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quinta-feira, 27 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26623: No céu não há disto: Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (47): Um prato duriense, que se comia na Quaresma, "sável frito com açorda de ovas" (e que vai bem com o "Nita", da Quinta de Candoz, um DOC verde, branco, colheita selecionada, 2023, diz a "Chef" Alice)




Alfragide > 23 de março de 2025 > Um prato duriense, "sável frito com açorda de ovos", que vai bem com o "Nita", branco, verde, da Quinta de Candoz, colheita selecionada (2023)... A sugestão é da "Chef" Alice...

Foto (e legenda): © Luís Graça (2025). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Caros leitores: dou conta que desde maio do ano passado que não têm aparecido no blogue as tradicionais sugestões gastronómicas dos nossos vagomestres (*)...

 E, a propósito, por onde é que eles andam ? Há tempos pusemos um anúncio: "Vagomestres, precisam-se!"... Só apareceu um, o Aníbal José da Silva (**)...

Mas todos os dias a malta  tem de comer, mal ou bem... Nas nossas "messes" e "ranchos"... Cada vez pior, diz o povo...E ele há coisas que vão desaparecendo das nossas mesas: caça, peixe, marisco, vitela, queijo e requeijão de Serpa... Quem é que lhe chega ? 

O vagomestre, com a pandemia de Covid-19, habituou-se aos enlatados: atum com grão de bico, cavalas em óleo de girassol,  sardinha em óleo picante com pickles, etc. E aos congelados... 

Mas, feitas as contas ao quilo, até o raio das conservas de peixe estão pela hora da morte... E até os petiscos dos pobres passaram para o cardápio dos ricos, do bacalhau ao polvo, do berbigão à sapateira, do sável à lampreia...

 Será que ainda se fazem as "iscas com elas" ?  E ainda há quem faça "tomates de carneiro com ovos mexidos" ?...

O que desapareceu, do nosso tempo, foram também as tascas, com serradura no chão e pipos de tinto carrascão na parede, mesas de tampo de mármore e mochos de madeira em vez de cadeiras de plástico...

Mas estamos numa época boa para certos "petiscos" como as favas suadas, as casulas com butelo ou o sável frito com acorda de ovas... Foi o que a nossa "chef" Alice fez para celebrar os dois mesinhos da segunda neta, a Rosinha... Dizem os comensaios que foi comer e chorar por mais (o sável foi generoso, tinha dois quilos e meio e trazia as ovas...). 

Era um "prato" que se comia à mesa dos pobres, na Quaresma, por várias razões que se podem enumerar pelos dedos:

  • era a altura do sável (e da lampreia) subir o rio Douro para desovar (ainda não havia barragens); 
  • os pobres não compravam a bu(r)la ao senhor abade;
  • os "rendeiros" não podiam comer carne mas precisavam de proteína para trabalhar os socalcos do seu "senhor e amo";
  • o sável vendia-se de porta em porta, uma fiada enorme de peixe enfiado num longo varapau às costas do pescador de rio; 
  • tinha muitas espinhas, era preciso engenho, arte e paciência para o saber cortar fininho e fritá-lo em azeite...

Ele há coisas que não há no céu... E que não tèm preço. E que, por isso, não passam pelo estreito dos bilionários... E uma delas é, para além do "cebolinho do talho",  seguramente a açorda de ovas com sável frito, com um toque muito especial do alho e do coentro (que era do Sul, dos ganhões, e que por isso não ia à mesa do rei)... 

Tudo à moda da "Chef" Alice, segundo uma receita antiga da família da Quinta de Candeoz, que ainda é do tempo do extinto concelho de Bem Viver e das pesqueiras do rio Douro que tinham foral do senhor Dom Manuel , o Venturoso.

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Notas do editor LG:

(*) Último poste da série > 13 de maio de 2024 > Guiné 61/74 - P25517: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (46): Viva o po(l)vo... da Lourinhã!

(**) Vd. poste de 18 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26595: Vivências em Nova Sintra (Aníbal José da Silva, Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483/BCAV 2867) (3): A Alimentação

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Guiné 61/74 - P25979: Manuscrito(s) (Luís Graça) (255A): Tabanca de Candoz. Vindimas de 2024 - Parte II: à mesa, para 2 dezenas de "bicos", o prato forte foi dobrada à moda da "chef" Alice, uma variante mourica, com coentros, das tripas à moda do Porto


Foto nº 15 > A nossa "tabuleta"...


Foto nº 16 > Da colheita do ano passado, fez-se uma edição de apenas 500 garrafas, com a marca "Nita", e o selo da Comissão Viticultura da Região dos Vunhos Verdes...  KJá estamos registados como produtores-engarragafadores. E em breve vamos lançar a página www.quintadecandoz.com... Masi do que uma carolice, tudo isto  é um ato de amor, uma passagem de teste,munnho, uma desafio para a novas gerações da fanília... Na foto , o Tiago e o Pedro, já nossos "herdeiros"...


