Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
terça-feira, 9 de abril de 2024
Guiné 61/74 - P25358: Parabéns a Você (2260): Jorge Canhão, ex-Fur Mil Inf da 3.ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1972/74); Mário Vitorino Gaspar, ex-Fur Mil At Art MA da CART 1659 - Zorba (Gadamael e Ganturé, 1967/68) e Coronel PilAv Ref Miguel Pessoa, ex-Cap PilAv da Esquadra 121 / GO 1201 / BA 12 (Bissau, 1972/74)
Nota do editor
Último post da série de 6 de Abril de 2024 > Guiné 61/74 - P25343: Parabéns a Você (2259): Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil Op Especiais da CART 3492 / BART 3873; Pel Caç Nat 52 e CCAÇ 15 (Xitole, Mato Cão e Mansoa, 1971/73)
quinta-feira, 21 de março de 2024
Guiné 61/74 - P25294: Blogpoesia (799): No Dia Mundial da Poesia - "Lágrimas" (Mário Gaspar, ex-Fur Mil Art MA)
1. Mensagem do nosso camarada Mário Gaspar, ex-Fur Mil Art, Minas e Armadilhas da CART 1659, "Zorba" (Gadamael e Ganturé, 1967/68), com data de hoje, 21 de Março, Dia Mundial da Poesia:
Caros Camaradas do Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné
Os anos passam e os jovens que partiram para uma guerra, e deixaram de sonhar – o meu caso – atingiram uma outra idade mascarada com um rosto de cabelo grisalho.
Tive ontem Alta do Hospital Pulido Valente. Foi mais um internamento, a juntar a outros. Em pouco tempo, desde 2022 estive hospitalizado 7 longos meses, sem resultado algum.
Sou Deficiente das Forças Armadas, diz-se com um mundo de benefícios – e com razão de ser – mas verdade seja dita que sempre me considerei alguém com Saúde e hoje sou simplesmente um bicharoco sem significado para aquilo que denominaram de Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Mas, não é essa a razão que considero importante para hoje. É o Dia Mundial da Poesia. Chorar não choro. Não recordo sequer qual a última vez que chorei. A Guerra Colonial foi uma fonte de lágrimas.
Aqui vai o contributo de um Aprendiz, também da Poesia, referente a este dia.
A Minha Homenagem aos Soldados Portugueses – os Melhores Soldados do Mundo – sempre foi a minha opinião.
Abraço a todos os combatentes
Mário Vitorino Gaspar
Lágrimas
Lágrimas nascem…
correm ao desafio!
Umas crescem,
outras, ao desvario
desaparecem
fio a fio!
Perdidas aos molhos,
brotam dos olhos!
Lágrimas aos bocados,
são versos,
beijos chorados…
Vagos, dispersos,
de todos os lados,
pontos diversos!
Mulher que chora…
Ama, a cada hora...
Lágrimas são lume,
ardem… É cruel!
Doce volume,
favo de mel,
vermelho de rosa…
cor da alma!
Flor cheirosa,
escorre com calma…
Lágrimas têm o rumo,
e, num instante –
presumo –
de modo elegante,
assumo,
e cativante,
tem o seu caminho,
o rosto, seu ninho!
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Nota do editor
Último poste da série de 8 DE MARÇO DE 2024 > Guiné 61/74 - P25251: Blogpoesia (798): No Dia Internacional da Mulher - "A Mulher que amanha o peixe", por Adão Cruz, ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 1547 / BCAÇ 1887 (Canquelifá e Bigene, 1966/68)
segunda-feira, 6 de novembro de 2023
Guiné 61/74 - P24825: Casos: a verdade sobre...(35): Op Revistar, programada no ar condicionado de Bissau, uma operação das grandes, destinada ao assalto e ocupação de Salancaura, e que acabou por abortar... (Mário Gaspar, ex-fur mil at inf MA, CART 1659, Gadamael e Ganturé, 1967/68 / José Brás, ex-fur mil trms, CCAÇ 1622, Aldeia Formosa e Mejo, 1966/68),
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (1967/68) e 7º Pel Art / BAC > O obús 8.8. Foto do álbum do nosso saudoso cap SGE ref José Neto (1929-2007), na altura o 2º sargento da CART 1613, que chefiava a secretaria.
Data - 4/11/2023 04:39
Assunto - Operação Revistar
Caros Camaradas, Luís e Carlos
Capa do livro de José Brás, "Lugares de passagem", Lisboa, Chiado, Editora, 2011 |
Cheguei com muitas dúvidas, tendo a sorte de desvendar todas, com uma falha: a "Operação Revistar”.
No Blogue não surgiu ninguém que tivesse conhecimento da mesma. Passei horas no Arquivo Histórico-Militar, esclarecendo muitas dúvidas. Sabia que só era possível levar-se a efeito tal Operação, com objectivos tão ambiciosos, direi inclusive estúpidos. Pretendiam esses senhores de gabinete acabar com a guerra, inclusive matar os líderes ('Nino' Vieira) e apanharem toda a documentação confidencial.
