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segunda-feira, 2 de junho de 2025

Guiné 61/74 - P26874: Efemérides (456): Comemoração do 99.º aniversário do Núcleo de Torres Vedras da Liga dos Combatentes e homenagem aos antigos combatentes do Concelho (João Rodrigues Lobo, ex-Alf Mil)



1. Mensagem do nosso camarada João Rodrigues Lobo, ex-Alf Mil, CMDT do Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, 1968/71) com data de 1 de Junho de 2025:

Boa tarde,
Esta manhã, ocasionalmente, assisti à cerimónia do Núcleo da Liga dos Combatentes de Torres Vedras, que comemorou 99 anos, e prestou homenagem aos mortos deste concelho, condecorando também alguns ex-combatentes.
Este Núcleo (do qual não sou associado) ao que tenho acompanhado pelo jornal Badaladas, tem várias actividades e convívios.

Aproveitei para uma pequena reportagem fotográfica que, julgo, terá interesse para publicar no Blog, presumindo que esta intromissão será bem recebida por este Núcleo.

Grande abraço
João Rodrigues Lobo


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Nota do editor

Último post da série de 9 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26784: Efemérides (455): Cerimónia da inauguração do Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, do Dia do Combatente e do 16.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, levadas a efeito no passado dia 3 de Maio de 2025 (Carlos Vinhal)

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26837: Convívios (1030): Crispins & Crisóstomos + Amigos & Camaradas da Guiné, Convento do Varatojo, Torres Vedras, domingo, 25 de maio 10h00 (João e Vilma Crisóstomo, Nova Iorque)


Torres Vedras > Mosteiro de Santo António do Varatojo > Claustro > "O Mosteiro de Santo António do Varatojo foi fundado por D. Afonso V em 1470, como cumprimento de uma promessa que o monarca havia feito a Santo António, pedindo auxílio para as campanhas do Norte de África. O rei compraria a quinta que posteriormente constituiu a cerca do mosteiro, oferecendo-a à comunidade de franciscano deslocados do Convento de São Francisco de Alenquer para habitarem o novo cenóbio. Em 1474 as obras estavam quase terminadas, pelo que em Outubro desse ano os frades inauguraram o espaço. (...). Classificiado como MN. Monumento Nacional em 1910" 

(Fonte: Património Cultural | DGPC)

Foto: Cortesia da RHLT - Rota Histórica das Linhas de Torres


1. O João e a Vilma estão em Portugal, depois de uma estadia na Eslovénia, em mais extamente em Brestanica, terra da Vilma. 

Regressam a Nova Iorque no dia 3 de junho. Mas até lá ainda querem estar com os "primos" Crisóstomos e Crispins, no dia 25 deste mês, domingo. 

Marcaram encontro no convento de Santo  António do Varatojo, no concelho de Torres Vedras (*):

(...) Depois da Missa das 10.30 AM  de domingo,  dia 25 de maio, reunimo-nos no claustro para  um abraçø.  Era para ser mesmo só um abraçø , sem nada mais. Mas  do Varatojo mesmo ofereceram-me: se quisermos, que podem pôr lá  uma ou duas  mesas para um refresco etc…

 Por isso vou aproveitar: eu vou lá pôr um “alguidar” de salada de fruta , uns biscoitos e um refresco qualquer . E se alguém quiser trazer algo "para compartilhar” …


Estou a pensar  pôr no recinto de  entrada  (onde tem a campainha) uma  mesa para “recolha” , para o caso de alguém querer trazer alguma coisa não ter de o levar para dentro da Igreja….  

Isso não impede que quem quiser "mais e melhor" pode ir almoçar aos restaurantes por ali perto" (...)

 2. O convívio é aberto aos "amigos e camaradas da Guiné" (**), como já tem acontecido noutros anos, e nomeadamente o último, em 2018 (***) . Eis a última mensagem, de ontem  que o João me mandou:

Data - quinta, 22/05/2025, 06:47

(...) Fui ontem (quarta feira ) ao Convento de Varatojo para acertar “logísticas” uma vez que vai lá estar também um outro grupo no mesmo dia 25. Vai haver muita gente, mas ”arranjei tudo” …e está tudo tudo certo.

Importante:

A maneira mais fácil para entrar/chegar ao Convento (e também para estacionar) é entrar pelo portão grande ( que vai estar aberto a partir das 09.30 AM) por onde se tem de passar (único acesso para carros) ao chegar ao Convento.

Desse estacionamento há acesso fácil para o claustro e Igreja. Desta maneira evita-se o uso dum conjunto de escadas (muitos degraus e difíceis) a quem quiser entrar pela porta principal no lado da frente.

Permito-me sugerir que cheguem cedo. A Missa é às 10.30 AM , mas vai haver muita afluência: para estacionar e para se conseguir um "lugar sentado” é mesmo preciso chegar cedo, se possível antes das 10.00 AM.

Vou tentar ligar( já tentei…) mas o meu telefone mostra sempre as chamadas como provenientes da Cochichina (Polónia, Chipre, Inglaterra…) e as pessoas não apanham…

Aguardo com antecipação...
Um grande abraçø, João.



3. Como chegar ao Convento do Varatojo ?

Ver aqui no Google Maps
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 10 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26669: Tabanca da Diáspora Lusófona (32): Encontros em 25 de maio (Convento do Varatojo, Torres Vedras) e 29 (Tabanca da Linha, Algés) (João Crisóstomo, régulo)

(***) Vd. poste de 24 de setembro de 2018> Guiné 61/74 - P19039: Convívios (875): Paradas Party, do João Crisóstomo: 16 de setembro de 2018... Foi bonita a festa, pá!

