Marco de Canaveses > circa anos 40 do séc. XX > O típico carro de bois de Entre Douro e Minho...O boi com a sua "molhelha",,, A mulher, com o seu lenço de cabeça, escondendo o cabelo, ela e o seu "home", cada um no seu lugar... Ela a tanger os bois...Ele de chapéu e varapau...
(Molhela: almofada, geralmente composta de couro, palha e estopa, onde assenta a canga que junge os bois,e que é colocada no cachaço, protegendo-o do atrito da canga).
(Molhela: almofada, geralmente composta de couro, palha e estopa, onde assenta a canga que junge os bois,e que é colocada no cachaço, protegendo-o do atrito da canga).
Marco de Canaveses > circa anos 40 do séc. XX > A vinha de enforcado, a vindima (com recurso a escadas altas), os grandes cestos de verga à cabeça, as mulheres e os seus "cantaréus" (canções de trabalho, cantadas a 3 vozes, exclusivamente femininas, nas "serviçadas", como a vindima, as desfolhadas, etc.)
Fonte: Aguiar, P. M. Vieira de - Descrição Histórica, Corográfica e Folclórica de Marco de Canaveses. Porto: Esc Tip Oficina de S. José. 1947. (Com a devida vénia).
Quinta de Candoz > A matança do porco (c. 1975/80): uma cena que Bruxelas conseguiu banir definitivamente dos nossos campos e aldeias (mas não da nossa memória) em nome de uma conceção fundamentalista da saúde pública e de uma Europa securitária, globalizada, normalizada e tecnocrática, matando a etnodiversidade... (Declaração de interesses: Não sou "vegan", adoro carne de porco... Claro que eu hoje não queria ver as minhas netas a assistir a uma cena "cruel" como esta (hoje fala-se em "bem-estar" animal)... Na nossa infância tivemos que "ver e ouvir" os gritos lancinantes do pobre animal, mas a seguir comíamos-lhe o sarrabulho, os rojões, as "febras", as bochebas, o presunto, os salpicões ... E jogávamos a bola com a bexiga!)
Marco de Canaveses > c. 1975/80> O "toirinho", vendido na feira do Marco, uma das poucas fontes de receita dos "caseiros" (ou "rendeiros", tínhamos um em Candoz, nessa altura), para além do vinho e do milho - (Este é um boi de trabalho, não de engorda; a junta de bois puxava a charrua de ferro, e trazia do "monte" uma carrada de lenha.) Por sua vez, o porco era o governinho da patroa (que o guardava, com engenho e arte, na "salgadeira" ou no "fumeiro").
Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Candoz > Quinta de Candoz > O que resta do velho de bois...
Fotos (e legendas): © Luís Graça (2025). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1975, em "pleno verão quente", um ano depois do 25 de Abril. Fui fazer, eu e a Alice, uma viagem pelo "Portugal profundo", "sacro-profano", que eu não conhecia. Ela sim, tinha começado a trabalhar na instalação do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Foi então que descobri a região do vinho verde, e ainda a tempo de "apanhar em andamento o passado" deste País, a vinha de enforcado, as latadas, o milho, os engenhos (moinhos a água), as histórias do linho e das desfolhadas, as tradições comunitárias como as "serviçadas", a matança do porco, os carros de bois "a chiar pelos montes acima ou abaixo", a parceria agrícola e pecuária (formas pré-capitalistas de produção) , as feiras de gado, as romarias, as tunas rurais, os bailes mandados, etc.... E, pela primeira vez (e única) na minha vida também ajudei a pisar a uva (tinta) no lagar...
Casar-nos-íamos, lá, em Candoz, um ano depois. Pelo civil. O primeiro casamento civil do ano, no Marco de Camaveses, segundo me disse o ajudante de registo civil que foi lá a casa. Uma heregia, numa família católica e conservadora. A 7 de agosto de 1976. Ganhei uma nova família. Fiquei mais rico tendo optado pela exogamia (a lei que manda nunca casar na tua terra...).
Hoje são uma série delas (se eu partir de Alfragide): CRIL A8, A17, A1,CREP, A4... Recorde-se que a A Autoestrada A1 só ficou completamente concluída em 1991, ligando Lisboa ao Porto. Já a Autoestrada A4, que liga o Porto a Amarante, foi concluída em 1995...
