Último poste da série > 29 de abril de 2024 > Guiné 61/74 - P25459: Notas de leitura (1686): O islamismo na Guiné Portuguesa, de José Júlio Gonçalves, edição de 1961 (Mário Beja Santos)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quinta-feira, 2 de maio de 2024
Guiné 61/74 - P25468: Notas de leitura (1687): "Poemas de Su Dongpo", introdução e notas de António Graça de Abreu (Lisboa, Grão-Falar, 2023, 177 pp.) Parte I
Último poste da série > 29 de abril de 2024 > Guiné 61/74 - P25459: Notas de leitura (1686): O islamismo na Guiné Portuguesa, de José Júlio Gonçalves, edição de 1961 (Mário Beja Santos)
quarta-feira, 13 de março de 2024
Guiné 61/74 - P25268: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Lançamento do livro em 2010 - Parte II: vídeo (8' 43'') da intervenção do cor 'cmd' ref Raul Folques
Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) > Raul Folques e Rui A. Ferreira (Sá da Bandeira / Lubango, 1943- Viseu, 2022)
Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) > Intervenção do cor 'comd' ref, Raul FolquesLisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) > O nosso editor, Luís Graça, à esquerda, gravando em vídeo a intervenção do cor 'comd' ref, Raul Folques
Foos (e legendas): © Virgínio Briote (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) > Em primeioro plano, oss nossos camaradas, membros do nosso blogue, João Parreira (de costas) e Mário Dias, ex-comandos do CTIG (1964/64),contempporâneos do Amadu Djalõ; em segundo plano, entre os dois, comandante Alpoim Calvão (1937-2014).
Foto (e legenda): © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010). Intervenção do cor 'cmd' Raúl Folques, cmdt do Batalhão de Comandos da Guiné entre 28jul73 e 30abri74.
Vídeo (8' 43''): © Luís Graça (2010). Alojado em You Tube > Nhabijoes (conta do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)
Capa do livro "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, il., edição esgotada)
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(*) Último poste da série > 12 de março de 2024 > Guiné 61/74 - P25265: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Lançamento do livro em 2010 - Parte I: texto da intervenção do Nuno Rogeiro
domingo, 17 de setembro de 2023
Guiné 61/74 - P24664: Manuscrito(s) (Luís Graça) (230): Há minas... e minas
"O verão ainda não acabou nem o nosso passatempo... Espero que amanhã não chova porque temos, cá na nossa tabanca, a primeira vindima já marcada, a das castas avesso e loureiro... Daqui a 10 dias há mais, a 2º vindima (restantes castas: azal e pedernã ou arinto)... Mas aí já eu (e a Alice) estarei em Lisboa, que o trabalha aperta e as saudades do sul também já são algumas".
Foto (e legenda): © Luís Graça (2011). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
mina1
(mi·na)
nome feminino
1. Veio ou depósito natural de minérios. = JAZIGO
2. Conjunto de trabalhos realizados para extrair esses minérios.
3. Galeria construída para fazer esses trabalhos.
4. Nascente de água.
5. Galeria estreita para trazer subterraneamente a água de uma nascente.
6. Fonte de riquezas.
7. Negócio lucrativo.
8. Preciosidade.
9. Tesouro oculto.
10. Indivíduo que se deixa explorar.
11. Pequeno ponteiro de grafite para lápis ou lapiseiras.
12. [Armamento] Engenho de guerra explosivo que é detonado por contacto (ex.: mina anticarro; mina antipessoal).
13. [Militar] Cavidade que, cheia de pólvora, faz ir pelos ares o que há por cima.
14. [Militar] Caminho subterrâneo para levar os sitiantes ao lugar sitiado.
15. [Brasil] Mulher, geralmente jovem.
16. [Brasil] Mulher que sustenta o amásio.
17. [Brasil] Amante de gatuno ou rufião.
mina de ouro•Escavação para extrair ouro.
