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terça-feira, 9 de abril de 2019

Guiné 61/74 - P19662: Memória dos lugares (390): As três pontes de Bafatá, sobre os rios Geba e Colufe (ou Campossa): contributos de Fernando Gouveia, Humberto Reis, Manuel Mata, Luís Graça, Ricardo Lemos e Virgílio Teixeira


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > c. 1968/70 > Estrada (não alcatroada) Bafatá-Geba  > Bonita foto aérea, tirada de avioneta (talvez DO-27, a avaliar pela sombra da aeronave projetada na margem esquerda da Ponte Nova (ao tempo, ponte Salazar), no rio Geba Estreito. Na margem direita, vê-se a guarda  à ponte [, assinalada com uma seta], cujos elementos costumavam apanhar camarão que depois vendiam aos outros militares da vila (mais tarde cidade) de Bafatá. Esta ponte em betão deve ser fo início da década de 1960.

Foto (e legenda): © Fernando Gouveia (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.] (*)


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > c. 1969/70 >  Vista aérea da Ponte Salazar sobre o Rio Geba, na estrada entre Bafatá e Geba e Bafatá. A Ponte ficava a oeste da vila (, mais tarde cidade, em 1970),

Foto (e legenda): © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.]


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Bafatá > 1996 > Ponte sobre o rio Geba na estrada Bafatá-Geba. O Humberto Reis voltou lá, vinte e sete anos depois.

Foto (e legenda): © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.]


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > Vista aérea > Em primeiro plano, o rio Geba, à esquerda, e a piscina de Bafatá (que tinha o nome do administrador Guerra Ribeiro e foi inaugurada em 1962, tendo sido construído - segundo a informação que temos - por militares de uma unidade aqui estacionada ainda antes do início da guerra).

Ainda do lado esquerdo, o cais fluvial, uma zona ajardinada, a estátua do governador Oliveira Muzanty (1906-1909)... Ao centro, a rua principal da cidade. Ao fundo, ao alto da avenida principal, já não se chega a ver o troço da estrada que conduzia à saída para Nova Lamego (, que ficava  a nordeste de Bafatá); havia um a outra, alcatroada, para Bambadinca,  mas também com acesso à estrada (não alcatroada) de Galomaro-Dulombi, povoações do regulado do Cosse, que ficava a sul. À entrada de Bafatá, havia uma rotunda. ao alto. Para quem entrava, o café do Teófilo, o "desterrado", era à esquerda..

Do lado direito pode observar-se a traseira do mercado. Do lado esquerdo, no início da rua, um belo edifício, de arquitetura tipicamente colonial, pertencente à famosa Casa Gouveia, que representava os interesses da CUF, e que, no nosso tempo, era o principal bazar da cidade, tendo florescido com o patacão (dinheiro) da tropa. Por aqui passaram milhares e milhares de homens ao longo da guerra,. que aqui faziam as suas compras, iam aos restaurantes e se divertiam... comas meninas do Bataclã.

Foto (e legenda): © Humberto Reis (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.] (*ª)


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > O Fernando Gouveia, de pé, na piscina municipal, situada na foz do rio Colufe (à esquerda) que ia desaguar no rio Geba (em frente).

Foto (e legenda): ©  Fernando Gouveia (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > Vista aérea > Bafatá, o porto fluvial e o Rio Geba, vistos de oeste; ao fundo, a ponte do Rio Colufe, assinalada a amarelo, à esquerda  da piscina municipal.  Era uma ponte em betão, devia ser de 1920. Quase um século depois, em 2010, já não existia, segundo o depoimento do Fernando Gouveia que voltou a Bafatá nesse ano. Ou como se pode comprovar pelo mapa do Google.

Foto (e legenda): © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Bafatá > Estrada Dulombi - Galamoro, a caminho de Bafatá


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > Ponte (em madeira, com estacaria em troncos de cibe) sobre o rio Colufe (ou rio Campossa), vista por quem vinha de Dulombi e Galomaro, ou de Bambadinca, ou seja, do sul / sudoeste, com Bafatá em frente (cerca de 2 quilómetros). Vê-se que falta uma secção do corrimão da ponte, do lado esquerdo, sinal de que o sítio era propício a acidentes...

Foto, com a devida vénia, de Ricardo Lemos.


