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terça-feira, 4 de novembro de 2025

Guiné 61/74 - P27386: 1º Cruzeiro de Férias às Colónias do Ocidente (Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe e Angola, 10 de agosto - 3 de outubro de 1935), de que foi diretor cultural o jovem e brilhante professor Marcello Caetano - Parte III: um documentário de hora e meia, que diz muito (até pelo que omite) sobre o que era o "ultramar português" há 90 anos



Título original: I Cruzeiro de Férias às Colónias do Ocidente. Realização: San Payo. Portugal (1936). A preto e branco.Sem som, com intertítulos. Duraçáo: c. 1 hora e meia. Clicar aqui para ver o vídeo:

 http://www.cinemateca.pt/Cinemateca-Digital/Ficha.aspx?obraid=1378&type=Video


Caro leitor: caso não consigas visualizar o vídeo, por favor verifica se o endereço completo da página indica http://www.cinemateca.pt (e não https://www.cinemateca.pt/)

Deverás, ainda, utilizar apenas os browsers Firefox, Google Chrome ou Microsoft Edge

Se o browser forçar o s, este deverá ser eliminado manualmente.

Resumo análitico: 

  • até  8' >  Lisboa (despedida e partida do navio); viagem até Cabo Verde;
  • 8' - 23' > Cabo Verde (Mindelo, Praia, interior);
  • 23' - 37' > Guiné (Bissau e Bolama);
  • 37' - 46' > São Tomé e Príncipe (incluindo em São Tomé, visita às roças Água Izé, Monte Café, e Rio do Ouro; no Príncipe, roça não identificada):
  • 46' - 91' > Angola (Luanda, rio Dande, Catete, Dalatando, Casengo, Porto Amboim, Gabela, fazenda de café, Lobito, caminho de ferro de Benguela,  empresa de Cassequel, Catumbela,  Ganda, Moçamedes, foz do rio Bero, regersso a Luanda, minumento aos mortos da Grande Guerra, batuques, desfile) (incluindo visita à fazenda Tentativa, à granja S. Luiz e outras fazendas não especificadas, além da Estação Zootécnica e missão na Huíla).

Regsiste-se que  só as visitas a Luanda, Lobito e Moçâmedes duraram mais do que um dia,  nos restantes locais, os "excursionistas" ficaram apenas algumas horas. Em 1935, a organização do cruzeiro teve de enfrentar muitos problemas logísticos (a falta de viaturas automóveis à péssima rede viária e hoteleira).


1.  A Cinemateca Nacional, no seu portal "Cinemateca Digital", tem um documentário, de longa duração, sobre este 1º Cruzeiro de Férias às Colónias do Ocidente. Ainda não o vi todo, mas achei-o uma "delícia"... 

É uma reportagem completa do cruzeiro, com imagens  e informação muito "interessantes" das quatro "colónias" visitadas, além de pormenores da partida e da vida a bordo. Um documentário, raro, com 90 anos, que diz muito (até pelo que omite) sobre o "ultramar português".

 Realizador: San Payo (Manuel Alves San Payo, 1890-1974), fotógrafo, com a colaboração de A. Costa Macedo.

Sinopse: mostra a viagem do paquete "Moçambique" a Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe e Angola entre agosto e outubro de 1935.  O cruzeiro coincidiu com as férias escolares.

 O navio, a vapor, "Moçambique", pertencia à  CNN, será abatido, quatro anos depois, em 1939, e substituido por um novo "Moçambique", a motor, maior e melhor.

A iniciativa foi da revista "O Mundo Português", com apoio do Secretariado da Propaganda Nacional e Ministério das Colónias.

A revista era editada pela Agência Geral das Colónias e pelo Secretariado da Propaganda Nacional. 

Os "excursionsistas" foram à volta  de 200 ( e não 250),  incluindo 7 dezenas de estudantes , considerados os melhores alunos na conclusão do curso geral dos liceus (entre eles,  o Ruy Cinatti).