•Aquilo que permite ganhar muito dinheiro.
mina submarina•Engenho bélico, contendo matérias explosivas, que se mergulha no mar, para explodir um navio.
mina terrestre•Engenho de guerra explosivo que se camufla no solo e que é detonado com a aproximação de pessoas ou veículos.
Origem etimológica: francês mine. (...)
Fonte: "mina", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/mina.
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Notas do editor:
quarta-feira, 31 de maio de 2023
Guiné 61/74 - P24356: Convívios (963): Coimbra, 27mai2023, 50.º convívio da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime 1971/74): "Balada de Despedida", voz: Firmino Ribeiro
Coimbra > Claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede no núcleo local da Liga dos Combatentes, na Rua Sofia, 136 > 27 de maio de 2023 : 50.º convívio de confraternização da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74) (a chamada 2ª e 3ª geração de graduados e especialistas, de origem metropolitana) > Na hora da despedida: "Eles e elas"... Poucos mas bons e afinados... Até para o ano!
Vídeo gravado em Coimbra nos claustros do antigo Colégio da Graça, hoje sede o núcleo local da Liga dos Combatentes, Rua da Sofia, 136, em 27 de maio de 2023, por ocasião do 50.º almoço de confraternização dos graduados e especialistas, metropolitanos, da CCAÇ 12, da 2ª e 3ª geração, que esteve na antiga Guiné Portuguesa durante a guerra colonial (Bambadinca e Xime, 1971/74) (*). As praças eram do recrutamento local. Até à extinção da CCAÇ 12, em agosto de 1974, houve uma progressiva "africanização" dos especialistas e até dos graduados.
Voz: Firmino Ribeiro (natural de Braga, vive no Porto)
Balada da Despedida
Fernando Machado Soares
Letra:
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Que as lágrimas do meu pranto
São a luz que lhe dá vida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Quem me dera estar contente
Enganar minha dor
Mas a saudade não mente
Se é verdadeiro o amor.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Não me tentes enganar
Com a tua formosura
Que para além do luar
Há sempre uma noite escura.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Que as lágrimas do meu pranto
São a luz que lhe dá vida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.
Fonte: cortesia de
https://www.letras.mus.br/fernando-machado-soares/balada-da-despedida/
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(*) Último poste da série > 30 de maio de 2023 > Guiné 61/74 - P24353: Convívios (962): CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74): Coimbra, sede do núcleo local da Liga dos Combatentes, 27/5/2023: poucos mas bons, ao fim de 50 anos..
sábado, 10 de julho de 2021
Guiné 61/74 - P22356: Agenda cultural (775): "No mato ninguém morre em versão John Wayne: Guiné, o Vietname português" (Livros Horizonte, Lisboa, 2021, 192 pp.): livro de Jorge Monteiro Alves, jornalista e repórter de guerra... Uma biografia não autorizada de Marcelino da Mata, o último herói do império.
Ficha técnica:
Título: No mato ninguém morre em versão John Wayne; Guiné, o Vietname português
Autor: Jorge Monteiro Alves
Edição: 07-2021
Editor: Livros Horizonte, Lisboa
Idioma: Português
Tipo de Produto: Livro
Páginas: 192
Dimensões: 155 x 235 x 15 mm
Encadernação: Capa mole
ISBN: 9789899984837
Preço de capa_: c. 15 euros
(i) natural do Porto, mora em Paço de Arcos, Oeiras;
(ii) foi jornalista, editor de Política Internacional no “Jornal de Notícias”, embora a sua verdadeira paixão fosse a reportagem de guerra;
(iv) foi o primeiro português a entrar na cidade cercada de Sarajevo no período mais quente dos combates, em 1992;
(v) é autor dos livros “Nunca passes além do Drina” (Papiro Editora, 2006), “A generala” (Chiado Books, 2014), "Carmencita" (Chiado Books, 2014), “O meu Deus é melhor que o teu” (Chiado Books, 2021).
