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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26801: Recordações de um fulacundense (Armando Oliveira, ex-1º cabo, 3ª C/BART 6520/72, 1972/74) - Parte VIII






Foto nº 1A, 1B,  e 1









Fotro nº 2, 2A, 2B, 2C




Foto nº 3 e 3A






Foto nº 4, 4A e 4B



Foto nº 5 e 5A

Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3ª CART / BCART 6520/72 (1972/74) > s

Festaa religiosa (o Tabaski e não o Ramadão)  (fotos nºs 1 e 2) e civis da população de Fulacunda, na sua grande maioria biafada e mulçulmana.  A NT tinham sempre alguma curiosidade em relação a estes eventos que juntavam toda a população...Vou pedir ao Cherno Baldé que  "legende" as fotos... As nºs 1, ,2 e 3  teriam a ver com a "festa do carneiro" (o do Tabaski), conforme confirma o Cherno Baldé *).

A festa do Tabaski (designação corrente nos países de forte tradição muçulmana da África ocidental)  é, a seguir à festa do fim do Ramadão, a mais importante do Islamismo, equivalente ao Natal cristão. A data é variável, de ano para ano.

Fotos: © Armando Oliveira (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




1. O Armando Oliveira, natural de Marco de Canaveses, a viver no Porto,  foi 1º cabo at inf, 3ª C/BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74), tendo pertencido ao 3º Pelotão, comandado pelo nosso amigo, camaradada e grão-tabanqueiro Jorge Pinto. Era o apontador da metralhadora pesada Breda, instalada no alto do fortim. Também exercia, no quartel, a sua profissão de barbeiro. E, como "hobby", fazia fotografia. Era um d0s militares que tinha máquina fotográfica. É dele o melhor álbum fotográfico de Fulacunda.


É membro recente da nossa Tabanca Grande (nº 901). Tem página do Facebook.  

Como na maior parte dos casos as fotos que ele nos disponibilizou, não trazem legendas, temos que as tentar reconstituir, e contar com a ajuda dele como dos outros camaradas "fulacundenses" que também fazem parte da Tabanca Grande: o Jorge Pinto e o José Claudino da Silva. (Bem como do Fernando Carolino, de quem aguardamos o OK para ser apresentado).

As fotos que hoje publicamos são interessantes para documentar o binónimo NT / População.
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Notas do editor:

(*) Vd. postes de:

8 de julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6695: Memória dos lugares (89): Bafatá, Tabatô, Tabaski 2009: Não há preto nem branco, somos todos irmãos, disse a Fátima de Portugal numa cadeia de união... (Catarina Meireles)

16 de fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7795: Álbum fotográfico do Arménio Estorninho (CCAÇ 2381, Ingoré, Aldeia Formosa, Buba e Empada, 1968/70): Cherno Rachide e a festa do fim do Ramadão, Bissau, 1970


6 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P21974: Álbum fotográfico de António Marreiros, ex-alf mil, CCaç 3544, "Os Roncos", Buruntuma, 1972, e CCaç 3, Bigene e Guidage, 1973/74 - Parte VI: O Ramadão (2/3)

9 de abril de 2023 > Guiné 61/74 - P24212: Fotos à procura de... uma legenda (174): Legendas para as fotos do Ramadão de 1971, na tabanca de Saliquinhedim (K3) (José Carvalho, ex-Alf Mil Inf / Cherno Baldé)

sábado, 6 de março de 2021

Guiné 61/74 - P21974: Álbum fotográfico de António Marreiros, ex-alf mil, CCaç 3544, "Os Roncos", Buruntuma, 1972, e CCaç 3, Bigene e Guidage, 1973/74 - Parte VI: O Ramadão (2/3)

 

Foto nº 6 > Um cego é conduzido ao local da cerimónia por um familiar ou vizinho


Foto nº 7 > O grupo dos homens



Foto nº 8 > O grupo das mulheres


Foto nº 9 > O almami conduz as orações (1)