O mentor do projeto, que tinha como objetivo cativar as jovens elites do país para a questão colonial, foi Marcelo Caetano, então com 29 anos, e já brilhante professor de direito administrativo na  Faculdade de Direito de Lisboa, e intelectual orgânico  do regime. Foi também ele  o "diretor cultural" do cruzeiro.

Outros dados da ficha técnica.

Apoio Financeiro:   SPN - Secretariado da Propaganda Nacional
Produção:   Agência Geral das Colónias

Duração: 01:31:13,  a 24 fps
Formato: 35mm, PB, sem som (com intertítulos)
AR: 1:1,33
ID CP-MC: 7002384
 
 Caro leitor: caso não consigas visualizar o vídeo, por favor verifica se o endereço completo da página indica http://www.cinemateca.pt/ (e não https://www.cinemateca.pt/). 

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Observações -  Tratando-se de um documentário sem som síncrono,  o realizador recorreu aos intertítulos (no fundo, as velhas legendas usadas para apresentar diálogos ou explicar a narrativa entre as cenas ou sequèncias no cinema mudo)

Eram cartões de texto filmados e inseridos durante a montagem do filme para ajudar o público a compreender a narrativa,  uma vez que não havia som sincronizado.

Com atraso de vários anos em relação aos EUA ("O Cantor de Jazz", o primeiro filme falado, é de 1927), em Portugal, a transição para o cinema sonoro de ficção   deu-se no início da década de 1930, com a estreia de "A Severa", realizado por Leitão de Barros, em junho de 1931. 

Mas a verdadeira consolidação e popularização do som no cinema português deu-se com "A Canção de Lisboa", em 1933, que teve um enorme sucesso.  É o primeiro filme a ser totalmente produzido em Portugal (nos laboratórios da Tobis). 

Por razões de produção, financeiras e técnicas, os documentários continuarão a fazer-se sem som síncrono até muito tarde, início dos anos 60.~

Além dos expositores (que mostravam os seus produtos a bordo), houve outras
empresas que fizeram publicidade no roteiro, ajudando assim ao encaixe necessário para o financiamento da viagem, que contou ainda com 150 contos dados pelo governo, mais as receitas das inscrições dos excursionistas.

O filme acabou por ser uma deceção, não chegando a passar nas sslas de cinema: ao que parece, o filme da viagem terá sido projectado apenas uma vez, no S. Luiz, em Lisboa, a 29 de junho de 1936, e apenas para os participantes do cruzeiro.


2. Sobre a Cinemateca Digital:

A Cinemateca Digital nasceu em 2011 da participação portuguesa no projecto European Film Gateway – consórcio constituído por 16 cinematecas e arquivos fílmicos europeus enquanto fornecedores de conteúdos e 6 entidades fornecedoras de serviços tecnológicos –, que funciona como agregador sectorial para o portal Europeana.

Para a selecção das obras a fornecer no âmbito desse projecto, a Cinemateca adotou como critério o tema da produção portuguesa de não-ficção do período 1896-1931, consubstanciado nas representações digitais dos seguintes materiais:

a) 170 filmes;
b) material gráfico (fotografias, cartazes, anúncios);
c) textos (de época ou posteriores).

Desde essa altura, a Cinemateca Digital não parou de crescer com a inserção de novas representações digitais de filmes para consulta em linha, numa perspectiva de ampliar o acesso ao património fílmico que tem vindo a ser conservado e preservado pela Cinemateca ao longo dos anos.

Assim, a lista de títulos e o universo seleccionado têm vindo a alargar-se, estando atualmente disponíveis mais de 1700 filmes nesta plataforma.

O acesso à colecção digital pode fazer-se mediante pesquisa ou por navegação através dos filtros.

Os conteúdos da Cinemateca Digital estão também disponíveis através dos portais Europeana (www.europeana.eu) e European Film Gateway (www.europeanfilmgateway.eu).

O acesso à Cinemateca Digital tem apenas como fim a consulta e visionamento em linha dos filmes ali representados digitalmente. Para qualquer outro tipo de utilização das imagens, deverão consultar-se os serviços do arquivo da Cinemateca, através do seu Departamento ANIM. 