«Portugal teve o seu Vietname na Guiné. Ali, ao longo de 11 anos, num território do tamanho do Alentejo, morreram mais de três mil soldados portugueses, vítimas de um adversário temível e de um clima impiedoso. Muitos mais ficaram estropiados e com feridas na alma para toda a vida. Lutaram em condições pavorosas e, apesar de tudo, muitos foram além do que exigia o dever.»
«O contexto adverso deste relato é o que ficará para a História. Para os seus homens, Marcelino da Mata foi um líder e um herói. Para o PAIGC, um temível inimigo. Para nós, Portugueses, alguém cuja memória merece uma análise desapaixonada e contextualizada.»
Francisco Gomes de Oliveira, in Prefácio.
Último poste da série > 8 de julho de 2021 > uiné 61/74 - P22351: Agenda Cultural (774): A segunda decoração d’A Brasileira: Lembranças de José-Augusto França e de bela azulejaria no Corpo Santo, ao Cais do Sodré (Mário Beja Santos)
quarta-feira, 30 de junho de 2021
Guiné 61/74 - P22327: Efemérides (349): Recordando o dia 24 de junho de 1622, a vitória de Macau sobre os holandese, hoje dia da cidade (Virgílio Valente, ex-alf mil, CCAÇ 4142/72, Gampará, 1972/74)
1. Mensagem do nosso camarada da Diáspora Lusófona, Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha há mais de 2 décadas, em Macau, região autónoma da China, e que foi alf mil, CCAÇ 4142/72, "Os Herdeiros de Gampará" (Gampará, 1972/74); é o nosso grã-tabanqueiro nº 709, desde 18 de dezembro de 2015, e régulo da Tabanca de Macau :
Subject: Sessão sobre o dia 24 de Junho | 紀念澳門 「六月廿四」講座 | Session regarding the 24th of June
Sessão sobre o dia 24 de Junho
No dia 24 de Junho, Dia da Cidade, o Instituto Internacional de Macau promoveu uma sessão aberta ao público, destinada a comemorar o acontecimento histórico que marcou Macau neste dia, em 1622, da vitória sobre os holandeses que tentaram apoderar-se de Macau, no dia de São João Baptista, pelo que a edilidade lhe consagrou Padroeiro da Cidade.
A sessão pretendeu de forma simples homenageá-lo, relembrando à população uma promessa que tinha sido feita há quase 400 anos.
O IIM tem vindo a realizar desde 2018 diferentes manifestações, destinados as estudantes e à camada mais jovem para uma continuada promoção deste acontecimento que poderá ajudar a população a compreender melhor a importância desta data, e contribuir para melhorar o sentido de pertença e uma percepção mais nítida da importância da preservação desta memória, que recentemente tem sido comemorada através de um Arraial que foi classificada como um dos elementos do Património Cultural Intangível de Macau.
Houve uma breve apresentação por várias representantes presentes, do IIM, com a moderação do seu secretário-geral, Rufino Ramos, Miguel de Senna Fernandes, da Associação de Macaenses, Amélia António, da Casa de Portugal, Paula Carion da Associação dos Jovens de Macau, e Wallace Kwah, da Associação dos Embaixadores do Património de Macau, que colaboraram no projecto, além de uma intervenção online da investigadora Mariana Pereira, que apresentou e lançou uma página electrónica dedicada a este acontecimento (https://macaense24junho.wixsite.com/evento).
O IIM apresentou e lançou ainda um vídeo sobre o acontecimento histórico, memórias das celebrações anteriores e perspectivas para o futuro sobre esta importante data, agora com acesso nas suas redes sociais, através do seu canal YouTube e Facebook (iim macau).
A sessão contou com o apoio da Fundação Macau.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5ac3-TUp4eM
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Último poste da série > 26 de junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22320: Efemérides (348 ): Foi há 50 anos, a partida da CCAÇ 3398 / BCAÇ 3852 (Buba, 1971/73) (Pinto Carvalho, ex-alf mil, poeta, músico e régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar)
quarta-feira, 22 de julho de 2020
Guiné 61/74 - P21192: In Memoriam (368): José Barreto Pires (1945-2020): "termina uma vida, nasce uma saudade", a de um homem bom, grande camarada e indefetível barrosão, que muito amou a sua aldeia, Gestosa, Couto Dornelas, Boticas... Era membro da primeira hora da nossa Tabanca Grande.