Chegara de licença e em Bissau não se falava de outro assunto. (*)
Mário Vitorino Gaspar
PS - Podem publicar no Blogue. Continuo bastante doente, mas acrescentar a informação de José Brás à minha, a tudo que assisti, deixou-me melhor. Até parece que tenho menos dores.
2. Operação Revistar (não consta do livro da CECA, 2015, relativo à atividade operacional no CTIG, de 1967 a 1970)(**)
Do livro de José Brás “Lugares de Passagem” (texto que me enviou, a mim, Mário Gaspar, o amigo José Brás; conheço-o desde o início dos anos 60; estudei no Colégio Sousa Martins, em Vila Franca de Xira):
(..) Mas nada disto de que venho a falar-vos tem importância e a importância dou-lha eu no engano de vos fazer compreender melhor a encomenda do Santinhos no episódio burlesco que desde o início vos quero relatar.
Ordem para iniciar procedimentos de tiro de obus em Mejdo. Tudo a postos, cada peça com seu apontador e municiador. Em PRC-10 (...) ouvia eu as ordens do DO ao Santinhos, e em wallkie talk, a comunicação entre o Santinhos e o apontador de cada obus, conversa esta, em especial, para a qual peço a vossa inesgotável imaginação, recriando a manhã naquele lugar, quente e húmida, mais abafada ainda pelo stress da espera de meia dúzia de soldados que haviam ficado a garantir a segurança das peças, encarrapitados na bancada da paliçada; o DO esvoaçando e dando indicações, não tão longe dali que não se pudesse enxergar-lhe a evolução a olho nu; a voz do Santinhos nas perguntas ao avião, nas ordens às peças, pastosa, embrulhada na língua, augurando tensões.
…
− Quarta bateria?!
…
− Quarta bateria?!!!
…
− Foooooda-se!
BUUUUUUUUUUUUUUUUUM!!! Quatro buuuns num só, ecoaram inesperados nos meus ouvidos e no susto dos ocupantes do DO que voava em frente, não muito acima da linha de tiro!
Um médico de fora que por ali ficara para a possibilidade de ter de servir na operação, diagnosticou sintomatologia histeriforme e solicitou evacuação para o Alferes. O helicóptero que o veio buscar, carregou já para Medjo o seu substituto, outro Alferes, açoriano, diferente do Santinhos no talhe físico e na atitude. Para aquele dia nem valia a pena a pressa da substituição.
Não havia tropas helitransportadas. E que houvesse! A morte de dezenas estaria assim mais que certa, ainda por cima, para nada, segundo concluíram os chefes. Sensatamente, desta vez.
Não morreu ninguém, portanto, do nosso lado, pelo menos.
Só fomes.
Só sedes.
Só medos.
Só pragas.
Só raivas!
E do Santinhos, Alferes e civil, engenheiro brilhante, segundo se dizia, e contestatário, nunca mais ouvi fosse o que fosse, por palavras escritas, ou ditas… ou (des)ditas.
In "Lugares de Passagem" (com a devida vénia...)
Nota do editor: nesta altura devia estar em Mejo o 6º Pel Art / BCAC (8,8 cm). OU o 7º, que depois foi para Guileje.
No dia 3 (de dezembro de 1967), teve a Companhia, 3 feridos (um Oficial, um Sargento e um Soldado; 18 evacuados por esgotamento físico e dois por doença).
No dia 6, repete-se a Operação, e para além das Companhias que tinham estado na 1.ª Acção no terreno, foram reforçados com a minha CART 1659 e CCAÇ 1620.
Na História da Unidade da CCAÇ 1620, nem uma linha sobre a “Operação Revistar”, entretanto esteve lá.
Na História da Unidade da CART 1659 consta:
“De 1 a 3 e de 6 e 7 de Dezembro de 1967, feita a Operação Revistar, uma Acção ofensiva na Península de Salancaur, tendo as forças da CART 1659 colaborado numa primeira fase, montando segurança ao aquartelamento de Mejo. Numa segunda fase, participaram da operação juntamente com as forças da CART 1613 e CCAÇ 1591, 1622 e 1624. Os objectivos previstos não foram atingidos devido ao esgotamento físico das nossas tropas”.
Na História da Unidade da CCAÇ 1591, repetem-se as dificuldades que a NT teve ao percorrer matas fechadas, calor intenso o que provocou o agravamento do estado físico das NT. Termina dizendo que a Companhia acusou, notoriamente, as 5 noites ao relento, dormindo no chão e a falta de alimentação capaz, antes de iniciar a Operação.
Na História da Unidade da CCAÇ 1624, repete-se o mesmo, só com mais 15 evacuações (1 Oficial e 1 Sargento), não existindo condições para se concluir a Operação. (...)
(...) Sobre a actividade da Força Aérea nada é focado, mas que a aviação esteve lá não me podem negar. Dias antes já actuava, e em força, bombardeando constantemente a Península de Salancaur.
Em relação aos motivos que levaram que a Operação não fosse concluída, todos falam em desgastes nas NT. Estavam Paraquedistas, Fuzileiros e Comandos do lado contrário da Bolanha? E a aviação?
