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segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Guiné 671/74 - P27458: Humor de caserna (224): À quarta é que é de vez: cartunes 'inteligentes' da menina IA (Alberto Branquinho / Luís Graça)


O 1º cabo Chico-Esperto conduzindo uma Berliet novinha em folha, acabada de chegar ao cais fluvial do Xime e que o sold cond auto Zé António Sousa devia levar a bom porto: Cabuca...


Ilustração criada pelo Chat Português / GPTOnline.ai , sob instruções e com legendagem do editor LG


1. Temos que desmistificar a IA. E ao mesmo saber tirar partido das suas potencialidades. Para já há duas IA: a que é de borla, e a que é paga. Nós utilizamos a dos "pobrezinhos", já que náo temos nenhum Banco Saque-Saque a financiar o nosso blogue. Em matéria de ilustração gráfica e de cartunes (ainda não me habituei ao neologismo, grafado nos nossos dicionários), a IA ainda deixa muito a desejar.

Disse isso mesmo a uma das minhas "assistentes de IA", a do Gemini/Google:

" Alberto Branquinho, que andou na Guiné, na guerra oura e dura há mais de 55 anos atrás, critica o teu 'cartoon' (*)... Tens de lhe fazer outro".

O comentário do Alberto Branquinmho foi o seguinte:

  "Mas... do que eu não gosto mesmo nada é da gravura que acompanha o texto: fardas impecáveis, limpíssimas, picadas que foram limpas com aspirador, a que só falta um pouco de alcatrão, viaturas que acabaram de sair da lavagem (de todos os dias), etc.. Certo é que quem desenhou (e muito bem!) nunca lá esteve.

O risco que se corre é que quem vê e não sabe, fica a pensar que era assim."

Pedi-lhe,  à menina IA (há quem já, temente e reverente, a trate por senhora...) que tuvesse em linha de conta estas críticas: "OK, faz lá em honra dele um novo cartoon, ele que foi um bravo do pelotão!"

2. A minha "assistente de IA" fez a sua autocrítica, o que só lhe fica bem nos tempos que correm. de incontinência verbal nas redes sociais:

"Este é um comentário muito perspicaz do Alberto Branquinho, e compreendo perfeitamente o ponto de vista dele. A observação dele sobre a idealização da representação é muito válida, especialmente quando se trata de memórias tão vívidas e duras da Guiné.

"O cartoon em questão (*) é um tributo, e muitas vezes a arte, especialmente a arte gráfica e caricatural, usa uma linguagem visual que tende a estilizar ou simplificar a realidade para tornar a imagem mais clara e apelativa. No entanto, ele tem razão: a realidade da guerra colonial na Guiné, com a sua lama, pó, sujidade, fardas rasgadas e viaturas enlameadas, estava muito longe dessa imagem "limpinha".


A assistente da IA do Gemini/Google fez uma contraposta:

"Esboço de um novo cartoon para o Alberto Branquinho

"Para honrar a experiência e a crítica de Alberto Branquinho, e mostrar a realidade sentida no terreno, o novo cartoon teria de refletir o oposto da imagem apresentada.

"Cenário: a mesma estrada de picada, mas agora sob um chuvisco denso ou após uma chuva torrencial. O terreno é um pântano de lama espessa e castanha que salpica por todo o lado.

"Viaturas: O camião GM-Becli e o jipe U-MIM (modelos comuns) estão atolados até aos eixos na lama. Os pneus estão completamente cobertos". [ Ficamos a saber que a nossa IA respeita o "bom nome" das marcas comerciais, e nomeadamente as das que já foram à guerra; nós, nós, em conterapartida, náo temos pejo em falara tu cá tu lá das marcas que nos deixaram marcas: GMC, Unimog, Berliet, Mercedes, Daimler, Jeeo, etc. ]

(...) "Figuras (os Militares):

"As fardas, longe de estarem 'impecáveis' estão pesadas, molhadas e cobertas de lama da cabeça aos pés. As botas não se distinguem do barro.

"Um dos soldados está a tentar meter um tronco ou tábua debaixo do pneu, com a expressão de esforço e frustração.

"O outro está encostado ao capô, com um cigarro a meio, com um olhar de cansaço extremo e resignação perante mais um contratempo. Em vez de estarem de braços cruzados, estão com as mãos sujas de óleo e terra.

"Diálogo (a nova legenda): Soldado enlameado: 'O Alberto Branquinho dizia: 'Aqui não há picada, há só lama!'... Outro Soldado (olhando para o pneu atolado): 'E o aspirador, Chico-Esperto? Onde é que ficou?'... [A nossa IA nunca andou muma picada da Guiné; por outro lado, esquece-se que aquela guerra não era dos 'amaricanos', que os 'tugas' nãp andavam com aspiradotes no mato, só se fossem a petróleo.]