Foto nº 10 > O almami conduz as orações (2)


Foto nº 11 > O almami conduz as orações (3)


Foto nº 12 > Fim da cerimónia ? Ao fundo, os rapazes que dispersam


Guiné > Região de Gabu > Buruntuma > CCAÇ 3544, "Os Roncos de Buruntuma" > 1972 > O Ramadão (2 e 3)

Fotos: © António Marreiros (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum do  camarada António Marreiros [ a viver há quase meio século no Canadá (Victoria, BC, British Columbia).  ex- alferes miliciano em rendição individual na CCaç 3544, "Os Roncos", Buruntuma, 1972, e, meses depois, transferido para Bigene, CCaç 3, até Agosto 1974]... 

A sequência é relativa à festa do Ramadão, em Buruntuma, em 1972, e as cimco primeiras fotos já foram legendadas e comentads pelo Cherno Baldé, o nosso assessor guineense, que vive em Bissau, para as questões etnolinguísticas.

2. Legendagem do Cherno Baldé ao poste P21971 (*)

Caros amigos,

O António Marreiros postou mais uma série de excelentes fotos falantes sobre a comunidade de Buruntuma no ano de 1972, por ocasião da celebração do fim do mês sagrado do Ramadão.

A seu pedido, aqui vão os meus comentários [às fotos nºs 1, 2, 3, 4 e 5]



Foto nº 1

Um homem grande no seu traze de festa a caminho do local da celebração que normalmente se realiza no centro da aldeia debaixo de uma árvore, a mais importante, que tradicionalmente recebe este acto de submissão a Alá,  o criador, o benevolente e misericordioso, simbolizando a união e concórdia entre os habitantes da aldeia.

Em segundo plano e do lado direito vê-se um abrigo (bunker) contra flagelações e bombardeamentos de artilharia. Este tipo de abrigos feitos para protecção das populações civís existiam nas (fronteiras) zonas mais expostas as flagelações inimigas. Eram relativamente frescas durante o dia e insuportáveis durante a noite. Deviam ser limpos regularmente e bem resguardados sob pena de servir de covíl de cobras e outros répteis que abundam nas regiões tropicais. 

A parte de cima do bunker foi aproveitado para servir de celeiro para stock das reservas de alimentaçao (milho miúdo e sacos de arroz com casca ?) da familia.



Foto nº 2

A árvore da Manjanja (ou Mandjandja) em Crioulo, Tabâ(i) em mandinga e fula, foi o local escolhido para a realização da cerimónia. Os homens estão sentados debaixo da árvore e relaxados, esperando a hora da chegada do Almami (Chefe religioso) e o início da cerimónia que se realiza uma vez por ano após o periodo do Ramadâo (jejum de 30 dias consecutivos, das 5h00 as 7h30). 

A organização da mesma está hierarquizada, tendo na frente os homens, depois o grupo das dos rapazes e criançase,  seguindo-se as mulheres à uma certa distância. As crianças às vezes misturam-se com o grupo das mulheres.



Foto nº 3 

O Almami (à  frente) e o grupo dos seus auxiliares (seguindo atrás),  a caminho do local da realizaçao da cerimónia, passam pelo grupo dos rapazes que estão sentados não atrás mas à frente das mulheres na ordem hierárquica da cerimónia de reza muçulmana que requer silêncio, calma e grande concentração.




Foto nº 4 

Duas mulheres grandes da aldeia em trajes de festa, aproveitam para os habituais cumprimentos e uma breve troca de palavras antes do início da cerimónia.

Foto nº 5 [em baixo, ao centro] :

Mostra a primeira fila do grupo das mulheres sentadas debaixo do sol e algo impacientes, à espera do inicio da cerimónia, aqui o sol fustiga e não há sombra. 

Em primeiro plano, uma mulher sentada numa pele de carneiro. As esteiras de bambu e as peles de carneiro eram largamente utilizadas antes do aparecimento das esteiras feitas de material polietileno.