Uma Grande Operação falhada. Quem foram os culpados?
Estes também foram para mim dias horríveis, 7 dias consecutivos que não esqueço. (,,,)
No início dos anos 60 um grupo de 9 estudantes do Externato Sousa Martins fundaram o Jornal “Eco Académico”, entre eles estava eu. A Direcção do Externato pensou ser um Jornal tipo “quadro de honra”. Através do Padre, Professor de Moral, conseguiu-se que fosse composto e impresso na Tipografia do Centro de Apoio Social Infantil (CASI).
Conseguimos assinantes e publicidade, após cada um de nós entrar, penso com 50$00.
Começámos por inserir artigos que foram contestados pelo Externato e o CASI deixou de nos apoiar. Falou-se em desistirmos mas continuámos. Foi complicado visto termos de pagar a uma Tipografia.
Entretanto já tínhamos sido convidados para colaborar na Criação da Secção Cultural do União Desportivo Vilafranquense (UDV).
Quem nos coordena é o escritor Alves Redol em reuniões semanais (?).
Já deixara de estudar mas continuei a frequentar esses encontros. Nasci em Sintra e desde os meus 3 anos que vivia em Alhandra – rival nº 1 do União. Os meus Amigos chamaram-me traidor por colaborar com o clube de Vila Franca. Trabalhava mas continuei a frequentar o Restaurante Maioral, local onde anteriormente nos juntávamos diariamente e que continuava por ser o “local de encontro”. Vítor Manuel Caetano Dias, meu primo, é um dos obreiros.
A Secção Cultural nasce, já com o amigo José Brás que a compõe. Outras figuras surgem. O Cineclube do UDV faz história.
A 3 de Maio de 1965 sou obrigado a iniciar o Serviço Militar no RI 5, nas Caldas da Rainha o Curso de Sargentos Milicianos. José Brás encontra-se na mesma unidade. Finda a Recruta vou para Tavira em Agosto, e o Amigo José Brás também.
O meu Comandante de Pelotão é o Alferes de Infantaria Luís Carlos Loureiro Cadete.
Devido a ter sido hospitalizado no Hospital Militar de Évora, perco a Especialidade – Armas Pesadas – e vou de Licença Registada para casa. Em Janeiro mandam-me apresentar na Escola Prática de Artilharia (EPA), em Vendas Novas e termino a Especialidade e sou promovido após ter sido forçado contra vontade a prestar Provas para os Comandos – recusei, tive a sorte de me safar – e após Licença sou colocado no RI 14, Viseu. Monitor em várias Recrutas, com sucesso. Imagine-se.
Chego a Bissau em Janeiro de 1967 – não desembarcamos na cidade – e seguimos de LDM para o desconhecido. Defronte de Cacine dizem irmos para Gadamael Porto. Visto um Pelotão e uma Secção ter de ir para o Destacamento de Ganturé, toca-me esse destino.
Vários Furriéis Milicianos, Amigos e conhecidos que estavam já destacados na zona falam-me que o meu amigo – já Capitão Cadete – se encontrava em Mejo, entre eles o Amigo José Brás. Sempre que era destacado para Operações nesse aquartelamento, tentava que ele não me visse. Em Dezembro de 1967 dou de caras com o Capitão na falada “Operação Revistar”.
Devido a um Rebentamento, no dia 4 de Julho, quando morrem (dizem) 10 nativos e mais de 20 feridos graves, vou para Gadamael. Entretanto já tenho o doutoramento de Minas e Armadilhas.
Não li o livro de José Brásm “Lugares de Passagem”, só por mero acaso há poucos dias, tomei conhecimento. É notório que a Operação é a mesma – uma mancha tremenda na História que se recusam em falar – História da Guerra Colonial.
5. Lisboa > Hospital Júlio de Matos > 25 de Setembro de 1998 > Colóquio "Amor em Tempo de Guerra"
Volto a encontrar-me com José Brás, Aqui fica uma resumo,
O Psiquiatra Doutor Afonso de Albuquerque, que cumpriu o serviço militar como Médico em Moçambique, referiu:
Falou-se da homossexualidade existente na Guerra Colonial.
A Psicóloga Clínica Doutora Fani Lopes, disse:
Mário Vitorino Gaspar, fez notar:
Amor era o amor de pais, família, da noiva ou namorada.
Mas até se fazia sexo por correio – por carta ou aerograma – sexo por escrita, com noiva, namorada ou madrinha de guerra, por vezes até havia masturbação! Os militares na zona onde me encontrava só podiam ter relações sexuais, quando evacuados por ferimentos ou doença para Bissau, onde existiam prostitutas
Muitas vezes ficava imensamente triste por receber tanta correspondência e soldados nem um simples aerograma terem. Estes quando me falavam choravam e queixavam-se que as namoradas andavam com outros, por vezes até familiares, principalmente primos.
O Dr. Santinho Martins completou:
Foi levantada a questão:
– Até que ponto o amor pode ser uma boa terapia para o Ex-Combatente que sofre de Perturbações do Stress Pós Traumático de Guerra?