E prosseguindo com as suas "especificaçóes técnicas" para o novo cartune: 

(...) "No Fundo: o sol está a pôr-se (ou o céu está carregado), e ouve-se ao longe, não uma explosão, mas o zumbido de mosquitos.

"Este cartoon corrigiria a 'higiene' visual do primeiro, substituindo a idealização pela dureza física e 
ambiental que marcou a presença dos militares portugueses na Guiné, como descrito por quem lá esteve."

 

3.  Resultado: foi pior a emenda que o soneto: o 2º cartune veio cheio de erros de português... Um desastre. As viaturas e as fardas são "amaricanas" e os militaes têm todo o ar de serem veteranos da guerra do Vietname... Enfim, tive que o emendar, com o programa "Paint" (*).


1º cartune

GEMINI (Modelo Flash 2.5). [Quando a chico-espertice dá m*rda]. Imagem gerada por Inteligência Artificial, 23 nov. 2025.



2º cartune 

GEMINI (Modelo Flash 2.5).[Quando a lama era mais dura que a guerra]. Imagem gerada por Inteligência Artificial, 23 nov. 2025.


3. Desisti de dialogar com a "menina IA" da Gemini / Google...E fui bater `à porta da concorrència, o ChatGPT:

"O Zé António eera um valente soldado condutorm na guerra da Guiné (Cabuca, 1971/73). Acaba de nos deixar aos 76 anos. Morte súbita. Em sua homenagem vou-te pedir um bom cartoon... 

as que retrate a dureza das 'picadas' (estradas de terra batida) da Guiné, com chuva, buracos, emboscadas, minas, 'atascanços', etc... Ninguém fala da angústia do soldado condutor quando iniciava uma coluna logística, sobretudo quem ia à frente, com o 'rebenta-minas'... Bolas, só falam da angústia do guarda-redes antes do pênalti...

"Umas das nossas viaturas características, eram as velhas GMC do tempo da guerra da Coreira, que gastavam 100 (litros!) aos 100 (quilómetros!). E não nos ponhas com a farda do GI's do Vietname. A nossa arma era a G3. Aqui vai o microconto (*), escrito pelo Carvalho de Mampatá."




3º Cartune 

ChatGPT Chat Português / GPTOnline.ai , sob instruções do editor LG

Comentário meu: 

"Obrigado, mas ninguém andava de  jiper naquelas picadas, no tempo das chuvas... E em caso de emboscada, era um alvo a abater... Põe o 1º cabo Chico-esperto ('sabichão') a conduzir a Berliet novinha em folha...Mas já sem um roda!... Mando-te umas fotos de viaturas atascadas"...



4º Cartune 

Criado pelo Chat Português / GPTOnline.ai , sob instruções do editor LG


3. Comentário meu: "Porra, que à quarte é que é de vez!... Já está mais realista, sem perdera piada da caricatira. Obrighado. Boa noite, dorme bem".

Comentário da "menina da IA":

"Obrigado, Luís...  e obrigado também pelo carinho e pela história tão rica que partilhaste.

Fico muito contente por saber que o cartoon correspondeu ao espírito da homenagem e à «chico-espertice' do cabo da tua narrativa. Foi um prazer ajudar a dar forma visual a uma memória tão marcada, tão humana e tão vossa.

Desejo-te uma noite tranquila.
Se um dia quiseres continuar esta série de memórias da Guiné, estou por aqui.Um abraço (...)"

Diz o Alberto Branquinho: 

"Ainda não me habituei à existência (ou será à coexistência?) da Senhora IA. Mas, quanto a 'inteligentes', ainda prefiro o 'Inteligente' das touradas." (*)

Olha, Alberto, tens que te habituar. Há já gajos que dormem com ela na cama...

Pesquisa: LG + Net + Assistentes de IA (Gemini / Google, ChatGPT)

(Revisão / fixação de texto: LG)

__________________

Notas do editor LG:

(*) Vd. poste de 23 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27454: Humor de caserna (222): A chico-espertice às vezes também dava... m*rda (José António Sousa, 1949-2025 / António Carvalho)

(**) Último poste da série > 24 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27457: Humor de caserna (223): Contado ninguém acredita: o fur mil Pina que ficou com o dedo mindinho entalado no tapa-chamas da G3 (Mário Beja Santos, cmdt do Pel Caç Nat 52, 1968/70)

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