Foto nº 5


Melhores cumprimentos,

Cherno Baldé


PS - Fizemos uma pequena correcção à legenda das Fotos nº 2 e nº 3: O grupo dos rapazes vem a seguir ao dos homens adultos e não atrás das mulheres...


2. Legendas complementares do Cherno Baldé às fotos deste poste (Ramadão, 2/3)


As legendas estão perfeitas, gostaria de acrescentar alguns elementos sobre as fotos nºs 10/11 e 12.

Nas fotos nº 10/11 podemos ver do lado direito do Almami, no chão, uma pedra e o bastão que ele trazia na mão que têm significado histórico e que evoca a ligação e herança cultural e religiosa dos Hebreus/Judeus. 

A pedra, na sua forma, simboliza o púlpito e no seu conteúdo sacramental invoca o tabernáculo ou Arca da aliança da religião hebraica e que na religião muçulmana é substituída pela mesquita como lugar sagrado. O bastão por sua vez simboliza o mesmo que Moisés recebeu do Deus no Egipto e graças ao qual conduziu o seu povo atravessando o Mar Vermelho para o Sinai.

No fundo o Ramadão é a repetição ritual e simbólica de uma tradição judaica. Logo a seguir a esta cerimónia vão realizar uma recitação de algumas horas, lendo e traduzindo na lingua local a história resumida da história e da tradição da religião desde os primórdios com Abraão até ao legado (Sunna) do Profeta Mohamed, revisitando outros Profetas importantes como o Moisés (Annab Mússa) e Jesus (Annab Issa, na versão islâmica).

Na foto nº 12, o grupo das crianças já se dispersou, pois a eles não interessa a parte litúrgica da recitação que demora algumas horas, hoje é dia de festa e é esse o espírito que os anima. Em casa vão tomar o pequeno almoço e preparar o carneiro que será sacrificado logo que a cerimónia é finda e que vai juntar toda a família.
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sexta-feira, 5 de março de 2021

Guiné 61/74 - P21971: Álbum fotográfico de António Marreiros, ex-alf mil, CCaç 3544, "Os Roncos", Buruntuma, 1972, e CCaç 3, Bigene e Guidage, 1973/74 - Parte V: O Ramadão (1)



Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5

Guiné > Região de Gabu > Buruntuma > CCAÇ 3544, "Os Roncos de Buruntuma" > 1972 >
O Ramadão (1)





1. Mensagem de camarada António Marreiros [ a viver há quase meio século no Canadá (Victoria, BC, British Columbia), ex- alferes miliciano em rendição individual na Companhia CCaç 3544, "Os Roncos", Buruntuma, 1972, e, meses depois, transferido para Bigene, CCaç 3, até Agosto 1974]:


Data - 23/02/2021, 18:29
Assunto - Álbum fotográfico. Buruntuma (1)

Amigos,

Todos os dias dou uma olhadela ao blog e também dei uma gargalhada com a história do frango que voou e a vida no hospital de Bissau...Ainda bem que nunca tive de lá ficar.Visitei amigos hospitalizados e na altura deixou-me pouco desejo de lá voltar...

Tenho um grupo que fotos que o Cherno Baldé talvez possa acrescentar mais importantes detalhes sobre os trajes e cerimónias do Ramadão. Na altura não sabia nada sobre os costumes muçulmanos!

Aqui os dias de inverno vão dando lugar a sinais de primavera mas muito devagar. Para usar o tempo vou aprendendo e conversando italiano com outros “estudantes” espalhados pelo mundo graças ao Zoom e outras plataformas e assim não me sinto tão isolado.