Foto nº 17 > O "estado-maior" da Op Vindimas 2024 > O Gusto, o Zé (outro antigo combatente, esteve em Angola, em 1970/72) e o Adriano... De costas, o Xico... Junto ao lagar onde se faz o vinho branco de bica aberta, que segue depois para as cunbas de inox, num piso inferior (a "loja"), onde fermenta (ou "coze", como aqui se diz) ...


Foto nº 18 > O repouso dos "vindimadlores": o Filipe e o Xico




Foto nº 19 >  O Adriano, um colaborador e um amigo da família de há mais de 30 anos...



Foto nº 20 > A nossa melhor "podadora", a Susana, e a mais despachada das vindimadoras...



Foto nº 21 > Z São, esposa do António Novais Ribeiro, antigo combnatente na Guiné, que este ano veio dar uma ajuda... (O casal mora na Senhora da Hora, Matosimhos: a São é mana do nosso infortunado camarada José Manuel Ferreira de Jesus Tomé, 1º GR FZE, do DFE nº 8, morto na Guiné por acidente em 9/12/1971.)


Foto nº 22    > O avô do Manel, o Eduardo, marido da Zezinha, bancário reformado e "andrade" ferrenho...


Foto nº 23 > O lagar, a "ferver", com a adição de "gelo seco" para manter a temperatura baixa...




Foto n º 24 > Um inovação tecnológica já introduzida o ano passado: o controlo da temperatura da massa vínica


Foto nº 25 > A Carolina de 9 anos adora andar com o avô Gutso  no tractor a "acarretar" os cestos de uvas... Mas chega ao fim do dia cansada, com tantas descidas e subidas.



Foto nº 26 > Este ano não chegou ao quarteirão o pessoal da vindima...Mas o almoço das vindimas é sempre uma hora de festa.. E a mesa, comprida, tem que ser disposta em L... 



Foto n º 27 > O  prato forte este ano foi a dobrada à moda da "chef" Alice (uma variantes mourisca, com coentros,  das "tripas à moda do Porto")

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2024). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Guiné 61/74 - P25975: Manuscrito(s) (Luís Graça) (255): Vindimas de 2024: menos quantidade, mas ainda de melhor qualidade do que em anos anteriores

 

Foto nº 1 > O meu sobrimho neto, com 5 anos, faz a sua primeira vindima... Mais atrás, a avõ (materna), a nossa Zezinha, a nossa "morgadinha", a primeira neta do Zé Carneiro (1911-1996) e da Maria Ferreira (1912-1995) (foi deles que herdámos Candoz, que teria já século e meio)


Foto nº 2 > Uvas da casta (nobre) "Loureiro"


Foto nº 3 > Uvas da casta Arinto (aqui diz-se "Pedernã")


Foto nº 4 : O Arinto dá cachos perfeitos e volumosos, alguns de um quilo


Foto nº 5 > O inconfundível verde e dourado da vinha de vinho verde em setembro


Foto nº 6 > A entrada para a nossa Quinta de Candoz, a cerca de 3 km da estrada municipal nº 642 (EN nº 211, à direita, no Alto, em direção a Paços de Gaiolo, Barragem do Capatelo)



Foto nº 7 > O "afugenta-javalis"... 


Foto nº 8  > ... "made in China" (À falta de milho, o "nosso javali de estimação" gosta de uvas à brava e aprendeu depressa a fintar o chinocas do "Solae Animnal Repeller" (temos 3 no caminho que ele habitualmente utiliza).


Foto nº 8 >  A malta da cidade dá uma ajudinha...

 
Foto nº 9 > À espera de cestos... (Antigamente eram de vime, e "home" que se prezasse alombava com 50 ou mais quilos, alguns até 100, no Douro, descendo por muros e socalcos... Não havia tratores... E os "homes" náo eram homens, eram umas bestas, alimentadas a côdea de pão de milho e centeio, caldo e vinho tinto verdasco (envinagrado a partir de maio)... Danados para rachar cabeças com o varapau nas feiras e romarias e, depois, obrigados a pegar na G3 para defender a "nossa" Guiné... Gente brava, gente valente... Uma geração que já não se vê hoje nos nossos campos: morreram precomente, de AVC, de cirrose, de demência, de abandono, de solidão...




Foto nº 10 > Caras lindas...


Foto nº 11 > De manhã é que se começa o dia...


Foto nº 12 > Outro sobrinho-neto, o Chico, licencaido em ciências do desporto e já "dourorado" em vitivinicultura...