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > 1971 > Restaurante Transmontana, na esquina da Rua Capitão Sousa Lage (, um dos militares portugueses que se destacaram nas "campanhas de pacificação" de finais do séc- XIX) . A "Transmontana" (, pensão e restaurante,) era famosa pelo seu "bife com batatas fritas e ovo a cavalo"... Vinte pesos!... Foto do Ricardo Lemos, com a devida vénia.


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > 1971 > Sporting Club de Bafatá > Um clube muito popular na região. Foto do Ricardo Lemos, com a devida vénia.


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > 1971 > A Rotunda, donde partiam duas estradas: à direita para Galomaro-Dulombi e Bambadinca; e à esquerda, para o Gabu. A foto, com a devida vénia, é  do Ricardo Lemos ("Ferrugem") com o seu amigo "Estraga"... E era aqui ficava o café do Teófilo, onde a malta de Bambadinca bebia o último copo, antes de regressar á base...

Fotos (e legendas): © Ricardo Lemos (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] [Com a devia vénia ao autor e ao editor...]

Escreve  Ricardo Lemos, ex-fur mil mec, CCAÇ 2700 (Dulombi, 1970/72) (que vive em Matosinhos, e a quem já convidámos em tempos para integrar a Tabanca Grande),  no blogue CCAÇ 2700 - Dulombi, 1970/72), criado e mantido desde 2007 pelo nosso grã-tabanqueiro, da primeira hora, Fernando Barata.

(...) "Está na hora de seguir viagem até Bafatá. A distância a percorrer andará à volta dos 40 km. Os Unimogs da coluna militarizada e também outros veículos oriundos de Galomaro, percorrerão os caminhos em terra batida até chegarmos ao cruzamento da estrada Bambadinca / Nova Lamego. A partir daqui seguiremos até Bafatá em estrada alcatroada" (...)


(...) "Era uma zona ampla, muito bonita, cuja estrada em terra batida era rodeada de muitas árvores, entre elas, as frondosas mangueiras, cujos frutos em cada árvore, eram aos milhares. A mangueira é uma árvore da família das anacardiáceas e que produz a manga, uma drupa carnosa e saborosa. Existem 35 espécies diferentes. Só que estas que se vêem nas imagens, não eram de cultivo, mas sim, selvagens. E nestas árvores, aproveitando-se da sombra refrescante, as aves exerciam o seu direito territorial, ocupando os ramos, aos milhares. Era uma delícia ouvir as melodias das linguagens das diversificadas aves que nelas coabitavam. As rolas eram surpreendentemente abundantes. Já se adivinha a chegada à periferia de Bafatá. Agora, em estrada alcatroada, a conhecida ponte com estrutura em troncos de palmeira, sobre o rio Colufe, nos surge pela frente." (...)

(...) Ao longe, Bafatá, cidade cosmopolita, situada no centro da Guiné, era a terra mais distante de todas as fronteiras, o que a protegia das garras da guerrilha. Por tal motivo, as pessoas e bens podiam circular com alguma segurança e um certo à vontade. Situa-se na confluência dos rios Geba e Colufe." (...) 


1. Mensagem do Fernando Gouveia [, ex-alf mil rec inf, Cmd Agr 2957, Bafatá, 1968/70; autor do romance Na Kontra Ka Kontra, Porto, edição de autor, 2011, e mais recentemente  do livro de memórias "A  Guerra Vista de Bafatá: 1968- 1970". ediçãpo de autor, 2018; arquiteto, reside no Porto; tem 160 referências no nosso blogue: foto atual à direita]

Camaradas:

Como estive em Bafatá de 1968 a1970 posso dizer com toda a certeza que nessa altura havia a ponte Nova (Salazar) [, sobre o rio Geba], e uma ponte sobre o rio Colufe, que desaguava no Geba, mesmo em frente à piscina. (***)

Essa ponte era de um tabuleiro simples com uns pilares e em betão. Quando estive lá em 2010 já tinha caído toda.

Mando uma foto tirada na piscina, onde se vê o rio Geba [, em frente,] e à esquerda a foz do rio Colufe.

No blogue há muitas fotos aéreas em que se vê bem a ponte do rio Colufe, nessa época.