No TO da Guiné, foi alf mil, da CART 2412 (Bigene, Guidage e Barro - 1968/70).
Tinha casa no concelho de Torres Vedras. Morreu ontem de doença prolongada, do foro oncológico. (*)
José Barreto Pires, "Zé, o morgadinho de Gestosa" (, na expressão do José Ferreira da Silva), nasceu há 75 anos, em Gestosa, Couto Dornelas, Boticas... :Era casado com a professora primária Maria da Luz Pires. O casal não tinha filhos. O poema "A minha terra", de José Barreto Pires, em coautoria com a sua sobrinha Clara Pires (, doutorada em gestão, professora do ensino superior), musicado por outro filho da terra, António Teixeira (, também ele da colheita de 1945 e antigo combatente da guerra do Ultramar, residente em Cabeceiras de Basto), pode ser aqui visualizado.
1. Os "bandalhos" Jorge Teixeira e José Ferreira da Silva, e o nosso coeditor Carlos Vinhal, já ontem prestaram a devida homenagem a um dos bravos da Guiné que acaba de nos deixar (*). Era membro da primeira hora da nossa Tabanca Grande (*) e pertencia igualmente ao grupo "O Bando [do Café Progresso]", de que é "secretário-geral" o Jotex [Jorge Teixeira].
Em jeito de derradeira homenagem. ficam aqui dois excertos de postes do José Barreto Pires, publicados em 2006 no nosso blogue:
(...) Amigos Tertulianos, é com grande satisfação que, doravante, me considero aderente à nossa Congregação e, em sequência, recebo e darei todas as informações possíveis e disponíveis.
Na sequência do almoço-confraternização [do pessoal da CART 2412] de sábado p.p. [20 de Maio de 2006], após ter vadiado algum tempo por terras transmontanas, viajei para Alenquer, onde resido, e a viagem foi agradável, porquanto a boa disposição, decorrente de algum descanso e boas recordações, dificilmente poderia ter outro desfecho.
Obrigado pelas demais informações, que confirmo na sua generalidade. De facto, de Binta para Guidage apenas conheci a picada mencionada. Julgo estar certo que se outra existiu e/ou existia, corresponderia aos designados corredores que os Nativos ( dos quais, alguns... ditos Turras...) utilizavam para o transporte das suas mercadorias, essencialmente no sentido
Norte-Sul.
Quanto à célebre península do Sambuiá, porque as pisei, sempre em circunstâncias especiais, porquanto tratava-se de terreno considerado deles (Nativos), não subsiste dúvida da existência das picadas referenciadas.
Mas, sobre esta problemática, gostaria de questionar: Como será hoje? Circular-se-à, embora com dificuldade, claro, entre as diversas localidades, através das referidas picadas? Como seria interessante ver e saber como se apresentam esses locais e os respectivos meios de circulação, nos dias que correm!!!
Estou certo, por razões óbvias, que o momento certo e adequado já expirou há muito tempo...De qualquer forma, eis-me totalmente disponível para, integrando um grupo fixe, dar umas voltas por essas bandas. (**)
__________________
De facto, integrei a CART 2412, que comandei mais de 50% do tempo que permaneceu em terras de Guiné. Fomos alcunhados como Os sempre diferentes e de facto eramos, pelo que indo ao desafio do Telegrama, porque existem imensas coisas para contar, julgando-me, de certa forma, apresentado, passarei a colaborar, semanalmente, com um episódio dos imensos vividos nessa experiência que, de facto, não é minha...nem é tua...mas foi de todos nós...Segue para a semana... (***)
__________________
À viúva, à sobrinha e demais família, bem como aos amigos e camaradas, deixo aqui a minha solidariedade na dor pela perda do José Barreto Pires.
