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sábado, 26 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26733: Os nossos seres, saberes e lazeres (678): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (202): Algures, na Renânia-Palatinado, em Idstein, perto de Frankfurt – 1 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 12 de Fevereiro de 2025:

Queridos amigos,
Havia que acompanhar à última morada uma grande amiga, residente na fímbria de Frankfurt, filho e nora acolheram-me numa localidade a dezenas de quilómetros, Idstein, uma muito agradável surpresa, um impressionante património de séculos idos, cidade próspera onde pontificaram os condes de Nassau-Idstein até chegarem os senhores da Prússia. Procurei reter imagens dessa arquitetura esplêndida, sempre alvo de restauros, tem um belo jardim que data do século XVI, tudo cuidado desde o velho celeiro, à antiga caserna dos bombeiros, à praça do mercado, até a presença romana. Deslumbrou-me a igreja protestante onde se preza a união das igrejas, tem um teto coberto de 38 quadros da Escola de Rubens representando cenas bíblicas do Novo Testamento, é a necrópole dos condes e príncipes de Nassau. Amanhã começo a rever Frankfurt, tive sorte com o tempo, temperaturas quase sempre negativas mas sem neve.

Um abraço do
Mário



Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (96):
Algures, na Renânia-Palatinado, em Idstein, perto de Frankfurt – 1


Mário Beja Santos

Fui despedir-me de uma velha amiga, em Offenbach, pertinho de Frankfurt, filho e nora deram-me cama e mesa, a partir do aeroporto de Frankfurt tive um acolhimento topo de gama. São ambos profissionais de saúde, bem se esforçaram por me abrir portas e dar-me mobilidade para andar na região. Começo em Idstein, foi território da Casa Nassau-Idstein, a partir do século XIII. Idstein foi residência de condes e soberanos até ao século XVIII, depois vieram os Prussianos, foi sempre importante e daí ter liceu, seminários, escolas agrícolas e de construção, no fim do século XVIII era mesmo uma cidade próspera, sobretudo na indústria dos curtumes.
O tesouro patrimonial de Idstein assenta fundamentalmente nestes belíssimos edifícios que datam dos séculos XV ao XVIII com os travejamentos em madeira, impressionantemente restaurados, por vezes com magníficas esculturas em madeira, andamos pelo centro histórico embasbacados, principalmente na Praça do Rei Adolfo. Na companhia da filha dos meus amigos, uma guia competente, começamos a digressão pela torre do castelo conhecida por Torre das Feiticeiras.
A torre é de uma beleza extraordinária, uma construção em diferentes fases, primeiro em 1170, depois 1240, mais à frente 1500, seguiram-se as extensões no século XVIII até obter a sua arquitetura atual em 1810. Vítimas de fanatismo religioso, houve perseguição a pessoas chamadas feiticeiras e foram queimadas, no fim do século prestaram uma homenagem às vítimas de tão medonha perseguição, com esta placa alusiva.
Em terras germânicas fala-se sempre em castelo a propósito destas residências senhoriais, aqui viviam os Nassau-Idstein, o palácio teve o seu esplendor entre os séculos XVII e XVIII. Na brochura que pude ler, refere-se que os tetos em estuque são magníficos.
Por cima da entrada do castelo temos uma escultura denominada Os Brasões da Aliança (cerca de 1630), para comemorar o primeiro casamento do conde Johannes com Sibylla Magdalena de Baden-Durlach.
Placa comemorativa que indica que o castelo, a partir de 1946, se tornou uma instituição de ensino.
Estamos em pleno centro histórico, o salão de Idstein, o único rei alemão da casa Nassau, Adolfo (1250-1298) foi quem lhe deu o nome, foi praça de mercado, e também foi sempre um ponto central da cidade.
Uma outra perspetiva do centro histórico com fontanário
Chama-se a Casa Killing, data de 1620, é aqui que funciona o turismo e o museu municipal, está dotada de magníficas esculturas ornamentais, é hoje propriedade da municipalidade.
Chama-se a Casa Inclinada, data de 1727, tem quatro andares, aqui funcionou a farmácia de Idstein de 1736 a 1745, houve erros arquitetónicos que explicam a sua inclinação, conheceu um restauro em profundidade no fim do século XX.
Nunca me fora dado a ver uma joia do barroco como esta, trata-se da igreja protestante unitária, é este o nome que tem desde 1917, para celebrar os 100 anos da fusão entre as igrejas reformada e luterana. É um edifício que data do século XIV, as alterações de fundo ocorreram até ao princípio do século XVIII. A arquitetura exterior é muito sóbria, num contraste absoluto com o seu interior barroco, primam as cores intensas nos quadros da escola de Rubens tanto no teto como nas paredes, têm opulentas colunas, marcadas, um altar de colunas salomónicas, um riquíssimo púlpito e fontes batismais em mármore polido do rio da região, o Lahn.
Um pormenor do teto e das paredes
Uma vista da igreja a partir do altar, veja-se a zona do primeiro andar que permitia farta assistência às cerimónias religiosas; os candelabros são de época recente. Um aspeto curioso do teto é que funciona como uma Bíblia ilustrada.
Pelo caminho, uma ruela apertada, um vestígio dos tempos medievais
Um pormenor do relógio da igreja protestante da cidade
Uma breve visita ao museu municipal, quadro do rei Adolfo, o único soberano da Casa Nassau-Idstein