2. Aqui vão, por ordem alfabética, sem qualquer ordem de precedência, importância, relevância ou cronologia, algumas das 50 (ou mais) pequenas grandes mudanças ali operadas (refiro-me, no essencial, à freguesia de Paredes de Viadores, onde se situa a Quinta de Candoz, e onde as pessoas precisavam de berrar ou falar alto para comunicarem umas com os outros, porque o povoamento era e é disperso).
As formas de estar, viver, trabalhar, pensar, educar, amar, morrer... até aos anos 60 ainda estavam ligadas a uma economia agrícola fracamente monetarizada, e em grande parte de autossubsistência...
Ainda apanhei a tradição e a transição, a mudança, as pequenas mudanças operadas naquelas terras do Norte de Portugal...Em meio século, assisti a muitas mudanças, pequenas e grandes. Naquele microcosmo (socioantropológico...), no coração de Entre-Douro-e-Minho, aonde dantes ia meia dúzia de vezes por ano (e agora um pouco menos)... E quando digo dantes, ainda era no tempo em que não havia autoestradas (!), e a viagem de Lisboa até lá (400 km), demorava um dia...
Hoje são uma série delas (se eu partir de Alfragide): CRIL A8, A17, A1,CREP, A4... Recorde-se que a A Autoestrada A1 só ficou completamente concluída em 1991, ligando Lisboa ao Porto. Já a Autoestrada A4, que liga o Porto a Amarante, foi concluída em 1995...
2. Aqui vão, por ordem alfabética, sem qualquer ordem de precedência, importância, relevância ou cronologia, algumas das 50 (ou mais) pequenas grandes mudanças ali operadas (refiro-me, no essencial, à freguesia de Paredes de Viadores, onde se situa a Quinta de Candoz, e onde as pessoas precisavam de berrar ou falar alto para comunicarem umas com os outros, porque o povoamento era e é disperso).
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- a Água de consortes, as "levadas" (como a água de Covas, que vinha da serra, e de que o meu sogro tinha direito a utilizar, só no solstício do inverno, uma vez por semana, das 10h da manhã às 6h00 da tarde); a construção civil, a abertura de estradóes, a abertura de poços e minas, as alterações climáticas, etc., levaram... a "levada", a água de Covas, que chegava a Candoz e continuava pela encosta abaixo: era uma alegria para os sentidos, a vista, o ouvido, etc., assistir à rega do milho);
- o Anho assado com arroz de forno, que hoje é produto... "gourmet" (e tem confraria);
- o Bacalhau “lascudo” (que ainda não havia no Natal, nem o bacalhau era a pataco, como a Repúbloica prometia)
- o “Baile mandado” com “mandador” e os homens e as mulheres separados, de pé, encostados às paredes da casa; e dançavam-se as danças palacinas e burguesas do passado; a valsa, a mazurca, a contradança, o fado; e o mandador era também o "coreógrafo";
- cozia-se a Broa de milho e centeio (três “quartos” ou partes de milho e um de centeio), no forno a lenha, e que tinha de durar 8 dias (ou até 15, "duro que nem cornos"!);
- o Caciquismo político e eleitoral (do regedor, do padre, do comerciante, do professor, do “fidalgo"...);
- só os homens usavam Calças (!) (e as raparigas, Tranças, que cortavam quando ficavam "comprometidas" ou iam para o Porto estudar, um privilégio);
- a Canalha, a miudagem, uma Cama para três (e às vezes era no Palheiro, o quarto dos rapazes);
- ouvia-se o Carro de bois a chiar, "com toda a acagança", pelos estradões (uma verdadeira sinfonia!);
- o osso com Carne ("ó pai, chuche-o e dêmo!") no Caldo moado;
- as Cebolinhas do "talho" (de talhão, da horta), o Presunto Verde, o Salpicão, o Verde, o Arroz de Cabidela, as Papas de Fainha de Pau, a "Aletria", o "Doce da Teixeira", a Regueifa, e outros pequenos manjares da culinária local
- os grandes Cestos de vime de 50 kg de uva que os “homes” transportavam aos ombros (e as mulheres à cabeça), por leiras e solcalcos abaixo (ou acima) até ao “lagar do vinho” (em geral, no piso térreo, da casa, e com chão saibroso por causa da temperatura ambiente: a "loja" onde também ficasva a "salgadeira");
