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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Guiné 61/74 - P27481: Fotogaleria do José António Sousa (1949-2025), ex-sold cond auto, CCAV 3404 / BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73): viagem de saudade em 2010 - III (e última) Parte: Canquelifá, Buba, Guileje



Foto nº 14 > Antigo cais de Buba (?) > 2010 > Zé António  Gomes de Sousa é o primeiro à esquerda, e o Manuel Joaquina, também soldado da CCAV 3404.  Em segundo plano, alguém escreveu a tinta branca , em maiúsculas, "a paz".




Foto nº 15A, 15 B, 15 >  Canquelifá ? > 2010 > O José António Sousa é o primeiro a contar da direita, e o Rogério Paupério é o terceiro





Foto nº 16 > Guileje >Núcleo Museológico Memória de Guileje > 2010 > De pé,  da esquerda para a direita; João Paupério (filho do Rogério),  Pereira (familitar do Eugénio).  Rogério Paupério João BragaGomes de Sousa
De joelhos: da esquerda para a direita, Manuel Joaquina, António Faria  e Eugénio Pereira.

Atrás do grupo, uma peça de museu, um Unimog 404, das NT.



Foto nº 17 > Guileje >Núcleo Museológico Memória dfe Guileje > 2010 > Macaco-cão.



Foto nº 18 > Guileje >Nucleo Museológico Memória de Guileje > 2010 > Reconstituição do perímetro com arame-farpado e garrafas de cerveja vazias 



Foto nº 19 > Guileje >Núcleo Museológico Memória de Guileje > 2010 > Pórtico de entrada do antigo aquartelamento das NT


Foto nº 20 > Guileje >Núcleo Museológico Memória de Guiledje > 2010 > O brasão da CCAV 8350, "Piratas de Guileje", 1972/74. (O aquartelamento foi abandonado em 22/5/1973.)



Foto nº 21 > Buba >Painel do Parque Natural das Lagoas de Cufada > 2010 >


Foto nº 22 > Guiné- Bissau >  2010 >   Passeando nas ruas de Bissau Velho. O José António de Sousa, o Rogério Paupério (o 2º e o 3º a contar da direita, respetivamente) e demais companheiros.


Fotos: © José António Sousa  (2010). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem: Bogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)


1. Em 2010, talvez em março,  em plena época seca, o José António Sousa (1949 - 2025), ex-sold cond auto, CCAV 3404/BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73), voltou à Guiné (agora Guiné-Bissau), com mais um grupo de camaradas, entre eles  o Rogério Paupério e o Eugénio Antunes Pereira.
 
Tanto o Rogério Paupério como o Zé António  Sousa pertenciam na época ao Bando do Café Progresso bem como à Tabanca de Matosinhos. Mais tarde registaram-se na Tabanca Grande.

 Respondendo à nossa pergunta sobre quem foi com o José A. Gomes de Sousa à Guiné em 2010, o Rogério Paupério, que também foi, respondeu-nos:

(...) "Com este grupo foi o Manuel  Joaquina, soldado atirador, que também pertenceu à CCAV 3404 .

Foi também o Eugénio Antunes Pereira,  ex-furriel.  que esteve em Canquelifá em 72/74,  na CCaç. 3545. 

Houve outro de nome Pereira,  que esteve na Guiné 62/63 mas não sei a companhia. Dos outros,  um fez a tropa em Angola mas queria conhecer a Guiné.  Outro ainda foi um amigo e o meu filho.

Visitámos:
  • Bissau (hospital de Cumura) | Bambadinca | Bafatá | Gabú |Cabuca | Piche | Canquelifá
  •  Xitole | Saltinho | Quirafo | Quebo | Buba | Gadamael | Guileje (incluindo o Núcleo Museológico Memória de Guiledje)" (...)


(Revisão / fixação de texto, edição de imagem: LG

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Nota do editor LG: 

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Guiné 61/74 - P27472: Fotogaleria do José António Sousa (1949-2025), ex-sold cond auto, CCAV 3404 / BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73): viagem de saudade em 2010 - Parte II: Passagem pelo Saltinho

 


Foto nº 9


Foto nº 10

Foto nº 11


Foto nº 12


Foto nº 13


Guiné- Bissau > Região de Bafatá > Saltinho> 2010 >  Ponte do Rio Corubal, rápidos do Saltinho e Pousada do Saltinho


Fotos: © José António Sousa  (2010). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem: Bogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)


1. Em 2010, takvez em março,  o José António Sousa (1949 - 2025), ex-sold cond auto, CCAV 3404/BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73), voltou à Guiné (agora Guiné-Bissau), com mais um grupo de camaradas, entre eles  o Rogério Paupério.