Abraços

Fernando Gouveia


2. Comentário do editor Luís Graça:

Quando falamos de pontes, em Bafatá, nos finais dos 60, início dos anos 70, estamos a falar de três:

(i) um sobre o rio Geba (Estreito), a oeste da vila (e depois cidade) de Bafatá, na estrada (não alcatroada) Bafatá -Geba;

(ii) uma sobre o rio Colufe ou Campossa), afluente do rio Geba: uma em betão, dos anos 20, que irá ruir no início do séc. XXI, e ficava na confluência do rio Colufe e do rio Geba, junto à piscina municipal; era apenas pedonal;

(iii)  e uma terceira, também sobre o rio Colufe (ou Campossa), a montante, em madeira, assente em estacaria de cibe (palmeira). devia ser dos anos 30/40/50 ficava na estrada Bafatá . Banbadinca,  já nas proximidade de Bafatá, a cerca de 2/3 km; mais à frente, a escassos quilómetros, apanhava-se a estrada (, em terra batida,) para Galomaro . Duas Fontes Dulombi.

Esta última ponte, em madeira, já não existe, é hoje em betão, como se pode ver pelo  mapa do Google. E a cidade de Bafatá está irreconhecível, com uma enorme expansão no sentido norte / nordeste.  Tinha, em 2010, cerca de 35 mil habitantes.


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá Ponte sobre o rio Colufe (ou Campossa), "com a sua célebre estrutura em troncos de palmeira". Em janeiro de 1970, a ponte era guardada por uma força do Esquadrão de Reconhecimento Fox 2640 (Bafatá, 1969/71) a quem pertencia o nosso camarada Manuel Mata.

Foto (e legenda): © Manuel Mata (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Bafatá > Bafatá Ponte sobre o rio Colufe (ou Campossa) > Novembro de 1967 > Virgílio Teixeira, alf mil SAM, da CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lameho e São Domingos, 1967 / 1969), mais a sua escolta, a caminho de Bambadinca, vindos do Gabu.

Fotos (e legenda): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] (****)
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 23 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12491: Roteiro de Bafatá, a doce, tranquila e bela princesa do Geba (Fernando Gouveia) (11): Fotos nºs 13 (estrada para Geba e Bafatá), 14 (Ponte Nova) e 15 (tabanca da Ponte Nova)

(**) Vd. poste de 22 de março de  2013 > Guiné 63/74 - P11293: Memória dos lugares (226): Vistas aéreas da doce e tranquila Bafatá, princesa do Geba (Humberto Reis, ex-fur mil op esp, CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71) (Parte I)

(***) Último poste da série > 28 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19629: Memória dos lugares (389): Ponte do Rio Colufe (que desagua no Rio Geba, em Bafatá), onde houve um acidente com um Unimog 411, em 6/1/1971, em que morreram, afogados, 3 militares, 1 do GAC 7 e 2 da madeirense CCAÇ 2680 (Cabuca e Nova Lamego, 1970/71) (Mário Migueis e José Martins)

(****) Vd. poste de 28 de janeiro de  2019 > Guiné 61/74 - P19448: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LXI: As colunas para o sudoeste do setor: Bafatá, Fá Mandinga e Bambadinca, eram mais de 200 km, ida e volta

quinta-feira, 28 de março de 2019

Guiné 61/74 - P19629: Memória dos lugares (389): Ponte do Rio Colufe (que desagua no Rio Geba, em Bafatá), onde houve um acidente com um Unimog 411, em 6/1/1971, em que morreram, afogados, 3 militares, 1 do GAC 7 e 2 da madeirense CCAÇ 2680 (Cabuca e Nova Lamego, 1970/71) (Mário Migueis e José Martins)



Guiné > Zona de Região de Bafatá  > Bafatá > Vista aérea >  Bafatá,  o porto fluvial e o Rio Geba, vistos de oeste; ao fundo, a ponte do Rio Colufe, assinalada a amarelo. Esta ponte era em betão (?), mas havia outra, mais a montante, em madeira, em troncos de palmeira... Ou eu estou confundido ? Já se passaram 50 anos...