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Guiné 61/74 - P24358: Convívios (964): Rescaldo do 24.º Encontro dos Tigres - CCAV 8351 (Cumbijã, 1972/74), levado a efeito no passado dia 29 de Abril em A-dos-Cunhados - Torres Vedras (Joaquim Costa, ex-Fur Mil)



24.º ENCONTRO DOS TIGRES

Após quatro anos de interregno devido à pandemia, Os Tigres reuniram-se de novo para conviver e relembrar aqueles dois anos que nos uniram como uma FAMÍLIA para toda a vida!

Devido a esta interrupção, a reunião só não correu mais brilhante porque houve muitas ausências relativamente aos que já era natural reunirem. Uns por motivos de doença, outros por outros compromissos já assumidos não puderam estar presentes.

Mesmo assim, juntámos 34 combatentes. Todos os ausentes foram por diversas vezes focados com saudade e com a certeza que para o ano seremos muitos mais!

A ausência mais sentida foi a do nosso Timoneiro e Capitão Vasco da Gama! Para o ano, Deus o permitindo nos reuniremos de novo!

Esteve também entre nós como convidado de honra, o nosso amigo Saido Baldé, filho da nossa Cumbijã e irmão do atual Chefe da Tabanca e Régulo de Cumbijã Sr Serifo Baldé.

Foi MUITO BOM estarmos juntos!

As mulheres dos Tigres
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Nota do editor

Último poste da série de 31 de Maio de 2023 > Guiné 61/74 - P24356: Convívios (963): Coimbra, 27mai2023, 50.º convívio da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime 1971/74): "Balada de Despedida", voz: Firmino Ribeiro

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Guiné 61/74 - P24258: Convívios (956): A CCAÇ 2381 comemorou o seu regresso no 9 de Abril de 1970, fazendo o seu 30.º Almoço / Convívo no dia 15 de Abril, em Torres Vedras (José Teixeira, ex-1.º Cabo Aux Enfermeiro)



A CCaç 2381 comemorou o seu regresso, que se concretizou em 9 de Abril de 1970, fazendo o seu 30.º Almoço Convívio

Comemorar o regresso é regressar ao passado

Os militares da CCaç 2381 chegaram a Lisboa no dia 9 de abril de 1970, depois de cerca de vinte e quatro meses, perdidos nas entranhas da Guiné, onde viveram bons e maus momentos, como toda a gente a quem foi imposto combater no Ultramar.

Retirados do Niassa e encafuados numa LDM, seguiram pelo Rio Cacheu acima até S. Vicente, onde foram largados, tendo a LDM partido de imediatamente para aproveitar a maré.

Ali ficámos, sem armas, melhor dito, com armas novinhas em folha, mas sem munições, à espera de que nos viessem buscar. Ainda foram umas horas, se bem me lembro. Alguém lembrou ao capitão que podíamos ser atacados e logo este determinou que nos colocássemos em posição de defesa, por pelotão, distribuindo algumas armas, até que se ouviu: para quê meu capitão, se não temos munições?!

Por fim ouvimos o roncar dos motores, e lá se aproximaram os “velhinhos” que vinham de Ingoré para nos transportarem. Soltaram toda a passarada e só se ouvia Piu! Piu! Salta periquito, salta! Piu! Piu!

Já na LDM, os fuzileiros também ensaiaram esta música, apontando o dedo indicador, mas muitos nós estávamos como anestesiados com a expectativa do que nos podia acontecer e não ligámos, mas agora era um coro de passarada, que começou por incomodar, para, logo, passar a forma de conviver, como que nos dando a boas-vindas.

Cansados de Ingoré, fomos enviados para Aldeia Formosa, passando por Buba onde sofremos o batismo de guerra. Vimos e sentimos a dor e o sofrimento dos que caíram feridos e chorámos um camarada que faleceu por falta de apoio aéreo para o transportar para o Hospital em Bissau. Foram cerca de trinta e seis horas de inferno para chegar ao destino, a trinta quilómetros de distância, mas chegámos e por ali nos quedámos oito meses, repartidos por Aldeia Formosa, Mampatá Forreá e Chamarra. 

Foi um longo estágio a fazer segurança às populações e colunas de reabastecimento de Buba a Aldeia Formosa e daqui até Gandembel, com “manga di sakalata” pelo meio, com feridos e mortos, ou seja, muito sangue, suor e lágrimas, mas também com alegrias, sobretudo, a alegria de sentirmos a vida a pulsar depois de ultrapassados os acontecimentos.

Depois voltámos a Buba, porque estava nos planos de quem mandava, abrir uma estrada nova de ligação, e era necessário criar as condições de segurança. Estávamos bem treinados! Foi um tempo de sofrimento que se iniciou em janeiro de 1969 em Buba, passando por Samba Sabali, voltando a Mampata Forreá. 

Montar segurança à construção era a nossa missão que repartíamos com a segurança a Buba. Nesta missão estavam embrulhadas três Companhias Operacionais, a saber: a CCaç 2317, a CCaç 2381 e a CCaç 2382, dois grupos de combate da 15.ª Companhia de Comandos e um Departamento de Fuzileiros, e o inimigo que não nos dava descanso.

O cansaço foi se apoderando desta gente toda. A CCaç 2381 chegou a estar reduzida a 36 operacionais. Deixo aqui os nossos profundos agradecimentos ao médico João Carlos de Azevedo Franco, o nosso “anjo da guarda”, que tudo fez para nos proteger, obrigando os comandos em Bissau a rever a estratégia, ao ponto de enviar uma Junta médica para avaliar o nosso estado de saúde física e psíquica, que apenas confirmou a posição do médico Azevedo Franco. Felizmente para ele, que não sofreu a “porrada” que lhe fora prometida e para nós que fomos sendo substituídos aos poucos. 

