que continuam a lá ir ou querem ainda lá ir.  As fotos devem ter sido tiradas no início da década de 2010, e algumas serão mais antigas. Mas são de alguém que ama muito a cidade de Bissau...onde vive. E onde a gente vive é a nossa terra!...

É de recordar aqui, a propósito das fotos de Bissau de hoje e de outros lugares da Guiné-Bissau, o que escreveu a nossa amiga Adelaide Barata Carrêlo, quando lá voltou em novembro de 2015: 

"Gostaria de te contar uma conversa que tive com um colega do meu filho de Bambadinca - ele diz que os poucos turistas que vão à Guiné, gostam de tirar fotos ao que há de mais desagradável, explorando a imagem do lixo, da pobreza, etc. Pelo respeito que tenho a esta gente, pelo amor que tenho a esta terra, pelo sonho de lá voltar, não esperem de mim tais imagens. Eu sou assim!!!!"...

Legendas (da responsabilidade do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné

Nº 20 - À esquerda, o edifício do Hospital Nacional Simão Mendes, na  Rua Eduardo Mondlane, que vai ter ao cemitério municipal.

Nº 21 - Bissau Velho, praça do Pindjiguiti, instalações portuárias,

Nº 22 - Em primeiro plano, o Hotel Coimbra, nas traseiras da Catedral... (Era o antigo edifício do estabelecimento Nunes & Irmão Lda).

Nº 23 - Baixa, com duas grandes artérias: a Av Amílcar Cabral (que desce até ao porto) e Rua Eduardo Mondlane (a antiga Rua Eng Sá Carneiro) que a interceta; em primeiro plano, reconhece-se a Catedral, com o recinto bem delimitado por um muro branco; e antes o edifício Coimbra Hotel e Spa (em forma de U).

Nº ´24, 25, 27 - O edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones. O projeto de arquitetura do edifício, foi desenhado por Lucínio Cruz (Gabinete de Urbanização Colonial ) em 1950, tendo o mesmo arquiteto elaborado o projeto definitivo em 1955. Fica localizado na Av Amílcar Cabral, frente à Catedral.

Nº 26 - O cais do Pindjiguiti, o porto, as instalações portuárias, a marginal (Av 3 de Agosto), Bissau Velha, o Geba, o ilhéu de Rei... A Av Amílcar Cabral desemboca na Praça Pindjiguiti, onde se monumento com o busto do "pai da Pátria", Amílcar Cabral... Na altura em que a foto foi tirada, ainda não existiria o monumento Mon di Timba ou Sinku Dedus, no lado direito da praça do Pindjiguiti.

Nº 28 -  O  edifício do Hotel Coimbra, na Av Amílcar Cabral, 1082, à direits de quem sobe. O sítio Kalma Soul, guia turístico sobre a Guiné-Bissau, diz o seguinte ssobre este conceituado hotel de 3 estrelas:



Bissau > Av Amílcar Cabral (antiga Av República) > Foto do estabelecimento de Nunes & Irmão Lda, hoje Hotel Coimbra. Cortesia da página do Facebook de Hotel Coimbra
"Um hotel no centro da cidade, junto a Catedral de Bissau. Oferece aos hóspedes um espaço com piscina, ginásio, spa e também sala de reuniões para os hóspedes em viagem de negócios. O restaurante do hotel tem um buffet variado e segundo os hóspedes, muito saboroso. O pequeno almoço é servido num bonito e bem tratado jardim. O hotel fica a poucos metros de locais que merecem a sua visita, como por exemplo, o do Porto de Bissau, a zona mais antiga da cidade, Bissau Bedjo e a Praça dos Mártires de Pindjiguiti."

Tem também uma livraria, a livraria Coimbra. O Hotel está instalado no antigo estabelecimento, um dos mais importantes ds época colonial, Nunes & Irmão Lda.  O negócio continua na família há 3 gerações.

Nº 30 - Troço da Av Amílcar Cabral

Nº 31 - Av Amílcar Cabral (antiga Av República), Baixa, Porto de Bissau, Amura (à esquerda), Catedral (Torres) (em primeiro plano)



Guiné-Bissau > Bissau >  3/11/2015 > Praça dos Mártires de Pindjiguiti (acabada de  inaugurar em  em 3/8/2015, depois de um a polémica requalificação)... O grupo escultórico também é conhecido por  Mom di Tima ou Sunku Dedus.  Os nomes de cerca de 6 dezenas de marinheiros e outros trabalhadores portuários, que foram mortos na sequência da repressão da greve de 3 de agosto de 1959, foram gravados no monumento, por iniciativa da CM de Bissau.

Foto: © Adelaide Barata Carrêlo (2016). Todos os direitos reservados.[ Edição e legendagen: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.




Cortesia de Vd. Milheiro, Ana Vaz, e Dias, Eduardo Costa - A Arquitectura em Bissau e os Gabinetes de Urbanização Colonial (1944-1974). usjt - arq urb , nº 2, 2009 (2º semestre), pp.80-114 [Disponível aqui em pdf ]  


quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Guiné 61/74 - P20344: Roteiro de Bissau: fotos de c. 2010, de um amigo do Virgílio Teixeira, empresário do ramo da hotelaria - Parte I


Guiné- Bissau > Bissau > c.  2010 > Vista aérea do centro histórico: Av Amílcar Cabral (, antiga Av da República, que partia da Praça do Império), ao fundo o cais do Pidjiguiti (ou Pindgiguiti, como se escreve agora...), o porto de Bissau,  o ilhéu de Rei... Em primeiro plano, à esquerda, parece-me o edifício da administração civil da época colonial, hoje é a sede o ministério da Justiça.  O edifício a seguir, branco, no cruzamento da Av Amílcar Cabral com a Rua 19 de Setembro é a RTP África.


