Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Guiné 61/74 - P26389: Efemérides (448): Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar da União de Freguesias de Freigil e Miomães do Concelho de Resende (Fátima's)
1. Mensagem das nossas amigas Fátima Soledade e Fátima Silva, filhas de antigos combatentes do ultramar, enviada ao nosso Blogue no dia 11 de Janeiro de 2025, com um convite para a cerimónia de homenagem aos Antigos Combatentes da Guerra do Ultramar naturais da União de Freguesias de Freigil e Miomães, Concelho de Resende, a levar a efeito na Igreja Matriz de Santa Maria de Freigil, no dia 15 de Fevereiro pelas 15 horas e na Igreja Matriz de S. João Batista Miomães, no dia 22 do mesmo mês, também às 15 horas.
Boa noite, Carlos Vinhal:
Esperamos que se encontre bem de saúde. Aproveitamos para lhe desejar um Bom Ano.
Continuamos com as cerimónias de homenagem aos Combatentes do Ultramar.
No próximo mês, as mesmas irão realizar-se na União de Freguesias de Miomães e Freigil.
Gostaríamos que as publicasse.
Reporte os nossos cumprimentos ao Professor Graça.
Muito gratas por todo o apoio prestado.
Fátima´s
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Nota do editor
Último post da série de 29 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26214: Efemérides (447): Faz hoje 53 anos que a 35.ª CCmds chegou a Bissau a bordo no navio Angra do Heroísmo (Ramiro Jesus, ex-Fur Mil Cmd)
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Guiné 61/74 - P26287: Os 50 Anos do 25 de Abril (33): O "virar da página" da revista católica "Flama", cujo diretor era o António dos Reis, bispo de Mardassuma e capelão-mor das Forças Armadas (1967-1975) - Parte III
"Nos acessos aos Largo do Carmo, todos se acunulam (inclusive nos veículos militares) para assistir à mais mportantes das ações do Movmento" (Flama,separata, 10/5/1974, pág. XIV)
"Ao entardecer do dia 25 de Abril, o general Spínola chegava ao Largo do Rato.onde foi desusadamente ovacionado pela grande massa de público. Pouco depois de o general Spínola ter entrado no quartel d GNR, o ex-presidente saía do seu último reduto na chaimite "Bula", sob custódia, rumo a instalações militares na Pontinha" (Flama, separata, 10/5/1974, pág. XVII)
"Aquartelados na sede daquela que foi uma das mais tenebrosas organizações de um regime que durou quase meio século, agentes da PIDE/DGS fazaim frente ao cerco que lhes era movido. Mais do que defender um regime, defendiam a pele, conscientes - por uma vez - da repulsa que provocaram, desde sempre, na população que violentaram. E esta, pertinaz, manteve-se firme nos postos 'conquistados' ns ruas limítrofes de onde podia alcançar o fechar do cerco pelas Forças Armadas que terminou, felizmente, em rendição" (Flama, separata, 10/5/1974, pág. XIX)
"O maior foco de resistència ao Movimento das Forças Armadas foi a PIDE/DGS, por virtude da qual foi derramado sangue. Cercados por efetivos do Exército, a que se juntaram fuzileitos da Marinha, os polícias políticos resistiram durante toda a noite do dia 25, continuaram pelo dia 26, acabando por render-se às primeiras horas de 27. A evacuação dos agentes detidos não foi fácil, pois a população não arredava pé, exigindo vingança por suas próprias mãos". (Flama,separata, 10/5/1974, pág. XX)
segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Guiné 61/74 - P26270: Os 50 Anos do 25 de Abril (32): O "virar da página" da revista católica "Flama", cujo diretor era o António dos Reis, bispo de Mardassuma e capelão-mor das Forças Armadas (1967-1975) - Parte II
"O chaimite 'Bula' prepara-se para transportar o ex-Presidente do Conselho que, entretanto, setinha renido incondicionalmente ao General Anónio de Spínola,Presidente da Junta de Salvação Nacional" (Flama, separata, 10/5/1974, p. III)
Flama documento : 25 de Abril : o virar da página
25 de Abril : o assumir de um compromisso
IV-V
25 de Abril : uma linha de abertura a soluções de evolução
VI VII
25 de Abril : perfeita coordenação no processo de controle
VIII-IX
25 de Abril : o país despertou com outra face
X-XI
25 de Abril : o Largo do Carmo foi o último reduto do regime
XII-XIII
25 de Abril : uma reacção agonizante
XIV-XV
25 de Abril : durou nove horas a tomada do Carmo
XVI XVII XVIII
25 de Abril : a D.G.S. estrebuchou até rebentar
XIX
25 de Abril : a população lembrava-se (bem) da polícia política
XX-XXI
25 de Abril : presos políticos reencontraram a liberdade
XXII-XXIII XXIV-XXV
25 de Abril : um posto de comando tranquilo
XXVI XXVII
25 de Abril : nunca se desejou o derramamento de sangue
XXVIII-XXIX
25 de Abril : quem com ferro mata...