- o Compasso Pascal, a Festa de Nra. do Soccorro, a Festa do Castelinho (gente de folgar e trabalhar, ou trabalhar muito e folgar pouco);
- não se conhecia a Contraceção nem o Planeamento familiar (mesmo a “Pílula” chegaria tarde à cidade…) ("porra e lenha é quanto a venha", um provérbio que pode ter uma conotação sexual, mas não tenho a certeza);
- a Cultura do milho de regadio, exigente em água e mão de obra (escondia-se o milho nas “minas”, as nascentes de água, para escapar à requisição do governo nos anos da II Guerra Mundial e do pós-guerrra);
- as Crianças habituavam-se, cedo, às “Sopas de cavalo cansado” e eram “Sedadas com Bagaço” quando se contorciam com dores, tinham fome ou estavam doentes;
- andava-se Descalço (ou, tal como em África, se levava os sapatos na mão até à entrada da vila, da escola, da igreja…);
- a autossuficiência da Economia do pequeno campesinato familiar onde o pai era “pai e patrão” e a “ranchada de filhos” era garantia de mão de obra abundante e gratuita;
- a Electricidade, o Frigorífico, a Televisão, etc., só chegariam depois do 25 de Abril (mesmo com a barragem do Carrapatelo a escassos quilómetros de Candoz);
- a Emigração, primeiro para o Brasil (até aos anos 50) e depois para França (muitas vezes "a salto") e Alemanha, também depois Luxemburgo e Suiça;
- não havia Estradões ( e com foi a promessa de abrir estradões que caciques como o Ferreira Torres ganhavam eleições);
- a “Esterqueira” (ao pé da porta onde se faziam todos os despejos domésticos e se deitava todo o lixo orgânico que não fosse para a “gamela” de, "com a sua licença", o porco) (já náo é do meu tempo, mas da infância da Alice; aliás, da minha infància quando ia casa dos meus tios no Nadrupe, e Quinta do Bolardo, dos meus parentes do clã Maçarico, em Ribamar);
- não havia Estradões ( e com foi a promessa de abrir estradões que caciques como o Ferreira Torres ganhavam eleições) ("roubava, mas fazia obra", dizia o povo...);
- a Estratificação social nos campos: ”fidalgos”, pequenos proprietários, rendeiros…e cabaneiros (gente sem terra nem casa) (e que na igreja também se dispunham pela mesma ordem, com homens e mulheres, socioespacialmente separados);
- as Feiras anuais e sobretudo as feiras de gado (onde se leva o porquinho e o tourinho para vender, ou onde se ia compra uma "junta de bois") (era lá que também se fazia, alémd e negócios, namoros, casamentos, alianças; tal como a igreja, a feira era um importante local de socialização):
- a importância das Feiras e romarias como factor de lazer, de socialização, de negócios, de informação, conhecimento e propaganda (ah!, os pregões dos feirantes!);
- batia-se forte e feio nos Filhos (em casa e no campo) e nas crianças (na escola) ("quem dá o pão, dá a educação");
- em que os mais remediados diziam: “criei-os [aos Filhos] fartos e cheios [de pão, que não se escondia na “trave” do telhado de telha vã, fora do alcance dos ratos e… das crianças, isso era sinal de pobreza];
- o Fumeiro e o Barro vidrado que tanto cancro no estômago provocou;
- a criação, em cortes, do Gado bovino (o “tourinho”, mais bem tratado que a “canalha”, a miudagem, porque rendia dinheiro ao ser vendido na grande feira do Marco de Canaveses);
- só os Homens usavam calças (!) (e as raoarigas cortavam as tranças quando ficavam comprometidas ou iam estudar, as primeiras, para o Porto);
- as Juntas de bois lavrando a terra com arados de ferro;
- só se bebia Leite (de cabra, de vaca era mais raro) quando se estava doente (em geral os adultos);
- as Longas caminhadas a pé (para se ir à missa, à romaria, à feira, à repartição de finanças na sede do concelho, mas também ao médico e o hospital da misericórdia... a 13/15 km de distância);
- a Luz do candeeiro a petróleo ou querosene;
- o valor comercial da Madeira de carvalho, castanho, pinho, cerejeira, etc. (madeira nobre hoje destronada pelo eucalipto);