A Doutora Fani Lopes, ao terminar afirmou:
Discutiu-se o “Amor em Tempo de Guerra – o Sexo em Tempo de Guerra”
NOTA: Este texto foi publicado no Jornal APOIAR, fui um dos seus fundadores e 1º Director.
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(*) Último poste da série > 3 de julho de 2023 > Guiné 61/74 - P24447: Casos: a verdade sobre... (34): A CCAÇ 2792 (Catió e Cabedú, 1970/72), comandada pelo cap inf Augusto José Monteiro Valente (1944-2012), e depois maj gen ref, que embarcou para o CTIG sem três alferes (que terão desertado) e durante a IAO ficou sem o último, por motivos disciplinares...
(**) Fonte: Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 6.º Volume; Aspectos da Actividade Operacional; Tomo II; Guiné; Livro II; 1.ª Edição; Lisboa (2015).
(***) 26 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14302: Recordando a Operação Revistar (Mário Vitorino Gaspar, ex-Fur Mil Art MA da CART 1659)
domingo, 9 de abril de 2023
Guiné 61/74 - P24210: Parabéns a você (2158): Jorge Canhão, ex-Fur Mil Inf da 3.ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1972/74); Mário Vitorino Gaspar, ex-Fur Mil Art MA da CART 1659 (Gadamael e Ganturé, 1967/68) e Cor PilAv Ref Miguel Pessoa, ex-Cap PilAv da Esq 121 / GO 1201 / BA 12, Bissau, 1972/74)
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Nota do editor
Último poste da série de 6 DE ABRIL DE 2023 > Guiné 61/74 - P24201: Parabéns a você (2157): Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil Op Especiais da CART 3492 / BART 3873, Pel Caç Nat 52 e CCAÇ 15 (Xitole, Mato Cão e Mansoa, 1971/73)
terça-feira, 3 de janeiro de 2023
Guiné 61/74 - P23944: Blogoterapia (310): Não estou bem, e como anteriormente já dissera, voltei a ir para o "Corredor da Morte" (Mário Vitorino Gaspar, ex-Fur Mil Art MA)
Caros Camaradas Luís, Carlos e Todo o Blogue,
É do Vosso conhecimento que fui hospitalizado no Hospital das Forças Armadas (HFAR) em janeiro de 2022 e de 35 depois transferido para a Clínica de São José de Camarate.
Após Alta volto a ser hospitalizado em 25 dias em julho. Para cúmulo regressei ao HFAR no dia 30 de dezembro, encontrando-me hoje em casa, tendo de ser internado amanhã de Urgência no Hospital de Santa Maria.
Não estou bem, e como anteriormente já dissera voltei a ir para o "Corredor da Morte". A Medicina no meu caso falhou desde o início. Um exemplo: - Pesava em janeiro 100 quilogramas e após um mês tinha 58,5. Julgo estar neste momento com 70 quilos.
Em lugar de se virarem para o coração (sou cardíaco), foram à procura de outros problemas.
Camaradas, não entendo este nosso grande SNS.
Alimento-me, pessimamente, de iogurtes, queijo fresco, sopa e pouca fruta devido a diabetes.
Abraços para toda a Tabanca, em breve, se possível darei novas.
Mário Vitorino Gaspar
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Nota do editor
Último poste da série de 4 DE DEZEMBRO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23844: Blogoterapia (308): As desejadas férias e a angústia do regresso à Guiné (Juvenal Amado, ex-1.º Cabo CAR)
sábado, 9 de abril de 2022
Guiné 61/74 - P23153: Parabéns a você (2053): Jorge Canhão, ex-Fur Mil Inf da 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1972/74); Mário Vitorino Gaspar, ex-Fur Mil Art MA da CART 1659 (Gadamael e Ganturé, 1967/68) e Cor PilAv Ref Miguel Pessoa, ex-Tenente PilAv da BA 12 (Bissau, 1972/74)
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Nota do editor
Último poste da série de 6 de Abril de 2022 > Guiné 61/74 - P23144: Parabéns a você (2052): Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil Op Especiais da CART 3492/BART 3873, Pel Caç Nat 52 e CCAÇ 15 (Xitole, Mato Cão e Mansoa, 1971/73)
sábado, 26 de março de 2022
Guiné 61/74 - P23115: Agenda cultural (805): No âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril: lançamento de nova edição do livro "Salgueiro Maia - Um homem da liberdade", de António Sousa Duarte: Lisboa, Quartel do Carmo,1 de abril de 2022, 17h30
Esta sessão de homenagem a Fernando Salgueiro Maia contará com a presença de Adelino Gomes, António Sousa Duarte, Carlos Matos Gomes e Maria Inácia Rezola.
