Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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quinta-feira, 19 de junho de 2025
Guiné 61/74 - P26938: Ser solidário (285): Bilhete-postal que vai dando notícias sobre a "viagem" da campanha de recolha de fundos para construir uma escola na aldeia de Sincha Alfa - Guiné-Bissau (14): Mercado de venda de produtos em segunda-mão no dia 21 de junho na cidade de Bressanone – Região Italiana do Alto Adige (Renato Brito)
Boa tarde Carlos Vinhal,
Com a presente venho por este meio partilhar a “cartolina” que prossegue com a campanha de angariação de fundos para construir uma escola na aldeia de Sintcham Arafam – Guiné-Bissau.
Desta feita mais um mercado de venda de produtos em segunda-mão no dia 21 de junho na cidade de Bressanone – Região Italiana do Alto Adige.
Cumprimentos,
Renato Brito
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Nota do editor
Último post da série de 15 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26802: Ser solidário (284): Bilhete-postal que vai dando notícias sobre a "viagem" da campanha de recolha de fundos para construir uma escola na aldeia de Sincha Alfa - Guiné-Bissau (13): Apresentação do projecto na Sede da Associação Macaréu, dia 31 de Maio de 2025, pelas 18h30, Rua João das Regras, 151 - Porto. Também uma oportunidade para experimentar a gastronomia e ouvir música da Guiné-Bissau (Renato Brito)
quinta-feira, 15 de maio de 2025
Guiné 61/74 - P26802: Ser solidário (284): Bilhete-postal que vai dando notícias sobre a "viagem" da campanha de recolha de fundos para construir uma escola na aldeia de Sincha Alfa - Guiné-Bissau (13): Apresentação do projecto na Sede da Associação Macaréu, dia 31 de Maio de 2025, pelas 18h30, Rua João das Regras, 151 - Porto. Também uma oportunidade para experimentar a gastronomia e ouvir música da Guiné-Bissau (Renato Brito)
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Nota do editor
Último post da série de 1 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26752: Ser solidário (283): Bilhete-postal que vai dando notícias sobre a "viagem" da campanha de recolha de fundos para construir uma escola na aldeia de Sincha Alfa - Guiné-Bissau (12): O regresso à Guiné-Bissau em fevereiro de 2025 traduziu-se no cumprimento de vários objectivos do projecto (Renato Brito)
sexta-feira, 2 de maio de 2025
Guiné 61/74 - P26753: VI Viagem a Timor Leste: 2025 (Rui Chamusco, ASTIL) - IV (e última) Parte: de 9 a 19 de abril de 2025: um país, de cultura riquíssima, onde algumas das suas melhores tradições, como o Fase Matan, correm o risco de perder
A foto e a legenda é da página do Facebook do Nunes José Nunes Martins, com data de 27 de março ·
"Imagem com história verdadeira: Primeiro Ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, visita surpresa e celebra com a comunidade o 7ºaniversário da Escola São Francisco de Assis "Paz e Bem". Rui Chamusco sorri ao ver Xanana com tanto interesse na concertina aos ombros da menina que alegremente o recebe.
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Rui Chamusco |
Assunto - Crónicas de Tiumor-Leste
Estimados amigos,
Desde a Terra do Sol Nascente, os meus votos de Boas Festas de Páscoa.
Quase a chegar ao fim desta minha estadia, envio-vos um cheirinho das últimas crónicas que escrevi.
09.04.2025, quarta – As promessas são para ser cumpridas…
A seguir ao VII aniversário da ESFA prometi que eu voltaria a passar mais uns dias em Boebau antes de regressar a Portugal. E assim fiz… No dia 9 deste mês eu mais o inseparável Eustáquio (o que é que eu aqui faria sem este precioso amigo?), lá vamos nós outra vez a caminho da Escola São Francisco de Assis. E, já sabemos, que cada vez que vamos ou vimos de Boebau, temos de contar com as dificuldades e os imprevistos do percurso.
A casa dos professores está cheia. Desta vez pernoitamos nela seis pessoas, umas a dormir nos colchões que são três, outras a dormir no chão. Eu sou sempre um privilegiado, talvez por consideração em ser velho ou por respeito ao abô Rui, destinam-me sempre um quarto com colchão.
11.04.2025, sexta – Histórias da História: o homem que viajou na ponta de canhão
De vez em quando aparecem histórias destas por aqui. Depois de chegarmos a Ailok Laran, e enquanto bebíamos um café, o Eustáquio chamou-me a atenção para o senhor que conversava lá fora com o irmão Mari (Mário).