______________

Notas do editor LG:

(*) Vd. postes anteriores da série  


3 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27381: 1º Cruzeiro de Férias às Colónias do Ocidente (Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe e Angola, 10 de agosto - 3  de outubro de 1935), de que foi diretor cultural o jovem e brilhante professor Marcello Caetano - Parte II

(**) Vd. poste de 8 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17331: Notas de leitura (954): Ruy Cinatti e uma viagem a Bolama, 1935, em “O Mundo Português”, revista de cultura e propaganda, arte e literatura coloniais, o seu número 24, de Dezembro de 1935 (Mário Beja Santos)

domingo, 19 de outubro de 2025

Guiné 61/74 - P27332: Seis jovens lourinhanenses mortos no CTIG (Jaime Silva / Luís Graça) (6) José João Marques Agostinho (Reguengo Grande, 1951 - Bula,1973): era 1º cabo at cav, CCAV 8353/72 (Cumeré, Bula e Pete, 1973/74)





Guião da CCAV 8353/72 (Cumeré, Bula e Pete, 1973/74)




Guiné > Zona Oeste > Regiãode Cacheu > Carta de Bula (1953) / Escala 1/50 mil > Posição relativa de Bula, Binar, Capunga, Pete... E a nordeste, Choquemone, Pelabe, Dungor...O lourinhanense, 1º cabo at cav José João Marques Agostinho morreu entre Dungor e Choquemone,  no  dia 5/5/1973, sábado.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2025)


I. Continuamos a reproduzir, com a devida vénia, alguns excertos do livro recente do Jaime Bonifácio Marques da Silva, "Não esquecemos os jovens militares do concelho da Lourinhã mortos na guerra colonial" (Lourinhã: Câmara Municipal de Lourinhã, 2025, 235 pp., ISBN: 978-989-95787-9-1), pp.189-190. (*)




JOSÉ JOÃO MARQUES AGOSTINHO
(24.12.1951 - 05.05.1973)

Localidade do falecimento - Guiné
1º Cabo atirador cavalaria nº E – 151117/ 72
Naturalidade - Reguengo Grande
Local da sepultura - Cemitério do Reguengo Grande, Lourinhã



1. REGISTO DE NASCIMENTO

José João Marques Agostinho nasceu a 24 de dezembro de 1951, às vinte e duas horas e vinte minutos no lugar e freguesia de Reguengo Grande. 


Filho legítimo de Francisco Ribeiro Agostinho de 26 anos, casado e com a profissão de moleiro, natural de Roliça, concelho de Bombarral e de Maria Augusta Ferreira Marques de 21 anos de idade, casada, doméstica e natural de Reguengo Grande e domiciliados no lugar de Reguengo Grande. (...)


A declaração do registo de nascimento foi feita pelo pai, às dez horas do dia vinte e um, de janeiro de 1952 no Posto do Registo Civil de Reguengo Grande. Teve como testemunhas João Ferreira Marques, solteiro, maior, jornaleiro, Maria do Carmo Hipólito casada, doméstica e Narcisa Silva Boavida Rocha, casada, doméstica e todos residentes em Reguengo Grande.


O Registo foi lavrado, em substituição do Conservador, por Diamantina do Carmo Salvador, não tendo o declarante e as testemunhas assinado por não saberem escrever. Registo realizado a 21 de janeiro de 1952 na Conservatória do Registo Civil da Lourinhã

2. REGISTO MILITAR

Recenseamento: o José João Marques Agostinho foi recenseado pelo DRM 5 em 1969 com 18 anos. Solteiro, com a Profissão de Pintor de construção civil, tinha como habilitações literárias o exame do 2º Grau (4º classe do ensino primário).


Inspeção Militar: apresentou-se a 22 de julho de 1971. Tinha 1.57 de altura, pesava 68 kg. Foi “apurado para todo o serviço Militar”, tendo sido alistado na mesma data e sendo-lhe atribuído o Número mecanográfico: E – 151117 /72. 