Local: Quartel do Carmo, 27, 1200-092 Lisboa
Solicita-se confirmação de presença até dia 30 de março de 2022
(i) Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril
Sítio: www.50anos25abril.pt
Email: geral@50anos25abril.gov.pt
Telef +351 213 217 183
(2) Comando Geral da GNR
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
Guiné 61/74 - P22961: As tuas melhoras, camarada!... (2): Mário Gaspar, ex-Fur Mil At Art, Minas e Armadilhas, CART 1659, "Zorba", Gadamael e Ganturé, 1967/68), está há várias semanas internado no Hospital das Forças Armadas
Mário Gaspar, ex-Fur Mil At Art, Minas e Armadilhas, CART 1659, "Zorba" (Gadamael e Ganturé, 1967/68), lapidador de diamantes reformado, e colaborador sénior do nosso blogue (com 130 referências no nosso blogue)
1. SMS que me mandou o Mário Gaspar, em 27/1/2022,às 9h39:
Camarada Luís Graça:
Estiu hospitalizado no Hospital das Forças Armadas há dez dias. Problemas complicados.
Abraços para todos,
Mário Vitorino Gaspar
2. Telefonei-lhe ontem, ainda lá estava, com dificuldades em falar, mas sentindo-se melhor. Mandou "um abraço para a Tabanca". Já lhe tinha respondido, também por SMS, às 15h57, do dia 27:
Tempos tramados, Mário. Só vejo notícias dessas, tristes. A malta está-se a ir abaixo das canetas... Mas tu és como a Fénix Renascida... Vais sair pelo teu pé... Ou não fosses um "Zorba"|...
Agora tens que te deixar tratar. Vai dando notícias. Estás num bom hospital. Força para ti. Estou na fisioterapia.
Abraço fraterno, Luís
Ele vai gostar de receber um SMS ou até uma chamada de viva voz, dos amigos e camaradas da Guiné. Aqui fica o seu nº de telemóvel: 936 214 284 . (*)
3. E, a propósito da sua companhia, a CART 1659... Eles não eram "Os Zorbas", mas tão apenas "Zorba"... Divisa: "Os Homens não morrem"..."Zorba" (**)
Vd. aqui a ficha de unidade:
Companhia de Artilharia nº 1659
Identificação: CArt 1659
Unidade Mob: RAC - Oeiras
Crndt: Cap Mil Art Manuel Francisco Fernandes de Mansilha
Divisa: "Os Homens não Morrem" - "Zorba"
Partida: Embarque em 11 Jan67; desembarque em 17Jan67 ! Regresso: Embarque em 300ut68
Síntese da Actividade Operacional
Em 19Jan67, rendendo a CCaç 798, assumiu a responsabilidade do subsector de Gadamael, com um pelotão destacado em Ganturé, e ficando integrada no dispositivo e manobra do BCaç 1861 e depois do BArt 1896 e ainda do BCaç 2834.
Em Ju168, face à intensificação da actividade de patrulhamento de itinerários e emboscadas na linha de infiltração inimiga na região de Guileje, o destacamento de Ganturé foi reforçado, temporariamente, por outro pelotão da companhia.
Em 200ut68, foi rendida no subsector de Gadamael pela CArt 2410 e recolheu seguidamente a Bissau, a fim de efectuar o embarque de regresso.
Observações - Tem História da Unidade (Caixa n." 81 - 2.a Div/d." Sec, do AHM). Tem cerca de
Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas das Unidades: Tomo II - Guiné - 1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002, pág.448. (Com a devida vénia...).Notas do editor:
(*) Último poste da série > 28 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22945: As tuas melhoras, camarada !... (1): Padre Mário de Oliveira (ex-alf mil capelão, CCS/BCAÇ 1912, Mansoa, 1967/68), hospitalizado, em Penafiel, com múltiplos traumatismos, mas consciente, depois de grave acidente automóvel
(**) Vd. poste de 19 de abril de 2018 >Guiné 61/74 - P18537: O Cancioneiro da Nossa Guerra (7): "Marcha de Regresso" (Recolha de Mário Gaspar, ex-fur mil at art, MA, CART 1659, "Zorba", Gadamael e Ganturé, 1967/ 68)
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
Guiné 61/74 - P22826: O meu sapatinho de Natal (15): Boletim nº. 073 de “Olhar do Mocho” – Órgão Informativo e Cultural da Associação Cultural e Social dos Seniores de Lisboa (Academia de Seniores de Lisboa), dedicado ao Natal (Mário Vitorino Gaspar)
Caros Camaradas
Luís, Carlos e todos os Homens Grandes da Tabanca Grande.
Envio, em Anexo o Boletim 073 de “Olhar do Mocho” – Órgão Informativo e Cultural da Associação Cultural e Social dos Seniores de Lisboa (Academia de Seniores de Lisboa).
Fui fundador deste Boletim em 2005 e seu primeiro Director.
Este número foi dedicado ao Natal.
Desejo para o Blogue “Luís Graça & Camaradas da Guiné”, e Todos os Seus Aderentes:
UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO DE 2020, COM SAÚDE E ALEGRIA.