O editor Luís Graça
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Notas do editor:
(*) Último poste da série > 21 de julho de 2020 > Guiné 61/74 - P21190: In Memoriam (367): José Manuel Barreto Pires (1945-2020), ex-Alf Mil da CART 2412 (Bigene, Guidage e Barro - 1968/70) (Jorge Teixeira / José Ferreira da Silva)
(***) Vd. poste de 20 de dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1386: Um homem de Guidaje (Barreto Pires, CART 2412)
quarta-feira, 17 de junho de 2020
Guiné 61/74 - P21083: Fauna & flora (14): Os chimpanzés (Pan troglodytes verus) do Boé: o trabalho da Fundação Chimbo
Guiné-Bissau > Região do Boé > Foundation Chimbo > Chimpanzés no Boé > Filme 3, por Gerco Niezing > A Fundação agradece o visionamento deste vídeo, "em nome dos chimpanzés do Boé", que são seres pacíficos, amorosos e sociáveis... mas também curiosos e com notáveis capacidades de aprendizagem. É fundamental a sua proteção. São os seres mais próximos de nós, do ponto de vista genético.
Os Chimpanzés
Os chimpanzés (Pan troglodytes) são apenas indígenas da África.
Esta espécie possui três subespécies.
Os Pan troglodytes scheinfurthii são nativos da África Oriental e são a espécie que mais foi estudada. A pesquisa inovadora de Jane Goodall envolveu esta subespécie, que vive na África Central.
Os Pan Troglodytes verus vivem na África Ocidental (Guiné, Guiné-Bissau, Gana, Libéria, Senegal e Costa do Marfim). Esta é a subespécie mais ameaçada. [Na Guiné-Bissau, e sobretudo no Cantanhez, é conhecido por “dari”]
Os Chimpanzés do Boé
O Boé é uma região de difícil acesso. Graças ao seu caráter isolado, a natureza permaneceu praticamente intocada. O Boé tem uma população relativamente grande de chimpanzés. Várias outras espécies de mamíferos vivem aqui e estão na lista de espécies ameaçadas de extinção [, incluindo a "onça" ou leopardo-africano] (*)
Crescimento populacional, imigração, desmatação, caça e exploração de carvão ameaçam a área.
Portanto, a Fundação Chimbo está a tentar obter um estatuto de região protegida para esta área.
Graças a uma concessão de uma bolsa de investigação do WWF [World Wide Fund For Nature], Cristina [Ribeiro] Schwarz [Silva], especialista em gestão ambiental na Guiné-Bissau, conduziu um estudo de viabilidade para estabelecer uma região protegida na Guiné-Bissau e para as opções disponíveis para o ecoturismo.
A sua pesquisa em 2006 e 2007 mostrou que o valor da natureza da região é excecionalmente elevado.
Cristina Schwarz estima que a população atual de chimpanzés seja de 700 (em vez de 300, como observado em outros documentos). Ela também fornece uma descrição detalhada da flora e fauna da região.
Esta pesquisa também permitiu melhor os diferentes mamíferos que foram observados pela primeira vez no Bóe.
Fonte: sítio Chimbo.org [Infelizmente, não tem versão em português, língua oficial da Guiné-Bissau; apenas em holandês, inglês e francês]
[Tradução / adaptação da versão inglesa: LG. Com a devida vénia...]
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Nota do editor:
Último poste da série > 16 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21080: Fauna & flora (13): Leopardo ou onça são sinónimos na Guiné-Bissau... A subespécie "leopardo-africano" tem o nome científico "Panthera pardus pardus" (José Carvalho / Cherno Baldé / Luís Graça)
domingo, 15 de março de 2020
Guiné 61/74 - P20734: (In)citações (145): "Gosto da Guiné - Bissau e Tenho Orgulho de o Dizer": vídeo do Zeca Romão, de Vila Real de Stº António, Fur Mil At Inf, CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863 (Teixeira Pinto) e CCAÇ 16 (Bachile, 1971/73)
Legenda: "Video dedicado a todos os meus amigos guineenses. Estive na Guiné Bissau de Setembro de 1971 a Outubro de 1973 e durante esses meses aprendi a gostar desse povo maravilhoso, em especial os Manjacos, em cujo 'chão' permaneci mais tempo."