A 2 de janeiro de 1973 marcha para Estremoz a fim de se apresentar no Regimento de Cavalaria 3, para onde foi transferido, para frequentar a IE/4º T/72, sendo colocado na CCAV 8353/72,  com o nº 1785/72 (OS 8). 

A 21 de fevereiro termina com aproveitamento a IE /4º T/72 (OS 84) e, a 25 de fevereiro de 1973, finaliza com aproveitamento e com a classificação de 15.30 valores a Escola de Cabos na especialidade de Atirador de Cavalaria (OS 48).

2.1. Comissão de serviço no ultramar, Guiné

Mobilizado a 26 de fevereiro de 1973, é nomeado por imposição para servir no CTIG, nos termos da alínea c) do artº 20 do Dec.49107, de 07.07.69, com destino à CCAV 8353 / RCAV 3 (OS 50).


Embarque: a 16 de março de 1973, pelas 07H00, fazendo parte da CCAÇ 8353, marcha para Lisboa a fim de embarcar para o CTIG por via marítima (OS 73). É promovido nesta data ao posto de 1º Cabo.


Desembarque: a 22 de março de 1973 desembarcou na Guiné, desde quando conta 100% de tempo de serviço.


Data do falecimento: 5 de maio de 1973.


Causas da morte: ferimentos recebidos em combate.


Local do acidente: Entre Dungor e Choquemone


Abatido ao efetivo: a 5 de maio de 1973 foi abatido ao efetivo da CCAV 8353 por ter falecido por ferimentos recebidos em combate.


Despacho do Comando Militar: 23 de maio de 73, por despacho do Exmo Brigadeiro Comandante Militar do CTI Guiné foram considerados como adquiridos em combate os ferimentos sofridos e que motivaram a sua morte em 5 de maio. (Nota nº 7372, de 30 de maio, SJD/QG/CTI Guiné).


Local da operação: Dungor – Choquemone


Tempo de serviço:1972, 69 dias.1973, 124 dias


Local da sepultura: Cemitério Paroquial de Reguengo Grande


Unidades onde prestou serviço: BCAÇ 8, 24.10.1972. RCAV 3, 03.01.1973


Contagem do tempo de serviço: 1972, 69 dias. 1973,124 dias

2.2. Registo disciplinar: condecorações e louvores

Medalha: segunda classe de comportamento (Artº 188º do RDM) é lhe atribuída em 24 de outubro de 1972

3. PROCESSO DE AVERIGUAÇÕES AO ACIDENTE: ANOTAÇÕES E CONTEXTO

(No seu processo, consultado no AGE, não consta o Auto de Averiguações ao acidente que lhe provocou a morte.)


Fonte: Excerto de 


II. Até à data, o único representante do da CCAV 8353/72 na nossa Tabanca Grande é  o Armando Ferreira, ex-fur mil cav, ribatejano de Alpiarça, reconhecido artista plástico,  escultor e pintor (vd. página no Facebook).

IIa. Excerto da ficha unidade:

Unidade Mob: RC 3 - Estremoz
Cmdt: Cap Mil Cav António Mota Calado
Divisa: "Primus lnter Pares"
Partida: Embarque em 16Mar73; desembarque em 22Mar73 | Regresso: Embarque em 30Ag074

Síntese da Actividade Operacional


Após a realização da IAO, de 26Mar73 a 22Abr73, no CML, em Cumeré, seguiu em 23Abr73 para Bula, a fim de efectuar o treino operacional sob orientação do BCav 8320/72. 

Em 09Mai73, assumiu a função de intervenção e reserva do BCav 8320/72, com a sede em Bula e, a partir de 23Mai73, assumiu, cumulativamente, a responsabilidade do subsector de Bula, em substituição da 1ª Comp/BCav 8320/72. 

Em 16Dez73, destacou dois pelotões para realização dos trabalhos do reordenamento da Ponta de S. Vicente e promoção socioeconómica das populações.