Fica aqui o essencial de Idstein, uma cidade com muita vida que inclui na sua periferia onze comunas autónomas, Idstein situa-se ao norte da região Reno-Meno. A etapa seguinte é a primeira visita a Frankfurt.

(continua)
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Nota do editor

Último post da série de 19 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26703: Os nossos seres, saberes e lazeres (677): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (201): O que fica na bagagem do viajante e se retira do fundo da gaveta (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P26732: Efemérides (453): Lourinhã, 25 de abril de 2025: cerimónia de homenagem aos combatentes da guerra do ulltramar / guerra colonial

 




Foto nº 1 > Aspeto parcial do Monumento aos Combatentes da Lourinhã > Largo António Granjo. Inaugurado em 2005. Autoria: 2005. Arquiteto: Augusto Silva; escultora: Andreia Couto.


Foto nº 2 > Intervenção do Jaime Silva, ex-alf mil pqdt, BCP 21 (Angola, 1970/72), e membro da AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste


Foto nº 3 > O Jaime Silva chamando pelos nomes dos 20 lourinhanenses mortros em comnbate (11) ou por acdiente (9), nos 3 TO da guerra do ultramar / guerra colonial. (Está já no prelo o livro que o Jaime Silva, nosso grão-tabanqueiro, elaborou de homensagem aos seus conterrâneos,  mortos na guerra colonial)



Foto nº 4 > Intervenção do presidente da AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste, com sede na Lourinhã. aO Adelino sucedeu ao Castro.  (A AVECO tem cerca de 4 centenas de associados.)



Foto nº 5 : Intervenção do município, engº João Duarte (que teve 3 irmãos mobilizados)



Foto nº 5 > Deposição de um ramo de flores na base do munumento


Foto nº 6 >  Intervenção do Calçada, que foi condutor auto, tendo integrado uma CCmds (Moçambique, 1969/71)

Lourinhã > 25 de abril de 2025 > Cerimónia de homenagem aos combatentes da Lourinhá que morreram na guerra do ultramar / guerra colonial: foram 20 ao todo (11 em combate e 9 por acidente); 9 em Angola, 6 na Guiné; 5 em Moçambique. 


Fotos (e legendas):  © Luís Graça (2025). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

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Nota do editor:

Último poste da série > 10 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26671: Efemérides (452): Cerimónias de inauguração do Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, do Dia do Combatente e do 16.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes (Carlos Vinhal)

Guiné 61/74 - P26731: Convívios (1024): XXVI Encontro/Convívio da CCAÇ 4150 - "Os Apaches do Norte", (Bigene e Guidaje, 1973/74), dia 11 de Maio de 2025 em Maureles-Vila Boa de Quires-Marco de Canaveses (Albano Costa, ex-1.º Cabo At Inf)


XXVI ENCONTRO/CONVÍVIO DA CCAÇ 4150

"OS APACHES DO NORTE" - (BIGENE - GUIDAGE)

DOMINGO, 11 DE MAIO DE 2025

NA QUINTINHA DOS QUEIROSES – MAURELES – VILA BOA DE QUIRES


Para quem vem na A1 do lado Sul depois de passar S. M. da Feira, entra na A41 (não é preciso vir ao Porto) seguir até à Gandra e virar para a A4 em direção a Penafiel/Vila Real, depois de passar a área de serviço de Penafiel, sair para o Marco de Canavezes.

O melhor é colocar no GPS:
Quintinha dos Queiroses, Rua dos Amieiros - Maureles - Vila Boa de Quires

Concentração é no local (Quintinha dos Queiroses) a partir das 10h30.
Às 12h30 vamos todos juntos para o convívio.


Caro amigo «Apache»

Vai ser mais um convívio da nossa CCaç 4150, é neste dia que nos vamos encontrar para recordar peripécias por nós vividas há 51 e 52 anos, em tempo de guerra, assim como recordaremos os nossos amigos que sempre juntos na nossa vida militar na Guiné. Alguns já não se encontram entre nós, cada ano que passa somos menos. É a Lei da vida. Por isso estais todos convidados para vos apresentar da maneira como entenderem para a nossa festa, que não deve ser parada, para não enferrujar.