O camarada José Romão foi Fur Mil At Inf, CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, e CCAÇ 16, Bachile, 1971/73) [, foto atual, à direita]
A partir de fotos a cores do seu álbum da Guiné, e como a música de fundo a canção do Duo Ouro Negro "Vou levar-te comigo", o Zeca Romão percorre alguns dos sítios por onde andou e que lhe ficaram gravados como "memórias inesquecíveis":
Bachile, Churobrique, Bissau (a avenida marginal, o Pidjiguiti, a Amura, o Pelicano, a velha Bissau colonial, o Grande Hotel, a Catedral, etc.), Bolama (, a antiga capital da província), Cacheu (, a fortaleza, o edifício da administração...), Canchungo (, o cine Canchungo, a avenida principal)...
Parabéns, camarada. Gosto particularmente do título (original) que escolheste para o teu vídeo... Um Oscar Bravo, em nome de todos nós.
Guiné > Região do Cacheu > Carta de Teixeira Pinto (1961) (Escala 1/ 50 mil) > Pormenor: posição relativa de Churobrique e Bachile a norte de Teixeira Pinto, do lado direito da estrada que seguia para o Cacheu.
Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2020)
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Nota do editor:
Último poste da série > 18 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20663: (In)citações (144): um Oscar Bravo (OBrigado) a todos/as, família, conterrâneos/as, amigos/as e camaradas que fizeram da sessão de lançamento do meu último livro, em 8 de fevereiro último, na Casa do Alentejo, uma tarde memorável que tão depressa não vou esquecer (José Saúde)
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
Guiné 61/74 - P20566: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - XIV (e última) Parte: "Periquito vai no mato, olé, lé, lé, / que a velhice vai no Bissau, olaré, lé, lé" ...
(i) ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66);
(ii) trabalhou depois como Oficial de Circulação Aérea (OCA) na DGAC (Direção Geral de Aeronáutica Civil);
(iii) foi piloto e comandante na TAP, tendo-se reformado em 1998.
(iv) estudou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF, hoje, ISEG):
(v) andou no Liceu Camões em 1948 e antes no Liceu Gil Vicente; (vi) é natural de Lisboa; (vii) casado;
(viii) tem página no Facebook (a que aderiu em julho de 2009, sendo seguido por mais de 8 dezenas de pessoas);
(ix) é membro da nossa Tabanca Grande, desde 20/12/2011;
(x) já viajou por mais de 50 países.
2. Estas são as derradeiras fotos do álbum da Guiné... E, como todas as histórias que acabam bem, temos o nosso herói de regresso a casa, onde é recebido pela mãe, a esposa e a filha... Além do "Roby", o cão-herói, trouxe, como ele, como "recuerdo", uma caixa de garrafas de uísque Johnnie Walker (foto nº 1), coisa que era ainda um luxo no Portugal provinciano desse tempo...
E aqui começou uma nova vida, uma nova carreira profissional, brilhante, como piloto da aviação civil.
Dos muitos comentários que os nossos camaradas foram fazendo a estes postes, destaco o do António Murta, com data de 18/10/2019..Ele fala por todos nós:
Vd. postes anteriores:
18 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20252: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte X: Cabedu, Cantanhez
20 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19604: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VI: Em Príame, a tabanca do João Bacar Jaló (1929 - 1971)
3 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19546: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte V: Catió, o quartel e a vida da tropa
28 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19539: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IV: Catió: as primeiras impressões
17 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19502: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte III: O meu cão Toby, que fez comigo uma comissão no CTIG, e que será depois ferido em combate no Cantanhez
10 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19488: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte II: Chegada a 15/1/1964 e estadia em Bissau durante cerca de 2 meses
4 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19468: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte I: A partida no T/T Quanza, em 8/1/1964
segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
Guiné 61/74 - P20512: 15 anos a blogar, desde 23/4/2004 (16): Pierre e Ivette Fargeas, em viagem de heli AL III a Bafatá, pilotado pelo Jorge Félix, em 1969
Sei que o Pierre Fargeas se reformou em 1988 e vive (ou vivia em 2014) no sul de França, em Saint Raphael. Fez-se, entretanto, radioamador, com o indicativo F4TJS.