– É o Apeo (Pedro) – respondeu.
14.04.2025, segunda – O que fazer, quando não há nada para fazer?
16.04.2025, quarta – “Rapaziada da vida airada…” / Cerimónia do “Fase Pima”
Hoje foi o dia escolhido pelos construtores da campa da Aurora (a saudos esposa do Eustáquio) para fazer o “remate”. Embora eles já tenham terminado a obra há bastantes dias, só agora a deram por acabada. E eu perguntava ao Eustáquio:
Fiquei estupefato, e a pensar comigo: "mais comes e bebes, mais bebedeiras, mais cigarros, mais despesas para a família.”
18.04.2025, sexta feira santa – Da terra para o mar…
Há dias assim. Hoje, sexta feira santa, quando tudo fazia crer que não havia nada para fazer, surge um convite depois do almoço. O Fred (Frederico Sobral), filho do Abeca, veio convidar-me para ir a Casait visitar o projeto de criação de tartarugas, que desde há três anos vem desenvolvendo um pequeno grupo de doze voluntários, em prole da preservação desta espécie marinha.
alimento apropriado (gema de ovos), é um exemplo do empenho e dedicação destes doze jovens que, sem qualquer remuneração monetária, fazem este belo trabalho de procurarem os
ovos na praia, arranjar os tanques incubadores, alimentar os bebés e devolver estas novas criaturas ao seu habitat natural que é o mar.
“Louvado sejas meu Senhor por todas as tuas criaturas, e especialmente pelas irmãs tartarugas
que são tão lindas e belas. De Ti, Altíssimo nos fazem lembrar”.
19.04.2025, sábado – O “Fase Matan”
Logo de manhã, ao consultar as notícias no Facebook, deparo com uma publicação do jornal nacional "Diligente” que me surpreendeu e passo a registar nesta crónicas.
Sendo eu ávido da cultura timorense, não poderia ficar insensível a tal publicação, mais a mais envolvendo rituais em que os protagonistas são as crianças.
Jornal “Diligente” | Rilijanto Viana | 19 de abril de 2025 (reproduzido com a devida vénia)
O sol ainda mal iluminava as montanhas de Dare, aldeia situada a cerca de dois quilómetros de Díli. Eram seis da manhã. Crianças corriam e brincavam sob tendas improvisadas; mulheres mais velhas preparavam comida nas cozinhas; e os homens estendiam um tapete à entrada da casa. As famílias começavam a juntar-se para dar início à cerimónia.
Sobre o tapete, foram colocados dois pratos cheios de água, folhas, um anel e uma moeda de dez centavos. Ao lado, também estavam a noz de areca e cigarros tradicionais. Dentro da casa, a tia Rosa de Aleixo trazia às costas um cesto, uma alavanca e uma catana, enquanto o tio Virgílio Fátima carregava o bebé recém-nascido, segurando um caderno e um lápis nas mãos.
Pouco depois, saíram do quarto. Lá fora, todos os familiares se levantaram para os acompanhar, caminhando lentamente até à esteira, colocada a cerca de três metros de distância. Quando chegaram, tia Rosa começou a cortar as ervas com a catana e, com a alavanca, abriu um pequeno buraco na terra, dizendo em voz alta:
De seguida, o tio Virgílio sentou-se com o bebé na esteira e, com grande delicadeza, passou as folhas sobre os olhos da criança, dizendo: “Lavo os teus olhos para que no futuro vejas tudo claramente.” Depois, pegou no anel e repetiu o gesto, pronunciando:
“Lavo os teus olhos para que no futuro possas ver toda a tua família, sejas sábio e saibas observar o mundo à tua volta.”
Terminada esta fase, o tio abriu o caderno onde estavam escritos o nome completo e a
data de nascimento do bebé, e murmurou-lhe ao ouvido: “
Além da cerimónia, a ocasião é também um momento de convívio comunitário. Familiares e vizinhos trazem ofertas práticas como sabonete, sabão em pó, fraldas e toalhas para dar as boas-vindas ao recém-nascido.
Afonso Aleixo Bareto, representante da família, explicou que o Fase Matan é uma prática para pedir matak malirin — a bênção natural — para que a criança cresça saudável. “Se não realizarmos esta prática, no futuro a criança poderá não compreender bem o mundo”, alertou.