Que continuem todos bem!
Um abraço
Antonio Marreiros (Canada)
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Nota do editor:

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Guné 61/74 - P21862: Fotos à procura de... uma legenda (143): "Macaco verde" [Chlorocebus sabaeus], dizem eles, depois do sueco Lineu (em 1766), que nunca esteve em Buruntuma ou em Bafatá e muito menos no Cantanhez... (António Marreiros / Fernando Gouveia / António Levezinho / Virgílio Teixeira)


Foto nº 1 


Foto nº 2

Foto nº 3

Guiné > Região de Gabu > Buruntuma > CCAÇ 3544, "Os Roncos de Buruntuma" > 1972 >  O nosso "macaco verde"... Nome científico: Chlorocebus sabaeus (Linnaeus, 1766)

Fotos (e legenda): © António Marreiros (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Foto nº 4

Guiné > Região de Bafatá  > Bafatá  > Cmd Agr 2957 (1968/70) > O alf mil rec e info Fernando Gouveia com um juvenil de "macaco verde"


Fotos (e legenda): © Fernando Gouveia (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guis dos Mamíferos do Parque Nacional do Cantanhez, da autoria de Nicolas Bout e Andrea Ghiurghi (2018, 189 pp., AD - AIN - IBAP - IUCN, ISBN: 9788890894923).



1.  Os nossos camaradas e amigos estão "confinados", como os nossos editores e colaboradores permanentes estão "confinados" por causa do raio da pandemia de Covid-19... Mas não estão "tramados" e muito menos "finados"... 

Continuam, desde há 17 anos (tantos quantos existe o blogue) a ser generosos e a responder às nossas iniciativas... Por que afinal a "nossa guerra" não foi só de tiros: desconbrimos um país e um povo fantásticos... Descobrimos as suas paisagens deslumbrantes, a sua biodiversidade, a sua multicultura...E aprendemos, neste blogue, a partilhar as nossas memórias (e afetos) e até o transformámos numa fonte de informação e conhecimento. Sempre numa base de grande tolerância e respeito por tudo aquilo que nos une mas também por aquilo que nos pode separar...

Num espaço de horas, houve logo resposta ao nosso desafio (*). E eu tinha aproveitado, entretanto,  para mandar a alguns de nós que se interessam mais pela "Fauna e flora" da nossa Guiné-Bissau, um guia, em formato pdf, útil para  a observação de mamíferos do Parque Nacional do Cantanhez, na região de Tomboli, fortemente regada pelo sangue de muita gente, de um lado e do outro, nos tristes anos em que andámos lá aos tiros...


2. Mensagem para o Tony Levezinho, 

Data - 6 fev 2021, 21h10
Assunto - Material deestudo para o DI, agora "confinado"

Vê se o teu DI [, Diogo , o neto, com 14 anos]  me/nos ajuda a identificar esta espécie animal (*)...

 Como prenda de anos atrasada, segue um guia de observação de mamíferos da Guiné-Bissau, Parque Nacional do Cantanhez (que visitei em 2008; e o João em 2009)...

Pode ser que ele aprecie...embora agora seja mais ornitólogo do que primatólogo...

Grande abraço para os dois "guardiões da Ponta de Sagres".. Luís


3. Resposta do António Levezinho, meu camarada e amigo do peito, desde os tempos da CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71):

Luis, 

Pede-me o Di que te agradeça o guia do parque do Cantanhez. Ao visualizá-lo disse logo que gostava de lá ir. Confesso que não lhe dei qualquer esperança em ajudá-lo a satisfazer o seu desejo.
 
Quanto à pergunta sobre a espécie do macaco,  ele disse desconhecer. A praia dele, neste momento, são mesmo as aves.
 
Um abraço cá do Sul.

4. Resposta de outros camaradas:

(i) Antonio Marreiros, 7 fev 2021, 00:26

Olá, camaradas,

Aproveitei uma aberta sem chuva para continuar a limpar o quintal porque há sinais de Primavera ...mas também uma frente ártica vem a caminho que pode ser má,  se descer a -7 C... Na pradaria Canadiana está mesmo frio, de -30 a -40 C para este fim de semana! Em Sagres são 14 positivos!!!