Pierre e Ivette Fargeas sempre tiveram um grande carinho por Portugal, a Guiné-Bissau, a FAP, o pessoal da BA 12, Bissalanca, do seu tempo...
Ivette Fargeas, expondo na sala de convívio do pessoal da CCP 112 / BCP 12, BA 12, Bissalanca, s/d,c. 1973. Fotograma de vídeo de Pierre Fargeas, disponível no You Tube. |
PS - Madame Ivette Fargeas fez, em Bissau, no período em que lá viveu, uma exposição de cerâmica e outra de "panos africanos", segundo a técnica do batique [, recorde-se que o batique: (i) é uma técnica artesanal de tingimento, que consiste em cobrir de cera as partes do tecido que não devem ser tingidas, mergulhá-lo num banho de cor e remover a cera posteriormente, repetindo o processo para cada cor utilizada; (ii) é tecido tingido por meio dessa técnica].
Vídeo (2' 44'') > Bafatá > c. 1969 > Alojado no You Tube (Cortesia de Jorge Félix).
O Jorge Félix e a Ivette Fargeas |
Escreveu o Jorge:
"Fiz uma pequena montagem das imagens, onde estou a guiar o heli, segue ao meu lado esquerdo a esposa do Pierre, Ivette Fargeas, e depois uns senhores que não me recordo o nome. O Coronel é o meu comandante Diogo Neto."
Pierre Fargeas |
(i) O heli parte de Bissalanca e faz uma viagem até Bafatá, sobrevoando o Rio Geba, as bolanhas, as tabancas, a avenida principal da bela vila colonial, a "princesa do Geba" (ainda não tinha o estatuto de cidade em 1969, só em março de 1970), a casa Gouveia, a catedral, o mercado, o hospital...
(v) O heli regressam entretanto, a Bissalanca, à BA 12, ao longo do Rio Geba e da estrada Bafatá-Bambadinca...O Pierre Fargeas, de óculos graduados sem armação, aparece, no vídeo, no regresso a Bissalanca. A sua esposa, a belísisma Ivette, surge de novo ao lado do piloto, Jorge Félix.
(vi) Não sabemos em que circunstâncias. ou a que título, o casal. viajou até Bafatá, um dos poucos sítios da Guiné, de então, para além de Bubaque nos Bijagós, que se podia visitar (e valia a pena visitar), "by air", em segurança... Muito simplesmente, o casal deve ter "apanhado uma boleia".
(vi) Recorde-se que, no nosso tempo, meu (1969/71) e do Fernando Gouveia (1968//0), Bafatá nunca sofreu qualquer ataque ou flagelação por parte do PAIGC; haverá, sin, um ataque, mais tarde, em 28/8/1972, com foguetões 122 mm, mas sem consequências.
Presumimos que a gravação tenha sido feita pelo Pierre Fargeas e pela esposa, Ivette. Ou pelo próprio cor pilav Diogo Neto. A montagem é do Jorge Félix. [É pena que o Jorge Félix nunca tenha respondido a (ou comentado) algumas das minhas questões.]
3. Comentário de L.G.:
Pedi ao Fernando Gouveia para comentar:
"Tem cenas sobre Bafatá (***)... (e tem a Ivette Fargeas, que é de uma beleza perturbadora...). Quero inclui-lo na tua/nossa série Roteiro de Bafatá... Um abraço. Luis".
E ele respondeu (em 1/12/2013):
"Não tenho muito a comentar, além do agradável que é, rever Bafata. A única coisa estranha que me pareceu foi que a aterragem se fez numa rua e não no heliporto junto à pista."