No dia do nosso convívio há sempre um colega a perguntar, por que não vieste? Já não te vêm há 51 anos. Aparece, não tenhas receio, nem penses que já ninguém te conhece, porque com o falar uns com os outros tudo vem à nossa memória. Vais e nós também vamos, ficar contentes por te encontrar novamente.



EMENTA:

Entradas Variadas: Paté de Marisco, Salgadinhos Variados, Bacalhau da Casa, Polvo, Pãezinhos de Alho, Piza Quente da Casa, Moelas, Rojões, Fumeiro, Panadinhos.

ALMOÇO:

Canja de Galinha.

PEIXE: Bacalhau com Broa Gratinada.

CARNE: Lombo Assado com Laranja e Vitela com Legumes.

BEBIDAS: Vinhos da Casa: Brancos e Tintos, Cerveja; Águas, Refrigerantes.

SOBREMESA: Buffet de Sobremesas, Fruta Laminada, Variedade de Bolos; Café e Digitivo.

O preço por pessoa é: 31,00 €, as crianças pagam só metade, dos 4 aos 10 anos.

Quem quiser pode e deve fazer-se acompanhar da respetiva família e amigos, porque há lugar para todos à vontade.

A Comissão Organizadora:
Albano M. Costa (Matosinhos) - Telemóvel 934 257 368

NOTA: As inscrições devem ser até ao dia 1 de Maio. Agradece-se a confirmação o mais rápido possível.


Todos os anos enviamos convites para todos (mesmo para todos) os que fizeram parte da nossa CCaç 4150. Alguns colegas nunca dizem nada. Sabemos que ninguém é obrigado a responder e em vir ao convívio. Também sabemos que alguns colegas que fizeram parte da CCaç 4150, que por um ou outro motivo nunca estiveram com a companhia, foram deslocados para outros locais na Guiné.

Para esses colegas agradecemos se puderem e quiserem, contactar com ALBANO COSTA, telemóvel 934 257 368 ou através de e-mail: albanomcosta@gmail.com, mesmo que não possas vir ou não estejas interessado, diz sim ou não, (até se não quiseres que volte a enviar o convite, informa para nós sabermos).
É sempre muito agradável para todos nós sabermos como vais andando.
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Nota do editor

Último post da série de 25 de Abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26727: Convívios (1023): 38.º Encontro/Convívio da CART 3494/BART 3873, dia 7 de Junho de 2025, em Montemor-O-Velho (Sousa de Castro, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista)

Guiné 61/74 - P26730: Facebook...ando (75): Joaquim Galhós, do Barreiro, pertenceu ao Pel Caç Nat 57 (Cutia, 1972/73) e ao BENG 447 (Brá, 1973/74): esteve três meses com o cap cav Salgueiro Maia em Pete, Bula


"Com o Capitão Salgueiro Maia em 72, em Pete - Bula, nos 3 meses que estive na CCav 3420" (Joaquim Galhós, 5 de maio de 2023)... A foto é imprecisa, mas o Joaquim Galhós parece ostentar divisas de furriel... Impecavelmente fardado. Já o seu comandante, um oficial de cavalaria,  mostrava-se "pouco canónico no traje"... Com o clima da Guiné, ninguém respeitava o RDM em matéria de traje... 



Guiné > Zona Oeste >  "Cutia 72/73. Com este grupo que é parte do meu Pel Caç Nat 57 passei os piores momentos da minha vida,  tive a minha parte mas felizmente nada comparado com o que muitos camaradas sofreram e, com muita sorte,  aos 15 meses fui passar 9 meses ao BENG 447 até junho de 1974" (Joaquim Galhós, 19 de agosto de 2020) ·

Fotos da página do Facebook de Joaquim Galhós (aqui editadas e reproduzidas, com a devida vénia)


1. Joaquim Galhós é nosso amigo no Facebook. Temos "20 amigos em comum". É do Barreiro, vive no Barreiro, estudou na Escola Comercial e Industrial Alfredo da Silva (nome do fundador do grupo CUF), de 1961 a 1969.

Sabemos que fez uma comissão de serviço militar, na Guiné, entre 23 junho 1972 a 29 Junho de 1974. Já tinha casado em 6 de setembro de 1970. É sócio do Grupo Desportivo Os Leças... Faz anos a 23 de junho. (Foi em dia de anos, 23/6/1972, que partiu para o CTIG, de avião, do aeroporto Figo Maduro.)

Na Guiné, era de rendição individual. Integrou, como furriel miliciano,  o Pel Caç Nat 57 (Cutia, 1972/73).   Encontrámos na sua página do Facebook apenas duas fotos do seu tempo de Guiné, uma delas "preciosa", com o cap cav Salgueiro Maia, cmdt da CCAV 3420.