Abraço
Mário Vitorino Gaspar
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Nota do editor
Último poste da série de 20 DE DEZEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22825: O meu sapatinho de Natal (14): Votos de boas festas para todos os "residentes" da Tabanca Grande... E uma prendinha: a notícia da última viagem do N/M Niassa, em 8/5/1979, a caminho do sucateiro de Bilbao, Espanha... (Carlos Arnaut, ex-alf mil, 16º Pel Art, Binar, Cabuca, Dara, 1970/72)
quarta-feira, 1 de dezembro de 2021
Guiné 61/74 - P22770: Efemérides (359): o 1º de Dezembro, as bandas filarmónicas e o patriotismo de ontem e de hoje...
Lisboa > Av da Liberdade > 1 de dezembro de 2017 > 6.º Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas > Uma representação da banda da AMAL - Associação Musical e Artística Lourinhanense, cuja origem remonta a 1878: da esquerda para a direita, Pedro Margarido, presidente da União das Freguesias da Lourinhã e Atalaia; Paulo José de Sousa Torres, diretor da AMAL (e meu primo em 3.º grau) e a nossa grã-tabanqueira Alice Carneiro... O puto é o "porta-estandarte" da AMAL que tem uma escola de música e um grupo de teatro...
Estava previsto realizar-se hoje o 9.º Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas, mesmo com um número reduzido de bandas participantes (19, por comparação com as 37 que atuaram em 2019, espectáulo que teve transmissão direta pela RTP), e juntando músicos de várias gerações e dos mais diversos pontos do país. A saúde pública falou mais alto.
2. O nosso editor LG tem acarinhado, no nosso blogue, esta iniciativa (e outras mais antigas), sobretudo pelas suas recordações desta efeméride, que remontam à sua infância. Mesmo sem música, podemos recordar aqui alguns comentários que foram sendo deixados nos diversos postes (*):
(i) Tabanca Grande Luís Graça (Poste P18033)
Era uma festa, o 1º de dezembro, na minha vila da Lourinhã . Primeiro, porque era feriado, não se ia à escola, e segundo, porque a filarmónica local (, fndadada em 2 de janeiro de 1878) percorria as ruas principais, com o povo e os putos atrás... Era um tradição que já vinha da Monarquia Constitucional, da República e que se manteve no tempo do Estado Novo... Como não sabíamos a letra do hino da restauração, cantarolávamos: "Ó Tí Zé da pêra branca"...
Vou ter o prazer de ver a banda da minha infãncia, a AMAL Associação Musical e Artística Lourinhanense, participar hoje. na Av da Liberdade, em Lisboa, na 6ª Desfile Nacional de Bandas Filarmónica...
É um banda centenária, fundada em 1878... Creio que é a 1ª vez que vemn a este desfile...
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2017/11/guine-6174-p18029-agenda-cultural-614.html
1 de dezembro de 2017 às 12:04
O 1.º de Dezembro na vila de Alhandra é celebrado desde as 6/7 horas. A Banda Filarmónica da SEA (, Sociedade Euterpe Alhandrense, fundada em 1/12/1861) percorre toda a vila e presta Homenagens a todas as colectividades da terra. Curiosamente, quase todas foram fundadas a 1 de Dezembro. Em cada sede tocam e sobem os músicos para beberem um copo.
Tinha 12/13 anos, no dia 1º de dezembro lá estavam as escolas da Grande Lisboa, representadas nos Restauradores, devidamente perfiladas com os uniformes da Mocidade Portuguesa, cantando o hino da Restauração.
Eram 4 horas difíceis para a rapaziada que nem podia arredar pé para as necessidades, daí os charcos que se viam na Praça depois do toque de destroçar. Outros tempos.
(iv) Luís Graça (Poste P18047)
Estive, como é habitual, nos Restauradores no desfile nacional de bandas filarmónicas, no 1º de dezembro, gosto que me vem da infância, quando seguia, atrás da banda local, agarrado ao capote do meu pai, pelas ruas da então vilória da Lourinhã, parodiando a letra do hino da
Restauração: "Ó ti Zé da Pera Branca..., pum, pum, pum..."
Ao meu lado estava um casal de turistas, dinamarqueses, com ar de reformados, pessoas viajadas, instalados num hotel da Av da Liberdade... Metemo-nos à conversa, em inglês... Eles estavam encantados com toda esta movimentação de bandas filarmónicas e sobretudo com as crianças, os putos, muito compenetrados do seu papel, que compunham muitas das bandas... Foi um festival de alegria, juventude e saudável patriotismo... Os dinamarqueses, que adoram Portugal mais do que Espanha, diziam-me que no seu país (que eu, de resto, admiro) não havia nada disto...
(v) Luís Graça (excerto do poste P18047)
(...) Afinal, o que é ser hoje português? E o patriotismo, ainda existe e faz sentido? Pode ser uma reflexão (idiota) de um homem que um dia vestiu a farda do exército português para ir "defender a Pátria" a milhares de quilómetros de casa... Na Guiné, em 1969/71...