Metade da CCaç 2381 partiu para Empada revezando-se após algum tempo de descanso. Até o próprio Comandante-Chefe, António de Spínola, se dignou aparecer por lá para nos dar mais uma lição de patriotismo e apelando para que quando nos dessem a comer massa com massa, imaginássemos um belo prato de “meia desfeita” num restaurante de Lisboa (creio que ele gostava muito deste prato ) e comêssemos tudo! - porque o importante era sobreviver naquele inferno (digo eu), enquanto incitava o médico a injetar-nos umas “picas” (gostei do gesto que fazia insistentemente, porque o gesto é tudo). Aponta Bruno! - ordenava ele. Ao qual o médico respondia: O que eles precisam é carne e peixe!... e tempo de descanso! E o outro insistia com o gesto e, oito dias depois, chegou, um grosso volume de medicamentos (“picas”), que tiveram de imediato o selo - remeter à procedência por não ter sido solicitado.

Felizmente, em novembro de 1969, juntámos a Companhia toda, em Empada e em fevereiro de 1970 partimos para Bissau com destino a Lisboa, que só se processou no dia 2 de abril, com o sentido de missão cumprida.

Não regressámos todos. Três de nós partiram antes do fim da Comissão, para o eterno aquartelamento. Com que dor os vimos partir! Dois deles feridos mortalmente pelas armas do inimigo e um terceiro por incúria própria.

Alguns regressaram antecipadamente devido a ferimentos e outras causas. Os que regressaram, voltaram às suas terras, às suas famílias, ao mundo que tinham abandonado e tentaram refazer a vida e recuperar o tempo perdido.

Em 1990, a saudade foi se apoderando de alguns e ouve um toque a reunir, que juntou quarenta e cinco Maiorais. A partir desse encontro, todos os anos se promoveram encontros que nos foram permitindo reencontrar Maiorais perdidos na selva da vida. Muitos desligaram-se completamente da tropa, CCaç 2381 – Os Maiorais, dos amigos e nunca deram sinal de vida. Outros foram aparecendo, para dar força à razão que nos fazia correr para o local de encontro. Quase todos os anos tem havido surpresas de alguém que aparece ou dá sinal de vida e por vezes (infelizmente muitas) o sinal de morte, porque o tempo não perdoa.

Este ano, depois de três anos perdidos devido à pandemia, voltamos a encontrarmo-nos no dia 15 de abril para comemorarmos o regresso e a vida. Desta vez em Torres Vedras no restaurante da Quinta ValOásis.

Éramos muitos, talvez poucos, os que ousaram desafiar os contratempos e as maleitas que nos apoquentam, vinte e cinco ao todo, e respetivas famílias num total de 64 pessoas. Registámos as ausências de quem tinha vontade de vir ao Encontro Convívio, mas… as pernas já não aguentam, ou a cabeça, ou a doença que se vai apoderando… Por vezes outros compromissos inadiáveis com a família. É a esposa que não ajuda, pelas mesmas razões, ou o filho/filha que não está para doar uma tarde bem passada ao pai… é o aniversário de um neto, ou o casamento de uma sobrinha…

Registámos também os que ousaram dar sinal pela primeira vez, mas que não puderam estar presentes. Sejam bem-vindos, Hélder Luciano, José Silva, Joaquim Fino e Custódio Mendeiros.

Para o ano há mais e desta vez será em Fátima, por várias razões em que sobressai a facilidade de transportes e a Fé que ainda faz mover muitos de nós e dos nossos familiares que nos acompanham.

Foto 1 - Maiorais presentes
Foto 2 - um grupo de Maiorais prontos para o combate de faca e garfo
Foto 3 - Os ex-furriéis J.Manuel Silva e J.Manuel Samouco com o J.Teixeira um dos enfermeiros da Companhia
Foto 4 - A alegria contagiante dos presentes
Foto 5 - A partilha do bolo com a ajuda da Sara Silva - Filha do Silva do Algarve
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Nota do editor

Último poste da série de 22 DE ABRIL DE 2023 > Guiné 61/74 - P24240: Convívios (955): 38º Encontro Nacional dos Ex-Oficiais, Sargentos e Praças, BENG 447, Brá, Guiné: Caldas da Rainha, 20/5/2023... E ainda: almoço-convívio dos Antigos Aunos do Externato Ramalho Ortigão (ERO), também nas Caldas da Rainha, a 6/5/2023 (João Rodrigues Lobo)

quarta-feira, 29 de março de 2023

Guiné 61/74 - P24174: In Memoriam (474): Domingos Miranda (1947 - 2023), ex-fur mil op esp, CCAÇ 2549, comandada pelo cap inf Vasco Lourenço (Cuntima e Farim, 1969/71)... Funeral, hoje, dia 29/3/2023, pelas 16h00, em Torres Vedras (Eduardo Estrela)






1. Mensagem do nosso amigo e camarada Eduardo Estrela (ex-fur mil at inf, CCAÇ 14, Cuntima e Farim, 1969/71; vive em Cacela Velha, a jóia da Ria Formosa, cantada por Sophia):

Data - 27 mar 2023, 13:49

Assunto - Mais um companheiro que parte

Boa tarde, Luís!

Acabo de receber a triste notícia do falecimento do camarada Domingos Miranda, através do seu filho Bruno Miranda.

O Domingos Miranda era o fur mil op esp da CCAÇ 2549/BCAÇ 2879 (Cuntima e Farim, 1969/71). comandada pelo cap inf Vasco Lourenço.

Estivemos juntos em Cuntima e, quando o meu grupo de combate reforçou a 2549 em Dezembro de 1970, era na cama dele que eu dormia dado o facto do grupo dele estar no K3 na margem esquerda do Cacheu.

Julgo que será justo prestarmos a um homem que deixou na Guiné dois bons anos da sua juventude, uma última homenagem, agradecendo eu desde já e em nome da família aos camaradas que possam estar presentes na despedida.(*)

Abraço fraterno e desejos, para ti, de continuadas melhoras.