Foto nº  13 > Na bordadura ainda é preciso o escadote...



Foto nº 14 > O prazer de cortar um cacho de uvas de um quilo: o nosso amigo da Senhora da Hora, Matosinhos, que veio pela primeira vez às nossas vindumas: engenheiro técnico reformado, maestro de 2 grupos corais (inlcuindo um de cavaquinhos), António Novais Ribeiro (ex-fur mil trms, Cmd Agr 2951, Cmd Agr 2952 e Combis, Mansoa e Bissau, 1968/70), membro da Tabnca de Candoz e futuro membro da Tabanca Grande.


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2024). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 


1. Por esta altura do ano eu gosto de estar em Candoz (*) ... Costumo  lá estar duas semanas, entre a festa do Castelinho, Marco de Canaveses (a 7/8 de setembro) e o início das nossas vindimas (geralmente na 3ª semana de setembro).  Apanho o fim do verão e o início do outono, as suas cores, a sua melancolia, mas também a "freima" da vindima (palavra que na região é sinónimo de "stress", mas do bom, o "eutress")...  

Conheço Candoz ( a região do Vale do Tàmega) há 49 anos nos e há sempre coisas novas para descobrir. Candoz, contudo, é um ponto de observação interessante para se dar contar das profundas mudanças por que passou este país. No poste P24694 listei 50 (cinquenta) dessas mudanças... a título meramente exemplificativo (e não exaustivo) (**).

Nalguns sítios (e sobretudo nas grandes quintas do sul e da região do Douro, mas também na região do Vinho Verde, por exemplo, a Aveleda) as vindimas (tal como a poda) já são  mecanizadas...  A lógica da gestão moderna e a ditadura do mercado a isso obrigam: já não há mão de obra disponível para a apanha manual da uva, cacho a cacho, videira a videira... A mecanização chegou às explorações agrícolas... (mas em 1975 quando conheci Candoz não havia ainda tratores na região, ainda era o velho e ronceiro carro de bois quem mais ordenava)!... 

Todavia, todo o "pitoresco" (e o convívio entre vizinhos que se entreajudavam) se perdeu (ou se está inexoravalemente a perder), a não ser nas pequenas explorações familiares... Hoje uma giagantesca máquina vindima em poucas horas ou dias extensões e extensões de vinha, sugando tudo à sua passagem  (bagos, cachos, folhas, etc.)...

Na Quinta de Candoz (que passou a ser também, recentemente,  um dos menos de quatrocentos produtores-engarrafadores da região demaracada do Vinho Verde, num universo de mais de 13 mil produtores e de 24 mil hectares de vinha), a vindima também já não é  como "antigamente",  se bem que ainda seja (e será) manual, dada a pequena dimensão da propriedade (***). (A dimensão média das explorações na Região Demarcada dos Vinhos Verdes é inferior a dois hectares (1,832 ha), sabendo-se a área total é de 24 mil hectarea, mesmo assim uma das maiores da Europa, e o nº de produtores é de 13,1 mil.)

Aqui ficam algumas fotos da "nossa" vindima de 2024, que fizemos em três dias: primeiro loureiro, o avesso, o alvarinho, as castas "minorotárias" mas "nobres"... Depois o azal e o arinto, que são as castas "legais" da subregião de Amarante... Há ainda o trajadura... Tudo castas brancas, só temos algumas cepas de tinto como uva de mesa.

Uma parte das uvas é vendida à Alveleda (Penafiel) e  outra parte  é para fazer o vinho DOC Nita, marca registada.

Teremos tido menos quantidade (menos uma tonelada), mas melhor qualidade do que em 2023. O estado sanitário das uvas era muito bom. E o grau alcoólico continua a manter-se nos 13º. Vai ser um bom ano para os Verdes, cujas exportações, de resto,  têm vindo a crescer, dizem os tipos da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes... E de tal maneira que os "mouros" (Ermelinda, Santos Lima, Esporão, e outros) estão a comprar quintas na região demarcada do vinho verde... De "criado" do Vinho do Porto (servia para queimar há um século atrás e enriquecer o vinho fino), o verdinho (branco) já se tornou "fidalgo"...

(Continua)

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Guiné 61/74 - P25939: Verão de 2024: Nõs por cã todos bem (12): ...menos as andorinhas, vítimas dos "ocupas", as abelhas asiáticas e os javalis, predadores! (Luís Graça, Tabanca de Candoz)

 












Marco de Canavezes > União das Freguesias de Paredes de Viadores e Manhuncelos > Candoz > Quinta de Candoz > 10 e 11 de setembro de 2024 >

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2024). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 



1. À espera da primeira vindima (de três), no próximo fim de semana, de 20/21 do corrente, não se está mal na Tabanca de Candoz...  Com calor q.b, e nevoeiros matinais (estamos aqui rodeados das albufeiras de duas barragens, a do Carrapatelo, no rio Douro, e a do Torrão, no rio Tâmega)...E à noite, os javalis, a anteciparem-se às vindimas: temos que usar "repelentes solares ultrassónicos" para os manter fora das vinhas, que são em socalcos...