Encontrei duas fotos a cores do mesmo macaco que adorava dormir no meu peito quando tinha a camisa vestida e lhe abria dois botões (*).

Pelo que li no Guia, parece que é o "macaco verde"...

Coitado com certeza sentia falta do bando pois estava amarrado e só tinha um cão pequeno como companheiro...Um e outro davam-se bem e dormiam juntos,  normalmente o macaco em cima do cão!

Um abraço,
A. Marreiros

PS - Quando visitaram esse novo parque nacional conseguiram ver alguns animais ou não foi possível?


(ii) Fernando Gouveia, 7  fev 2021, 1h04  [ex-Alf Mil Rec e Inf, Bafatá, Cmd Agr 2957, 1968/70), autor de, entre outras séries notávais, "A Guerra Vista de Bafatá  (Fernando Gouveia)" de que se publicaram cerca de 9 dezenas depostes;arquitecto reformado, transmontano, vive no Porto; tem mais de 165 referências no nosso blogue]

Olá,  Luís, ai vai mais uma imagem do macaco que penso ser da mesma estirpe. Em anexo.

Abraço.
Fernando G.

 
(iii) Virgilio Teixeira, sábado, 6/02/2021,  22:40

Boa noite Luis,

Grande obra que tiveste a lembrança de me enviar. Sei muito pouco sobre fauna, quer na Guiné ou outro local qualquer. Dei uma vista de olhos e gostei, vou ler com atenção e curiosidade.

Onde estavam estes animais durante a Guerra de 61/74?

Obrigado pela lembrança, e espero que haja um bom titulo para estas curiosidades fantásticas.

Abraço, Virgilio Teixeira



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Parque Nacional de Cantanhez > Iemberém > 9 de dezembro de 2009 > 15h50 > Macaco fidalgo vermelho (ou fatango, em crioulo). Espécie, nome científico: Procolobus badius. Em inglês, western red colobus. 

É mais um primato em perigo,  está ameaçado de extinção, fundamentalmemte devido à caça,   à desflorestação, às mudanças climáticas, etc. No Cantanhez não haverá mais do que duas centenas de indivíduos. Vd. pp. 30/32, do "Guia  dos Mamíferos do Parque Nacional do Cantanhez". 

Foto (e legenda): © João Graça (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

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sábado, 6 de fevereiro de 2021

Guiné 61/74 - P21861: Fotos à procura de... uma legenda (142): Que espécie de macaco é este? (Foto: António Marreiros; texto: Luís Graça)



Guiné > Região de Gabu > Buruntuma > CCAÇ 3544, "Os Roncos de Buruntuma" > 1972 > Miúdo com um macaco, de espécie não identificada (*)

Foto (e legenda): © António Marreiros (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Ora cá uma imagem que hoje o António Marreiros não gostaria, por certo, de tirar nem nós de ver: um primato (como nós), um macaco do Velho Mundo, no cativeiro, como "animação de estimação" de uma criança...

De qualquer modo, é um "documento de época"...Mas não sabemos ao certo, até porque a foto é "preto e branco", de que espécie seria este primata...

Fica aqui o desafio aos nossos leitores, sobretudo àqueles que se interessam mais pela Fauna & flora da Guiné-Bissau (**).



O macaco verde é um pequeno primata semi-terrestre, semi-arborícola e quadrúpede, cinza-malhado, castanho esverdeado, de face preta, colarinho branco, longas pernas e a extremidade da cauda laranja. 

Nome científico: Chlorocebus sabaeus (Linnaeus, 1766)
Nome em inglês: Green monkey, callithrix monkey
Nome em francês: Singe vert
Nome em crioulo: Santcho di Tarafe / Santcho preto
Nomes locais: Cula-Mela (fula)

Habitat: (i) Parque Nacional do Cantanhez: mangal (principalmente), floresta densa sub-húmida, floresta densa seca, savana arbustiva e terras agrícolas; (ii) Outros: savana árida saheliana.