O Fernando Gouveia e o Manuel Mata (que lá viveram quase dois anos) podem esclarecer este ponto... Ou o próprio Humberto Reis que andou por lá, pelo ar, a tirar a fotografias da bela e doce Bafatá do nosso tempo... Ou ainda a malta de Galomaro / Dulombi... Na carta de 1955 só parece haver uma ponte a atravessar o rio Colufe, a sul de Bafatá... Quem me ajuda ? (LG).

Foto (e legenda): © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > Cmd Agr 2957 (Bafatá, 1968/70) > Regina Gouveia, esposa do ex-alf mil ex-Alf Mil Rec e Inf, ambos membros da nossa Tabanca Grande: "O  transbordar dos rios na época das chuvas. Na ponte do rio Colufe com a água a chegar aos meus pés." [Não há dúvida, pela foto, que a estrutura é em betão. LG]
Foto (e legenda): © Fernando Gouveia  (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Bafatá > Carta de Bafatá (1955) (Escala 1/50 mil) > Posição relativa do Rio Colufe que vai desaguar ao Rio Geba, em Bafatá.

[...] "A característica geral da área do Batalhão [BART 2917, Bambadinca, 1970/72, Setor L1] é a planície, onde correm muitos rios cavados num planalto de40 metros de altitude. A rede hidrográfica encontra-se orientada para os Rios Colufe, Geba e Corubal, verificando-se, na época das chuvas e nos baixos cursos destes dois últimos, o nivelamento das águas dos rios e das bolanhas, durante a preia-mar. Na época seca, com excepção dos Rios Geba, Corubal, Colufe,  Gambiel  e Udunduma, todos os restantes são transponíveis a vau. Na época das chuvas, todos os rios do sector são praticamente intransponíveis a vau." [...]

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)
Brsaão da CCAª 2680


1. Recuperam-se 3 comentários ao poste P7853 (*)

(i) Mário Migueis [da Silva] 

[ex-fur mil rec info, CCS / Q.G. (Bissau). Colocação: Com-Chefe / Rep-Info (Amura-Bissau) Função: Serviço de Informações Militares (SIM) Unidades em que esteve em diligência: Bart 2917 / Bambadinca (Novembro 70 a Janeiro 71, incl.); CCaç 2701 e CCaç 3890 / Saltinho (Março 71 71 / Outubro 72); bancário reformado, vive em Esposende]

Quando passei por Bambadinca (Nov 70 / Mar71) [, ao tempo do BART 2917, 1970/72],  houve um acidente grave numa das pontes situadas na área de influência do Batalhão instalado em Bambadinca: um "burrinho" desgovernado caiu no rio, tendo morrido vários soldados afogados. Só me lembro de um furriel conhecido por "Fafe" , que também esteve no local, tentando, infrutíferamente, salvar alguns dos sinistrados. 

Não sei se este tema já foi alguma vez abordado no blogue, mas, de qualquer forma, agradeço que, quem souber, me responda a esta simples pergunta: como é que se chamava essa ponte?...


(ii) José Martins

 [ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70); nosso colaborador permanente, com mais de 350 referências no nosso blogue; vive em Odivelas]

Tentei encontrar, no periodo indicado pelo Mário Miguéis, mas apenas encontrei um acidente de viação seguido de afogamento, no Rio Colufe, vindo a falecer três militares, sendo um do GAC 7 e dois da CCaç 2680.

Terá sido este?

26 de fevereiro de 2011 às 21:40


(iii) Mário Migueis:

José Marcelino Martins:

Os meus agradecimentos pela atenção que me dispensaste, embora nem o Rio Colufe, nem as unidades indicadas (GAC 7 e CCAÇ 2680) me digam nada. Não faço ideia do local onde estavam instaladas.

Vou tentar encontrar alguns elementos entre os meus canhenhos, tais como alguma cópia de cartas topográficas que possa ter ainda em meu poder. Mas, acho estranho que ninguém ligado a Bambadinca se recorde do caso.

Um grande abraço,

Mário Migueis

27 de fevereiro de 2011 às 01:00


2. Comentário do editor Luís Graça:

Mário e José, só ao fim de oito anos (!), é que dei conta  dos vossos comentários, ao reler ontem   o poste P7852 (*), em que se falava da ponte do Rio Udunduma, afluente do Rio Geba, que atravessava a estrada Bambadinca-Xime.