Em 24Mar74, substituída pela 2ª Comp/BCav 8320/72, assumiu a responsabilidade do subsector de Pete, com destacamentos em Capunga, João Landim e Mato Dingal, mantendo-se integrada no dispositivo e manobra do BCav 8320/72.

Em 17Abr74, rendida no subsector de Pete pela 3ª Comp/BCav 8320/72, seguiu para Ilondé, a fim de ser integrada nas forças de reserva à disposição do Comando-Chefe, em substituição da 2ª Comp/BCaç 4516/73, tendo então efectuado escoltas a colunas de reabastecimento a Farim.

Em 29Abr74, foi deslocada para Bissau, a fim de reforçar o dispositivo de segurança e protecção das instalações e das populações e de manutenção da ordem pública, sob dependência do COMBIS, e onde se manteve até ao seu embarque de regresso.

Observações Tem História da Unidade (Caixa n." 107 - 2ª Div/ 4ª Sec, do AHM).

 Fonte: Excerto de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pág. 522.


IIb. Vídeo (11' 29'') do Armando Ferreira, nosso grã-tabanqueiro nº 704, disponível no You Tube > Armando Ferreira. Faz homenagem aos 4 mortos e 13 feridos da emboscada do dia 5/5/1073.


A CCAV 8353/72 veio substituirm en Bula,  a companhia do cap cav Salgueiro Maia, a CCAV 3420 (Bula, 1971/73). 

 Neste vídeo, de mais de 11 minutos, o Armando faz um emocionado e emociante relato do historial da sua companhia, declamando em "voz off" um dramático e longo texto poético, a que deu significativamente o título "A ternura dos 20 anos"...

O vídeo foi colocado no You Tube, 42 anos depois do "batismo de fogo" do Armando e dos seus camaradas, a trágica emboscada que a companhia sofreu em 5/5/1973, a nordeste de Bula, entre Dungor e  Choquemone, de que resultaram as 17 primeiras baixas da companhia, 13 feridos e 4 mortos (a seguir listados):

(i) fur mil cav Serafim de Jesus Lopes Fortuna, natural da Madalena, Vila Nova de Gaia, e que era um dos seus grandes amigos;

(ii) 1º cabo at cav José João Marques Agostinho, natural de Reguengo Grande, Lourinhã;

(iii) Sold at cav João Luís Pereira dos Santos, natural de Brejos da Moita, Alhos Vedros, Moita; e

(iv) Sold at cav Quintino Batalha Cartaxo, natural de Castelo, Sesimbra.

Mais tarde, em 4/11/1973, da mesma companhia morrerá, também em combate, Madaíl Baptista, natural de Carvalhais, Ponte de Vagos, Vagos. (Dados do portal UTW - Dos Veteranos da Guerra do Ultramar).

Esta ação de 5/5/1973, é referida no livro da CECA, sobre a atividade operacional dos anos de 1971/74, nos seguintes termos:

Acção - 05Mai73

Forças dos Pel Mil 291, 293 e 341 (BCav 8320/72) realizaram patrulhamento conjunto com emboscada na região do Choquemone, 01-A. Tiveram três contactos com o ln, sendo o último à tarde, de que resultou no segundo, 3 mortos e 1 desaparecido do Pel Mil  293. 

Naquela altura acorreram em auxílio forças de 1 GCombl /  1ª C/BCav8320/72 e 2 GComb  / CCav 8353/72, que realizavam um patrulhamento em Ponta Mátar, l Pel (-) / ERec 3432 e APAR (apoio de artilharia). 

Quando as NF se dirigiam de Ponta Mátar para a região da emboscada, em Petabe,  o 2° GComb / CCav8353/72 estabeleceu contacto com o ln em Bula 2H2.80, sofrendo 4 mortos, 5 feridos graves e 3 ligeiros.

Na batida feita posteriormente foram recolhidas peças de equipamento e fardamento, munições de armas ligeiras, géneros alimentícios e detida l mulher. O ln teve baixas prováveis comprovadas por grandes manchas de sangue.