Eduardo Estrela


 
Guiné-Bissau  > Região do Oio >  Farim > Nema > 2014 > Antigo quartel das NT, por onde passou a CCAÇ 2549. ["O monumento de Nema é da CCaç 2549 e tem lá o nome inscrito do seu comandante que deu o nome ao estádio que fica por trás: Vasco Correia Lourenço e muito mais. Basta consultar os postes que escrevi sobre o BCAÇ 2879". Legenda de Carlos Silva] (**)

Foto (e legenda): © Patrício Ribeiro (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 26 de fevereiro de 2023 > Guiné 61/74 - P24100: In Memoriam (473): António Cunha (Tony) (c. 1950 - c. 2022), ex-fur mil enf, 38ª CCmds, HM 241, CCS/BCAÇ 4514/72, e CCAÇ 6 (Bissau, Mansoa, Bolama e Bedanda, 1972/74): vivia nos EUA há mais de 40 anos (João Crisóstomo, Nova Iorque)


(**) Vd. poste de 17 de dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14042: Memória dos lugares (278): Antigos quarteis de Farim e Nema (Patrício Ribeiro, sócio-gerente da Impar Lda)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Guiné 61/74 - P22855: O meu sapatinho de Natal (22): "E...o tempo passa!" (José Belo, Key West, Florida, EUA)... Ou o tempo devora-nos, Zé ?! ... Como devorou os castrejos do Zambujal... (Luís Graça)




1. "E...o tempo passa!", diz o José Belo, que nos manda este "cartanito"  com a paisagem 
fantasmagórica fixada pela objetiva de um fotógrafo presumivelmente lá da sua terra de adoção, Lapónia, Suécia... 

Mas ele agora está na terra do Tio Sam, com a família. E não se esqueceu de nós nas suas "orações" natalícias:

"Para todos os Amigos e Camaradas os Votos de um Bom Novo Ano!

Um abraço do J.Belo"....


2. E eu respondi-lhe, em meu nome, mas também da Tabanca Grande:


"Bolas, José!.. Já estamos em 2022!...O tempo devora-nos. Espero que tenhas tido uma festa de Natal "quentinha", rodeado daqueles que amas e que te amam, filhos, netos, amigos... Obrigado pelo teu "cartanito" de Key West...

Depois de um 'annus horribilis' de 2021, recebi uma bela 'prenda de Natal': estou na lista para ser operado, talvez já em janeiro... Com uma prótese no joelho, espero poder livrar-me (?) das 'canadianas' e ter mais autonomia para andar, passear e viajar... Vamos ver. Estou moderadamente otimista. (...)


E acrescentei mais o seguinte:

"Entretanto, há umas semanas atrás. a 3 de dezembro, em visita com uns amigos ao Museu Municipal de Torres Vedras, deparei-mec om uma grande foto do teu avô, Aurélio Ricardo Belo e o merecido (e devido) destaque ao seu papel pioneiro, juntamente com Leonel Trindade, na identificação e primeiras escavações do Castro do Zambujal. É ele que propõe, em 1944, a sua classificação como monumento nacional. Em 1993 foi ele que descobriu o povoado calcolítico do Penedo. Não resisto a enviar-te algumas fotos que fiz, mesmo penosamente, com canadianas...

Vai dando notícias. Tudo de bom para ti e família. Luis

PS - Penso que também já te enviei em tempos esta referência, uma nota biográfica do teu avô, Aurélio Ricardo Belo (Fundão, 1877- Lisboa, 1961)  cuja memória é bem recordada em Torres Vedras, e que tu ainda conheceste na tua adolescência.





Torres Vedras > Museu Municipal Leonel Trindade > 3 de dezembro de 2021 > Exposição em permanência > "Histórias do Zambujal: 50 anos do Instituto Arqeuológico Alemão em Torres Vedras". Foto de L.G. (2021)

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Nota do editor:

Último poste da série > 27 de dezembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22850: O meu sapatinho de Natal (21): Merry Christmas! (João Crisóstomo, Nova Iorque)

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Guiné 61/74 - P22595: Convite (16): Vilma e João Crisóstomo convocam as famílias Crispim & Crisóstomo, mas também amigos e camaradas, para um encontro no Mosteiro do Varatojo, Torres Vedras, domingo, dia 24/10/21, com missa às 12h30 por alma de todos os falecidos

 

Anúncio a publicar no jornal regionalista "Badaladas",  de Torres Vedras,
edição de 9 de outubro de 2021


1. Mensagem que o João Crisóstomo, a residir em Nova Iorque, e de momento de passagem por Portugal (com a Vilma, na Eslovénia), acaba de enviar a familiares, amigos e camaradas:

Caríssimo,

Conforme anúncio no "Badaladas", em anexo, este "encontro" tem uma dupla finalidade: reviver e alimentar a nossa amizade e ao mesmo tempo lembrar aqueles que nos foram/são nossos queridos e já nos deixaram.

Este será um momento para,  na celebração desta missa,  lembrarmos os Crispins e Crisóstomos; e todos os nossos amigos, especialmente aqueles com quem no passado partilhamos momentos na nossa vida em teatros de guerra ou em corredores de seminários, mas que são agora apenas saudosas memórias. 

 E em segundo lugar para aqueles com quem estamos ligados por amizades adquiridas depois ao longo das nossas vidas, podermos celebrar esta nossa amizade no claustro do nosso querido Varatojo (, convento do Varatojo ou mosteiro de Santo António, que remonta ao séc. XV, e éstá classificado como monumento nacional desde 1910).

Será um encontro/reencontro simples sem comes e bebes, mas que nos permite matar saudades causadas por longas ausências, devidas a distâncias físicas; ou, não sendo esse o caso, pelas circunstâncias da vida que, mesmo vivendo perto uns dos outros,   nos impõem separações como se estranhos fôssemos uns dos outros.