A cerimónia deve ocorrer antes do nascer do sol, para que a criança aprenda a levantar-se cedo e desenvolver hábitos de responsabilidade. Afonso sublinhou ainda que todos os que assistiram ao parto — seja em casa ou no hospital — devem participar no ritual de lavar os olhos, como forma de proteger a própria visão.
Entre os materiais essenciais estão água retirada diretamente de uma nascente natural, para garantir frescura e pureza; folhas da planta ai lauk, conhecidas pela sua energia vitalizante; um anel ou uma moeda de dez centavos, símbolos de luz e roteção visual e materiais agrícolas e escolares, para orientar o bebé no trabalho e no estudo.
“O ai lauk cresce perto da nascente e é ele que dá vida à água, por isso consideramos
que ele transmite essa energia vital ao desenvolvimento da criança”, explicou.
As mulheres realizam o ritual dentro da casa, simbolizando o trabalho doméstico, enquanto os homens realizam-no no exterior, representando o trabalho agrícola.
O cesto, a catana e a alavanca representam a ligação da criança à agricultura, enquanto o caderno e o lápis incentivam a sabedoria e o estudo. “Se estes materiais não acompanharem o bebé, ele poderá crescer com preguiça de trabalhar e estudar”, afirmou Afonso.
Tomás Alves Madeira, de Letefoho, Ermera, explicou que na sua comunidade o Fase Matan é sempre feito de madrugada, para que o bebé receba a bênção da luz das estrelas e do sol. O ritual inclui medir o bebé dos pés à cabeça — gesto simbólico para que a criança cresça saudável e alta — e passar uma moeda de dez centavos nos olhos do bebé.
Tomás contou que, durante a cerimónia, os familiares colocam água num prato e adicionam uma moeda de dez centavos, que é depois colocada em frente à casa, juntamente com bua malus (noz de areca e betel, em português).
Disse ainda que, durante o processo, deve ser escolhida uma pessoa para realizar a medição do bebé, passando as mãos dos pés até à cabeça, com o objetivo de que, no futuro, a criança possa crescer com boa estatura. Após essa medição, a criança é levada para fora de casa para se realizar o ritual do Fase Matan, utilizando a água e a moeda que foram previamente colocadas no prato. “Depois, o bebé é erguido em direção ao nascer do sol, para que possa receber a força e a bênção da luz do dia”, explicou.
Tomás Madeira concordou que o Fase Matan é uma tradição feita para conceder atak malirin (bênção da natureza) ao bebé e que, ao mesmo tempo, serve como um ritual de libertação, permitindo que tanto o bebé como a mãe possam voltar a sair de casa e sentar-se ao ar livre.
João Rui Lemos, de Laclubar, Manatuto, descreveu o ritual como uma espécie de “batismo cultural”. Na sua tradição, além de lavar os olhos, a família entorna água sobre a moleira do bebé e anuncia-lhe oficialmente o nome, geralmente herdado dos avós. Caso o nome escolhido não seja o adequado (por exemplo, se o bebé chorar muito), a família procura outro nome dentro da linhagem familiar.
A pessoa que carrega o bebé: espelho do seu futuro
Os praticantes do Fase Matan acreditam que a pessoa que carrega o bebé durante o ritual influencia o seu caráter futuro. Por isso, a escolha é criteriosa. O homem torna- se o Aman Kous (“pai acolhido”) e a mulher, a Inan Kous (“mãe acolhida”).
Afonso explicou: “Se escolhermos alguém que não respeita os outros ou que tem maus
comportamentos, a criança poderá crescer com essas mesmas características.”
“Se escolhermos uma pessoa que gosta de causar problemas, que não respeita os outros e age com arrogância, esse comportamento refletir-se-á na criança”, disse Afonso. Mencionou que essa situação aconteceu na sua própria família. “A minha filha, agora, fala muito, tal como a tia que a acolheu durante o Fase Matan“, afirmou.
Tomás Madeira acrescentou que, mais tarde, realiza-se outra cerimónia chamada Oidu (“trazer para fora”), na qual o bebé é levado para fora de casa com utensílios agrícolas
e materiais escolares, reforçando a ligação entre trabalho e estudo.
Disse que a pessoa escolhida para carregar o bebé para fora de casa deve ter boas atitudes e conhecimento, pois, no futuro, esses comportamentos refletir-se-ão na criança à medida que crescer.