Vou-lhe telefonar para o convidar a juntar-se ao blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. A malta dos Pel Caç Nat "também é gente"...E sabemos muito pouco das suas andanças pelo CTIG...



O Joaquim Galhós, sinalizado com um circulo a azul. Será ele ou o dono da foto ? "Escola Primária nº 4 , 4ª classe 1960/61. Prof.Raposo".

Fotos (e legendas): © Joaquim Galhós (2025). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26716: Facebook...ando (74): Manuel Ribeiro de Faria, ex-cap inf, cmdt da CCAÇ 3414 (Sare Bacar, Cumeré, Brá, 1971/73), a subunidade a que pertenceu o nosso saudoso amigo e camarada Joaquim Peixoto (1947-2018)

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26729: In Memoriam (545): João Carvalho Meneses (1948-2020), 2.º Ten FZE do DFE 21, Reformado, DFA (Guiné, 1972)

I N  M E M O R I A M

JOÃO CARVALHO MENESES (1948-2020)
2.º Ten FZE do DFE 21; DFA; Reformado - Guiné, 1972


1. No passado dia 23 de Abril, chegou até nós, por intermédio de Duarte Meneses, filho do nosso camarada João Meneses, mais uma notícia que não queríamos ler:

Bom dia!
Sou filho do João Meneses, que partilhou as suas histórias da Guiné ao longo de alguns anos.
Informo que infelizmente o meu pai faleceu em 2020, mais precisamente em dezembro desse ano.

Chego ao vosso contacto, pois visitei a Guiné várias vezes após a sua morte e inclusivamente visitei a Guiné-Bissau, incluindo a Base onde esteve algum tempo durante a sua jornada na Guiné, graças ao espetacular grupo de fuzileiros que se encontra no local a dar formação.
Procurei e continuarei a procurar todas as informações possíveis relativamente à participação do meu pai na guerra, e foi nesse âmbito que cheguei a este blog.

Li e reli muitos dos comentários escritos pelo meu pai. Partilhas que recusou fazer com a familia, mas que decidiu, e bem, replicar com a familia que com ele viveu este período.

Um abraço,
Duarte Meneses


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2. Lembremos a sua apresentação ao Blogue, em 10 de Deembro de 2012, escrita com alguma ironia e sentido de humor:

Assunto: actualizações

Amigos: Primeiro que tudo, um grande abraço.

(...) Junto mais alguns dados individuais, que penso te possam interessar para o Blogue:
Data de Nascimento: 05-01-1948
Data da Morte: terá que ser outro a escrever
Data de alistamento: 19-09-1971
Data de Imposição das Boinas aos Fuzileiros Especiais: 16-03-1972
Data de Promoção a Aspirantes: 14-04-1972
Data da disponibilidade: 01-05-1974 (note-se o dia - 1º de Maio, feriado oficial)
Local de Nascimento – Freguesia de Santos-o-Velho, Lisboa, PORTUGAL
Local de Falecimento – A ver vamos…
Local de Residência – Azoia de Cima, Santarém, PORTUGAL

NOTA: Não sou Ex-Ten. sou 2.º TEN FZE na situação de Reforma (pela razão de DFA)

Afirmei também a dada altura que os meus problemas duram há 33 anos, mas foi erro meu tipográfico. Dado que ainda estou vivo, fez este Setembro 2012, a dias 29, 40 anos sobre o facto [, o grave ferimento em combate ocorrido na região do Cubisseco, a sudoeste de Emapada].[1]

Novo Alfa Bravo (como vocês dizem)
2.º TEN FZE Carvalho Meneses,
Guiné, 1972


********************

3. Hoje mesmo enviamos ao Duarte Meneses esta mensagem:

Boa tarde amigo Duarte Meneses
Aceite desde já os nossos sentidos pêsames pelo falecimento do senhor seu pai.
Na verdade, estamos a passar para a outra margem a um ritmo assustador.
A partir de hoje o nosso camarada de armas João Meneses passará a figurar no nosso obituário, já muito extenso, infelizmente.
Sabe que continuamos ao seu dispor para o que possamos ser úteis.

Com toda a estima
Carlos Vinhal
Coeditor

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Notas do editor:

[1] - Vd. post de 12 de novembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10659: O nosso livro de visitas (152): João Meneses, 2º ten FZE RA, DFE 21, gravemente ferido na península do Cubisseco, em 27/9/1972

Último post da série de 18 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26698: In Memoriam (544): Carlos Matos Gomes (1946-2025): o último adeus, anteontem, no cemitério do Alto de São João ... O Hélder Sousa representou condignamente a Tabanca Grande.