Para este reviver e alimentar amizades…esperamo-vos a todos de braços abertos. (*)

João e Vilma

2. Anterior mensagem do João Crisóstomo, dirigida ao editor do blogue:

Data - quinta, 23/09/2021, 03:14 



Assunto - Encontro no Varatojo, 24 de outubro de 2021


Caro Luís Graça,
 
Não tinha intenção de te escrever hoje, mas o decorrer do dia de hoje aconteceu ser para mim muito rico em memórias, na maioria relacionadas com a Guiné e camaradas que já nos deixaram. E por isso quase me sinto na necessidade de o fazer ainda hoje, enquanto as coisas ainda estão bem frescas 

Mas antes disso deixa-me falar-te dum encontro no Convento de Varatojo, de cuja intenção te falei há tempos.

Custar-me- ia imenso vir a Portugal e não ter possibilidade de ver/encontrar os meus familiares e amigos. É sempre essa uma das razões, senão mesmo a primeira, que me trazem a Portugal.

Mas as limitações impostas pela pandemia ainda não possibilitam fazer um encontro como tenho feito nos últimos 14 anos. Pelo que decidi desta vez cingir-me ao que fiz nas duas primeiras vezes em que reuni as minhas famílias Crisóstomo e Crispim.

 Nessas alturas pedi que fosse celebrada uma missa em que todos os membros destas duas famílias já falecidos fossem lembrados; ao mesmo tempo que dava a conhecer o evento, sugerindo que seria uma boa ocasião para um abraço entre nós, especialmente aqueles a quem eu de outra maneira não tinha tido ocasião de ver e cumprimentar.

No primeiro ano o encontro foi presidido por um padre, primo meu, e no segundo ano, na impossibilidade deste,  foi o Sr. Padre Melícias que celebrou esta missa.

Este ano vou fazer o mesmo. Será no dia 24 de Outubro, Domingo, às 12.30. Já falei com o Padre Melícias, que assumiu as funções de superior do convento depois da morte do P. Castro no ano passado. 

Depois da missa, embora sem os costumados comes e bebes, teremos ocasião de nos podermos encontrar, observando as directivas necessárias no que respeita à Covid-19. O cclaustro é grande, céu aberto, quase como se estivéssemos num grande jardim ou no meio da mata.

Além dos meus familiares falecidos eu vou incluir os meus colegas de seminário e amigos/camaradas da Guiné. 

Portanto. estão todos convidados. Até porque alguns destes estão ou pertencem a ambos grupos. Como seja o caso do Francisco Figueiredo, que foi depois da Guiné, foi comandante da TAP, ou o caso dum primo meu, natural do Sobreiro Curvo, José Carlos Vieira Martinho, cuja triste história, enviada pelo nosso saudoso Eduardo, foi contada no poste P 19824, no dia 25 de maio de 2019 (**). Sobre ela tu comentaste:

"Eduardo: uma história terrível, como muitas outras que aconteceram na Guiné. Só que esta tocou-te, e de que maneira, a avaliar pelas tuas palavras sentidas. Fizeste bem em reconstituir esta história. Também precisavas de fazer o luto... Andaste meia vida para contar, em público, esta perda trágica do teu amigo e vizinho".

Acabei, entretanto, de visitar Coimbra (incluindo o cemitério da Conchada) e o Bussaco, e isso despertou em mim um rio, irrepremível, de emoções e memórias, nomeadamemte em relação a amigos e e camaradas da Guiné, que já nos deixaram,   a cameçar pelo  Maldonado, cuja campa descobri,  mas também 
o Mano,  o Abna na Onça, o Queba Soncó, o Açoriano e outros que acabaram a sua vida nas terras da Guiné a par dos que, tendo voltado,   da lei da morte já entretanto se libertaram : o Zagalo, o Pires, o Rosales, o Eduardo… Falarei desta visita ao cemitério da Conchada, em Coimbra, em próximo poste.

É, por isso, que  o encontro em Varatojo não será só uma reunião dos meus familiares e amigos. Será antes uma "reunião familiar em sentido bem lato”, tão abrangente quanto o coração, memória e imaginação de cada um de nós o quiser fazer.

João Crisóstomo

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Notas  do editor:

(*) Último poste da série > 1 de outubro de 2021 > Guiné 61/74 - P22586: Convite (15): Encontro de ex-militares milicianos e amigos que estiveram directa ou indirectamente ligados à contestação antimilitarista e anticolonialista, dia 7 de Outubro de 2021 na Casa do Alentejo

(**) Vd. poste de 25 de maio de 2019 > Guiné 61/74 - P19824: Efemérides (302): Faz hoje 46 anos que morreu, na sequência de ferimentos em combate (, um estilhaço de RPG 7, ) o fur mil cav João Carlos Vieira Martinho, do EREC 8740/73, sediado em Bula... Era meu amigo e vizinho do Sobreiro Curvo, A dos Cunhados,Torres Vedras, e eu fui o último dos seus conhecidos a vê-lo, ainda com vida, mas já em coma profundo, no HM 241, em Bissau (Eduardo Jorge Ferreira, ex-alf mil da Polícia Aérea, BA 12, Bissalanca, jan 1973 / set 1974)

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Guiné 61/74 -P22274: O nosso livro de visitas (211): João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, PTE - Pelotão de Transportes Especiais, Batalhão de Engenharia nº 447 (Bissau, 1968/71)


Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Alguns dos camaradas que cumpunham o pelotão... Presumimos que o João Rodrigues Lobo é o elemento, de óculos, vestido à civil, na segunda fila (LG).


Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PT) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Alguns dos camaradas que cumpunham o pelotão...  O João Rodrigues Lobo  é  o elemento, de óculos, vestido à civil, na segunda fila (LG).



Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Mais uma foto de grupo.



Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Viaturas e motoristas


Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Revista das viaturas


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Guiné > Bissau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Imposição das Medalhas Comemorativas das Campanhas da Guiné, pelo comandante do batalhão, ten cor eng  JOão António Lopes da Conceição. Na fotio à direita, o alf mil João Rodrigues Lobo.


Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Joaquim Costa / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso leitor e camarada João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, PTE/BENG 447 (Bissau, 1968/71):

Data - 10 jun 2021 21:57
Assunto - Camaradas da Guiné


Bom dia,

Passei pelo vosso ou "nosso" blog e vi que Luis Graça é da Lourinhã, aqui tão perto de Torres Vedras onde resido e onde vou por vezes.

Navegando pelo blog,  vi algumas referências ao BENG 447 onde fui Alferes Miliciano de dezembro de 1968 a janeiro de 1971 ( 3 natais!).

Hoje, 10 de junho, ao ver as cerimónias militares, vendo os antigos combatentes, recordei-me daqueles tempos e dos meus camaradas.

Cinquenta e dois anos depois.  fui ver o meu álbum de recordações, de onde destaco as fotos que vos envio a seguir. Éramos todos um bocadinho mais novos mas talvez nos recordemos uns dos outros-

Todos deram o seu melhor contributo no Pelotão de Transportes Especiais (PTE) do Batalhão de Engenharia (BENG 447) onde a sã camaradagem prevaleceu.

E, até o tenente coronel Lopes da Conceição nos colocou a medalha comemorativa das campanhas da Guiné.

Julgo que os camaradas fotografados não se devem opor a que as fotografias saiam no vosso blog. (Eramos tão novinhos que já ninguém nos reconhece...).

Os melhores cumprimentos,
Rodrigues Lobo



Capa do livro "A Engenharia Militar na Guiné - O Batalhão de Engenharia". Coord. Gabinete de Estudos Arqueológicos da Engenharia Militar. Lisboa : Direcção de Infraestruturas do Exército, 2014, 166 p. : il. ; 23 cm. PT 378364/14 ISBN 978-972-99877-8-6. Índice da obra: ver aqui.

[Cortesia de Nuno Nazareth Fernandes].


2. Comentário do editor LG:

Meu caro João, Vejo que, para além da Guiné, temos mais afinidades. Como costumamos dizer, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!

Numa breve pesquisa na Net, verifiquei que foste condiscípulo do Jaime B, Serra, no Externato Ramalho Ortigão (ERO). O ilustre caldense tem meia dúzia de referências no nosso blogue. Há 4 anos atrás tive a oportunidade de o conhecer pessoalmente e o grato prazer de com ele partilhar fotos do nosso blogue, respeitantes aos expedicionários a Cabo Verde, durante a II Guerra Mundial, para a exposição do 1º centenário do escritor leiriense Manuel Ferreira (1917-1992), inaugurada no museu José Malhoa, Caldas da Rainha, em 18 de julho de 2017.

Independentemente disso, somos estremenhos, e vizinhos, tu de Torres Vedras, eu da Lourinhã.

Fico feliz pela tua visita e partilha de fotos do teu álbum. Estive no CTIG,  de finais de maio de 1961 a março de 1971, integrando uma companhia do recrutamento local, a CCAÇ 12, que esteve adida a Bambadinca (BCAÇ 2852 e BART 2917). Nos dias em que  lá dormia, dormia em excelentes instalações construídas pelo BENG 447, salvo erro em 1968...

Por outro lado, temos alguns camaradas   que pertenceram ao BENG 447, como o ex-cap mil art  Fernando Valente (Magro), que é de 1970/72, ou o Nuno Nazareth Fernandes, ex-alf mil, e também radialista no PIFAS) ou o José Nunes, ex-1º cabo mecânico auto electricista. 1968/70. 

Temos, na Tabanca Grande,  mais malta que passou pelo BENG 447, em 1971, como o Luís R. Moreira, ex-alf mil sapador, CCS/BART 2917. (No mesmo, e local, no reordenamento de Nhabijões, em 13 de janeiro de 1971, caímos os dois em duas minas anti-carro, diferentes,  no o espaço de duas horas...O Luís R. Moreira foi evacuado para o HM 241 e foi depois transferido para o BENG 447.)

Mas há mais malta que foi transferida para o BENG 447:  por exemplo, o Jorge Silva, ex-fur mil, CART 2716 / BART 2917 (Xitole, 1971/72) e depois BENG 447 (Bissau, 1972/73). Era de rendição inidvidual.

Por outro lado, podes ter estado, tu e/ou alguns dos homens do teu pelotão, "atascado", comigo, em 23/24 de novembro de 1969, na estrada Xime-Bambadinca, aquando do "transporte especial" da autogrua Galion, desembarcada no Xime e  destinada ao porto fluvial de Bambadinca. Foi a CCAÇ 12 que montou a segurança.







Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 (Bambadinca) > CCAÇ 12 (1969/71) > Estrada Xime-Bambadinca > 23 de novembro de 1 > A famosa autogrua Galion (*), desembarcada no Xime, em LDG, e fornecida pela Engenharia Militar para operar no porto fluvial de Bambadinca... Atascada, no final da época das chuvas... junto à bolanha de Samba Silate, antes de Nhabijões, dois topónimos de má memória para muitos de nós que andámos por aquelas paragens.

Fotos (e legendas): © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Nas fotos acima, estão assinalados, com cercadura a amarelo, dois oficiais que muito provavelmente seria do BENG 447, e que terão acompanhado o delicado transprote desta enorme autogrua, Vê-se um capitão em cima da Galion, em camisa de manga curta e quico camuflado. E na outra foto, de costas, um major, também de quico camuflado. Há uns amos atrás (*), pus a hipotese de ser o então  2º comandante do BENG 447... Sabemos, pela história do BCAC 2852 (Bambadicna, 1968/70), que por essa altura esteve lá, em serviço, esse oficial supeior....

João, queres acrescentar alho mais a esta legenda ?