- a Matança do porco, o fumeiro e a salgadeira (que eram o “governinho da tia Aninhas”, e também uma das principais causas de morbimortalidade por doenças cérebro-vasculares, como a “trombose”):
- o Médico da vila ("João Semana") que só se chamva a acasa na hora da morte;
- o Medo das trovoadas, das bruxas, dos lobisomens, do mau olhado, das pragas que se rogavam uns aos outros por ódio, vingança, desamores, etc.;
- a escassez de Meios de tração mecânica na lavoura (tratores, motocultivadores, serras mecânicas, etc.) e de transporte automóvel (não me lembro de haver nenhum trator em 1975...);
- cultivava-se o Milho, o Centeio... e o Linho (!);
- a fraca Monetarização da economia (fazia-se algum dinheiro com a venda das uvas, do milho, do tourinho, da cereja e pouco mais; ou trabalhando à jorna, ocasionalmente para o "ramadeiro", para o "construtor civil, etc., que os mais sortudos iam para a polícia e os caminhos de ferro);
- os "Montes” (pinhais) que eram “rapados” todos os anos, não só para limpeza e prevenção dos incêndios (não havia incèndios) como sobretudo por causa da importância que tinha o mato para fazer a "cama dos animais” e depois o estrume (fundamental para a cultura do milho ou da batata);
- "na casa desta Mulher come-se tudo o que ela der";
- as grandes Mulheres (ou "Mulheres Grandes") que em geral se escondem(iam) atrás dos seus “homes" (e tinham sempre uma palavra de peso, a última, nos negócios, nas compras de propriedade, nos amores, nos casórios dos filhos, etc.);
- o Obscurantismo não só político e cultural mas também religioso (como o daquele pároco que mandou cortar as pilinhas dos anjinhos na igreja);
- a "minha Palavra vale mais do que a terra toda" (a palavar dada era lei);
- as Panelas de ferro, ao lume, na lareira (onde se faziam os "Rojões");
- as “Parteiras” (que não as havia, diplomadas) eram as “aparadeiras” (mulheres curiosas, mais velhas, que já tinham sido mães...);
- jogava-se ao Pião (os rapazes) e brincava-se às Bonecas de trapos (as raparigas);
- ó Maria, dá-me o Pito...E Porra e Lenha é quanto a venha (a maneira bejeira, pícara, desta gente do... carago!);
- as Professoras do ensino primário ques e chamavam "regentes escolares";
- o fatalismo dos Provérbios populares (“boda e mortalha no céu se talha”, "muita saúde e pouca vida que Deus não dá tudo"...);
- as Ramadas e o Ramadeiro (contrutor de ramadas);
- a luta dos Rendeiros, a seguir ao 25 de Abril, contra a parceria agrícola e pecuária, formas pré-capitalistas de exploração da terra, com o pagamento das “rendas” em géneros (em geral, numa proporção fixa, por exemplo ao terço, a meias, etc.);
- os Salamaleques da “servidão da gleba”: “com a sua licença, meu senhor e meu amo”, dizia o caseiro para o “fidalgo”, desbarretando-se a 10 metros de distância, num concelho onde em 1958 mais de metade dos agricultores eram rendeiros;
- a Salgadeira (onde se gordava o porco, desmanchado) (responsávell por muitos AVC);
- os Salpicões feitos em vinho verde tinto (fundamental na cozinha e nos enchidos, este vinho único);
- não havia Saneamento básico, água potável (a não ser o das minas) nem banheiro com duche;
- a Sardinha “para três” (que chegava de Matosinhos na Linha do Douro até ao Juncal, e depois era transportada à canastra e vendida de porta em porta) (... e os ovos que se vendiam para comprar a "sardinha para três");
- o Sável e a Lampreia do rio Douro (que as barragens "mataram") (comia-se o sável pela Quaresma, quando a Igreja proibia o consumo de carne);
- as "Serviçadas” como a vindima, a malha do centeio, a desfolhada do milho, a espadelada do linho, a matança do porco, etc., em que os familiares e os vizinhos se ajudavam, uns aos outros;
- "Ir às Sortes" (à junta médica militar, e ficar apto ou apto para a tropa); (era também um a "ritual de passagem para os "machos", e o início do "home leaving"; quando se regressava, é para para o jovem adulto a começar a governar a sua vida, deixar a casa dos pais, ir para o Porto trabalhar na África, ou para o Brasil, e mais tarde para França, Luxemburgo, Suiça...na construção civil;
- "na casa dceste home quem não Trabalha não come";
- começava.se a Trabalhar muito cedo (“ o trabalho do menino é pouco, mas quem não o aproveita é louco”; "na casa deste home, quem não trabalha não come; e na casa desta mulher, come-se tudo o que ela der"):
- as “Tunas rurais do Marão” (indispensáveis nos "bailes mandados") (uma rabeca, umn violão, uma viola, um cavaquinho, unas ferreinhos, uma voz) ;
- o “Varapau” como símbolo da masculinidade (mas também de violência) (a ponto de ter sido proibido na via pública, nas festas, nas romarias e nos bailes, sendo o seu cumprimento fiscalizado pela GNR):
- a “Venda” que era mercearia, tasca, casa de comidas (para os de fora), cabine pública de telefone, caixa de correio, palco de mexericos, boatos e notícias, etc. (a da Candoz, ficava no Alto,na estrada real Porto-Régua, a 3 km de distância por caminho de carro de bois, que agora é estrada municipal e nos leva à albufeira da barragem do Carrapatelo);
- a Vinha de bordadura e de enforcado (e na sua grande maioria, videiras de tinto… jaquê, um híbrido americano de há muito proibido mas sempre tolerado; de fraca graduação e pior qualidade, o “jaquê” chegava a maio já era intragável; de resto, nas vindimas toda a uva podre ia “para o tinto”; e não havia vinho verde branco, o que se fazia era “para o padre”; e muito do que ia para o "ultramar", a tropa, que tinha poder de compra, era vinho branco leve, de 9 / 10 graus, enviado para os armazéns do Porto e de Vila Nova de Gaia, e depois gazeificado e rotulado como "vinho verde branco");
- o Vinho verde branco, feito de bica aberta, e que era só para o padre e para a missa (hoje é um dos senhores "embaixadores de Portugfal");
- o Vinho verde tinto, o tal "berdinho", carrascão, bebido da malga de barro vidrado ou da “caneca de porcelana”;
- a Virgindade (feminina) antes do casamento (e ai da rapariga que fosse "rejietada" pelo rapaz...); ou tivesse a desgraça de ser "mãe solteira";
- ... e quando a gente (a nossa geração) nasceu, por volta de 1945, no fim da II Guerra Mundial, ainda morriam 120 crianças em cada mil nados-vivos.
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Nota do editor LG:
Último poste da série > 3 de outubro de 2025 > Guiné 61/74 - P27280: Manuscrito(s) (Luís Graça) (274): Vindimas, ainda são o que eram ? - Em Candoz, sim, no essencial - II (e última) Parte
1 comentário:
Aqui é que se vê a diferença entre a IA e um ser humano... Há subtilezas da nossa língua e da nossa riqueza cultural que lhe escapam:
Veja-se este "mimo da IA/Gemini:
(...) "Cebolinhas do Talho": Um Acompanhamento Saboroso e Essencial em Portugal
'Cebolinhas do talho' é um termo português que se refere a pequenas cebolas, normalmente do tipo pérola ou de cocktail, que são conservadas em vinagre e vendidas em talhos por todo Portugal. São um condimento tradicional e popular, frequentemente apreciado como acompanhamento de vários pratos de carne.
Estas pequenas e aciduladas cebolas são geralmente conservadas numa salmoura de vinagre, água, sal e, por vezes, açúcar, muitas vezes infundida com especiarias como pimenta em grão, cravinho, folha de louro e piri-piri para um toque extra. O processo de conserva não só preserva as cebolas, mas também lhes confere um sabor característico, acentuado e ligeiramente adocicado, que corta a riqueza das carnes grelhadas ou assadas.
Apesar de estarem prontamente disponíveis para compra, muitas famílias portuguesas também têm as suas próprias receitas tradicionais de "cebolinhas de escabeche", preparando-as em casa de acordo com o seu nível de acidez e tempero desejado.(...)
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