Guiné 61/74 - P26728: O nosso livro de visitas (227): Jacinto Rodrigues, ex-alf mil, de rendição individual, cmdt do Pel Caç Nat 57 (Cutia, Mansabá e Cutia, set 1969 / set 1971)



Guiné > Região Oeste  > Mansoa > Cutia > Destacamento de Cutia > c. 1970 > Foto enviada  pelo César Dias, ex-fur mil sapador, CCS / BCAÇ 2885, um batalhão que esteve em Mansoa desde maio de 1969 a fevereiro de 1971, e a que pertencia a CCAÇ 2589, de que o nosso grão-tabanqueiro Jorge Picado foi um dos comandantes, de  24/2/1970 a 15/2/1971. Estranhamente, Cutia não vem nas cartas nem de Mansoa nem de Farim. Ficava a nordeste de Mansoa, na estrada Mansoa-Mansabá.

Foto (e legenda): © César Dias (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Bogue Luís Graça & Camaradas da Guiné


1. Comentário do nosso camarada Jacinto Rodrigues ao poste P25753 (*):  

Boa tarde! Como alferes miliciano, comandei o Pel  Cac Nat  57 durante dois anos, entre 23 setembro de 1969 e setembro de 1971. 

Em setembro de 1969 o Pel Cac Nat 57 estava sediado em Cutia, tendo sido deslocado para Mansabá em fevereiro de 1970.

Fui substituir o alferes miliciano Trigo, natural de Bissau. 

O Pel Caç Nat 57 após a construção (com asfaltamento) da estrada entre Mansabá e Farim, regressou a Cutia onde se manteve, pelo menos, até à data do final da minha comissão.

Por hoje fica este apontamento. Espero voltar aqui para falar do meu pelotão e da sua actividade, lembrando os soldados que, infelizmente, foram abandonados e, tanto quanto sei, foram executados após a retirada dos portugueses.

Um abraço para todos os Camaradas. 
Jacinto Rodrigues

2. Comentário do nosso coeditor Carlos Vinhal ao poste P18094 (*):

Se bem me lembro, a tropa de Mansabá e de Cutia estava adstrita ao Batalhão de Mansoa (BCAÇ 2885). 

Lembro-me de o Pel Caç Nat 57 estar em Mansabá, da qual recordo o oficial, o alferes Rodrigues e de dois dos três Furriéis, o Espanhol, de quem não sei nada, e do Pires, com quem tenho contacto através do facebook. 

A determinada altura, a CART 2732 passou para o COP 6, sediado em Mansabá. Por sua vez o Pel Caç Nat 57 foi para Cutia, zona que (...) era da responsabilidade de Mansoa. (...) (e onde perrmaneceu até ser desativado/extinto em agosto de 1974).

Carlos Vinhal



3. Comentário do editor LG:

Jacinto Rodrigues, és bem vindo. Obrigado pelo teu contacto (entre antigos camaradas de armas, tratamo-nos por tu, é mais simples, dá mais jeito e encurta distâncias)...

Ficas desde já convidado a integrar a Tabanca Grande: não é nenhum clube, apenas uma tertúlia virtual... que reune os amigos e camaradas da Guiné, representados neste blogue (que tem já 21 anos de existência). Não há joia nem quotas... Apenas 2 fotos tuas, tipo passe, uma mais ou menos atual e outra do "antigamente" da tropa e da guerra...

Depois de seres apresentado à malta (somos já 901 entre vivos e falecidos), podes partilhar as tuas memórias, histórias, fotos, etc. da Guiné e da subunidade  que comandaste.

Sobre o Pel Caç Nat 57,  constituído dos soldados balantas do recrutamento local, já sabemos então que;

(i) foi criado em Mansoa pelo alf mil Fernando Paiva, de rendição individual ;

(ii) esteve no CTIG de abril de 1967 a abril de 1969;

(iii)  "a pá e pica, construímos o Destacamento de Bindoro, onde permaneci, até julho de 68, quando fui transferido para Bolama";

(iv) a seguir deve ter vindo o alf mil Trigo, até setembro de 1969;

(v) depois vieste tu...

(vi) o Pelotão será extinto em agosto de 1974, tal como as demais subunidades e unidades constituídas por militares do recrutamento local. 

Aguardamos, com expetativa,  mais notícias tuas (**). 
LG
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Notas do editor LG:

(*) Sobre o Pel Caç Nat 57 temos ainda escassas referências:



17 de julho de 2024 > Guiné 61/74 - P25753: Para a história do Pel Caç Nat 57 (Mansoa, Bindoro, Mansabá, Cutia, 1967/74) - Parte I: O seu primeiro comandante, o ex-alf mil Fernando Paiva, hoje produtor de vinho verde biológico, na Quinta da Palmirinha
 


26 de maio de 2023 > Guiné 61/74 - P24342: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte X: mais fotos do destacamento e tabanca de Cutia

 