Enfim, todo este paleio é só para reforçar o nosso convite para que fiques aqui, enter nós, por mais tempo, como membro (registado) da Tabanca Grande ... Entre vivos e mortos somos já 840...E tu pdoes ser o 841,se na volta do correio me mandares as duas fotos da praxe, tipo passe, uma do "antigamente"# e outra mais atual... Porque a tua apresentação, essa, está feita (***).

Mantenhas. Luís Graça



Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BART 3873 (1972/74) > Novembro de 1973 > Porto fluvial de Bambadinca > A autogrua Galion a operar.

A grua móvel hidráulica Galion 125 devia levantar cerca de 12,5 toneladas. Era construida pela famosa empresa norteamericana Galion Iron Works and Manufacturing Company, fundada em 1907, no Ohio. 

Foto (e legenda): ©  Jorge Araújo (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



3. Ficha de unidade > Batalhão de Engenharia n." 447 . [ Tem cerca de 9 dezenas de referências no blogue
 ]


Identificação: BEng 447
Cmdt:
TCor Eng João Carlos Câncio da Silva Escudeiro
TCor Eng Raul Brito Subtil
Maj Eng José Fernando Lopes Gomes Marques
TCor Eng Fernando Gouveia de Morais Branquinho
TCor Eng Bernardino Pires Pombo
TCor Eng João António Lopes da Conceição
TCor Eng Manuel Francisco Rodrigues Fangueiro
TCor Eng Alberto da Maia Ferreira e Costa

2.° Cmdt:
Maj Eng José Fernando Lopes Gomes Marques
Maj Eng Eduardo Luís Afonso Condado
Maj Eng Alípio António Piçarra Diogo da Silva
Maj Eng Luís António dos Santos Maia
Maj Eng Manuel Francisco Rodrigues Fangueiro
Cap Eng José Pedro de Sá Morais Marques
Maj Eng Manuel Augusto da Silva Dantas

Divisa: "Que a tamanhas empresas se oferece"
Início: OlJul64
Extinção: 140ut74

Síntese da Actividade Operacional

Foi constituído a partir de lJu164, integrando todos os elementos de Engenharia então existentes na Guiné, vindo sucessivamente a integrar uma companhia de comando, uma companhia de serviços, uma companhia de construções, uma companhia de Engenharia e um pelotão de transportes especiais e expedição, sendo considerada uma unidade da guarnição normal da Guiné.

O comandante do BEng foi simultaneamente comandante da Engenharia da Guiné e chefe da delegação do Serviço de Fortificações e Obras Militares.

Executou a construção e reparações em aquartelamentos de carácter permanente e semi-permanente, incluindo edifícios e construções especiais e de que e destacam edifícios de comando, casernas, armazéns de depósitos, paióis, oficinas, enfermarias e abrigos, bem como procedeu à electrificação de aquartelamentos e construção de centrais eléctricas e depósitos de armazenamento de água e ainda da rede dupla de arame farpado de Bissau.

Em colaboração com as Obras Públicas da Guiné, procedeu à construção de estradas com revestimento a alcatrão num total de 520 Km, dos quais 241,35 km competiram exclusivamente ao BEng, e ainda de 71 km de estrada sem revestimento de alcatrão e também as pontes de Saltinho e Bafatá.

Forneceu ainda a equipagem e manutenção das jangadas de João Landim, S. Vicente e Farim e ministrou a instrução e formação de pessoal indígena nas especialidades de pedreiro, carpinteiro, canalisador, electricista e operador de máquinas de terraplanagem.

Em 140ut74, após entrega das instalações e dos equipamentos, o batalhão foi desactivado e extinto.

Observações: Tem História da Unidade (Caixa n." 124 - 2ª Div/4ª Sec, do AHM - Arquivo Histórico Militar).

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 6.º Volume - Aspectos da Actividade Operacional: Tomo II - Guiné - Livro I (1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2014),
667/668.


Companhia Mista de Engenharia nº 447

Identificação CEng 447
Unidade Mob: RE 1 - Lisboa
Crndt: Cap Eng Fernando Edgard Collet-Meygret de Mendonça Perry da
Câmara

Partida: Embarque em 14Jul63; desembarque em 20Jul63
Extinção: Em OlJul64 (como subunidade independente)

Síntese da Actividade Operacional

Foi constituída pelo comando, um pelotão de equipamento mecânico, dois pelotões de sapadores e um pelotão de pontoneiros, este desembarcado em 22Abr63 , ficando instalada em Brá (Bissau).

Inicialmente, procedeu à construção do respectivo aquartelamento e iniciou o apoio de Engenharia ao CTIG, em especial na região de Bissau. O pelotão den pontoneiros garantiu ainda as ligações fluviais por barco em diversos pontos.

Em lJul64, foi integrada no BEng 447, então criado, passando a constituir a sua Companhia de Engenharia e sendo extinta como subunidade independente.

Observações: Não tem História da Unidade.

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 6.º Volume - Aspectos da Actividade Operacional: Tomo II - Guiné - Livro I (1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2014), pag. 567


(**) Vd. poste de 21 de novembro de 2014n > Guiné 63/74 - P13924: (Ex)citações (250): a autogrua Galion e o cais de Bambadinca, quatro anos depois, em novembro de 1973

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Guiné 61/74 - P21876: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (123): Fui descobrir que o Hospital de Torres Vedras fica na Rua Aurélio Ricardo Belo, médico militar e arqueólogo [Fundão, 1877- Lisboa, 1961] (José Manuel Samouco, ex-fur mil, CCAÇ 2381, Os Maiorais, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70)


1. Mensagem de José Manuel Samouco, ex.fur mil, CCAÇ 2381, Os Maiorais (Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada , 1968/70) 



Data - 9 fev 2021 14h34

Assunto - Tabanca Grande

Boa tarde, Luis:

Para tentar contrariar este tempo cinzentão e de prisão domiciliária,  envio a morada do Hospital de Torres Vedras. 