Foto nº 2 > Guiné- Bissau > Bissau > c. 2010 > Vista aérea do centro histórico: Av Amílcar Cabral (, antiga Av da República, que partia da Praça do Império). Em primeiro plano, a Catedral de Bissau.


Foto nº 11 > Guiné- Bissau > Bissau > c.  2010>  A fachada da Catedral de Bissau (ou  Sé Catedral de Nossa Senhora da Candelária). Foi consagrada em 1950. E em 1977 passou a ser a sede da diocese de Bissau, criada nesse ano.


Foto nº 6 > Guiné- Bissau > Bissau > c.  2010 > CEIBA Hotel Bissau | Um hotel de 4 estrelas, sito na Av dos Combatentes da Liberdade da Pátria.


Foto nº 4 > Guiné-Bissau > Bissau > c.  2010 >  Av Amílcar Cabral (, antiga Av da República), ao fundo o Palácio Presidencial e a Praça dos Heróis da Liberdade da Patria (, antiga Praça do Império). O antigo palácio do Governador ardeu na sequência da guerra civl de 1998/99, tendo sido posteriormente reconstruído pela República Popular da China.(sem grande respeito, diga-se de passagem, pela traça original).


Foto nº 4 > Guiné-Bissau > Bissau > c.  2010 >   Em segundo plano, à direota, o Hospital Nacional Simão Mendes, na Av Pansau na Isna, paralela à Av Amílcar Cabral.


Foto nº 5 > Guiné-Bissau > Bissau > c.  2010 > Bissau Velho,  o forte da Amura (hoje Panteão Nacional), o porto, o ilhéu do Rei...


Foto nº 12 > Guiné-Bissau > Bissau > c.  2010 > Porto de Bissau...


Foto nº 8   > Guiné.Bissau > Bissau > c.  2010 > Ao centro, o Palácio Colinas de Boé, sede da Assembleia Nacional Popular (Parlamento),sito na Av Francisco Mendes... O edífício, de arquitetura moderna,  foi construida pela China. Foi inaugurado em 2005. à esquerda, frente ao Palácio Colinas do Boé, fica o CEIBA Hotel.


Foto nº 7   > Guiné.Bissau > Bissau > c. 2015/16/17 > Mais uma vista aérea da cidade, com o CEIBA Hotel à direita, na Av Francisco Mendes. Há aqui um rotunda, no lado direito, vem a Av Brasil, depois continuada pela R Ermelinda Gomes.


Foto nº 9 > Guiné-Bissau > Bissau >  c. 2010 > Av Combatentes da Liberdade da Pátria  > Veja-se o caos do trânsito. Esta avenida é a que nos leva até ao aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, a uma  distância de 7,5 quilómetros.

(...) "Começa-se a entrar nos bairros periféricos e extremamente populosos de Bissau como o Bairro da Ajuda, o Bairro Militar ou o Bairro do Quelelé.

Sem se sair da avenida de duas faixas de cada lado (muitas vezes três!), e já depois de passar a Rotunda da Chapa de Bissau, encontra-se do lado direito a Grande Mesquita de Bissau. Mais à frente, do lado esquerdo, a Embaixada da União Europeia e de alguns países, a sede do BCEAO (Banco Central dos Estados da África Ocidental), o Palácio da Justiça e o complexo que acolhe o gabinete do Primeiro-Ministro e alguns dos ministérios governamentais – a Primatura" (...). Fonte: Guia Turístico: À descoberta da Guiné.Bissau, 2ª ed. revista e atualizada. (Da autoria de  Joana Benzinho e Marta Rosa | Afectos com Letras - ONGD, 2018, 176 pp.)


Foto nº 6  > Guiné-Bissau > Bissau >  c. 2010 > Antigo edifício da UDIB - União Desportiva Internacional de Bissau, sita na Av Amílcar Cabral, do lado esquerdo de quem desce da antiga Praça do Império.


Foto nº 10  > Guiné-Bissau > Bissau >  c. 2010 > Parece ver-se ao centro o "relvado" do Estádio Lino Correia.

Fotos:  © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69):

Data - 7/11/2019, 12h49

Assunto - Fotos da Guiné-Bissau, da década de 2010

Luís:

Estas fotos, com vistas aéreas de Bissaum, são de um amigo meu... Têm interesse ? Se sim, publica...

Pois, o pior são as legendas.

Trata-se de um amigo que ainda espera que eu vá lá à Guiné, com tudo pago e "chauffeur" privativo.

Eu tenho mais de 100 fotos, nem sei, que ele me mandou...  Talvez mais, são minhas, para meu uso, os créditos fotográficos vou ter de lhe perguntar se ele quer ver aqui o seu nome e do seu Hotel e Restaurante.

Foram enviadas por email, em lotes de 40 e mais, por isso devo ter mais de uma centena.

Mas não sei descarregar de uma forma fácil, estas tive de as editar uma a uma e guardar numa pasta o que é muito chato de fazer. 

Não sei como arranjar mais desculpas para me furtar à tal viagem à Guiné, pois já não tenho idade para isso.

Quem nunca mais lá voltou mais, nomeadamente a Bissau, vai ter algum curiosidade em ver como é a cidade hoje, mais de meio século depois... Há ainda alguns pontos de referência fáceis de identificar: a Catedral, o antigo Palácio do Governador,  a Amura, o porto... Podes numeras as fotos e acrescentar as legendas que entenderes... Estiveste lá em 2008, ainda te lembras de alguma coisa... Eu só lá voltei em 1984 e 1985...

Um abraço para todos,
Virgílio Teixeira