Foto nº 1 > O contentor em Bissau, na sede da Fundação João XXIII
Foto nº 2 > Largar amarras para Cumura, bem amarrados
Foto nº 3 > O Tarzan a encantar gerações, pela primeira vez projectado na escola
Foto nº 4 > O que, incrivelmente, coube nas malas de avião, uma parcela do crowdfunding.
Foto nº 5 > Experiência das cores feito pelo 2º Ciclo com as tintas oferecidas.
Fotos (e legendas):
Um pé na Guiné (com a devida vénia)
1. Mensagem dos nossos amigos João Martel e Ana Maria Gala:
Data: 12 de fevereiro de 2016 às 19:40
Assunto: Obrigado, da Guiné!
Algo que não podemos deixar de partilhar!... No nosso sítio
Um pé na Guiné
Com um grande abraço a todos, aí na Tabanca Grande!
Ana Maria Gala e João Martel
2. Obrigado, Amigos! Chegou Tudo Inteiro!
por Ana Maria Gala e João Martel
Chegou o dia! Há já muito que de Portugal nos perguntavam: “então o contentor, já chegou?”, “perdeu-se no mar, o que se passa?” “já conseguiram tirá-lo do porto?”…
Ao ritmo das burocracias e contratempos guineenses, com Natal e Ano Novo pelo meio, um dia toca o telefone – é o nosso amigo Raúl, mestre “diplomata das alfândegas” e director da Cooperativa Escolar S. José, em Bôr, a avisar-nos que o despacho portuário está já no último ministério, na última secretária, com o último carimbo!… Alegria!
No dia 18 de Janeiro, navegando a heróica carrinha velha dos frades, fomos até Bissau, à casinha-sede da
Fundação João XXIII, a associação portuguesa, com sede em Ribamar, Lourinhã, que gentilmente nos ofereceu o transporte marítimo dos materiais reunidos para Cumura.
Lá estavam eles, um grupo animado e de piada pronta, à boa maneira lusa (que bom é ouvir e expandir-se na nossa língua), que se lançou, de mangas arregaçadas, aos caixotes que os muitos amigos de Portugal juntaram para nos enviar.
Tudo bem empilhado e amarrado, com solidez à prova das crateras na estrada que teríamos de enfrentar, muitos abraços e cumprimentos e o convite para nos juntarmos ao grupo daí a dois dias, em Ondame, nas profundezas da região do Biombo, onde a Fundação tem feito renascer o velho e vital projecto da Clínica “Bom Samaritano”, um projecto tão antigo como a missão de Cumura, começado por duas missionárias evangélicas nos idos anos 50.
Mas afinal, o que veio de Portugal? (*)
Principalmente, material para a escola e para o hospital. Para este tinham-se comprado 500 unidades de 100 mL de soro fisiológico a preço reduzido, na farmácia do Hospital Garcia de Orta, em Almada, que são muito necessárias para a Pediatria e que normalmente não fazem parte da “lista de compras” da Missão.
Para a escola – a maioria – chegou bastante material escolar, algum material de escritório e o mais necessário – os Livros. Como tínhamos já combinado de antemão com o director da escola, o Frei Carlos, era nossa intenção ajudar a criar a biblioteca para o 1º e 2º ciclos, assim como ampliar a colecção da biblioteca do Liceu. Durante estas próximas semanas, vamos trabalhar na catalogação e criação do espaço e daremos a conhecer as várias obras que chegaram, à medida que estiverem em utilização.
Queremos aproveitar este momento da chegada do contentor, estando agora a bater a metade do tempo da Missão “Um pé na Guiné”, para agradecer a todos os que generosamente quiseram contribuir para nos ajudar neste projecto missionário e ajudar o povo da Guiné-Bissau!
Além do que descrevemos acima, os fundos que recolhemos nas iniciativas do “Crowdfunding” e de outras fontes serviu para comprar vários materiais importantes que vieram connosco de avião, como:
– Um projector vídeo para uso na escola (o cinema tem sido um sucesso!)
– Livros para mediação de leitura
– Material de escrita e artes plásticas
– Livros técnicos de apoio ao professor.
– Cd’s de canções e lenga-lengas em português.
Foram muitos os que contribuíram. Sendo impossível invocar o nome de todos, gostaríamos de lembrar aqui:
– Os que apoiaram a iniciativa do “Crowdfunding”, dando-nos alguns dos fundos iniciais para arrancar com este projecto. Aqui estão eles: Paulo Martel, Mafalda Lima, João Gala, Maria Machado, Leonor Matos, Luís Carvalhais, Ana Gabriela Silva, Esther de Lemos, Cecília Albuquerque, DICP, Hélder Sousa, Maria do Rosário Costa, Joana Casal Ribeiro, Carlos Farinha Manuel Joaquim, António Sucena Rodrigues, Alberto Grácio, Zepinela, José Viegas, Acílio Gala, Tiago Tomaz , Tomás Albuquerque, Maria Henriques. Catarina Vieira, Celestino Manso,
Aurora Tomaz, Diogo Martel, Inês Martel, Lourenço Leite, Inês Santos, Carlos Júlio, Miguel Borges, Ana Isabel Carvalho, Mariana Matos, Nuno Vasconcelos, José Luís Gala, Ana Isabel Gala, Alexandra Coelho, Carolina Pinheiro, Liliana Lopes, Rui Marmota, João Filipe Almeida, Joana Ressurreição, Maria, Isabel, Francisco e Filipa Gala, Rita Coelho Nadjos, João Silva, Maria Martel Creche “O Piu-piu”, Pedro Gala, António Boavida, Maria do Céu Gomes, Tomás Mendes.
– As comunidades das paróquias de Porto Salvo (Oeiras), Igrejas do Carmo, dos Carmelitas e de Nª Srª dos Anjos (Porto) e os colaboradores da Fundação Calouste Gulbenkian, que mostraram verdadeiro sentido de solidariedade e família, criando uma grande rede de ajuda e apoiando a nossa partida.
– As nossas famílias, por estarem sempre connosco e por se envolverem na recolha, preparação e envio de todos os materiais reunidos, mesmo após a nossa ausência.
– A
Fundação João XXIII, que nos ofereceu o transporte deste contentor e de um segundo, que está prestes a chegar a Bissau e o Raúl, que permitiu que os caixotes vissem a luz do dia na Guiné.
Em nome da comunidade de Cumura e de todos os que irão beneficiar das vossas ofertas e amizade, enviamos um muito obrigado! (**)
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 23 de dezembro de 2015 >
Guiné 63/74 - P15532: Ser solidário (189): Notícias de Cumura: estamos muito gratos a todos os que têm apoiado este projecto, sabendo que não há verdadeiramente um projecto 'de alguém', somos todos a remar na mesma canoa da amizade entre os povos (João Martel e Ana Maria Gala)
(**) Último poste da série > 13 de janeiro de 2016 >
Guiné 63/74 - P15616: Ser solidário (193): A Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), distinguida com o Prémio Direitos Humanos 2015, "pelo seu papel notável de 41 anos de apoio aos ex-combatentes vítimas da guerra colonial"