“Quando uma criança é traquina e as pessoas comentam que ela não respeita ninguém, as famílias perguntam logo aos pais: ‘Quem levou a criança para fora de casa durante o Fase Matan?’ Se os pais indicarem uma pessoa conhecida por esse tipo de comportamento, então as famílias dizem: ‘É por isso que o comportamento do teu filho ou filha é igual ao dessa pessoa;”, explicou.
Um apelo urgente: preservar uma tradição em risco
Apesar da sua importância cultural, o Fase Matan está a desaparecer, sobretudo devido à modernização e às mudanças nos valores familiares. Afonso Aleixo explicou que, mesmo onde ainda se pratica o barlaque (casamento tradicional), a cerimónia já enfrenta dificuldades.
“Se a casa sagrada deixar de dar importância a estas práticas, a tradição poderá desaparecer. Podemos registá-las por escrito, mas a sua verdadeira força está na prática”, lamentou João Lemos.
Tomás Alves Madeira observou que, em Ermera, a tradição ainda resiste, mas nas famílias que se mudaram para Díli o ritual tem vindo a perder-se.
Todos apelam para que se continue a praticar e a investigar o Fase Matan, para que as gerações futuras possam conhecer e valorizar esta herança ancestral. “Precisamos que os estudantes pesquisem, registem e divulguem esta tradição, porque ela está seriamente ameaçada de desaparecer”, concluiu Tomás.
Entre a luz e a cegueira
Em Timor-Leste, a visão não é apenas física: é também um dom espiritual, um guia para a vida. O ritual do Fase Matan reflete esta conceção ancestral — lavar os olhos do recém-nascido para que ele possa ver o mundo com clareza, sabedoria e responsabilidade.
Este simbolismo ecoa também na literatura timorense, nomeadamente no romance Olhos de Coruja, Olhos de Gato Bravo, de Luís Cardoso. A protagonista, Beatriz, nasce com olhos enormes e mágicos, mas é vendada para ser protegida das dores do mundo e por julgarem que ela padece de uma doença. Paradoxalmente, é ela, cega para o exterior, quem melhor compreende as verdades escondidas, enquanto aqueles que mantêm os olhos abertos permanecem presos à ignorância e à ilusão.
Tal como em Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, Luís Cardoso mostra-nos que ver fisicamente não significa necessariamente compreender. A verdadeira cegueira é espiritual: é não querer ver, é não querer saber. Em Timor, nas tradições como o Fase Matan, preserva-se o valor de ensinar a ver para além do imediato — de formar crianças capazes de interpretar o mundo com lucidez e compaixão.
Num país onde a visão representa tanto uma bênção como uma responsabilidade, osrituais e as histórias lembram-nos que, mais importante do que abrir os olhos, é aprender a ver. Como diria José Saramago, no seu Ensaio sobre a Cegueira, “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.
Texto e fotos: Rilijanto Viana | Jornal “Diligente” | 19 de abril de 2025
Postes anteriores da série ;
quinta-feira, 1 de maio de 2025
Guiné 61/74 - P26752: Ser solidário (283): Bilhete-postal que vai dando notícias sobre a "viagem" da campanha de recolha de fundos para construir uma escola na aldeia de Sincha Alfa - Guiné-Bissau (12): O regresso à Guiné-Bissau em fevereiro de 2025 traduziu-se no cumprimento de vários objectivos do projecto (Renato Brito)
Boa tarde Carlos Vinhal,
Com a presente venho por este meio partilhar a “cartolina” que prossegue com a campanha de angariação de fundos para construir uma escola na aldeia de Sintcham Arafam – Guiné-Bissau.
O regresso à Guiné-Bissau em fevereiro de 2025 traduziu-se no cumprimento de vários objectivos do projecto:
- compra de um “motocarro” para transporte de pessoas e bens, onde, a cada abastecimento de combustível, 10% remete para a compra de material escolar.
- medição do terreno doado para a construção da escola.
- estabelecer uma ponte através de bilhetes-postais ilustrados entre duas escolas da região do Alto Adige – Itália e os meninos e meninas da escola primária da aldeia.
Mais informações sobre cada um destes objectivos na seguinte página internet:
https://sostegnoguineabissau.weebly.com/
Envio ainda o convite para uma apresentação do projecto na Macaréu – Associação Cultural, na cidade do Porto, no dia 31 de Maio de 2025.