Qual a diferença e semelhança entre mim e os meus antepassados que lutaram na "guerra da restauração" (1640-1668), na sequência da rutura com a "monarquia dual" sob a qual Portugal viveu (entre 1580 e 1640), o mesmo é dizer sob o domínio do ramo espanhol da casa de Habsburgo.Se a geração que fez a guerra colonial (1961/74) tivesse nascido por volta de 1620, teria lutado contra a Espanha dos Filipes em inúmeras batalhas por ex., Cerco de São Filipe (1641-1642); Montijo (1644); Arronches (1653); Linhas de Elvas (1659); Ameixial (1663); Castelo Rodrigo (1664); Montes Claros (1665); Berlengas (1666)... Mas também contra os holandeses no Brasil, em Angola, em São Tomé e Príncipe].
Que custo tem a independência de um país? O que é hoje ser independente? O que ganharam os aliados que nos apoiaram, e nomeadamente os ingleses? Sabemos que os ingleses ganharam um império e a autoestrada da globalização que lhes permitiu ser o 1.º país industrial do mundo... E os holandeses ocuparam boa parte das posições portuguesas na Ásia...
Não há alianças grátis...nem inimigos de borla... E nesse tempo, os portugueses tiveram mais sorte do que os catalães, debaixo da pata dos Filipes, como nós... Sorte?... Foi apenas a sorte das armas? (...) (**)
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Notas do editor:
(*) 5 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18047: Fotos à procura de... uma legenda (97): O que é ser português hoje na "ponta mais o(a)cidental da Europa"? As coroas de flores, de muitas cores e feitios, das comemorações (oficiais) do 1.º de dezembro de 2017...
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
Guiné 61/74 - P22524: Agenda cultural (782): Apresentação, pelo cor Vasco Lourenço, na Feira do Livro de Lisboa, sexta-feira, dia 10, às 15h00, do livro de Moisés Cayetano Rosado, "Salgueiro Maia: das Guerras em África à Revolução dos Cravos" (Edições Colibri, 2021, 210 pp.)
Convite das Edições Colibri, que nos chegou por intermédio do nosso camarada Mário Gaspar: apresentação do livro de Moisés Cayetano Rosado, "Salgueiro Maia: das Guerras em África à Revolução dos Cravos" (2021, 210 pp.). Data e local: 10 de setembro de 2021, sexta-feira, às 15h00, na Feira do Livro de Lisboa, Auditório Nascente, Parque Eduardo VII, Lisboa
Trata-se da tradução portuguesa da edição original em espanhol, “Salgueiro Maia – de las Guerras en África a la Revolución de los Claveles y su Evolución Posterior”.
"Moisés Cayetano Rosado, o autor da obra Salgueiro Maia, tem a particularidade de poder olhar, de forma mais distanciada e desapaixonada, os acontecimentos que narra nesta obra diferentemente de autores portugueses que se têm dedicado aos temas da Descolonização, do 25 de Abril e da ação e personalidade do Capitão Salgueiro Maia.
"É um historiador, interventivo e corajoso, na busca da verdade histórica e da defesa e salvaguarda da cultura do seu país, mas também apaixonado pelo seu país vizinho – Portugal – participando na organização de inúmeros eventos literários e culturais.
Nasceu em La Roca de la Sierra (Badajoz, Espanha), em 1951. É licenciado em Filosofia e Ciências da Educação. Mestre em Instrução Primária e tem doutoramento em Geografia e História." (Fonte_ Wook).
Sinopse do livro (excerto do prefácio, do Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa):
“Foi há quarenta e dois anos!
Um homem em cima de uma Chaimite. Que interpela o poder que está a cair, enquanto o novo poder tarda em chegar.
Simples. Sem ambições de mando ou de glória.
Que ali está porque sente dever cumprir aquela missão militar, que é também e acima de tudo cívica.
Que não pensa um segundo sequer no simbolismo daquela presença, nem no significado histórico daquele momento.
Que, terminada a missão, regressa ao quartel, para voltar a ser o que era. Com a naturalidade de quem não reclama louros, nem aspira a celebridade.
À sua maneira, Salgueiro Maia deu expressão a um povo e a uma maneira de ser e de viver ao longo dos séculos. (…)
Salgueiro Maia foi o retrato desse povo, que é o que Portugal tem de melhor. (…)
Foi esse povo que fez Portugal. E, nele, os soldados de Portugal. Sem ele e eles os chefes mais ilustres não teriam triunfado, os políticos mais brilhantes não teriam vencido, os empreendedores mais visionários não teriam criado.”
Fonte: Edições Colibri, página no Facebook
domingo, 18 de julho de 2021
Guiné 61/74 - P22384: (In)citações (191): Todos iguais mas uns mais iguais do que outros ?!... O caso dos futebolistas e outros "atletas de alta competição" a quem Pátria isentava do "imposto de sangue"
Um dos casos já aqui falados foi do Lemos [, António José de Lemos, nascido em Angola, em 1950],ex-jogador do F.C.Porto, que foi nosso camarada na CART 6552/72 (Cameconde e Cabedú, 1972/74). Ou, mais exatamente, camarada do novo membro da Tabanca Grande, o Manuel Domingos Ribeiro (*). Ao que parece, acabou a comissão a jogar no UDIB em Bissau, "não deixando de ter alinhado no mato até à sua transferência", como garante o Ribeiro. (**)
António José de Lemos:
(iii) ingressou nos juniores do Futebol Clube do Porto até passar a sénior, o que aconteceu em 1968;
(ix) Nas épocas de 1970/71 e 1971/72 marcou, respectivamente, 18 (melhor marcador da equipa) e 8 golos no Campeonato Nacional;
Em 1973 (decorria a época de 1972/73) Lemos – que não obtivera o estatuto de "Atleta de Alta Competição", imprescindível para o subtrair à guerra do Ultramar – foi mobilizado para Cabo Verde pelo Exército Português....