Desgraçadamente só temos uma referência à CCAÇ 2680...Sabemos que:

(i) era uma companhia madeirense, moblizada pelo BII 19, Funchal;

(ii) esteve em Cabuca e Nova Lamego (1970/71);

(iii) era comandada pelo cap mil art Emílio Jerónimo Pimenta Guerra;

(iv) embarcou em 2 de fevereiro de 1970 e regressou a 27 de dezembro de 1971:

(v)  a CCAÇ 280 foi rendida em Cabuca  pela CCAV 3404 (1971/73) e esta pela  2ª CART / BART 6523 (1973/74).

Quanto ao GAC 7, temos pelo menos cinco referências... Sabemos que, por volta de 1970/72, ao tempo do nosso saudoso Vasco Pires (, cmdt do 23º Pel Art, em Gadamael), o GAC7 (GA7) tinha "trinta e dois pelotões espalhados pelo TO da Guiné, apoiando tropas debaixo de fogo IN, atingindo importantes alvos, quer por ordem superior, quer como fogo de contra-bateria, por vezes apoiando outros aquartelamentos, até tiro direto, para impedir supostas invasões do quartel"...

Tenho ideia, sim, desse acidente, referido pelo Mário Miguéis, o qual deve ter sido já no final da minha comissão (que acabava em março de 1971)... Já não me lembro dos pormenores: o Miguéis diz que foi com um "burrinho" (Unimog 411), que caiu ao rio e provocou a morte, por afogamento, de três militares, um do GAC 7 e dois da CCaç 2680. 

Deveria tratar-se de um Pel Art, desembarcado no Xime, em LDG, e que seguia em coluna auto até Nova Lamego ou Cabuca, via Bambadinca e Bafatá, com escolta da CCAÇ 2680 / Comando de Agrupamento 2958.

Nem a data nem o sítio certo, no Rio Colufe, são indicados pelo José Martins... Lembro-me da pomnte, em betão,  sobre o Rio Colufe, afluente do Rio, em Bafatá..., no Rio Colufe [ou Rio Campossa], afluente do Rio Geba. Mas havia outra, nas proximidades, feita em troncos de palmeira. Era utilizada por quem vinha do sul /sudoeste (Setor L5, Galomaro).

Tudo indica, pelas pesquisas na Net, que se trate do acidente, ocorrido em 6/1/1971, de que resultaram a morte por afogamento dos seguintes militares:

1º cabo Arlindo Baptista Loureiro, GAC 7;

Sold Silvano Rodrigues Figueira, CCAÇ 2680 / Cmd Agr 2957; natural do Curral das Freiras, Câmara de Lobos 

1º cabo Armando Martins Simões Melo, CCAÇ 2680 / Cmd Agr 2957.

Havia uma ponte em betão e outra em madeira (que devo ter atrevessado, mas já não me lembro muito bem). Em qual delas se terá dado o acidente ? (**).


Guiné > Zona de Região de Bafatá  > Bafatá  Ponte sobre o rio Colufe, "com a sua célebre estrutura em troncos de palmeira". Em janeiro de 1970, a ponte era guardada por uma força do Esquadrão de Reconhecimento Fox 2640 (Bafatá, 1969/71) a quem pertencia o nosso camarada Manuel Mata.

Foto (e legenda): © Manuel Mata  (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]]


Guiné > Zona de Região de Bafatá  > Bafatá >  Ponte (em madeira) sobre o rio Colufe, vista por quem vinha de Dulombi e Galomaro, com Bafatá em frente.  Vê-se que falta uma secção do corrimão da ponte, do lado esquerdo, sinal de que o sítio era propício a acidentes...

Foto: Cortesia do Ricardo Lemos, ex-fur mil mec, CCAÇ 2700 (Dulombi, 1970/72), que vive em Matosinhos, e a quem já convidámos em tempos para integrar a Tabanca Grande.  Foi publicada no blogue CCAÇ 2700 - Dulombi, 1970/72), criado e mantido desde 2007 pelo nosso grã-tabanqueiro, da primeira hora, Fernando Barata.

