Foto nº 1
Foto nº 2
Foto nº 3
Foto nº 4
Foto nº 5
Foto nº 6
Foto nº 7
Foto nº 8
Foto nº 9
Foto nº 10
Foto nº 11
Guiné > Bissau > 2 de fevereiro de 1968 > Início da visita do alm Améri o Tomás à Guiné >
Fotos: © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
I . Anotações e Introdução ao tema:
Este conjunto de fotos numeradas aleatoriamente, sem critérios de qualquer ordem dos acontecimentos, refere-se à visita de Estado do Presidente da República de Portugal, Almirante Américo de Deus Rodrigues Tomaz, realizada à Guiné, com início em Bissau, a 2 de fevereiro de 1968, ainda no tempo do Gen Arnaldo Schulz.
[Vd.
RTP Arquivos > Vídeo (4' 27'') > 28 de janeiro de 1968 > Lisboa, Cais de Alcântara, Almirante Américo Tomás, Presidente da República, parte para visita oficial às províncias ultramarinas da Guiné e Cabo Verde, É acompanhado pela esposa Gertrudes Rodrigues Tomás. Manuel Gonçalves Cerejeira, Cardeal Patriarca de Lisboa, membros do Governo, António Oliveira Salazar, Presidente do Conselho e membros do Corpo Diplomático em Portugal, foram apresentar cumprimentos de despedida.]
II. Descrição:
Américo Tomaz chegou ao Porto de Bissau a bordo do navio Funchal, tendo sido recebido por uma enorme multidão da população civil, e representantes dos 3 ramos das Forças Armadas, com especial relevância para a Marinha e Fuzileiros, bem como a Polícia Civil, a Policia Militar, a Força Aérea, os Comandos e o Exército em geral, além das entidades oficiais da época, entre eles o General Arnaldo Schulz, Governador e Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné.
Feita a recepção, a comitiva percorreu de automóvel em primeiro lugar a Estrada Marginal do Porto de Bissau, depois outras ruas mais importantes, como a Avenida da República que leva até ao Palácio do Governador. Ao longo de todo o percurso nas bermas da estrada e ruas encontrava-se grande número de pessoas guineenses apoiando com bandeiras, danças e outros roncos o Presidente de Portugal Almirante Américo Tomaz.
A população recebeu bem o nosso Presidente da República, demonstrado por vídeos e pelas fotos de arquivo do Arquivo Histórico Militar, e pelas minhas fotos pessoais de minha autoria.
Não estive em todo o lado porque não era possível, as dificuldades de passar barreiras eram enormes, não entrei no cemitério onde se realizou uma cerimónia, mas ainda assim pude fotografar a 2 metros o Almirante Américo Tomaz, e esposa Gertrudes, Spínola, Ministro do Ultramar e tantas outras individualidades, incluindo os seguranças da PIDE.
Como já disse antes, cada uma vale o que vale, são histórias e acontecimentos com meio século de idade...
Havia imensa gente civil e militar – apesar de ser dia de semana (sexta-feira).
Pude acompanhar a comitiva, graças à minha motorizada, que tinha sempre em Bissau para as minhas longas deslocações, por isso as fotos cobrem o espaço todo das ruas de Bissau.
Encontrava-me em Bissau, a acabar e fechar as minhas contas para entregar na Chefia de Contabilidade, dando assim termo à minha função no Batalhão. Por isso tive a oportunidade de fazer esta reportagem, que julgo ser de algum interesse histórico.
As viaturas civis em que se deslocavam os membros da comitiva toda, e entidades oficiais, julgo que terão chegado de Portugal, pois nunca mais as vi, a não ser apenas neste dia, no dia 02-02-68.
À consideração dos visualizadores que podem fazer as críticas que entenderem, pois sei que se trata de matéria sensível, que pode não agradar a todos, mas é a nossa história, e a história daqueles militares que prestaram as honras militares ao Chefe do Estado Português.
Como há dois acontecimentos importantes e com o mesmo tipo de festas, paradas, carros, e toda essa panóplia de acontecimentos, podem as fotos da visita de Caetano e Tomaz serem muito parecidas e até poderá dar-se o caso de uma ou outra estarem trocadas, mas o efeito é o mesmo, ou quase. Não altera nada em termos históricos.
Virgílio Teixeira
Em, 15-02-2018
«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BATCAÇ1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».
III. Comentário do editor LG:
Tínhamos apenas, até agora, duas ou três referências ao
almirante Américo Tomás, o último PR do Estado Novo. Chama-se a atenção para a excelente reportagem feita, por ocasião da visita à Guiné, por parte do nosso camarada Manuel Coelho. Na altura, escrevemos o seguinte:
(...) "Chegou a Bissau, no N/M Funchal e foi recebido, no Palácio do Governador e na Praça do Império, a "sala de visitas" da capital, com as honras que lhe eram devidas. O Manuel Coelho, misturado na multidão e no grupo dos fotojornalistas que fizeram a cobertura do evento, registou, para a posteridade, alguns aspetos da manifestação popular de boas vindas e de apoio.
"Não faltaram os régulos, fardados a rigor, bem como grupos de músicos e dançarinos que mostravam a diversidade étnica da Guiné (mulheres fulas, homens balantas)... Naturalmente, que o regime da época quis tirar os dividendos políticos (e até diplomáticos) do sucesso desta visita, reafirmando o "patriotismo dos guinéus" e o repúdio pelo terrorismo do PAIGC.
"A conjuntura político-militar era então delicada: Salazar ainda estaria no poder, até ao fatídico dia 3 de agosto de 1968, quando cairá da famigerada cadeira, no forte de Santo António, no Estoril, em período de férias. Portugal estava cada vez mais isolado no seio das Nações Unidas. E a herança (militar) de Schulz não era famosa. Seria substituída por Spínola, dentro de poucos meses." (...)
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