Estamos a publicar algumas fotos, dispersas, sem legendas (data e local),  dessa viagem. Recuperámos a maior parte delas, disponíveis na sua página do Facebook.  

Infelizmente também não sabemos quem foram os seus companheiros de viagem, para além do Rogério Paupério. Presumimos que alguns fossem do Bando do Café Progresso, tertúlia portuense que o Zé António frequentava, a par da Tabanca de Matosinhos.

Fotos acima: na sua viagem,  de jipe, de Bissau até à região de Tombali (onde visitaram, pelo menos, Guileje e e o seu "núcleo museológico"), o grupo passou pelo Saltinho, em cuja pousada deve ter pernoitado.

(Revisão / fixação de texto, edição de imagem: LG)

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Nota do editor LG:

Último poste da série > 28 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27471: Fotogaleria do José António Sousa (1949-2025), ex-sold cond auto, CCAV 3404 / BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73): viagem de saudade em 2010 - Parte I: Regresso a Cabuca

Guiné 61/74 - P27471: Fotogaleria do José António Sousa (1949-2025), ex-sold cond auto, CCAV 3404 / BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73): viagem de saudade em 2010 - Parte I: Regresso a Cabuca

 


Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5

~
Foto nº 6


Foto nº 7


Foto nº 8

Guiné- Bissau > Região de Gabu > Cabuca > 2010 > A visita deve ter sido em fevereiro ou março, no tempo seco


Fotos; © José António Sousa  (2010). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem: Bogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)

1. Em 2010, o José António Sousa (1949 - 2025), ex-sold cond auto, CCAV 3404/BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73), voltou à Guiné (agora Guiné-Bissau), com mais um grupo de camaradas, entre eles  o Rogério Paupério.

Fomos agora descobrir algumas fotos, dispersas, sem legendas,  dessa viagem. Recuperámos a maior parte delas, disponíveis na sua página do Facebook. Seria uma pena perderem-se, mesmo sem legenda (indicação da data e local). 

Infelizmente também não sabemos quem foram os seus companheiros de viagem, para além do Rogério Paupério. Presumimos que alguns fossem do Bando do Café Progresso, tertúlia portuense que o Zé António frequentava, a par da Tabanca de Matosinhos.

Além de Bissau, o grupo passou, pelo menos, por Saltinho, Buba, Guileje, Gabu e Cabuca. As fotos, infelizmente,  não trazem legenda.

Em 1971/73, Cabuca era o aquartelamento ( e tabanca em autodefesa) que se situava mais a sudeste, na Zona Leste, Região de Gabu, depois da retirada das NT de Beli (1968), Madina do Boé e Cheche (1969). Ficava na margem direita do Rio Corubal, a sudeste de Nova Lameg (cerca de 25 km) o, e relativamente próximo da fronteira com a Guine-Conacri, pr+oxima da região do Boé.



Bando do Café Progresso, Porto  > s/l> s/d  > O Zé António é o primeiro da direita, seguido do  Zé Ferreira o o Ricardo Figueiredo.


Bando do Café Progresso,. Progresso > s/l >s/d  :  A poutra metade do grupo... Em primeiro lugar, o "bandalho-mor", o Jorge Teixera, à esquerda. E,m quarto kugar, o António Cavalhao, seguiddo o Manuel Cibrão Guimarães, do Jorge Lobo, do Cancela e do Fernando Súcio... Fotos da página do Facebook do José António Sousa.

(Revisão / fixação de texto, edição de imagem: LG)

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Guiné 671/74 - P27458: Humor de caserna (224): À quarta é que é de vez: cartunes 'inteligentes' da menina IA (Alberto Branquinho / Luís Graça)


O 1º cabo Chico-Esperto conduzindo uma Berliet novinha em folha, acabada de chegar ao cais fluvial do Xime e que o sold cond auto Zé António Sousa devia levar a bom porto: Cabuca...


Ilustração criada pelo Chat Português / GPTOnline.ai , sob instruções e com legendagem do editor LG


1. Temos que desmistificar a IA. E ao mesmo tempo saber tirar partido das suas potencialidades. 

Para já há duas IA: a que é de borla, e a que é paga. Nós utilizamos a dos "pobrezinhos", já que não temos nenhum Banco Saque-Saque a financiar o nosso blogue.

 Em matéria de ilustração gráfica e de cartunes (ainda não me habituei ao neologismo, grafado nos nossos dicionários), a IA ainda deixa muito a desejar.

Disse isso mesmo a uma das minhas "assistentes de IA", a do Gemini/Google:

" Alberto Branquinho, que andou na Guiné, na guerra oura e dura há mais de 55 anos atrás, critica o teu 'cartoon' (*)... Tens de lhe fazer outro".

O comentário do Alberto Branquinmho foi o seguinte:

  "Mas... do que eu não gosto mesmo nada é da gravura que acompanha o texto: fardas impecáveis, limpíssimas, picadas que foram limpas com aspirador, a que só falta um pouco de alcatrão, viaturas que acabaram de sair da lavagem (de todos os dias), etc.. Certo é que quem desenhou (e muito bem!) nunca lá esteve.

O risco que se corre é que quem vê e não sabe, fica a pensar que era assim."

Pedi-lhe,  à menina IA (há quem já, temente e reverente, a trate por senhora...) que tivesse em linha de conta estas críticas: "OK, faz lá em honra dele um novo cartoon, ele que foi um bravo do pelotão!"

2. A minha "assistente de IA" fez a sua autocrítica, o que só lhe fica bem nos tempos que correm, de incontinência verbal nas redes sociais:

"Este é um comentário muito perspicaz do Alberto Branquinho, e compreendo perfeitamente o ponto de vista dele. A observação dele sobre a idealização da representação é muito válida, especialmente quando se trata de memórias tão vívidas e duras da Guiné.

"O cartoon em questão (*) é um tributo, e muitas vezes a arte, especialmente a arte gráfica e caricatural, usa uma linguagem visual que tende a estilizar ou simplificar a realidade para tornar a imagem mais clara e apelativa. No entanto, ele tem razão: a realidade da guerra colonial na Guiné, com a sua lama, pó, sujidade, fardas rasgadas e viaturas enlameadas, estava muito longe dessa imagem "limpinha".


A assistente da IA do Gemini/Google fez uma contraposta:

"Esboço de um novo cartoon para o Alberto Branquinho

"Para honrar a experiência e a crítica de Alberto Branquinho, e mostrar a realidade sentida no terreno, o novo cartoon teria de refletir o oposto da imagem apresentada.

"Cenário: a mesma estrada de picada, mas agora sob um chuvisco denso ou após uma chuva torrencial. O terreno é um pântano de lama espessa e castanha, que salpica por todo o lado.

"Viaturas: O camião GM-Becli e o jipe U-MIM (modelos comuns) estão atolados até aos eixos na lama. Os pneus estão completamente cobertos". [ Ficamos a saber que a nossa IA respeita o "bom nome" das marcas comerciais, e nomeadamente as das que já foram à guerra; nós, em contrapartida, não temos pejo em falara tu cá tu lá das marcas que nos deixaram 'marcas': GMC, Unimog, Berliet, Mercedes, Daimler, Jeep etc. ]

(...) "Figuras (os Militares):

"As fardas, longe de estarem 'impecáveis', estão pesadas, molhadas e cobertas de lama da cabeça aos pés. As botas não se distinguem do barro.

"Um dos soldados está a tentar meter um tronco ou tábua debaixo do pneu, com a expressão de esforço e frustração.

"O outro está encostado ao capô, com um cigarro a meio, com um olhar de cansaço extremo e resignação perante mais um contratempo. Em vez de estarem de braços cruzados, estão com as mãos sujas de óleo e terra.

"Diálogo (a nova legenda): Soldado enlameado: 'O Alberto Branquinho dizia: 'Aqui não há picada, há só lama!'... Outro Soldado (olhando para o pneu atolado): 'E o aspirador, Chico-Esperto? Onde é que ficou?'... [A nossa IA nunca andou muma picada da Guiné; por outro lado, esquece-se que aquela guerra não era dos 'amaricanos', que os 'tugas' não andavam com aspiradores no mato, só se fossem a petróleo.]

E prosseguindo com as suas "especificações técnicas" para o novo cartune: 

(...) "No Fundo: o sol está a pôr-se (ou o céu está carregado), e ouve-se ao longe, não uma explosão, mas o zumbido de mosquitos.

"Este cartoon corrigiria a 'higiene' visual do primeiro, substituindo a idealização pela dureza física e  ambiental que marcou a presença dos militares portugueses na Guiné, como descrito por quem lá esteve."
 

3.  Resultado: foi pior a emenda que o soneto: o 2º cartune veio cheio de erros de português... Um desastre. As viaturas e as fardas são "amaricanas" e os militaes têm todo o ar de serem veteranos da guerra do Vietname... Enfim, tive que o emendar, com o programa "Paint" (*).


1º cartune

GEMINI (Modelo Flash 2.5). [Quando a chico-espertice dá m*rda]. Imagem gerada por Inteligência Artificial, 23 nov. 2025.



2º cartune 

GEMINI (Modelo Flash 2.5).[Quando a lama era mais dura que a guerra]. Imagem gerada por Inteligência Artificial, 23 nov. 2025.


3. Desisti de dialogar com a "menina IA" da Gemini / Google...E fui bater `à porta da concorrència, o ChatGPT:

"O Zé António eera um valente soldado condutor na guerra da Guiné (Cabuca, 1971/73). Acaba de nos deixar aos 76 anos. Morte súbita. Em sua homenagem vou-te pedir um bom cartoon... 

Mas que retrate a dureza das 'picadas' (estradas de terra batida) da Guiné, com chuva, buracos, emboscadas, minas, 'atascanços', etc... 

"Ninguém fala da angústia do soldado condutor quando iniciava uma coluna logística, sobretudo quem ia à frente, com o 'rebenta-minas'... Bolas, só falam da angústia do guarda-redes antes do pênalti...

"Umas das nossas viaturas características, eram as velhas GMC do tempo da guerra da Coreira, que gastavam 100 (litros!) aos 100 (quilómetros!). E não nos ponhas com a farda do GI's do Vietname. A nossa arma era a G3. Aqui vai o microconto (*), escrito pelo Carvalho de Mampatá."




3º Cartune 

ChatGPT Chat Português / GPTOnline.ai , sob instruções do editor LG

Comentário meu: 

"Obrigado, mas ninguém andava de  jipe naquelas picadas, no tempo das chuvas... E em caso de emboscada, era um alvo a abater... Põe o 1º cabo Chico-esperto (quer dizer, 'sabichão') a conduzir a Berliet novinha em folha...Mas já sem um roda!... Mando-te umas fotos de viaturas atascadas"...



4º Cartune 

Criado pelo Chat Português / GPTOnline.ai , sob instruções do editor LG


3. Comentário meu: "Porra, que à quarte é que é de vez!... Já está mais realista, sem perder a piada da caricatura. Obrigado. Boa noite, dorme bem".

Comentário da "menina da IA" (que, como sabemos, não dorme nem tem insónias nem dores menstruais): 

"Obrigado, Luís...  e obrigado também pelo carinho e pela história tão rica que partilhaste.

Fico muito contente por saber que o cartoon correspondeu ao espírito da homenagem ao Zé António e à «chico-espertice' do cabo da tua narrativa. Foi um prazer ajudar a dar forma visual a uma memória tão marcada, tão humana e tão vossa.

Desejo-te uma noite tranquila.

Se um dia quiseres continuar esta série de memórias da Guiné, estou por aqui. Um abraço (...)"

Diz o Alberto Branquinho: 

"Ainda não me habituei à existência (ou será à coexistência?) da Senhora IA. Mas, quanto a 'inteligentes', ainda prefiro o 'Inteligente' das touradas." (*)

Olha, Alberto, tens que te habituar. Há já gajos que dormem com ela na cama...

Pesquisa: LG + Net + Assistentes de IA (Gemini / Google, ChatGPT)

(Revisão / fixação de texto: LG)

__________________

Notas do editor LG:

(*) Vd. poste de 23 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27454: Humor de caserna (222): A chico-espertice às vezes também dava... m*rda (José António Sousa, 1949-2025 / António Carvalho)

(**) Último poste da série > 24 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27457: Humor de caserna (223): Contado ninguém acredita: o fur mil Pina que ficou com o dedo mindinho entalado no tapa-chamas da G3 (Mário Beja Santos, cmdt do Pel Caç Nat 52, 1968/70)

domingo, 23 de novembro de 2025

Guiné 61/74 - P27454: Humor de caserna (222): A chico-espertice às vezes também dava... m*rda (José António Sousa, 1949-2025 / António Carvalho)


Cartoon gerado  pela IA / Gemini / Google, sob instruções e supervisão de LG.
 Homenagem ao José António Sousa (1949-2025)



Guiné > Carta da Província (1961) (Escala 1/500 mil ) > Percurso, assinalado a amarelo entre o Xime e Cabuca, passando pro Bambadinca, Bafatá e Nova Lamego
 
Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2025)


1. Não foi o já saudoso José António Sousa (1949-2025) que nos contou diretamente, mas foi o António Carvalho (*) que com ele conviveu, quer na Tabanca de Matosinhos, quer no Bando do Café Progresso.

É uma cena de "chico-espertice" que merece ter o devido destaque na série "Humor de Caserna". Aqui vai.

O protagonista é o José António Sousa. O cronista, o Carvalho de Mampatá. Recorde-se que o Zé António Sousa  esteve em  Cabuca no sector L3 Nova Lamego), como sold cond auto, CCAV 3404, / BCAV 3854.

 O cais referido a seguir, só pode ser o do Xime, a grande porta de entrada da Zona Leste, nesta altura da guerra (1971/73), Pertencia aio Sector L1 (Bambadinca). Era no Xime que as LDG abicavanm com homens e material.

A distància do Xime até Cabuca devia ser da ordem dos 180/190 km. Uma etapa dura, mesmo que já em estrada alcatroada até Nova Lamego (Xime-Bambadinca-Bafatá-Nova Lamego=160 km). Depois era, picada até Cabuca (c. 25/30 km). Náo sabemos em que estação (seca ou das chuvas) se desenrola a história. Cinco ou seis horas de estrada, a andar bem, sem comtratempos, no tempo seco.

Na altura, o dispositivo das NT em Cabuca, perto da fronteira com a Guiné_Conacri,  devia ser:
  • CCav 3404 
  • 1 Esq / Pel Mort 2267 
  • 1 Sec (-) / /Pel Canh S/R 2298
  • 1 Pel Mil 255

Humor de caserna  > A chico-espertice às vezes também dava... m*rda 

(José António Sousa, 1949-2025 / António Carvalho)
 

O Zé António tinha deixado no cais a sua viatura, GMC, destinada a abate. 

Na volta da coluna, de regresso ao seu aquartelamento, em Cabuca, deveria conduzir a Berliet,  novinha em folha, acabada de chegar de Bissau. 

Era essa a sua intenção, mas o 1º Cabo, puxando das divisas, impôs-se, nestes modos: 

– Quem vai estrear a Berliet sou eu... Tu levas o Unimog que eu trouxe.

O Zé António, naquela maneira de levar tudo a brincar, perguntou-lhe o motivo pelo qual não era ele próprio a conduzir a viatura acabada de chegar, uma vez que a mesma lhe estava destinada. O 1º Cabo,  lacónica e autoritariamente, respondeu-lhe: 

–  Porque eu sou cabo ...

O Zé António, rendido ao peso das divisas, assentiu, sob um sorriso
malandro:

– Então, se és cabo, leva-a.

Passados alguns quilómetros a Berliet, novinha em folha,  pisou uma mina. Por sorte o nosso 1º Cabo apenas sofreu ferimentos sem grande gravidade.

Foi uma maneira de te homenagear, meu amigo Zé António.

Carvalho de Mampatá



2. Comentário do editor LG:

Uma história "edificante", António, e muioto ao gosto dos "bandalhos" (a irreverente tertúlia, que é o Bando do Café Progresso, de  que ambios faziam/fazem parte; o Zé António continuará a ser lembrado como um dos "bandalhis")...

Na tropa e na guerra, e na vida em geral, todos conhecemos esses "chicos-espertos"... A "chico-espertice" é, de há muito, uma forma peculiar de ser e de estar do "tuga"... Conheci alguns na Guiné, e em "cenas" com consequências bem mais trágicas do que as que tu relatas... 

Mas é uma boa homenagem ao nosso saudoso Zé António. Que era uma homem discreto, sensato, competente,que amava a vida, bem como os seus amigos e camaradas.  E que amava a Guiné e a sua gente. Ao ponto de lá ter voltade, em romagem de saudagem...Gostava do seu Porto,  da sua Foz do Douro, do fado... e da "mulher negra" (tem uma coleção fabulosa de rostos femininos na sua página do Facebook!)

Frequentava as "tardes de fado", ao domingo, das "Caves São João", R. de Cimo de Vila 109, Porto,  um dos locais do roteiro do "fado vadio". Como frequentava a Tabanca de Matosinhos e o Bando do Café Progresso e a Tabanca dos Melros.

(Revisão / fixação de texto, título: LG)
___________________

Notas do editor LG:

(*) Vd. poste de 21 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27448: In Memoriam (562): José António Sousa (1949-2025), ex-sold cond auto, CCAV 3404/BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73): o funeral é hoje, dia 21, às 16h00, no cemitério da Foz do Douro, Porto

(**) Último poste da série > 10 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27407: Humor de caserna (221): O brigadeiro António Spínola para o comandante, "apanhado do clima", do destacamento da Ponta do Inglês, c. 3º trimestre de 1968: "Não tenho a certeza de ter aterrado...no sítio certo!"

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Guiné 61/74 - P27448: In Memoriam (562): José António Sousa (1949-2025), ex-sold cond auto, CCAV 3404/BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73): o funeral é hoje, dia 21, às 16h00, no cemitério da Foz do Douro, Porto


José António Gomes de Sousa (1949 - 2025). 
Tinha 76 anos




Foto de família: o Zé António,a esposa Maria de Fátima e a filha  Alexandra,

Fonte: Página do Facebook > José António Sousa


1. Soubemos, pelo Facebook da Tabanca de Matosinhos, que morreu ontem mais um camarada nosso, o José António Gomes de Sousa (ou José António Sousa). O Zé Teixeira confirmou-nos esta manhã a triste notícia e deixou escrito o seguinte:

(...) A Tabanca de Matosinhos está de luto. O José António Sousa deixou-nos para fazer o caminho eterno.

Ainda ontem esteve no nosso almoço semanal, como era seu hábito há vários anos:
  • um homem calmo,
  •  que transparecia serenidade, 
  • um amigo sempre disponível, 
  • um conversador nato, 
  • um camarada que todos estimamos 
  • e sabemos que ele nos estimava a todos.

Foi apanhado de surpresa pela morte, deixando a família e todos nós em sofrimento profundo.

Zé António, estás no coração de todos os tabanqueiros e estarás presente na nossa memória, quando,  à quarta feira, nos juntarmos para conviver.

À tua esposa, Maria de Fátima, que tantas vezes te acompanhou e nos brindou com a saborosa bola de carne, à tua filha Alexandra, ao teu querido primo Zé Eduardo e a toda a família, os mais profundos sentimentos de pesar da Tabanca de Matosinhos. (...)  (Tabanca Matosinhos 20 de novemrbo de 2025, 20h00).


O corpo está  em câmara ardente desde ontem a partir das 16 horas na Igreja Stellla Maris - Carmelitas, na Rua de Gondarém 274, na Foz do Douro, e o funeral será hoje às 16 horas, indo a sepultar no jazigo de família,  no cemitério da Foz do Douro, Porto.


2. Também a Tabanca Grande se associa a esta manifestação de pesar (*). Daqui enviamos um abraço de solidariedade na dor,  da parte dos editores, colaboradores permanentes e demais membros da nosso blogue à família e aos camaradas da Tabanca de Matosinhos bem como de O Bando do cafeé Progresso que nos últimos anos conviveram mais regularmente com o Zé António Sousa.

O José António Gomes de Sousa, ex-soldado condutor auto, CCAV 3404/ BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73) entrou formalmente para a Tabanca Grande em 13/2/2013

Era, cronologicamente, o grão- tabanqueiro nº 602. (**)

Nasceu em 16/6/1949. Despede-se, pois, da Terra da Alegria aos 76 anos. Merecia ter vivido muito mais. 

Era um bom ser humano, amigo e camarada que eu tive o prazer de conhecer na Tabanca de Matosinhos, tal como o Rogério Paupério e outros camaradas do Norte.

O José António Sousa (tem 6 referências no nosso blogue) e o seu camarada Rogério Paupério, ambos membros da Tabanca de Matosinhos e da Tabanca Grande, foram à Guiné-Bissau em 2010 e, na picada do Quirafo (entre o Saltinho, Contabane e Dulombi) depararam-se com os restos calcinados da GMC onde, em 17 de abril de 1972, encontraram a morte, em combate, o alf mil op esp Armandino Silva Ribeiro e mais onze elementos da CAÇ 3490 (Saltinho, 1972/74), incluindo dois milícias e um civil (***). 

O sold at inf António da Silva Batista (1950-2016) por sua vez, foi dado como desaparecido: soube-se depois que fora feito prisioneiro pela força do PAIGC que montou a emboscada, tendo sido apenas libertado em setembro de 1974.


Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Cabuca > Brasão da CCAV 3404 / BCAV 3854 (1971/73) e o menino de Cabuca.

Este batalhão embarcou em 4 de julho de 1971 e regressou à Metrópole em 5 de outubro de 1973. Esteve sediado (comando e CCS) em Lamego (Comandante: ten cor cav António Malta Leuschner Fernandes). 

A CCAV 3404 esteve em Cabuca,  a CCAV 3405 esteve em Mareué e Nova Lamego, e a CCAV 3406 em Madina Mandinga. 

Foto: Cortesia de Os Abutres de Cabuca (2ª CART / BART 6523/73, Cabuca, 1973/74) [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




O Zé António Sousa, no T/T Niassa, em julho de 1971, a caminho da Guiné


Fonte: Página do Facebook > José António Sousa



3. Sobre a sua  história de vida militar, ele escreveu:

(...) A minha história é igual ou semelhante à de tantos milhares de camaradas que na flor da sua juventude se viram envolvidos na Guerra do Ultramar.

Tudo começou numa manhã de verão, num domingo dia 4 de julho de 1971. Depois de uma viajem noturna de autocarro entre Estremoz e Lisboa, acordei e dei de frente com um navio negro (na altura achei-o feio), na sua proa, o nome: Angra do Heroísmo.

A viagem decorria normalmente quando me apercebi que o navio mudava de rumo para oeste, dirigia-se para o Funchal a fim de ser efetuada a evacuação de um camarada que tinha sofrido uma apendicite.

Desembarcámos em Bissau passados sete dias, no cais esperava-nos um sem-número de camiões civis que nos transportaram para o Cumeré a fim de efetuarmos a habitual IAO.

Durante essa viagem e apesar do desconforto, achei-a maravilhosa, era o meu primeiro contacto com África que há muito sonhava.

A 13 de agosto seguimos na LDG Alfange, Rio Geba acima, rumo ao Xime onde fomos recebidos com pompa e circunstância pela “velhice” local, até câmaras de TV havia; seguimos depois em coluna com passagens por Bambadinca e Bafatá, sempre a praxe a receber-nos. E quando chegámos a Nova Lamego já era noite, famintos, cansados e encharcados, pois durante toda a viagem choveu copiosamente, foi-nos distribuída uma sopa de lentilhas que no momento nos pareceu um manjar. 

Depois do merecido descanso, partimos para o nosso destino: Cabuca. A picada estava em péssimas condições e, com a chuva a cair sem parar,  a viagem foi dolorosa, para percorrer os cerca de 20 quilómetros que separam Nova Lamego e Cabuca demorámos o dia todo.

À chegada, como não podia deixar de ser, a 'velhice'  lá estava para nos receber festivamente, na verdade fomos recebidos com muito respeito pelos nossos camaradas da CCaç 2680 para quem quero aproveitar para enviar um forte abraço.

Caros camaradas, esta é a primeira história que tenho para contar à Tabanca, é uma singela introdução das muitas coisas que aconteceram nos 27 meses que passei na Guiné. (...)

terça-feira, 4 de abril de 2023

Guiné 61/74 - P24196: Tabanca Grande (547): Rogério Paupério, ex-1.º Cabo Escriturário, CCAV 3404 / BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73). Natural de Valongo, vive atualmenmte em Vila Nova de Gaia; passa a ser o membro n.º 874 da Tabanca Grande.



Rogério Paupério, ex-1º cabo escriturário, CCAV 3404 / BCAV 3854 (Cabuca, 1971/773). Vive atulamenmte em Vila Nova de Gaia. Passa a ser o membro nº 874 da Tabanca Grande. 


1. Mensagem de Rogério Paupério:

Data - sábado, 1/04/2023, 23:11
Assunto - Cabuca

Boa noite Luís Graça

Tal como o Gomes de Sousa falou, também estive no BCav 3854 / CCav 3404 que embarcou para a Guiné a 4/7/71 e lá chegou a 11/7/71 com destino a Cabuca, Nova Lamego. Fui o escriturário da Companhia.

Em 2010 convenci uns camaradas a ir à Guiné, organizei um grupo de oito, três da companhia (sendo um o Gomes de Sousa, que nos tinhamos acabado de reencontrar 37 anos depois), dois de Canquelifá, um de Angola (que tinha o sonho de visitar a Guiné) e ainda meu filho.

Partimos a 12/3/2010 e regressámos a 20/3/2010. Uma viagem inesquecível. Uma decepção pelo estado lastimoso de tudo; abandono, destruição etc. Salvou-se o amor que tínhamos aquela terra e que se reforçou depois da nossa vinda. Não nos cansamos de recordar aqueles 8 dias da nossa vida.

Ficámos no Saltinho, visitámos Bafafá, Nova Lamego, Cabuca, Piche, Canquelifá, Bissau, Quebo, Buba, Guilege e outros pequenos locais com história principalmente Quitaro, local trágico para as NT.