29 de março de 2022 > Guiné 61/74 - P23122: (In)citações (202): Criei o Pel Caç Nat 57, construi o destacamento de Bindoro, a pá e pica, e vivi diaramente, ombro a ombro, com esses fantásticos balantas da região do Oio (Fernando Paiva, ex-alf mil, cmdt Pel Caç Nat 57, Mansoa, Bindoro e Bolama, 1967 / 1969)
 


17 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18094: Em busca de ... (285): Camaradas do meu pai, João Arindo Canha, que pertecenceu ao Pel Caç Nat 57, e esteve em Cutia, na região do Oio (Henrique Canha)
 


2 de fevereiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9431: O Nosso Livro de Visitas 126): Fernando Paiva, Pel Caç Nat 57, Mansoa e Bindoro, abril de 1967/abril de 1969


(**) Último poste da série > 8 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26361: O nosso livro de visitas (226): João Maria da Cruz Teixeira Pinto, bisneto do João Teixeira Pinto (1876-1917): o único descendente masculino vivo, em linha reta, do antigo aluno, nº 144/1888, do Colégio Militar, "o Pinto dos Bigodes"

Guiné 61/74 - P26727: Convívios (1023): 38.º Encontro/Convívio da CART 3494/BART 3873, dia 7 de Junho de 2025, em Montemor-O-Velho (Sousa de Castro, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista)

38.º ENCONTRO / CONVÍVIO DA CART 3494/BART 3873

MONTEMOR-O-VELHO

DIA 7 DE JUNHO DE 2025

Caros companheiros d'armas,
Está em marcha a realização do 38.º Encontro/Convívio da CART 3494


Dia 03 de abril de 2025 é o dia de aniversário da nossa chegada da Guiné, toda a malta foi à sua vidinha, faz 51 anos, passaram muito rápido, - A concentração dos mobilizados começou a 15 de novembro de 1971 e terminou a 27 do mesmo mês no Regimento de Artilharia Pesada n.º 2 em Vila Nova de Gaia.
Depois da viagem no dia 21 para Lisboa por caminho de ferro, embarcou para a Guiné em 22 de dezembro de 1971 a bordo do navio N/M NIASSA. Foram 27 meses e 12 dias de comissão.

Assim, vamo-nos juntar para comemorar essa data no dia 07 de junho de 2025 a partir das 10:00 horas num grande encontro/convívio em Montemor-O-Velho que o ex-Fur. Milº Infª António Bonito está a preparar. Apelamos a uma grande participação, é fundamental que assim seja, para homenagear também todos aqueles que de uma forma ou outra deixaram a vida terrena, já são 41 camaradas que temos conhecimento, mas, devem ser mais!...

Daremos mais informações sempre que se justifique.

Contacta por e-mail, telefone, mensagem para os seguintes endereços:
António de Sousa Bonito - 963 529 764
E-mail: antonio.bonito@sapo.pt
GPS: 40.1739, -8.68739


"Quinta do Taipal"
Largo Quinta do Taipal 4
3140-254 Montemor-O-Velho

Sousa de Castro
Abril 2025

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Nota do editor

Último post da série de 24 de Abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26720: Convívios (1022): Rescaldo do Encontro comemorativo do 55.º aniversário do regresso da CCAÇ 2381 (Maiorais) da Guiné, levado a efeito no passado dia 12 de Abril em Fátima (José Teixeira, ex-1.º Cabo Aux Enfermeiro)

Guiné 61/74 - P26726: Notas de leitura (1792): Philip J. Havik, um devotado historiador da Guiné: As turbulentas duas primeiras décadas na Guiné, ainda é difícil falar dela como colónia (6) – 2 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 15 de Abril de 2025:

Queridos amigos,
Confiro a este artigo uma grande importância, o investigador compulsa documentação que lhe permite dizer com total frontalidade que naquelas décadas de 1910 e 1920 a Guiné era, quanto muito, uma colónia embrionária onde, como se pode verificar no presente texto, e tudo devido a um sindicância às alfândegas, reconhecia-se a existência de redes de compadrio entre naturais e cabo-verdianos, a que não faltava apoio a comerciantes naturais e estrangeiros. Volta a falar-se na Liga Guineense, ainda hoje uma questão indecifrável desde a alvorada da I República na colónia. Tenho agora a informar o leitor que vou suspender temporariamente esta secção, já devia ter concluído a organização do II volume da obra Guiné, Bilhete de Identidade, ainda ando aos papéis, é um tormento a organização de tanta papelada e pretendo entregar no editor o volume antes das férias grandes. Caminho para os 80 anos, vou perdendo elasticidade, acresce que tenho ultimamente recebido solicitações e infelizmente nem a todas tenho a coragem de dizer não. Peço desculpa ao Philip Havik, que tem sido prestimoso nas sugestões que me dá sobre os seus trabalhos, asseguro ao leitor que não deixarei cair esta secção, poucos são os historiadores com o talento de Philip Havik.