Fonte: Excertos de: Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 6.º Volume; Aspectos da Actividade Operacional; Tomo II; Guiné; Livro III; 1.ª Edição; Lisboa (2015), pp. 300/301    (Com a devida vénia...).

(Revisão / fixação de texto, negritos: LG)
 

domingo, 21 de setembro de 2025

Guiné 61/74 - P27238 : As nossas geografias emocionais (58): Rio Douro: Nos caminhos do Zé do Telhado: Barragem e Casa do Carrapatelo

 




Foto nº 1 >  Cinfães > São Cristóvão de Nogueira > Margem esquerda do rio Douro | Albufeira da barragem do Capatelo... Ao fundo, na margem direita, a Casa do Carrapatelo (que deu o nome à barragem). Data de 1706. É de estilo barroco. Ficou tristemente célebre pelo assalto,  de 8 de janeiro de 1852, do bando Zé do Telhado.



Foto nº 2 e 2A  > A Casa do Carrapatelo, nas faldas da serra de Montedeiras, na margem direita do rio Douro, próximo da barragem do mesmo nome... Fica na freguesia de Penha Longa, concelho de Marco de Canaveses


Vídeo, fotos e  legendas): © Luís Graça  (2025). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Cinfães > Albufeira da Barragem do Carrapatelo e  Casa do Carrapatelo > 18 de setembro de 2025 > Vistas a partir da margem esquerda do Rio Douro. Imagens obtidas da esplanada da Petiscaria Douro Bar, Macieira, São Cristovão da Nogueira, Cinfães, Portugal, telem + 351 916 093 515. Um ponto de paragem obrigatória para quem adora peixe do rio!... Sempre aberto (exceto à terça).

O sítio fica a escassos quilómetros da Quinta de Candoz. E merece bem a visita...como veremos em poste a seguir. Aqui o rio separa dois concelhos (Marco de Canaveses e Cinfães) e dois distritos (Porto e Viseu) (LG).

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Nota do editor LG:

Último poste da série > 16 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27123: As nossas geografias emocionais (57): EUA, Flórida, Key West: passei à porta do José Belo, meu camarada (António Graça de Abreu, Cascais)

domingo, 20 de julho de 2025

Guiné 61/74 - P27036: Agenda cultural (895): 9ª edição da Recriação Histórica da Batalha do Vimeiro 1808: Lourinhã e Vimeiro, 18, 19 e 20 de julho de 2025 - Parte I



Lourinhã, 19 de julho de 2025, 11h30 >

À memória do nosso camarada Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019), um dos grandes pioneiros e entusiastas da recriação histórica da Batalha do Vimeiro (1808)

Vídeo: You Tube / Luís Graça (2025) (2' 21'')



9º edição da Recriação Histótrica da Batalha do Vimeiro 1808 (18, 19 e 20 de Julho de 2025), este ano dedicado ao tema "Medicina e Farmácia na Época Napoleónica"... Desfile dos grupos de recriadores históricos na vila da Lourinhã, com cerimónia do hastear das bandeiras, às 11h30 do dia 19, na Praça José Máximo da Costa, frente ao edifício da CM Lourinhã. Parte I



1. Além da recriação histórica, há também o mercado oitocentista, animação de rua e concertos. Na vila do Vimeiro, até domingo, dia 20. Pode consultar-se o programa, aqui, na respetiva página do Facebook. O ano passado, a 8ª edição, foi já um grande sucesso, pelo número de visitantes (15 mil) e de recriadores hiistóricos (300).

Dois momentos altos do dia de ontem, sábado, 19:

  • Recriação histórica da Batalha do Vimeiro: Combate Noturno, 22h00, Vimeiro, Campo de Batalha;
  • Concerto: Brigada Victor Jara e Coro Municipal da Lourinhã, 23h00, Vimeiro, Palco Wellington

Destaque tajmbém para o lançamento do livro de Rui Pires de Carvalho, "Médicos e Cirurgiões do Exército Português na Guerra Peninsular: Percursos, vivências e contributos", 18h00, auditório do Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro.

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Nota do editor: