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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16068: Nota de leitura (837): “Quinto Centenário da Descoberta da Guiné 1446 / 1946", brochura com um conjunto de selos da autoria de Amadeu Cunha e Uma tocante homenagem ao Comando morto em combate por Vassalo de Miranda (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 9 de Julho de 2015:

Queridos amigos,
Já não era sem tempo que vos mostrasse um tesouro filatélico de que me orgulho muito, os selos das comemorações do V Centenário da Descoberta da Guiné.
É um tesouro e uma raridade, os trabalhos do artista Alberto Sousa no campo filatélico podem ser vistos no Museu das Comunicações, são de primeiríssima água; e uma raridade, duvido que haja meia-dúzia de exemplares com toda a coleção de selos à venda.
Como é dia de prodígios, junto a imagem de um impressivo quadro de Vassalo de Miranda que autorizou a sua reprodução no blogue. Leva-nos a comungar a dor que todos sentimos quando perdemos os nossos camaradas no campo de combate.

Um abraço do
Mário


1 - Uma preciosidade filatélica: Guiné, 1946

Beja Santos

No âmbito das comemorações do V Centenário da Descoberta da Guiné (1946) foi editada uma brochura com um conjunto de selos da autoria de Alberto Sousa, conhecido artista plástico e colaborador no desenho filatélico muito apreciado. A autoria do texto da brochura pertenceu a Amadeu Cunha, ligado através da Agência Geral das Colónias a uma colaboração assídua na revista “Muito Português” exclusivamente dedicada à problemática colonial.

Era sentimento da época de que fora Nuno Tristão o descobridor daquela região da Guiné, hoje é mais do que problemático que tenha sido assim. Escreve o autor: “Nuno Tristão recebeu o encargo de levar vela o mais longe que pudesse, da Ponta da Galé, o que fez, alcançado Carlo Branco; em 1443, de novo a reconhecer, navegava para o Sul e descobria as ilhas de Arguim e das Garças e, mais distante, uma terra que se presume ser a que, em 1445, Dinis Dias nomeou de Cabo Verde. Mais um escudeiro do Infante, Lançarote, saindo com seis caravelas, numa das quais Gil Eanes voltava à faina descobridora, chegara às ilhas das Garças, Naar e Tider. Do mesmo ano foi a saída de Gonçalo de Sintra, a quem o Infante havia recomendado “que fosse diretamente à Guiné e que por nenhum caso não fizesse o contrário”. Mas fê-lo, afinal, “desejando avantajar-se sobre os outros”, porque disso tiraria tanta honra como proveito. Preferiu, pois atacar a gente de Arguim, e na ilha de Naar encontrou a morte com mais 12 companheiros. Em 1446, Nuno Tristão, tornava às suas andanças de descobridor, “mui desejoso desta vida”. Havendo entrado com 22 dos seus, um rio, porque a corrente houvera afastado muito da caravela os batéis, vira-se, em certo passo, salteado por uma chusma de almadias, que deram neles, e todos, à exceção de três, sucumbiram, feridos por frechas empeçonhadas. Por memoração foi posto a certo rio o nome do herói. Rio de Nuno ficou a chamar-se. Mais a identificação suscita dúvidas. Foi esse, ou terá sido outro, o Geba, que serviu de cenário ao episódio? Nuno Tristão deixava descoberta a atual Guiné Portuguesa, legendada pelo seu sangue e o de seus companheiros”.


A coleção de selos mostra o forte de Cacheu, que surgiu em 1588, a igreja de Bissau, Honório Pereira Barreto, o presidente norte-americano Ulisses Grant, a quem coube arbitrar a questão de Bolama e também o capitão Teixeira Pinto, sobre quem o autor escreve: neto e filho de bravos, tendo já ganho a Torre e Espada na guerra contra o Cuamato, passava em 1912 à Guiné. Desde logo tratou de elaborar um plano de ocupação definitiva. Compreendia quatro campanhas: a primeira, de Abril a Agosto de 1913, ao Oio; a segunda, de Janeiro a Abril do ano imediato, contra os Papéis e Manjacos de Cacheu; a terceira, de Maio a Junho, contra os Balantas de Mansoa; de Maio a Agosto de 1915, a quarta, que foi de todas a mais dura e mortífera, contra os Papéis de Bissau. A cada campanha correspondera um êxito”.


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2 - Uma tocante homenagem ao Comando morto em combate

Tive a alegria de receber a visita de Vassalo de Miranda, um Comando que esteve na Operação Tridente e que é um dos mais distintos artífices da banda desenhada portuguesa, aqui no blogue já falamos de três livros seus dedicados a feitos na Guiné, envolvendo operações e a lancha 302, várias vezes atingida, teve uma vida atribulada nos rios da Guiné.

O Vassalo de Miranda veio oferecer-me mais banda desenhada e dar-me conta dos seus trabalhos pictóricos. Foi a remexer nestes que encontrei esta imagem que não precisa de palavras, tal o seu vigor representativo. O autor autorizou a sua reprodução no nosso blogue e até me prometeu que em breve nos iria oferecer os seus textos sobre a Operação Tridente. Discutimos o título deste quadro e assentámos que poderá ficar conhecido como “A dor do Comando”. Em nome desta confraria onde labutam prestigiosos camaradas do Vassalo de Miranda, como é o caso do Virgínio Briote, o nosso muito obrigado.

 “A dor do Comando”
© Vassalo de Miranda, Comando que esteve na Operação Tridente e que é um dos mais distintos artífices da banda desenhada portuguesa 
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Nota do editor

Último poste da série de 6 de maio de 2016 Guiné 63/74 - P16056: Nota de leitura (836): “Portuguese Africa, A handbook”, com coordenação de David M. Abshire e Michael A. Samuels, respetivamente doutorados nas universidades de Georgetown e Columbia, nos EUA (Mário Beja Santos)

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Guiné 63/74 - P15184: Da Suécia com saudade (51): Mais um detalhe da pequena história do auxílio sueco ao PAIGC: a emissão, ultrassecreta, de 40 mil selos de correio, para comemorar a independência (unilateral) em 24 de setembro de 1973 (José Belo)






Guiné-Bissau > 4 selos dos correios, de 1, 2.5, 5 e 10 pesos, respetivamente, com a efígie de Amílcar Cabral (1924-1973), "fundador da Nacionalidade", comemorativos da proclamação (unilateral) da independência, em 24 de Setembro de 1973, alegadamente na região do Boé.  [Oficialmente, o peso foi a moeda da Guiné-Bissau de 1975 até 1997; e a sua subunidade compreendia 100 centavos; o peso foi depois substituído pelo franco CFA; portanto, o novo país já tinha selos de correio, em pesos, antes de ter moeda; mas a moeda colonial, emitida pelo Banco Nacional Ultramarino continuou a circular até 1976, é uma história ainda mal conhecida...].

Como se conta a seguir, os primeiros selos foram emitidos na Suécia na tipografia dos irmãos Tofter, da cidade de Österväla, na província de Västmanland.  Tratou-se de um emissão (limitada) de 40 mil exemplares...

Para além do valor documental (e, eventualmente, sentimental, icónico, estético), estes selos têm hoje algum valor comercial para os filatelistas...  Já os vi por aí, na Net,  oferecidos a 2,76$ (dólares) (mais 1$ para portes de correio)...

São imagens digitalizadas de originais, não carimbados, da coleção do nosso camarada João Lourenço, da Figueira da Foz, ex-alf mil, comandante do PINT (Pelotão de Intendência) 9288, Cufar, 1973/74) (*)

Fotos: © João Lourenço (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]


1. Mensagem do José Belo:


[ foto atual à esquerda: José Belo, ex-alf mil inf, CCAÇ 2381 (Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70); atualmente é cap inf ref e vive na Suécia há quase 40 anos, e onde constituiu família]

Data: 29 de setembro de 2015 às 18:41
Assunto:  Auxílio sueco ao PAIGC

Camaradas: 

Aí vai mais um detalhe da pequena história do auxílio sueco ao PAIGC [, artigo escrito por Karin Alfredsson; tradução  e adaptação de J. B., que não indica a fonte, mas que nós localizámos: Bygdeband Sveriges].

Para uma detalhada e abrangedora descrição do que foi o auxílio sueco aos movimentos de libertação africana recomenda-se a leitura de dois livros de Tor Sellström :

(i) "A Suécia e as lutas de libertação nacional em Angola, Mocambique e Guiné-Bissau" [, disponível aqui, em formato pdf]:

(ii)  e o segundo volume "Solidariedade e Assistência entre 1970-1994"  [, disponível aqui, em inglês].

Ambos foram publicados pelo Nordisk Afrikaninstituted, de Uppsala.

Um abraço do José Belo


2. Os selos de correio comemorativos da proclamação [unilateral] da independência da Guiné-Bissau em 1973

por Karin Alfredsson

Ao proclamar a independência da Guiné-Bissau,  o PAIGC necessitava de criar novos selos do correio para o país.

Por razões de segurança a impressão dos mesmos deveria ser secreta até à data da proclamação.

Uma impressora de Nova York tinha-se oferecido para efectuar a encomenda gratuitamente. 

Receando-se que isso viesse a chegar ao conhecimento dos portugueses, foi escolhida a tipografia sueca dos irmãos Tofter, da cidade de Österväla [ hoje com c. 1600 habitantes], na província de Västmanland.

Esta tipografia já tinha anteriormente impresso para o PAIGC numerosos livros escolares e cartazes de propaganda vária.




Foto do secretário geral do PAIGC, Amílcar Cabral (1924-1973), incluída em O Nosso Livro de Leitura da 2ª Classe, editado pelos Serviços de Instrução do PAIGC - Regiões Libertadas da Guiné (sic). Tem o seguinte copyright: © 1970 PAIGC - Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. Sede: Bissau (sic)... A primeira edição teve uma tiragem de 25 mil exemplares, tendo sido impressa em Östervåla, Uppsala, Suécia, em 1970, na tipografia dos irmão Tofter [ Tofters / Wretmans Boktryckeri AB]. 


Temos um exenplar deste livro que nos foi gentilmente cedido pelo Paulo Santiago (que vive em Águeda e foi alf mil, comandante do Pel Caç Nat 53, Saltinho , 1970/72).  


Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007)





O novo Estado deveria ser declarado independente a 21 de Setembro [de 1973], e os selos deveriam estar prontos em Agosto.

Para maior segurança, os modelos dos selos de correio não deveriam ter impressos nem a data nem o seu valor, aparentando deste modo serem simples modelos para futuros cartazes.

A decisão quanto à encomenda só ficou decidida a 16 de Setembro, dispondo a tipografia unicamente de cinco dias para os efectuar e distribuir.

O material chegou à Guiné a tempo [aqui pode-se perguntar..."Qual delas?", Bissau ou Conacry ?(JB)].

No dia marcado para a independência,  as notícias da rádio, TV e jornais foram cuidadosamente seguidas pelos tipógrafos. Nada surgiu durante o dia quanto ao novo país.

Foram então visitados por um representante do PAIGC que os informou ter a data sido adiada. Os portugueses teriam tido conhecimento do local onde a cerimónia iria decorrer e de imediato tinham bombardeado a zona.

A nova data da proclamação seria a 24 de Setembro, sendo agora necessários 40.000 novos selos com a nova data impressa.

Aparentemente tudo acabou por se resolver tendo os selos, mais uma vez, chegado a tempo.

Karin Alfredsson




O "recorte de imprensa" onde é contada esta história da "ultrassecreta" emissão de selos de correio da independência da Guiné-Bissau. Disponível em formatop pdf, aqui [portal Bygdeband Sveriges].
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Notas do editor:

(*) 12 de setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4940: Filatelia(s) (1): Amílcar Cabral (1924-1973), "fundador da nacionalidade" (João Lourenço)

(...) Meu caro Luís Graça: Encontrei, nos meus arquivos do tempo, esta recordação. Nem sei se, para além do valor sentimental, vale alguma coisa. Se entre os nossos bloguistas algum filantelista souber, que o diga... São, ao que julgo, a 1ª edição de selos da Republica da Guiné-Bissau e comprei-os lá.

Um AbraçoJoão Lourenço (...)

sábado, 31 de outubro de 2009

Guiné 63/74 – P5186: Filatelia(s) (9): Envelopes comemorativos do Dia do Selo, de 1 de Dezembro dos anos de 1963, 1968, 1970 e 1971 (Eduardo Ribeiro)

1. Do arquivo pessoal, do Eduardo José Magalhães Ribeiro, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger da CCS do BCAÇ 4612/74, Cumeré, Mansoa e Brá - 1974, anexam-se neste poste mais quatro envelopes comemorativos de Dia do Selo, de 1 de Dezembro dos anos de 1963, 1968, 1970 e 1971, com selos postais e carimbos alusivos às efemérides.

2. Esta poste dá seguimento ao P5137, onde se apresentam as primeiras 4 peças desta matéria, referentes aos anos de 1967, 1969, 1972 e 1973.

Camaradas,Com a prestimosa colaboração da firma “Filatelia Numismática Simarro, Lda” desta cidade do Porto, apresento-vos mais 4 envelopes dedicados ao Dia do Selo na Guiné, com selos postais da época e os respectivos carimbos do 1º dia de circulação, relativos às efemérides, datados de 1 de Dezembro dos anos de 1963, 1968, 1970 e 1971.

IX Dia do Selo – 1 de Dezembro de 1963

XIV Dia do Selo – 1 de Dezembro de 1968

XVI Dia do Selo – 1 de Dezembro de 1970

XVII Dia do Selo – 1 de Dezembro de 1971

A referida firma, que se prestou, ao inteiro dispor, a colaborar no melhor cumprimento desta série, faz descontos especiais no negócio dos seus produtos, a todos nós que passamos pelo Ultramar.

Um abraço Amigo,
Magalhães Ribeiro
Fur Mil Op Esp/RANGER

Documentos: © Magalhães Ribeiro (2009). Direitos reservados.
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Nota de M.R.:

Vd. poste anterior desta série em:

domingo, 25 de outubro de 2009

Guiné 63/74 – P5158: Filatelia(s) (8): Envelope comemorativo do 5º Centenário da morte do Infante D. Henrique - 25 de Junho de 1960 (Henrique Matos)


1. O nosso camarada Henrique Matos, foi o 1º comandante do Pel Caç Nat 52, Porto Gole e Enxalé, 1966/68, enviou-me em 21 de Outubro de 2009, um envelope comemorativo do 5º Centenário da morte do Infante D. Henrique, com data do 1º dia de circulação - 25 de Junho de 1960 -, o selo postal e o carimbo alusivo à efeméride:

2. No ano de 1960, apenas foram emitidos e postos em circulação 2 selos postais na Guiné. Um, com desenho de José Moura, litografado na Casa da Moeda, em papel esmalte, policromo, com denteado 13 ½ e o valor facial de 2$50, comemorativo do 5º Centenário da morte do Infante D. Henrique e, um segundo selo, com desenho de Neves e Sousa, litografado na Litografia da Maia – Porto -, em papel esmalte, policromo, com denteado 14 ½ e o valor facial de 1$50, comemorativo do 10º Aniversário da Comissão de Cooperação Técnica na África ao Sul do Sahará (segundo catálogo de selos Postais das Colónias Portuguesas – 2008 - da AFINSA PORTUGAL).

Camarada Magalhães Ribeiro,

Tal como tu, também não sou um coleccionador de selos. Sou mais um ajuntador de selos, hobby que tem andado esquecido.

Em relação à Guiné tenho com interesse o envelope que anexo.

Podes utilizar conforme entenderes.

Abraço,
Henrique Matos

Envelope comemorativo do 5º Centenário da morte do Infante D. Henrique, com selo e carimbo

Selo do 10º Aniversário da Comissão de Cooperação Técnica na África ao Sul do Sahará

Documento: © Henrique Matos (2009). Direitos reservados.
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Nota de M.R.:

Vd. poste anterior desta série em:

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Guiné 63/74 – P5137: Filatelia(s) (7): Envelopes comemorativos do Dia do Selo, dos anos de 1967, 1969, 1972 e 1973 (Magalhães Ribeiro)

1. Do arquivo pessoal, do Eduardo José Magalhães Ribeiro, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger da CCS do BCAÇ 4612/74, Cumeré, Mansoa e Brá - 1974, anexo quatro envelopes comemorativos de Dia do Selo, de 1 de Dezembro dos anos de 1967, 1969, 1972 e 1973, com selos postais e carimbos alusivos às efemérides:

Camaradas,Entre alguma documentação dedicada à actividade filatélica na Guiné, estão estes 4 envelopes dedicados ao Dia do Selo, com selos postais da época e os respectivos carimbos do 1º dia de circulação, relativos às efemérides, datados de 1 de Dezembro dos anos de 1967, 1969, 1971 e 1973.Mais uma vez gostava de evidenciar a minha indicação de que estas publicações não são de um especialista em filatelia, antes de um fraco amador.

Assim, aproveito mais uma vez esta oportunidade, para lançar um repto a quem melhor saiba desta bonita matéria, que nos preste a sua melhor colaboração, com as suas eventuais prestações nesta área, que muito enriqueceria esta série e que muito agradeceríamos.

Essencialmente, estas publicações destinam-se a informação de pessoas mais interessadas no saber e conhecimento de documentação, que vai constituindo o espólio histórico, tendo circulado em tempos idos, na Guiné, e da qual dispomos algumas peças nos nosso arquivos pessoais.

XIII Dia do Selo – 1 de Dezembro de 1967

XV Dia do Selo – 1 de Dezembro de 1969
XVIII Dia do Selo – 1 de Dezembro de 1972
XIX Dia do Selo – 1 de Dezembro de 1973

Um abraço Amigo,
Magalhães Ribeiro
Fur Mil Op Esp/RANGER

Documentos: © Magalhães Ribeiro (2009). Direitos reservados.
___________
Nota de M.R.:

Vd. poste anterior desta série em:

sábado, 17 de outubro de 2009

Guiné 63/74 – P5120: Filatelia(s) (6): Envelopes comemorativos do 2º Aniversário da Independência - 12 de Setembro de 1976 (Magalhães Ribeiro)


1. Do arquivo pessoal, do Eduardo José Magalhães Ribeiro, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger da CCS do BCAÇ 4612/74, Cumeré, Brá e Mansoa 1974, anexo dois envelopes comemorativos, do 2º Aniversário da declaração da Independência, com selos postais e carimbos alusivos à efeméride, datados de 12 de Setembro de 1976:

Camaradas,

Dando continuidade à série lançada pelo Luís Graça, dedicada à actividade filatélica na Guiné, apresento hoje 2 envelopes (formatos diferentes) do 2º Aniversário da declaração da Independência, com selos postais e carimbos alusivos do 1º dia de circulação, relativos à efeméride, datados de 12 de Setembro de 1976:

Evidentemente, que esta publicação não é dedicada aos especialistas em filatelia, a quem muito agradeceríamos que nos prestassem a sua melhor colaboração, com as suas eventuais prestações nesta área, e que muito enriqueceria esta série.

Essencialmente, estas publicações destinam-se ao pessoal mais interessado no saber e conhecimento de documentação histórica, que circulou em tempos idos na Guiné e da qual dispomos algumas peças nos nosso arquivos pessoais.

2º Aniversário da declaração da Independência

2º Aniversário da declaração da Independência

Um abraço Amigo,
Magalhães Ribeiro
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BCAÇ 4612/74

Documentos: © Magalhães Ribeiro (2009). Direitos reservados.
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Notas de M.R.:

Vd. postes anteriores desta série em:

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Guiné 63/74 – P5023: Filatelia(s) (4): Selos postais em circulação na GUINÉ - 1962/74 (Magalhães Ribeiro)


1. Do arquivo pessoal, do Eduardo José Magalhães Ribeiro, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger da CCS do BCAÇ 4612/74, Cumeré, Brá e Mansoa 1974:

Camaradas,

Dando seguimento à série sobre a filatelia na Guiné, no período entre 1964 e 1974, contabilizei, num dos melhores catálogos da especialidade sobre selos postais das “Colónias portuguesas” do ano de 2008, emitido pela AFINSA de Portugal, que segundo indicação contou com a orientação técnica do Instituto de Expertização de Filatelia Portuguesa, 26 selos que foram postos em circulação entre 1964 e 1974, na então Guiné Portuguesa.

É evidente que nos primeiros anos de guerra deviam existir, quer em Bissau na estação central dos correios, quer nos estabelecimentos espalhados pelo território bastantes selos ainda dos anos 50.

Assim, segundo constava, era vulgar ver inúmeras cartas em circulação com selos desses anos.

Um dos fenómenos mais curiosos sobre a filatelia corrente, durante a estadia dos portugueses naquelas terras, de que me apercebi em 1974, foi o seguinte.

Nas suas breves passagens por Bissau, quer por encomendas posteriores via diversos meios, quer para seu uso pessoal, quer para desenrascar os amigos mais próximos, o pessoal que se deslocava para os diversos aquartelamentos no interior, adquiriam abastadas quantidades de selos, de modo a garantir a legalidade da sua correspondência habitual.

Depois, devido à falta de tempo para escrever às famílias, namoradas e amigos, e, ou, a desmotivações ou indisposições de diversas origens, como por exemplo dias e dias em acções repetitivas e rotineiras e por isso sem matérias inspiradoras, não utilizavam os mencionados selos.

Este fenómeno acontecia ainda que em 1974, pois eu cheguei a enviar muitas cartas para o Continente, com selos dos anos 60 e, mais curioso ainda, é que uma vez esgotados os selos postais, além de usar os aerogramas (quando os havia claro), eu, e não só, colávanos nas cartas selos da Assistência.

Engraçado é que nunca uma carta me foi devolvida, ou deixou de chegar ao destinatário por esse motivo.

Com os devidos agradecimentos à AFINSA Portugal, publico a seguir algumas das páginas do seu catálogo, em que são expostos os ditos selos e algumas das suas características identificativas.

Nesta última coluna do lado direito, podem ver-se selos da "Assistência", que eram utilizados pela tropa nacional como selos postais, vendo-se o nº 29 que circulou desde 1968 a 1974.

Um abraço Amigo,
Magalhães Ribeiro
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BCAÇ 4612/74

Documentos: © AFINSA Portugal (2009). Direitos reservados.
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Notas de M.R.:

Vd. postes anteriores desta série em:

12 de Setembro de 2009 >
Guiné 63/74 - P4940: Filatelia(s) (1): Amílcar Cabral (1924-1973), "fundador da nacionalidade" (João Lourenço)

15 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4952: Filatelia(s) (2): Envelopes e selos comemorativos da Proclamação do Estado da Guiné-Bissau - 1974 (Magalhães Ribeiro)

23 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 – P5000: Filatelia(s) (3): Selos emitidos pelo novo Estado da GUINÉ-BISSAU Após a Proclamação da Independência (Jorge Picado)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Guiné 63/74 – P5000: Filatelia(s) (3): Selos emitidos pelo novo Estado da GUINÉ-BISSAU Após a Proclamação da Independência (Jorge Picado)


1. Mensagem de Jorge Picado (*), ex-Cap Mil da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, CART 2732, Mansabá e CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72, com data de 12 de Julho de 2009:

Camaradas,

Dando andamento à sugestão do nosso Editor Chefe, sobre selos da Guiné-Bissau, após a publicação da 1.ª emissão, que o nosso caríssimo pira da minha saudosa MANSOA, adquiriu in loco, como possuo algumas das emissões deste Estado, bem como de Cabo Verde, Angola, Moçambique e até S. Tomé e Príncipe, vou enviar digitalizações das minhas folhas (Guiné-Bissau), ainda que não por ordem de emissão.

Após a Proclamação da Independência, foram emitidos os seguintes selos pelo novo Estado da GUINÉ-BISSAU:

1.º - 1974 - Proclamação do Estado. Efígie de Amílcar Cabral. São os que já foram publicados.
2.º - 1975 – Selo da República Portuguesa de 1973, comemorativo do Centenário da OMI-OMM, com sobrecarga, impressa a preto. (Ainda não o digitalizei).
3.º - 1975 – O 1.º, com fundo azul e a data “24 de Setembro de 1973”, mas também existe a mesma série com a data “21 de Setembro de 1973” ??? (Não possuo).
4.º - 1976 – Fundação do Partido. “19 de Setembro de 1956”.
5.º - 1976 – Aniversário de Amílcar Cabral.
6.º - 1976 – Proclamação da Independência.

Destes 3 últimos, cuja taxa é em pesos, também há as séries com a taxa em escudos, mas não as tenho.

7.º - 1976 - Trasladação dos Restos Mortais de Amílcar Cabral.
8.º - 1976 - XX Aniversário do PAIGC.
9.º - 1976 – Máscaras e Folclore, correio normal e correio aéreo.
11.º - 1977 – III Congresso do PAIGC.

Na folha onde tenho as emissões indicadas em 4.º; 5.º, 6.º e 7.º lugar, há também um selo da emissão de Cabo Verde referente ao 3.º Aniversário do assassinato de Amílcar Cabral.


Por sua vez na folha onde se encontram as séries indicadas em 8.º e 11.º lugar, estão também os selos emitidos em Cabo Verde e relativos a esses eventos.

Entretanto posso ir mandando outros desde que julguem ser de publicar.

Abraços para toda a equipa editorial que torno extensivos a todos os caríssimos camaradas.

Um abraço Amigo,
Jorge Picado
Cap Mil da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885 e CART 2732

Documentos: © Jorge Picado (2009). Direitos reservados.
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Notas de M.R.:

Vd. postes anteriores desta série em:

15 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4952: Filatelia(s) (2): Envelopes e selos comemorativos da Proclamação do Estado da Guiné-Bissau - 1974 (Magalhães Ribeiro)

sábado, 12 de setembro de 2009

Guiné 63/74 - P4940: Filatelia(s) (1): Amílcar Cabral (1924-1973), "fundador da nacionalidade" (João Lourenço)

Guiné-Bissau > 4 selos, de 1, 2.5, 5 e 10 pesos, respectivamente, com a efígie de Amílcar Cabral (1924-1973), "Fundador da Nacionalidade", comemorativos da proclamação (unilateral) da independência, em 24 de Setembro de 1973.

1. Mensagem, de 4 de Julho de 2009, do nosso camarada João Lourenço, da Figueira da Foz
que foi Alf Mil, comandante do PINT (Pelotão de Intendência) 9288, Cufar, 1973/74) (*)

Assunto - Recordações da Guiné


Meu caro Luís Graça,

Encontrei, nos meus arquivos do tempo, esta recordação. Nem sei se, para além do valor sentimental, vale alguma coisa. Se entre os nossos bloguistas algum filantelista souber, que o diga... São, ao que julgo, a 1ª edição de selos da Republica da Guiné-Bissau e comprei-os lá.

Um Abraço
João Lourenço


2. Comentário de L.G.:

Meu caro João, obrigado pela tua lembrança. Em matéria de filatelia, a minha literacia é muito fraca, para dizer nula... Não sou coleccionador, mas reconheço que os selos têm (ou tinham), em muitos países (incluindo o nosso), um certo valor sentimental, estético, iconográfico, documental... Já aqui publicámos alguns selos, da época colonial... Vamos agora dar início a uma nova série, para publicar imagens digitalizadas de selos, tanto da época colonial (que circularam até Março de 1975), como da época posterior à independência. Que apareçam os filatelistas (há mais camaradas, como o Jorge Picado, o Beja Santos e a Henriques Cerqueira, a mandar-nos selos).
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Nota de L.G.:

(*) Vd. postes de:

19 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4377: Tabanca Grande (145): João Lourenço, ex-Alf Mil do PINT 9288 (Cufar, 1973/74)

20 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4389: (Ex)citações (28): Ah! Grande Lourenço ou… confessando os nossos pecadilhos de Cufar 1973/74 (António Graça Abreu)

26 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4415: (Ex)citações (29): A Guiné que todos temos um pouco na alma (João Lourenço)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Guiné 63/74 - P3740: Historiografia da presença portuguesa em África (15): Filatelia, da medicina tropical à Missão do Sono (Beja Santos / Luís Graça)

Guiné > 1970 > Selo de 2$50 > I Centenário da Comissão Arbitral de Bolama [1870-1970] . No lado esquerdo, a efígie do presidente norte-americano Ulysses Grant (1822-1885). Bolama foi uma ilha disputada por ingleses e portugueses, já na 2ª metade do Séc. XVIII. Em 1860 foi anexada pelos ingleses à colónia da Serra Leoa. Uma comissão arbitral internacional, presidida por Ulysses Grant, devolveu a soberania aos portugueses. Foi capital da Guiné entre 1879 e 1941. (LG)

Guiné > 1952 > Selo de $50. 1º Congresso Nacional de Medicina Tropical, Lisboa, 1952. Sobre a emergência da saúde pública e da medicina tropical em Portugal, no virar do Séc. XIX, vd. textos de Luís Graça. Entre nós, a Escola de Medicina Tropical de Lisboa foi criada em 1902, por iniciativa do Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Marinha e do Ultramar, Teixeira de Sousa, também ele médico, poucos anos depois das Escolas de Medicina Tropical de Liverpool e de Londres (1899) e de Hamburgo (1900). Tinha como objectivo: (i) o ensino teórico e prático da medicina tropical; e (ii) a realização de missões científicas às províncias ultramarinas portuguesas bem como a colónias estrangeiras.

Em 1901, Aníbal Bettencourt (1868-1930), médico bacteriologista, director do internacionalmente prestigiado Instituto Bacteriológico, realiza a Missão do Sono a Angola para investigar a doença do sono (tripanossomíase) (**). Esta missão ajudou a reforçar, entre nós, o desenvolvimento da medicina tropical, ligada ao projecto de expansão colonial, nomeadamente em África.

Tem cabimento recordar aqui as palavras de um dos grandes nomes da medicina portuguesa, Miguel Bombarda (1851-1910), em comunicação de 26 de Outubro de 1901 à Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa:

"(....) A colonialização não é somente uma questão social e económica, mas ainda uma questão de higiene e uma questão de patologia. A prosperidade e a riqueza de uma colónia dependem primeiro que tudo das facilidades de vida que lá podem encontrar os elementos colonizadores.

"Desgraçado povo aquele que das sua colónias só pode arrancar ouro à custa de sangue! Desgraçadas riquezas aquelas que se conquistarem à custa do depauperamento da metrópole pelas vidas ceifadas e pelas existências mutiladas! Todos os dispêndios empregados em salvar vidas não podem senão redundar em riqueza e prosperidade nacionais.

"O remédio para os graves riscos que importa uma colonialização empreendida às cegas está na intervenção da medicina, com os altamente poderosos recursos de que dispõe na actualidade. A Inglaterra, a Alemanha e a França acabam de o reconhecer pela criação de centros de estudo e de ensino que hão-de simplesmente converter-se em facilidades colonizadoras e em prosperidade colonial" (...).