XXX
25 de Abril : o virar da página
XXXI
25 de Abril : o povo esteve com as Forças Armadas
XXXII
Cortesia da Hemerateca Digital / Câmara Municipal de Lisboa.
Este número da Flama e a sua separata também estão disponíveis, em formato digital, no Centro de Documentação 25 de Abril, Universidade de Coimbra.
1. Tínhamos prometido voltar a esta edição (histórica) da "Flama" (*), revista semanal de actualidades que se publicou até 1976.
A "Flama" era uma revista simpática, que sabia conjugar o "light" com os assuntos mais sérios, "respeitada", origtinalmente ligada à Igreja Católica, mas nem por isso menos sujeita à sanha e arbitrariedade dos "coronéis da censura"... Soube "refrescar-se", e adaptar-se aos sinais de mudança no mundo e na sociedade portuguesa. Era também lida pelo público feminino, com escolaridade de nível médio ou superior. E conseguiu uma notável qualidade técnica e estética em muitas edições.
Recorde-se que a "Flama" tinha nascido em 1937, da iniciativa de um grupo da JEC - Juventude Escolar Católica, com a benção de Salazar e do Cardeal Cerejeira. Era então marcadamente "masculina", e de teor "confessional" ou "religioso". Começou a redefinir-se a partir de 1944... Em 1967, apresentava-se como "semanário de atualidades de inspiração cristã" (sic)... Em 1974 era simplesmente uma "revista semanal de atualidades"... Custava 10 escudos o número avulso (17$50, em Angola, 20$00 em Moçambique) (*)
Dizem os estudiosos da história do jornalismo português, que foi também um marco importante no panorama da comunicação social portuguesa, nos últimos anos do Estado Novo: era uma revista em parte feita por mulheres e para as mulheres, mas também foi escola para conhecidos jornalistas da nossa praça.
Era dirigida, desde 1964 até ao fim, por um intelectual católico, com prestígio, o dr. António dos Reis Rodrigues (1918-2009), nascido em Ourém, concelho a que pertence Fátima. Padre, será, em 1966, nomeado bispo auxiliar de Lisboa, sob o título de bispo de Madarsuma, capelão-mor das Forças Armadas (1967-1975)., etc.. Entre 1947 e 1963 tinha sido capelão e professor na Academia Militar (ensinava ética e deontologia militares). Foi também procurador à Câmara Corporativa, na legislatura de 1961/65.
Foi também com o António dos Reis, enquanto diretor, que a revista conheceu o seu apogeu e sucesso da "Flama". Foi também ele que "virou" e "fez virar" a página da revista (seguramente sob a pressão dos seus jornalistas que, em 17 de maio de 1974, elegeram, "democraticamente" e "por voto secreto", um "conselho de redação")... Mas também com ele e a nacionalização da banca, que a revista conheceu a snetença de morte.
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Nota do editor:
(*) Últino poste da série > 9 de dezembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26250: Os 50 Anos do 25 de Abril (31): O "virar da página" da revista católica "Flama", cujo diretor era o António dos Reis, bispo de Mardassuma e capelão-mor das Forças Armadas (1967-1975) - Parte I
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
Guiné 61/74 - P26250: Os 50 Anos do 25 de Abril (31): O "virar da página" da revista católica "Flama", cujo diretor era o António dos Reis, bispo de Mardassuma e capelão-mor das Forças Armadas (1967-1975) - Parte I
Não nos compete, a nós, individualmente, dizer quem fica ou não na História. Nem muito menos é essa a missão do nosso blogue. Não somos hstoriadores.
De qualquer modo, o português Mário Soares, então exilado (tal como Álvaro Cunhal) foi capa de revista, no semanário "Flama", na sua cobertura noticiosa (tardia) dos acontecimentos que marcaram o fim do regime do Estado Novo e do princípio do fim da guerra do ultramar / guerra colonial. Foram dois líderes (vocábulo que não estava ainda grafado nos nossos dicionários, em 1974 usava-se o anglicismo "leaders"...) que marcaram fortemente a cena política do pós-25 de abril.
Tínhamos prometido voltar a essa edição (histórica) da "Flama" (1937-1983) (**), que começou por ser um quinzenário, órgão oficial da JEC-Juventude Escolar Católica, nos primeiros anos, e que soube conquistar um espaço, talvez único, no segmento dos semanários, no final dos anos 60 e princípiso de 70. Era uma revista que alguns de nós cebiam e liam na Guiné, juntamente com outras revistas como a "Vida Mundial" e o "Século Ilustrado", a brasileira "Cruzeiro", a francesa "Paris-Match" ou a norte-americana "Play Boy", a par dos jornais diários, de Lisboa e Porto, e pouco mais... (Alguns, mais politizados, assinavam a "Seara Nova", o "Comércio do Funchal", o "Notícias da Amadora", o "Jornal do Fundão"...).
A "Flama" era então já uma das revistas mais antigas no panorama da imprensa escrita portugues, chegando a ter uma tiragem de 30 mil exemplares.