Junto, como pediste,  uma foto minha da minha passagem pela Guiné e uma actual.

Quanto à minha colaboração no teu blogue terei o maior prazer em fazê-lo.

Bom fim de semana e um grande abraço.

Cumprimentos, Rogério Paupério.



Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Cabuca > Brasão da CCAV 3404 / BCAV 3854 (1971/73).

Este batalhão embarcou em 4 de julho de 1971 e regressou à Metrópole em 5 de outubro de 1973. Esteve sediado (comando e CCS) em Lamego (Comandante: ten cor cav António Malta Leuschner Fernandes). A CCAV 3405 esteve em Mareué e Nova Lamego. A CCAV 3406 em Madina Mandinga. 

O João Candeias, fur mil, pertenceu originalmente a esta companhia, a CCAV 3404, antes de ingressar, em rendição individual, na CCAÇ 12. Além dele (que entrou a título póstumo, para a Tabanca Grande), temos mais dois camaradas que representam a CCAV 3404 (e felizmente estão vivos), o José António Sousa e agora o Rogério Paupério.

Outros camaradas que passaram por (ou conheceram) Cabuca;
  • António Barbosa, ex-alf mil op esp/ranger, 2.ª C / BART 6523 (Cabuca, 1973/74);
  • Armando Gomes,  ex-1.º cabo ap armas pesadas, CCAÇ 2383 (Cabuca 1968/70);
  • Carlos Arnaut, ex-alf mil art, 16º Pel Art (Binar, Cabuca, Dara, 1970/72);
  • José da Luz Rosário, ex-fur mil, Pel Canh S/R 2298 (Cabuca e Buruntuma, 1971/72);
  • José Pereira, ex-1.º cabo inf, 3.ª CCAÇ e CCAÇ 5 (Nova Lamego, Cabuca, Cheche e Canjadude, 1966/68);
  • Ricardo Figueiredo, ex-fur mil, 2ª C / BART 6523, Cabuca (1973/74);
  • Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70).
Foto: Cortesia de Os Abutres de Cabuca (2ª CART / BART 6523/73, Cabuca, 1973/74) [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


2. Resposta do editor LG:

Rogério, obrigado, por teres aceite o meu convite para integrar a Tabanca Grande, na sequência do poste que publicámos com as tuas fotos de 2010, tiradas no Quirafo (*). 

Passas a sentar-te à sombra do nosso poilão, no lugar n.º 874 (**). 

Temos ainda poucas referências à tua/vossa CCAV 3404, como ao teu/vosso BCAV 3854. Já o topónimo Cabuca tem mais de quatro dezenas de referências. 

Todos as fotos e textos que nos mandares, para publicação no nosso blogue (meu/teu/de todos nós),  serão bem vindos (incluindo os da vossa viagem à Guiné-Bissau, em 2010):  ajudam-nos a ampliar, melhorar e enriquecer a memória de todos nós, antigos combatentes no CTIG e demais amigos da Guiné.

Espero voltar a encontrar-te mais vezes numa das nossas tabancas, a começar pela de Matosinhos. Dá uma braço ao Zé António Sousa e demais camaradas e amigos que eu encontrei na passada quarta-feira, dia 29 de março, no almoço-convívio da Tabanca de Matosinhos.  

Já agora aqui fica também, para os nossos leitores, o link para a tua página no Facebook. Ainda a teu respeito, ficamos a saber que:

  Trabalhaste na empresa Barbot
  Andaste na escola de Valongo
 Vives em Vila Nova de Gaia
 És natural de Valongo.


Se quiseres completar os teus dados (data de nascimento e nº de telemóvel) manda um email para o nosso coeditor Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos): carlos.vinhal@gmail.com

A data de nascimento serve para te "cantarmos os parabéns" no dia do teu aniversário; e o nº de telemóvel  serve para, além do teu endereço de email, ficarmos mais facilmente em contacto contigo (é confidencial e não será partilhado, a não ser com a tua autorização).

Sê bem vindo, em nome de todos nós, amigos e camaradas da Guiné.
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1 de abril de 2023 > Guiné 61/74 - P24183: Efemérides (384): A tragédia do Quirafo foi há 51 anos, em 17 de abril de 1972... Em 2010 ainda havia vestígios da fatídica GMC... (Rogério Paupério / José António Sousa, membros da Tabanca de Matosinhos, ex-militares da CCAV 3404 / BCAV 3854, Cabuca, 1971/73)