Historicamente falando, o herdeiro desta Escola é o actual Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa, mais conhecido por alguns de nós, amigos e camaradas da Guiné, pela sua sua Consulta do Viajante (LG)


Guiné > 1959 > Selo de 2$50 > 1º Centenário da morte de Honório Barreto [1813-1859]. Honório Pereira Barreto, natural do Cacheu, filho de pai caboverdeano e mãe guineense, é nomeado provedor de Cacheu, por decreto de 30 de Março de 1843; em 3 de Fevereiro de 1844, domina a revolta dos Manjacos no Cacheu, com o auxílio do seu tio, Francisco Carvalho Alvarenga, comandante de Ziguinchor; no mesmo ano, em 11 de Setembro, eclode a "guerra de Bissau"; Honório Barreto domina depois a revolta dos grumetes do Cacheu, com reforços vindos de Ziguinchor; concede-lhes depois perdão, uma vez feita a paz ... Em 26 de Abril de 1859, morre na Fortaleza de São José de Bissau. (LG)

Guiné > 1964 > Selo de 2$50 > 1º Centenário da Fundação do Banco Nacional Ultramarino (BNU). Efígie do seu seu fundador, Francisco Oliveira Chamiço. Originalmente criado como Banco Emissor para as ex-colónias portuguesas e como banco de desenvolvimento, o BNU foi abrindo sucessivamente sucursais e agências em Angola (1865), em Cabo Verde (1865), na Índia (1868), em S. Tomé (1868), em Moçambique (1877), na Guiné (1903), em Macau (1902) e em Timor (1912).

Como se pode ver selo acima reproduzido, o logótipo do Banco era um emblema com um navio a vapor e a legenda, “Banco Nacional Ultramarino”, na parte superior, e “Colónias, Comércio e Agricultura” , na parte inferior. (LG)

Fotos : ©
Beja Santos / Luís Graça & Camaradas da Guiné (2009). Direitos reservados [Legendas: LG]


1. Mensagem do Beja Santos:

Malta, fui à Feira da Ladra no sábado passado, dia 7 de Janeiro, continuo a ser um sortudo: para além de livros que me serão indispensáveis para um dos meus próximos empreendimentos, fui até aos filatelistas e aqui vos deixo uma selecção de selos com mais de 20 anos.

Alguns são muito belos, como o de 1952 alusivo ao 1º Congresso Nacional de Medicinal Tropical; o de 1959, dedicado a Honório Pereira Barreto, e o alusivo ao centenário da sentença arbitral de Bolama também são muito belos.

As colecções temáticas de selos da Guiné têm grande importância filatélica, caso das dedicadas aos insectos, répteis e fauna. Esta série que aqui hoje mostro vai para o blogue, espero que um dia se façam leilões que permitam angariar dinheiro para as despesas de manutenção com que nos devemos solidarizar.

2. Comentário de L.G.:

Agradeço, em meu nome e em nome da Tabanca Grande, estes mimos do nosso camarada e amigo Beja Santos, o maior rato de biblioteca que eu conheço e que nunca mais cortou o cordão umbilical dos afectos e das emoções que, desde 1968, o liga à Guiné e às suas gentes...
Agradeço a sua generosidade mas também o exemplo pedagógico que nos dá a todos: mesmo um pequeno selo, insignificante, pode ajudar-nos a contar uma história, a história da Guiné, das gentes que por lá passaram, incluindo estes tugas que teimam em cultivar a saudade saudável e preservar uma frágil memória...

Aqui fica um apelo: quem tiver velhos selos da Guiné, por favor guarde-os, digitalize-os e mande-nos as imagens em formato.jpg... É preciso alimentar a nossa memória... e este blogue (voraz).
_________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 21 de Dezembro de 2008 >
Guiné 63/74 - P3658: Historiografia da presença portuguesa (15): Postais antigos, um relicário de João Loureiro (Beja Santos)
(**) Mário: Tens memórias trágicas da Missão do Sono, sita na tabanca de Bambadincazinha onde ficava o Grupo de Combate (da CCAÇ 12, do Pel Caç Nat 52...) que guardava as costas aos snehores de Bambadinca, durante a noite....
Era uma antiga estrutura sanitária, criada no âmbito do Programa de Luta contra a Doença do Sono, e na altura desactivada - presumivelmente em consequência da guerra. Era um edifício térreo, de tijolo de adobe, rachas de cibe e telhado de zinco (ou de colmo ?, já não me recordo). A nossa posição era mais do que conhecida pela população e pelos elementos simpatizantes do PAIGC que havia em Bambadincazinha e em Bambadinca. Em caso de ataque ao aquartelamento de Bambadinca (sede de batalhão), éramos um alvo fácil. Uma simples roquetada punham-nos a todos fora de combate.
Ali morreu um dos teus homens, num estúpido acidente com uma G3...