Fonte: Cortesia de Bout  & Ghiurghi (2018), pp. 40/41


2. Sem ter tempo para fazer pesquisas mais aturadas na Net, deixei duas pistas da caixa de comentários:

(i) O macaco fidalgo, vermelho ou preto, não é... Vi-os em Iemberém, no Cantanhez, em 2008... Macaco-cão ou babuíno, muito menos... 

Em minha opinião, será o "macaco verde"... Nome científico "Chlorocebus sabaeus"...

(ii) Também pus a hipótese, mais remota,  de ser  um "macaco vermelho " ou "santcho fula",,, . "Erythrocebus patas (Schreber"), maior, mais corpoiento do que o "macaco verde".
 
Inclino-me mais para a primeira hipótese... Aconselho  a consulta do Guis dos Mamíferos do Parque Nacional do Cantanhez, da autoria de Nicolas Bout  e Andrea Ghiurghi, editado em 2018, 189 pp.  (AD - AIN - IBAP - IUCN ISBN: 9788890894923).

Sobre o "macaco verde", ver as pp. 40... Sobre o "macaco vermelho", vd. pp. 46/47.

Aconselho vivamente este guia, disponível em formato pdf.

Resumo: Neste livro, , os leitores, turistas responsáveis, investigadores científicos, estudantes, amantes da natureza, decisores nacionais, autoridades tradicionais locais e guias de ecoturismo, conhecerão melhor a fauna que vive na Floresta de Cantanhez, Guiné-Bissau, os seus hábitos, preferências alimentares, se estão em extinção ou não, o seu número está a aumentar graças às medidas de conservação entretanto tomadas.

De qualquer modo, talvez o Cherno Baldé nos queira (e possa) dar uma ajuda. Ou o Patrício Ribeiro, Ambos conhecem melhor a fauna da Guiné-Bissau do que nós...

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Guiné 61/74 - P21853: Álbum fotográfico de António Marreiros, ex-alf mil, CCaç 3544, "Os Roncos", Buruntuma, 1972, e CCaç 3, Bigene e Guidage, 1973/74 - Parte IV: Crianças de Buruntuma

 

Foto nº 1


Foto nº 2


 Foto nº 3

Foto nº 4


Foto nº 5


Guiné > Região de Gabu > Buruntuma > CCAÇ 3544, "Os Roncos de Buruntuma" > 1972 > População local.

Fotos (e legenda): © António Marreiros (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




1. Mensagem de camarada António Marreiros [ a viver há quase meio século no Canadá (Victoria, BC, British Columbia), ex- alferes miliciano em rendição individual na Companhia CCaç 3544, "Os Roncos", Buruntuma, 1972, e, meses depois, transferido para Bigene, CCaç 3, até Agosto 1974]:

Date:  domingo, 31/01/2021 à(s) 20:38
Subject: Álbum de fotografias: Crianças de Buruntum

 Olá, amigos,

As notícias que me chegam de Portugal são tristes e preocupantes. Aqui também não está risonho e temos de continuar vigilantes por muito mais tempo do que era previsto!

Como está de chuva e não posso ir procurar trabalho no quintal , venho enviar mais fotos, desta vez imagens de crianças em Buruntuma .

Desde 2015 que participo com o Plano Internacional  na campanha de desenvolvimento e ajuda a crianças na área do Gabu. Por razões de segurança eles nunca revelam exactamente o lugar onde a criança mora.

Recentemente fui informado que esta organização não tem tão grande reputação junto da população como eu esperava e isso deixou-me surpreendido e desapontado. Vou tentar saber mais.

Cuidem-se e até à próxima colecção!

Um abraço
A. Marreiros

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Nota do editor:

Último poste da série > 20 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21784: Álbum fotográfico de António Marreiros, ex-alf mil, CCaç 3544, "Os Roncos", Buruntuma, 1972, e CCaç 3, Bigene e Guidage, 1973/74 - Parte III: População de Buruntuma, 1972