Cumprimentos,
Renato
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Notas do editor
Vd. último post de 12 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26380: Ser solidário (277): Bilhete-postal que vai dando notícias sobre a "viagem" da campanha de recolha de fundos para construir uma escola na aldeia de Sincha Alfa - Guiné-Bissau (11): Início da parte operativa do projecto de construção de uma escola na aldeia de Sincha Alfa e visita a um projecto agrícola comunitário a cerca de 80 km a sul da cidade de Gabú (Renato Brito)
Último post da série de 11 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26676: Ser solidário (282): Ajude sem gastar nada! Consigne 1% do seu IRS à "Na Rota dos Povos" - ONGD
sexta-feira, 11 de abril de 2025
Guiné 61/74 - P26676: Ser solidário (282): Ajude sem gastar nada! Consigne 1% do seu IRS à "Na Rota dos Povos" - ONGD
A consignação do IRS permite que uma parte do seu imposto a favor do Estado seja encaminhada para uma entidade à sua escolha. Este gesto solidário não tem qualquer custo para si, nem implica a perda de benefícios fiscais, mas pode fazer toda a diferença para quem mais precisa.
A Na Rota dos Povos é uma ONGD cuja missão é promo ver a educação, a proteção social e a saúde na região de Tombali, no sul da Guiné-Bissau. Sob o lema "A Educação é o Único Caminho", trabalhamos para transformar vidas: apoiamos cerca de 50 escolas com material e equipamento escolar, acolhemos na Casa da Mamé crianças que perderam a mãe no parto e proporcionamos apoio especializado a crianças com deficiência no Centro de Educação Especial e Terapêutica.
A consignação do IRS é uma das principais fontes de financiamento da Na Rota dos Povos. Cada consignação é mais um passo que podemos dar. Um passo que damos juntos e que nos leva um pouco mais longe.
Os próximos tempos serão desafiantes para nós com a construção da nova "Casa da Mamé". Cada consignação do IRS é um tijolo nesta nova casa. Cada partilha ergue paredes de conforto, desvenda janelas de esperança e abre portas para um futuro melhor.
Faça da sua consignação um alicerce para este sonho.
Muito obrigado.
Quem somos
A “Na Rota dos Povos” é uma Organização não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) com foco de atuação na educação, solidariedade social e saúde na região de Tombali, na Guiné-Bissau.
A sede da ONGD é em Matosinhos e, todas as tarefas, tais como angariações, gestão de recursos, comunicação, e organização de missões, são realizadas por voluntários.
Temos sede de delegação local na cidade de Catió, a cerca de 300 km da capital Bissau, onde damos emprego a 35 habitantes que colaboram nos diferentes projetos. A integração da ONGD na comunidade Cationense gera também uma onda de participação num país em que a solidariedade é característica deste povo sempre pronto a ajudar o vizinho.
A nossa motivação
Em Catió, no ano de 2010, o professor Braima Sambu fez um pedido. Quando se esperaria que seria algo para ele, o que Braima pediu foi capacitação para a população da sua terra. Capacitar é tornar capaz, mas também permitir acreditar. A capacitação que falava era ajuda para os professores de Catió.
Sensibilizados com tal pedido, no regresso a Portugal, começaram a reunir-se esforços para responder a este apelo.
Desde esse momento, sempre com o lema “A Educação é o Único Caminho” um longo percurso tem sido trilhado. O projeto que começou com o objetivo de ajudar a melhorar as condições dos professores de Catió tem vindo a crescer atingido agora muitas outras áreas para além das escolas como o orfanato da “Casa da Mamé”, o “Centro de Educação Especial e Terapêutica”, o apoio ao hospital regional da região, entre muitas outras contribuições para o sector de Tombali.
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Nota do editor
Último post da série de 10 de Abril de 2015 > Guiné 61/74 - P26670: Ser solidário (281): Ajude sem gastar nada! Consigne 1% do seu IRS à Ajuda Amiga - ONGD
quinta-feira, 10 de abril de 2025
Guiné 61/74 - P26670: Ser solidário (281): Ajude sem gastar nada! Consigne 1% do seu IRS à Ajuda Amiga - ONGD
A Ajuda Amiga é uma associação com o estatuto de ONGD - Organização Não Governamental para o Desenvolvimento, reconhecida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, através do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua
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Nota do editor
Último post da série de 27 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26622: Ser solidário (280): O que se passa com o caudal de água da Fonte Frondosa / Sanjuna, de Empada ? (Henk Eggens / Vincent Kuyvenhoven / Luís Graça / José Teixeira / Inês Allen / Arménio Estorninho)
segunda-feira, 7 de abril de 2025
Guiné 61/74 - P26659: Tabanca da Diáspora Lusófona (31): Bom dia, desde Nova Iorque (João Crisóstomo, régulo)
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O João Crisóstomo, um grande amigo de Timor-Leste, da ASTIL e da ESFA. Foto: Luís Graça (2017) |
1, Mensagem do João Crisóstomo:
Caro Luís Graça,
São 04.19 AM, não consigo dormir. Hoje deu-me para ver televisão (concertos de André Rieux, que nunca me cansam).