Certamente conheces a morada mas talvez não saibas que o Dr. Aurélio Ricardo Belo é, foi Avô do José Belo.

Se já sabias, esquece.

Pertencemos ambos aos Maiorais, CCaç 2381ç


Hospital de Torres Vedras

Unidade de Torres Vedras

Rua Dr. Aurélio Ricardo Belo

2560 - 324 Torres Vedras



Um abraço, José Manuel Samouco


2. Comentário de LG:

Olá, camarada, a última vez que nos vimos foi no nosso adorado PeraltaBar, na praia da
Peralta, Lourinhã, onde vamos comer choco frito e outros petiscos do mar,  feitos pelo nosso Vitor. Estou mesmo com saudades !... Mesmo que esteja só a 3 km de distância da nossa casa... Simplesmente  está fechado, com o raio desta pandemia... (De resto, já costumava fechar no inverno.)

Pois é, és bem aparecido. Aproveitas para fazer "prova de vida"... e eu, em resposta,  pergunto-te: "Então, e essas estórias dos Maiorais prometidas em 2006 ?" (*)... Não há problema, podes agora aproveitarar o confinamento pôr a escrita em dia...

Quanto ao avô do nosso cap inf ref José Belo, régulo da Tabanca da Lapónia... sim, sabia que se chamava Aurélio  Ricardo Belo (Fundão 1877- Lisboa, 1961), médico militar, reformado com o posto de major,  e co nhecido  arqueólogo, com nome de rua em Torres Vedras... 

Já em tempos tinha comentado com  o teu e nosso camarada José Belo esse pormenor biográfico, ele tem belíssimas recordações das férias passadas na casa dos avós em Maxial, Torres Vedras.  Não sabia exatamente onde era a rua, fico a saber. Estou-te grato pela lembrança...  (**)

O Centro Hospitalar Oeste, Unidade de Torrs Vedras. tem estado na berlinda por causa dos problemas decorrentes da pandemia de Covid-19, nomeadamente nesta 3ª vaga...

______________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 4 de abril de 2006 > Guine 63/74 - P659: Tabanca Grande: O ex-Fur Mil José Manuel Samouco da CCAÇ 2381 e o Major Fabião

(...) Apresenta-se o ex-furriel miliciano José Manuel Samouco, pertencente à Companhia de Caçadores 2381, "Os Maiorais", que passou pela Guiné entre Maio de 1968 e Abril de 1970.

Sou camarada de guerra do Zé Teixeira e, por ele viciado no blogue.

Feita a necessária mas sumária apresentação, venho, carregado de emoção, solicitar a devida autorização para me juntar a vós. Leitor atento, diário, emocionado, por tudo o que se escreve e mostra no blogue, senti hoje uma vontade enorme de me tornar participante de viva voz. (...)

Em próximos capítulos, não deixarei de contar algumas estórias em que me vi envolvido e das quais fazem parte o Homem que teimava em se fazer acompanhar sempre com um enorme cabo de vassoura!

Por hoje fico por aqui. O primeiro passo (normalmente o mais difícil) está dado. (...)

(...) Comentário de LG: Camarada Samouco: Não precisas de licença para entrar nem cartas de apresentação. Basta teres pertencido aos Maiorais, a CCAÇ 2381, que a gente já tão bão bem conhece graças ao testemunho do Zé Teixeira e que andou por Buba, Mampatá, Quebo e Empada. A caserna é tua, ou melhor, arranja um espaço para ti, acomoda-te e depois mostra o que vales... Isto é: abre lá o teu rio da memória... Bem vindo à nossa tertúlia, em meu nome e dos restantes amigos e camaradas. L.G. (...)

(...( Tabanca Grande Luís Graça:

Quem passou por Runa, como médico militar, foi o avô do nosso camarada José Belo, o régulo da Tabanca da Lapónia...

https://historiasdetorresvedras.wordpress.com/2012/04/17/aurelio-ricardo-belo-e-a-investigacao-arqueologica/

(...) "Aurélio Ricardo Belo nasceu em Vale de Prazeres, no concelho do Fundão, em 3 de Abril de 1877. Licenciado em Medicina pela Universidade de Lisboa, seguiu a carreira de médico militar, tendo sido director do Hospital Militar de Tomar. 

"Com o estalar da I Guerra Mundial, integra um dos contingentes expedicionários enviados para as colónias, para fazerem face aos constantes ataques das tropas alemãs. Em Angola, dirige o Hospital da Cruz Vermelha de Quelimane e, em Moçambique, na Ambulância da Cruz Vermelha do Niassa e no Hospital de Sangue de Patichinembo.

"A sua acção militar, em África, valeu-lhe diversas condecorações, entre as quais as medalhas de Serviços Distintos no Ultramar, da Vitória, das Campanhas do Sul de Angola e da África Oriental. Na área da Medicina, desenvolveu alguns estudos, que culminaram na publicação da obra Hérnias de Treitz.

"A sua ligação a Torres Vedras viria a dar-se com a nomeação para Director-Médico do Lar de Veteranos Militares (então Asilo de Inválidos Militares), em Runa – onde prestou serviço durante muitos anos -, e com o casamento com D. Valdemira Gomes da Costa Belo, natural do Maxial, onde viria a fixar residência e a estabelecer-se, também, como proprietário rural. 

"Pessoa muito conhecida e estimada na região, participou na vida política local, tendo desempenhado funções de vereador e de administrador do concelho de Torres Vedras, entre 19 de Novembro de 1923 e 1 de Julho de 1926 ." (...)


(**) Vd. poste  de 1 de janeiro de  2021 > Guiné 61/74 - P21721: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (120): Notícias do blogue no ano de 2050, por Jorge Cabral