Foto (e legenda): © Ricardo Lemos   (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]]
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Notas do editor:

(*) 24 de fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7852: A minha CCAÇ 12 (12): Dezembro de 1969, tiritando de frio, à noite, na zona de Biro/Galoiel, subsector de Mansambo (Luís Graça / Humberto Reis)

(**) Último poste da série > 21 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19606: Memória dos lugares (388): Ponta Varela, na margem esquerda do Rio Geba, subsetor do Xime... Mas está por fazer a história das "pontas" (pequenas explorações agrícolas, junto a cursos de água: Ponta do Inglês, Ponta Luís Dias, Ponta João da Silva, no Rio Corubal; Ponta Brandão, em Bambadinca; Ponta Geraldo Landim, no Rio Dingal / Mansoa; Ponta Salvador Barreto, no rio Cacheu, etc.)

segunda-feira, 25 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11310: Memória dos lugares (227): Vistas aéreas da doce e tranquila Bafatá, princesa do Geba (Humberto Reis, ex-fur mil op esp, CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71) (Parte II)



Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > Alouette III, a descolar do heliporto local. O piloto era o Coelho, diz a legenda do fotógrafo, o Humberto Reis, ex-Fur Mil Op Esp, meu camarada da CCAÇ 12... As fotos que se seguem do seu riquíssimo álbum fotográfico: diapositivos digitalizados.



Guiné > Zona leste > Estrada (alcatroada) Bambadinca - Bafatá > Em meados de 1969, era o único troço de estrada alcatroada em todo o leste...


Guiné > Zona leste > Estrada Bambadinca - Bafatá >  1969 > Coluna da CCAÇ 12, a caminho de Bafatá, vendo-se ao fundo uma AM (autometralhadora) Daimler, do Pel Rec Daimler 2046, instalado em Bambadinca, e que era comandado nesse tempo pelo Alf Mil Cav Jaime Machado. Em primeiro plano, o 1º cabo Alves, do 2º Gr Comb da CCAÇ 12, o "Alfredo", alcunha que lhe foi posta pelo Humberto Reis.


 Guiné > Zona leste > Estrada Bambadinca - Bafatá > uiné >  1969 > As voltinhas do Rio Geba Estreito (ou Xaianga), entre Bambadinca e Bafatá, vistas de heli... [Veja-se aqui o mapa de Bambadinca, 1955, escala 1/50 mil]


Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > 1969: A bela ponte, em cimento armado, sobre o rio Geba na estrada Bafatá-Geba, a noroeste de Bafatá...Sobre esta ponte escreveu Jose Manuel Fernandes: "De dimensão grandiosa no seu contexto, constitui uma significativa obra pública, anterior a 1966. Com uma tipologia estrutural de algum modo análoga à do Viaduto Duarte Pacheco em Lisboa e à da ponte sobre o Rio Tua, dos anos de 1940 (embora estas com arco único), apresenta uma estrutura em betão armado, com sucessivos arcos suportando pilares retos, que por sua vez sustentam o tabuleiro superior".



Guiné > Zona leste > Bafatá > Vista aérea > Foto nº 3 > > Tabanca dos arredores de Bafatá, junto ao rio Geba...

[Esclarecimento do nosso amigo e grã-tabanqueiro Cherno Baldé, que viveu em Bafatá emquanto estudante, a seguir à independência: "Tudo indica que a foto n. 3 apresenta uma vista parcial do Bairro da Ponta Nova (Ponta Nobo, em crioulo) e a aproximação à baixa da cidade (Mercado Central e cais de acostagem no rio) faz-se do ângulo Noroeste, do lado da Ponte sobre o Geba cuja estrada leva para Camamudo, vila de Geba e Banjara. O Bairro da Rocha, como o nome indica, está situado um pouco mais acima, no planalto, na saída para Gabu (Nova Lamego]."



Guiné > Zona leste >  Bafatá > Vista aérea > Foto nº 7 - A >  O núcleo central de Bafatá, vista de noroeste para sudeste...Ao fundo o rio Colufe, afluente do Rio Geba, e a respetiva ponte, em betão... Vê-se também ao fundo a rua do mercado, o cinema,  bem como a rua principal que ia desembocar na zona ribeirinha, ajardinada, onde ficava a piscina (*)...


Guiné > Zona leste > Bafatá > Vista aérea > Foto nº 7- B > O Rio Geba à direita, navegável, e o seu afluente, o Rio Colufe, à esquerda... Ao meio, o porto fluvial.