Um abraço do
Mário



Philip J. Havik, um devotado historiador da Guiné:
As turbulentas duas primeiras décadas na Guiné, ainda é difícil falar dela como colónia (6) – 2


Mário Beja Santos

Um dos aspetos que mais me impressiona neste ensaio de Philip Havik é a frontalidade com que o investigador aborda a questão racial, permanentemente encapotada, inclusive nos relatórios dos governadores, convinha dar-se uma imagem de grande sossego interétnico (isto depois de 1936, após a campanha de Canhabaque, como que por magia tinham sido neutralizadas todas as tensões, aceite o colonizador e enterrados os machados de guerra). E mesmo depois da independência, permanece adormecida ou silenciada a questão cabo-verdiana. Referiu-se no texto anterior que o chefe do Círculo Aduaneiro da Guiné, César Correia Pinto, era descrito como um cabo-verdiano que se comprazia em aviltar o funcionário que não era da sua cor ou raça. Mesmo depois da reorganização das alfândegas, em 1913, muito pouca coisa mudou, demorou anos a que fosse nomeado um novo administrador. Com efeito, no ano a seguir à ocupação efetiva do território continental, em 1915, o Conselho Colonial ainda estava a apreciar o caso.

Instaurou-se um novo inquérito, desta vez em forma de sindicância, há repartição das Alfândegas da Guiné. No seu relatório, o sindicante critica duramente o diretor das Alfândegas da Guiné, que identifica como um preto e um indígena, irá centrar as suas conclusões nas questões raciais:
“Afirmo sem a menor dificuldade que me era profundamente desagradável ver um preto no lugar de chefe de serviço e de um serviço daquela natureza em que tem de lidar com numerosos brancos de categoria e um número dos quais estrangeiros, alguns cônsules de várias nações. E não é só isso: na sua qualidade de chefe de serviço tem superioridade sobre brancos, quando os haja no quadro, e pior de tudo, tem a autoridade de infligir-lhes castigos! É tudo o que há de mais deprimente para a raça branca e para nós europeus, os descobridores e conquistadores desta como doutras colónias (...). A história diz que (os pretos) são os conquistados, e consequentemente não podem ter domínio sobre os conquistadores.”

A culpa desta situação de todos os funcionários das alfândegas, segundo o sindicante, serem pretos ou mulatos não era somente atribuída ao diretor, mas também à própria metrópole, que não mandava abrir concursos e não colocava europeus naquela repartição. Insurgia-se o sindicante contra o domínio numérico dos cabo-verdianos dos serviços públicos, afirmando que o chefe da repartição era um Biafada da circunscrição de Buba, oriundo da região de Quínara: “O seu ódio pela raça branca é manifesto e toda a gente sabe que ele era presidente da ‘Sociedade do mata branco» e era depois um dos sócios mais importantes da ‘Liga Guineense’ que punha e dispunha dos jornaleiros e operários, fazendo-se superior à autoridade administrativa e antepondo-se-lhe as deliberações. E o arbítrio manda dentro daquela Alfândega de modo que as preterições, os castigos e as más colocações são o apanágio dos que se não subordinam incondicionalmente às indicações e ingestões do administrador César Correia Pinto, e daqueles que lhe são mais afeiçoados.”

Não esquecer que a figura do juiz do povo acabava por resultado no controlo do mercado de trabalho das Praças e entre postos comerciais, esta figura aparecia monopolizada pelos Grumetes. A figura deste magistrado, que surgira no século XVII, no quadro da crescente autonomia destas comunidades que ocuparam bairros periféricos nas praças de Cacheu, Bissau, Farim, Geba e Ziguinchor, tornou-se incontornável nas transações entre os povos do interior e a administração portuguesa, o que dá para não se estranhar que o sindicante recomendasse a proibição do uso do crioulo na administração pública, a língua franca no território.

E Philip Havik mais observa que o facto do administrador do Círculo Aduaneiro ocupar ininterruptamente há mais de 40 anos o cargo ilustrava a grande eficácia das redes de parentesco e afinidades que o sustentaram. Este funcionário, que tinha o ensino primário tirado na Praia tinha como subalterno um diplomado pela Escola Politécnica de Lisboa.

O que veio alterar todo este quadro de redes de parentesco teve a ver com a ocupação militar da Guiné e a implantação de uma administração colonial, tudo contribuiu para uma mudança de clima político, e não houve qualquer perturbação quando ele foi substituído por um europeu em 1917, quando foi promulgada a nova Carta Orgânica da Guiné. Contudo, como observou o sindicante, os funcionários de cor adotaram como sistema resistir passivamente às determinações do novo administrador.