São imagens relativamente raras. Temos fotos aéreas, naquela época já havia boas máquinas fotográficas, mas não gravadores de vídeo. Este pequeno filme terá sido feito com câmara de filmar de 8 mm, sendo depois o filme convertido para vídeo.
Escrevi na altura, no nosso Facebook (Tabanca Grande Luís Graça), em resposta ao Jorge Félix:
"É um vídeo que eu vejo e revejo... Por muitas razões: por ti, amigo e camarada do meu tempo; pelo regresso ao passado; pelas saudades da doce, tranquila e bela Bafatá; pelos nossos 20 anos. tão generosos quanto verdes; pela beleza (pertubadora) da Ivete Fargeas; pela "canción desesperada" do Ch. Aznavour... Uma combinação perfeita!... Um Alfa Bravo".
Já tinha comentado anteriormente, em 2009 (**):
(iii) Pasa el tiempo y sin ti no sé vivir / la razón es para mí siempre sufrir / y ahora el viento al pasar me da a entender / que en la vida sólo a ti esperaré (****).
(iv) Uma canción desesperada, uma canção, eterna, para um amor talvez impossível, um amor sofrido, uma canção que fica aqui tão bem quando olhamos para o passado, quando tínhamos vinte anos e estávamos na guerra...
(v) Jorge: Gosto muito do plano em que estás tu, aparentemente concentrado na tua missão de comandamte daquela nave, mas de repente viras-te para trás... e pedes um cigarro!... (Aí temi pela segurança... do heli e da tua preciosa carga...).
(vi) Como éramos todos tão apaixonados pelas vida (e pelas lindas mulheres....), como éramos todos tão conscientemente irresponsáveis, como éramos todos tão sem jeito, como éramos todos tão inconscientemente loucos, como éramos todos tão optimistas e generosos, como éramos todos já tão maduros e tão sofridos, como éramos todos...
(Porra, Jorge, que me fazes chorar! )...
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(*) Último poste da série > 23 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20487: 15 anos a blogar, desde 23/4/2004 (15): O meu último Natal, 1966, em Bissau, no QG/CTIG (Virgínio Briote)
(**) 1 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12375: Roteiro de Bafatá, a doce, tranquila e bela princesa do Geba (Fernando Gouveia) (7): By air... (Vídeo de Jorge Félix / Pierre Fargeas)
(***) Vd. também poste de 3 de julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4635: FAP (31): Uma viagem de heli a Bafatá, em 1969, com o cmdt Diogo Neto e o casal Ivette e Pierre Fargeas (Jorge Félix)
(***) Último poste da série > 30 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12369: Roteiro de Bafatá, a doce, tranquila e bela princesa do Geba (Fernando Gouveia) (6): O café do sr. Teófilo (Parte II): um homem amargurado que sabia demais? (Manuel Mata)
Pasa el tiempo y sin ti no sé vivir,
la razón es para mí siempre sufrir,
y ahora el viento al pasar me da a entender
que en la vida sólo a ti esperaré.
Yo recuerdo tu mirar y tu besar,
tu sonrisa bajo el sol primaveral,
estoy solo sin saber lo que tú harás,
en mi alma hay dolor al esperar.
Ven... a mí ven, no tardes más,
ven, por favor, te ruego yo,
no podré esperar, ven a mí,
yo quiero saber si has de venir,
por fin así, dímelo, amor.
Es la herida que envejece sin piedad,
más mi amor siempre será eternidad,
en mis blancas noches tú revivirás
el recuerdo de mi amor al despertar.
En mi mente siempre como un altar
y tu rostro grabo en mí para soñar,
el momento ha de llegar muy pronto ya
y veré la realidadal despertar.
Ven... ven a mí ven, ven, no tardes más,
ven, por favor, te ruego yo,
no podré esperar,
ven... oh ven a mí yo... yo quiero saber
si has de venir por fin así, dímelo, amor.....
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