Guiné > Zona leste > Bafatá > Vista aérea > Foto nº 4-A > Aproximação a Bafatá,  vindo do oeste, e ao longo do rio Geba...


Guiné > Zona leste > Bafatá > Vista aérea > Foto nº 4- B > Bafatá e o Rio Geba, vistos de oeste.

Fotos: © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: L.G.]

1. Mais vistas áreas de Bafatá e do percurso Bambadinca-Bafatá, tiradas pelo fotógrafo  Humberto Reis,  meu amigo, vizinho e camarada da CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71). O Reis tinha vários amigos e conhecidos na FAP (como era o caso do Coelho, que pilotava aquele magnífico heli AL III, acima reproduzido) e, de vez em quando, apanhava uma boleia de helicóptero ou de DO 27. Estas fotos foram tiradas de heli. E tem uma excelente resolução (mais de 2 MG), o que permitiu o seu recorte em várias imagens parciais.

Continuo a pedir ao próprio e aos demais grã-tabanqueiros que conheceram bem Bafatá, como o Fernando Gouveia, antigo alf mil em Bafatá, no Comando de Agrupamento nº 2957 (1968/70), autor do livro "Na Kontra Ka Kontra" , e arquiteto de profissão, para as comentar e completar a legendagem.

Amigos e camaradas, são imagens notáveis, raras e únicas, que nos ajudam a matar saudades da doce e tranquila Bafatá, princesa do Geba.  Quem, do leste, nunca passou por (ou esteve uma horas em) Bafatá ? Vários tiraram lá a carta de condução!... Bafatá era sede de concelho, e a partir de março de 1970, a segunda maior cidade da Guiné. A malta de Bambadinca ia com frequência a Bafatá,  para mudar de ares, sempre que a intensa atividade operacional o permitia (, no caso por exemplo da malta da CCAÇ 12). Ia-se de manhazinha e voltava-se à tarde. Em geral, ia sempre a acompanhar-nos uma velhinha autometralhadora Daimler para impressionar a fauna e a flora... A viagem era segura, no meu tempo (1969/71). se bem que houvesse acidentes por excesso de velocidade... Também era em Bafatá que se apanhava o Dakota para Bissau. Nunca fiz a viagem de barco, de Bambadinca a Bafatá, em barcos civis, mas hoje tenho pena... Levava não sei quantas horas, com aquelas voltinhas todas do Rio Geba Estreito... (LG).



Guiné > Mapa de Bafatá (1955) (Escala 1/ 50 mil) >  Pormenor da localização de Bafatá.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013)



Guiné > Mapa da província (1961) > Escala 1/500 mil > Pormenor da zona leste (região de Bafatá) >  A estrada que ia de Xime para Bambadina e Bafatá e que depois seguia, ora para norte (Contuboel), ora para leste (Gabu) mas também para o sul (Bambadinca, Mansambo, Xitole e Saltinho) ou sudoeste (Galomaro, Dulombi, Quirafo e Saltinho).

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013)

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Nota do editor:

(*) Vd poste anterior da série > 22 de março de 2013 >  Guiné 63/74 - P11293: Memória dos lugares (226): Vistas aéreas da doce e tranquila Bafatá, princesa do Geba (Humberto Reis, ex-fur mil op esp, CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71) (Parte I)

Comentários [Seleção]

Fernando Gouveia 

Humberto Reis e Luís Graça:

Magnífico poste. Porém como passei dois anos em Bafata (quando em 2010 estive lá numa escola os profes ensinavam a escrever Bafata sem acento), permito-me fazer algumas correcções:
1 – Em nenhuma foto se chegam a ver as estradas para Bambadinca e Xime, bem como para Nova Lamego, porque elas partiam de uma rotunda junto ao “Sr. Teófilo” que ficava lá para cima e fora da foto.
2 – Na foto 5-E não se chega a ver o cinema que é mais para a direita, na rua perpendicular à Av. Principal. O restaurante Transmontano vê-se, mas mal, por trás de umas árvores, um pouco antes da igreja mas à direita quem sobe.
3 – Na foto 5-F não se vê a mesquita pois ficava longe, lá para a tabanca da Rocha, para lá do “Sr. Teófilo”.
4 – Acrescento da minha lavra que na 1ª foto se vê a velha ponte sobre o rio Colufe, afluente do Geba, e que quando fui lá em 2010 já tinha caído.
Sobre este assunto mandem sempre, pois Bafata ficou no meu coração.
Um grande abraço. Fernando Gouveia
Sexta-feira, Março 22, 2013 8:25:00 PM