Além disso há as abelhas aisáticas, que, mal as uvas de mesa estão em ponto de rebuçado, fazem um ataque em voo picado sobre as videiras (em ramada), e devoram tudo... Temos que usar sacos para proteger as uvas... E, como se uma desgraça não bastasse, um "ocupa" decidiu desalojar as nossas andorinhas!...Melro ou gaio, teve a ousadia de frazer o ninho na casa das andorinhas de Candoz!

As nossas andorinhas já são célebres: nidificam aqui há perto de 30 anos...Constuiram um ninho  insólito,  à volta da lâmpada do hall exterior ou alpendre de uma das nossas casas (desabitada)... 

Gerações e gerações de andorinhas nasceram aqui e todos os anos volta(va)m pela primavera... Só que este ano deram de caras com um "ocupa" insolente...Tiveram que construir um novo ninho em parte incerta... A última vez que as vi, foi no passado dia 9, devem ter desistido de reconstruir a "habitação" (agora inútil, uma vez que já fizeram criação na primavera)... E, com todas as probibilidades, já não voltarão aqui mais... Daqui a mais umas semanas irão procurar outras paragens mais quentes... Levam, entertanto,  a barriga cheia de insetos... e a prole (que já não nasceu, pela primeira vez,  em Candoz).

Estamos desolados!... Já retirámos o ninho vazio do "ocupa" (em princípio maior do que o de melro)... Ninguém se lembrou de tirar uma foto... Como se costuma dizer, temos de deixar seguir o curso da natureza... Mas Candoz sem as andorinhas fica mais triste... mesmo que agora tenhamos uma piscina "nova" para a "canalha"...



Marco de Canaveses, Paredes de Viadores, Candoz, Quinta de Candoz > 23 de Agosto de 2012 > Fotograma de vídeo > Ninho de andorinha, insólito, construído à volta da lâmpada do hall exterior ou alpendre de uma das nossas casas...

Aos 43 segundos vê-se uma andorinha entrar no ninho levando insetos para alimentar as crias, e 10 segundos depois a sair para mais uma "caçada" ao redor da Quinta de Candoz, que é rica em insectos... O ninho tinha sido recentemente reconstruído. As andorinhas caçam em círculo, num raio de 500 metros do ninho.

Vídeo (1' 07''): © Luís Graça (2012). Alojado em Luís Graça : You Tube




Tabanca de Candoz > 20 de abril de 2023 > O melro-preto (Turdus merula) alimentando os três rebentos... Não é a mãe, é pai (plumagem preta e bico amarelo)... 

Fotograma de vídeo feito por Américo Vieira, "Meco" (para a família e amigos) (Vd. o vídeo aqui, na página do Facebook Fotos de Américo Vieira).


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Nota  do editor:

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Guiné 61/74 - P25934: Verão de 2024: Nós por cá todos bem (11): Na Tabanca de Candoz, que em setembro tem sempre mais encanto (Luís Graça)

 















Marco de Canavezes > União das Freguesias de  Paredes de Viadores e Manuncelos > Candoz > Quinta de Candoz > 10 e 11 de setembro de 2024 >  

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2023). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] (Imagens HDR - High Dynamic Range, tiradas sem tripé)


1. Candoz, em setembro, no fim do verão tem outro encanto... A nossa Quinta de Candoz... As vindimas ainda estão atrasadas... E este ano haverá talvez uma quebra de 15% na colheita... Há menos uva...Mas a qualidade parece ser excelente, o que é ótimo, vamos fazer, no segundo ano, uma seleção do vinho verde branco DOC "Nita"...

Na melhor das hipóteses, ainda posso apanhar a primeira vindima daqui a duas semanas... Depois tenho que regressar ao Sul. Vamos esperando o sol, que aqui é mais forte do que  na minha costa atlântica, nos ajude ainda a amadurecer melhor os chachos de perdernã, azal, loureiro, avesso, alvarinho... (O grosso é pedernã e azal.)

Aqui ficam algumas imagens da Tabanca de Candoz, aonde gostamos todos anos de vir para carregar baterias, matar saudades, cultivar os afetos, falar com as árvores, com as videiras... Na altura das vindimas é obrigatório vir cá...E não vimos mais por que estamos a 400 km de Lisboa...
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