3. No mesmo blogue, Estrelas do FCP, do Paulo Moreira, de Gondomar, escreveu o seguinte comentário o Ludgero Lamas, companheiro do Lemos no FC Porto:
(...) Joguei futebol com o Lemos no FC Porto. Devo dizer que o jogo com o Benfica 4-0, foi delirante. O meu Amigo Lemos, ganhou nesse dia, um camião TIR cheio de tintas, electródomesticos, e outros, sendo que um televisor Grundig foi por mim comprado, sendo o dinheiro apurado na venda distribuido por todo o plantel. Uma atitude de grande nobreza.
Ludgero, 4 de abril de 2012 às 00:03 (...)
Citação:
(1971), "Diário de Lisboa", nº 17281, Ano 50, Domingo, 31 de Janeiro de 1971, Fundação Mário Soares / DRR - Documentos Ruella Ramos, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_6022 (2021-7-18)
4. A propósito deste tema ("todos iguais mas uns mais iguais do que outros"), num depoimento já aqui em tempos publicado, escreveu o nosso camarada Mário Gaspar (***):
(...) "Discute-se um facto, e é a verdade que flui da minha boca, e os filhos dos ricos e poderosos de então – do nosso tempo de guerra, que não é nunca foi uma brincadeira de criança – falo por mim como Miliciano, esses filhos de ricos e poderosos que andaram na Escola da Câmara e mais tarde num Colégio Sousa Martins, em Vila Franca de Xira, estiveram na Recruta na "minha tropa", mas na Especialidade de Atirador não vi nenhum.
Dei os meus primeiros passos no Serviço Militar no dia 3 de Maio de 1965 no Curso de Sargentos Milicianos (CSM), no RI 5, em Caldas da Rainha.
No mesmo Curso estiveram Rui Rodrigues e Gervásio, entre outros, jogadores da Académica de Coimbra. E Peres, este julgo também ser já jogador do Sporting Clube de Portugal, e o "famoso", "poderoso" de facto, Simões, do Benfica, Campeão Europeu, e que fez parte dos heróis do Futebol na Seleção Portuguesa, terceira classificada no Campeonato do Mundo de Futebol, em 1966.
Este acontecimento se dá quando eu – nunca fui voluntário – tive de "prestar provas para o Curso de Rangers, em Lamego".
Muitos os Milicianos recusaram frequentar o mesmo, ainda fiz parte da Equipa de Natação que representava o RI 14, em Viseu, no Campeonato da Região Militar, na Piscina, em Tomar. O Comandante deste Regimento que chefiava os nadadores era o conhecido também ex-futebolista da Académica de Coimbra, que venceu uma Taça de Portugal, o então Tenente-Coronel Faustino.
Nadei contra "nadadores civis federados", militares que representavam as suas Unidades. Julgo que também esses estavam no grupo dos "poderosos". Continuei por não ser voluntário, e por sorteio da vida, saiu-me ir frequentar o XX Curso de Minas e Armadilhas, na Escola Prática de Engenharia, em Tancos.
Curioso, e é bom lembrar que os Milicianos na Guiné recebiam, julgo que ate fins de 1968 ou 1969 inclusive, menos verba mensal que os dos mesmos postos em Angola e Moçambique. Dizem estarmos mais junto à metrópole.
Estive na frente de um outro grupo que lutou para que o aumento de tempo que consta nas Cadernetas Militares ou Documentos que referissem o mesmo. E esse aumento é de 100%. Considerando que as horas de trabalho normal é de 8 horas, se nos encontrávamos de Serviço 24 horas, seriam 400%. Pois eu nem me contaram os 100%.
Nós somos, neste caso os não poderosos. Senhores com o nome de baptismo Cunha conheço… Mas esses "poderosos cunhas", vi por aí. Até na entrada em alguns "lares" e incluo todos, os "poderosos cunhas" estão presentes.
Quero lembrar um outro grupo que bem podia servir para dar a opinião, desconheço se foi ou não analisado: o caso dos nossos Capitães Milicianos que, após terem cumprido o Serviço Militar e terem regressado a casa e frequentarem finais de Cursos Académicos, são chamados e foram Camaradas não só, como nós na Guiné como noutras frentes de guerra. (...) (****=
(****) Último poste da série > 18 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22383: (In)citações (190): Saudando uma decisão amadurecida, de oito anos, a entrada do Manuel Domingos Ribeiro para a Tabanca Grande: é o único representante , até à data, da CART 6552/72 (Cameconde e Cabedú 1972/74)