Torcat Mendonca [CART 2339, Mansambo, 1968/69]

Cidade bonita e óptimas fotos. Difícil localizar edifícios, para mim claro, mais de quarenta anos depois. Ia pouco lá. Era um prémio depois dum ronco, uma ida ao correio etc. Depois eram passagens pelo comércio, mercado, Transmontana, piscina uma vez e bêbado, cinema em noite de problemas. Passei mais que uma vez pelo ourives. Sempre que podia passava pela Tabanca para apresentar cumprimentos especiais. Era gente que conheci do tempo em que estive em Fá.
Obrigado pelo momento - a foto é sempre o momento, em instante captado ou recordado -, ao Humberto e ao Luís. Ainda ao Gouveia que pôs pontos nos iis.Ab T.

Sexta-feira, Março 22, 2013 9:32:00 PM

Abílio Duarte [CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Piche, Paunca, 1969/71]

Gratas recordações que estas fotos trazem, conforme já publiquei anteriormente, estive lá muitas vezes. Piscina e Transmontano. No entanto, não quero deixar de referir, que foi nesta Av Principal, que em 1970, fiz o chamado Ponto de Embriagem, no meu exame de condução, do qual vim com a devida carta.Há uns meses atrás no programa da RTP1,"Portugueses Pelo Mundo", mostraram aquela avenioda toda destruída, e as sua casas abandonadas.Porquê? Que tristeza!Obrigado pelas recordações.

Sexta-feira, Março 22, 2013 10:31:00 PM

Hélder Valério 

Caros camaradas: Gostei de ver estas fotos. Dá para ver (ainda que parcialmente) como era Bafata, e como era relativamente grande e organizada, para a época e local. Passei por lá duas vezes mas não cheguei a parar, pelo que as imagens que tenho são as das fotos que aqui e ali vão aparecendo. Hélder S.

Sexta-feira, Março 22, 2013 11:54:00 PM

Fernando Gouveia

Luís:  Mais uma correcção. A ponte sobre o Colufe era de betão. Quanto ao administrador Guerra Ribeiro que conheci muito bem, lembro-me que quando precisava de pessoal para capinar ou outra coisa qualquer ia com uma camioneta às tabancas e, quase que à força, trazia o pessoal que necessitava, pagando-lhes o salário normal que, naquela época eram 15 escudos por dia.

Sábado, Março 23, 2013 12:36:00 AM

José Botelho Colaço 

Humberto.  merecias ser louvado pelas espectaculares fotos. Ttodos os locais são ou foram do meu conhecimento pois no ano de 1965 passei cerca de oito meses em Bafatá. Quanto ao cinema de facto ficava numa das ruas perpendiculares ao caminho para "Nova Lamego" (Gabu), mas o cinema que eu conheci era uma esplanada,  lembro-me de rever lá o filme "A noiva" com António Prieto e Elsa Daniel). Ficava um pouco ao lado na parte detrás do quartel da Ccaç 557. Nós na parada conseguíamos ver as últimas bancadas da plateia e a música ouvia-se perfeitamente.Colaço.

Sábado, Março 23, 2013 1:24:00 AM

 
José Júlio Nascimento [CART 2520, Xime, 1969/70]

Linda Bafatá, à época fazia inveja a muitas vilas da Metrópole. Por várias vezes lá estivemos, idos do Xime e quando o nosso Furriel Vague mestre ia comprar vacas (verdade!) e nós aproveitámos para passar um dia diferente como almoçar à maneira e comprar algumas recordações. Já vi algumas fotos recentes que mostram que Bafatá está muito degradada o que é uma pena.
José Júlio Nascimento - Cart 2520

Sábado, Março 23, 2013 6:56:00 PM

Fernando Gouveia 

Para todos: Julgo que a casa das libanesas nem era na rua principal nem numa perpendicular, mas sim na rua da sede do Batalhão que, conjuntamente com as ruas principal e a do cinema formavam um triângulo.
Um abraço a todos.

Domingo, Março 24, 2013 11:12:00 PM