Nesse número especial (que, num total de 116 páginas, dedicava 16 ao cinquentenário de Fátima, na véspera da visita do Papa Paulo VI), era um "privilégio" ter 2 páginas com enfoque, essencialmente fotojornalístico, na guerra da Guiné (mesmo que as fotos fossem de... fotocines do exército!).
Recorde-se que a "Flama" tinha nascido em 1937, da iniciativa de um grupo da JEC - Juventude Escolar Católica, com a benção de Salazar e do Cardeal Cerejeira. Era então marcadamente "masculina", e de teor "confessional". Começou a redefinir-se a partir de 1944... Em 1967, apresentava-se como "semanário de atualidades de inspiração cristã" (sic)... Em 1974 era simplesmente uma "revista semanal de atualidades"...
Foi também o António dos Reis, enquanto diretor da "Flama", quem "virou" e "fez virar" a página da revista (seguramente com a pressão dos seus jornalistas que, em 17 de maio de 1974, elegeram, "democraticamente" e "por voto secreto" um "conselho de redação")... Eis a seguir um excerto do que ele escreveu na edição de 10 de maio de 1974, duas semanas depois do 25 de Abril:
Em próximo poste selecionaremos algumas fotos da separata da "Flama", sobre o 25 de Abril. Cortesia da Hemeroteca Digital / Câmara Municipal de Lisboa, que conseguiu "salvar" 3 edições históricas da revista, desse ano de 1974 (as de 3, 10 e 17 de maio).
Nota do editor:
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Guiné 61/74 - P26214: Efemérides (447): Faz hoje 53 anos que a 35.ª CCmds chegou a Bissau a bordo no navio Angra do Heroísmo (Ramiro Jesus, ex-Fur Mil Cmd)
Bom-dia, Luís e restantes companheiros/camaradas.
Vinha, deste modo, comemorar mais um aniversário - o 53.º - da minha chegada à Guiné, pois desembarquei ali, com a minha 35.ª CCmds, no dia 29/11/1971.
Dois dias depois, voltamos a embarcar, não no Angra do Heroísmo - que nos tinha transportado desde Lisboa - mas numa LDG, que nos levou até Teixeira Pinto, hoje Canchungo, onde ficámos sediados até Maio/73.
É da viagem de ida, a foto que envio, em que estou acompanhado pelos furriéis Armando (um fafense a viver no Porto) e Correia, um vimaranense que não ficou na Companhia porque não tinha equipa e era dos "reserva", para o caso de algum "chumbar" no treino operacional, que em 1986 vivia na Austrália e do qual perdemos o contacto.
Um abraço
Ramiro Jesus
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Nota do editor
Último post da série de 19 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26168: Efemérides (446): Cerca de 300 fafenses homenagearam Jaime Bonifácio Marques da Silva, que na cidade de Fafe foi: Professor, Autarca, Fundador do Clube de Andebol, Treinador, etc. (Manuel Barros de Castro, ex-Fur Mil Enfermeiro)
quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Guiné 61/74 - P26210: Lembrete (49): Tabanqueiros/as do Centro, que não vos falte o fôlego para apagar amanhã as 100 velas do bolo!
Estas, e outras Tabancas mais pequenas (da Maia, do Algarve, da Diáspora Lusófona, etc.), são um caso de estudo, surgidas quase espontaneamente, com o fim de manter o convívio entre velhos camaradas da Guerra do Ultramar / Guerra Colonial, que agora têm mais tempo disponível e perderam todo o tipo de complexos, por ventura imputados ao seu passado como combatentes nos territórios africanos de então.
Desejamos à Tabanca do Centro uma vida longa e activa, salientando o fundamental papel que têm mantido os seus mentores, com destaque para o Joaquim Mexia Alves e o Miguel Pessoa, sem esquecer os outros pais-fundadores. (LG)
- Agostinho Gaspar + Isabel Gaspar + Miguel Gaspar + Daniel Carvalho + Rosa Gaspar
- Almiro Gonçalves + Amélia Gonçalves
- António Alves + Celeste Alves
- António Nobre
- António Sampaio + Clara Sampaio
- Armando Moreira
- Artur Soares
- Carlos Manata + Isabel Manata
- Carlos Oliveira
- Carlos Prata
- Carlos Santos
- Diamantino Ferreira + Emília Alves
- Domingos Santos
- Fernando Freitas Pinto + Esposa
- Francisco Arnaut
- Joaquim Espírito Santo Oliveira
- Joaquim Mexia Alves
- José Carvalho
- José Luís Rodrigues
- José Manuel Coutinho Quintas
- José Pimentel de Carvalho + Gabriela Prata de Carvalho
- José Salgueiro + Assunção Salgueiro
- Juvenal Amado
- Manuel Augusto Reis
- Manuel da Ponte
- Miguel Pessoa + Giselda Pessoa
- Paulo Moreno
- Raúl Castro
- Raúl Santos
- Vítor Caseiro + Celeste Caseiro
- Vítor Junqueira
(*) Vd.poste de 9 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26132: Convívios (1009): Centésimo Encontro da tertúlia da Tabanca do Centro, a levar a efeito no próximo dia 29 de Novembro de 2024, em Ortigosa