E o investigador volta a relevar os porquês da fragilidade da presença portuguesa. Mesmo com as autoridades a fazerem profissão de fé de que havia soberania portuguesa em toda a província, ela manteve-se praticamente inexistente fora dos poucos centros urbanos, quem preponderava eram os cabo-verdianos e os Grumetes. E quando surgem inquéritos, inspeções e sindicâncias, há sempre quem apontasse o dedo acusador às forças de bloqueio, aos negros e aos cabo-verdianos. É extremamente revelador que o único europeu na alfândega descrevia a Guiné como “A Libéria Portuguesa”. O que batia certo com a análise feita por diplomatas e autoridades metropolitanas e coloniais, esta observação da Libéria: a Guiné sofria da preponderância dos nativos. A Guiné era cobiçada pela França e pela Alemanha, a sua continuação na soberania portuguesa parecia estar por um fio durante a Primeira Guerra Mundial.

Como Philip Havik conclui o seu artigo:
“A opinião generalizada de que a administração portuguesa não estava na posse efetiva do território, que a sua administração era débil e permitia abusos de vária ordem, justificava as reivindicações das grandes potências europeias. As referências à situação interna e os conflitos entre diferentes fações políticas e estratos sociais serviram para identificar a Guiné como problema, exigindo soluções rápidas que Portugal era incapaz de implementar num dos «mais ricos e mais acessíveis territórios em África. A alegação de que um partido cabo-verdiano ou ‘Kriston’, composto por jovens católicos composto por «jovens católicos», tinha «opiniões revolucionárias e separatistas», e que ambicionava estabelecer «uma república negra parecida com a Libéria», associava-se nitidamente à rivalidade entre países europeus e à sua cobiça por colónias ‘embrionárias’ como a Guiné. O facto de tanto governos franceses como alemães discutirem a «compra» da Guiné na época em questão usando estes pretextos, quando os conflitos internos estavam no seu auge, ilustra claramente até que ponto o território e as suas lutas internas constituíram uma peça no xadrez geopolítico regional e global de então.”

Bilhete-postal, cerca de 1910
Carta geográfica da Guiné, 1933
Cheia do rio Geba em Bafatá, bilhete-postal cerca de 1910
Bolama, antiga residência do governador
Rua Honório Barreto, Bissau, 1920
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Notas do editor:

Post anterior de 18 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26700: Notas de leitura (1790): Philip J. Havik, um devotado historiador da Guiné: As turbulentas duas primeiras décadas na Guiné, ainda é difícil falar dela como colónia (6) – 1 (Mário Beja Santos)

Último post da série de 21 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26711: Notas de leitura (1791): Lançados ou tangomaus e pombeiros, no tráfico de escravos, o que os distingue (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P26725: Recordações de um fulacundense (Armando Oliveira, ex-1º cabo, 3ª C/BART 6520/72, 1972/74) - Parte III



Foto nº 1A e 1



Foto nº 2A e 2




Foto nº 3A e 3




Foto nº 4, 4A e 4B


Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74) >
 Mais fotos sobre o cotidiano da vila que, com a guerra, perdeu o status de sede de circunscrição (para Tite)....Segundo nosso grão-tabanqueiro Jorge Pinto, tinha nesta época cerca de 400 habitantes, da etnia biafada. Embora com parentes no mato, Fulacunda era atacada pelo PAIGC.

 Fotos do álbum do Armando Oliveira, natural do Juncal, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses; mora no Porto.

Fotos (e legendas): © Armando Oliveira (2025). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blog Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Armando Oliveira, ex-1º cabo, 3ª C/BART 6520/72, "Os Serrotes" (Fulacunda, 1972/74), pertencia ao 3º Pelotão, comandado pelo nosso amigo, camaradada e grão-tabanqueiro Jorge Pinto. Ele era o apontador da metralhadora pesada Breda. Passou há dias a sentar-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 901.


É meu conterrâneo, da minha segunda terra, Marco de Canaveses (a terra também da Carmen Miranda, do engº Belmiro de Azevedo e do general Carlos Azeredo , um conhecido monarquista que participou ativamente do 25 de Abril e que foi chefe da casa militar do presidente da República, Mário Soares ).

Trabalhou 37 anos, como civil, no Hospital Militar Dom Pedro V, Porto. Tem página do Facebook . Mora no Porto.

Tem uma bela coleção de "slides" da Guiné, que mandou digitalizar. Uma parte dessas imagens já foram publicadas em postes do José Claudino da Silva, e nomeadamente na série "Ai, Dino, o que te fizeram"...

Voltou à Guiné-Bissau 4 vezes, tendo sempre passado por Fulacunda.

Comecei a publicar ontem  mais alguns fotos do seu álbum (*) . Mandou-me pelo correio, para a minha morada na Lourinhã,  uma "pen" com o seu espólio fotográfico (incluindo a história da unidade).

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