Estive mesmo para te telefonar, para um pequeno bate papo, e nos mantermos em dia como eu gosto; mas reparei que talvez ainda seja cedo para vocês, tanto mais que hoje é domingo e onde quer que estejas não terás pressa em te levantares. Para mim quando se trata de dormir, sejam domingos ou dias de semana… são todos iguais. Nunca fui grande dorminhoco, mas agora para grande frustração minha, dormir é um problema. Por vezes passo noites inteiras em claro, para andar depois meio estremonhado o dia seguinte. Coisas da velhice! Portanto o bate-papo vai por email…
Ontem, dia 5, falei com o Sr. Padre Vitor Melícias . É que pela primeira vez o dia da Consciência, embora baseado no testemunho e decisão de Aristides de Sousa Mendes no dia 17 de junho, foi celebrado no dia 5 de Abril, para o fazermos em unanimidade com as Nações Unidas que escolheram este dia como “Dia Internacional da consciência.”
Ele confirmou que tenciona celebrar a missa no nosso encontro (da família Crispim & Crisóstomo, mais amigos e camaradas) no dia 25 de Maio, como já fez duas ou três vezes quando os nossos “encontros" em Varatojo foram apenas um abraço no claustro depois da missa, sem comes e bebes.
Ele disse-me que, se eu quiser, que pode arranjar uma mesa ou duas no claustro para se tomar um café… e portanto é isso mesmo que vou fazer: vou trazer uns biscoitos, talvez uma salada de frutas ( ou algo que não exija garfos e facas) para estimular um bate-papo mais alongado…E vou pôr uma "mesa de recolha" à entrada para o caso de alguém querer trazer um bolo ou coisa assim (como sucede frequentemente) e não ter de o levar para dentro da igreja.
Estive também a reler as crónicas do Rui Chamusco (*), que geralmente não são novidade para mim, pois falamos frequentemente por WhattsApp e ele mantém-me informado das coisas à medida que vão acontecendo. Mas é sempre uma satisfação grande reler as suas crónicas pois não posso deixar de ter “ciúmes" dos seus momentos e experiências.
Quem me dera estar lá também!... Mas assim é a vida. Mas tive mesmo pena e quase inveja ao ver a sua satisfação e a dos alunos, pais e outras gentes no aniversário da escola , desta vez com a presença do Xanana.
Eu dei conhecimento disto ao Rui Chamusco para que escrevesse uma carta / convite . E deu certo!
Oxalá o assunto se resolva de vez! O pobre do Rui, aliás todos nós mas ele mais que ninguém, tem passado as ruas da amargura. Ele merece uma medalha!
Bom vou tentar, ver se consigo dormir um pouco ,senão amanhã vou passar um dia difícil.
Sei que a Vilma ( que dorme que nem um anjinho) se associa a mim num grande abraço aos dois. Tenham um bom fim de semana.
João e Vilma
Notas do editor LG:
(*) Vd. poste de 6 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26657: VI Viagem a Timor Leste: 2025 (Rui Chamusco, ASTIL) - Parte III: 22 de março, um dia histórico para a Escola de São Francisco de Assis, com a visita-surpresa de Kay Rala Xanana, o 1º ministro de Timor Leste
segunda-feira, 31 de março de 2025
Guiné 61/74 - P26633: Facebook...ando (72): Timor-Leste: 1º ministro Kay Rala Xanana Gusmão faz visita surpresa à ESFA - Escola São Francisco de Assis, nas montanhas de Liquiçá, em 22 de março - III (e última) Parte
1. Aqui vai o discurso do Coordenador da ESFAMB, Escola de S. Francisco de Assis, Manati Boebau, "Eustáquio" (João de Araújo Moniz Sobral), na receção ao Primeiro Ministro de Timor-Leste, Kay Rala Xanana Gusmão, que fez uma visita de surpresa!
Segue-se o discurso traduzido (, reproduzido coma devida vénia da página do Facebook da ASTIL, 27 de março de 2025, 23:23):
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Nota do editor:
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