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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Guiné 61/74 - P17859: Agenda cultural (591): Casa do Alentejo, Lisboa, sábado, 21 de outubro, às 15h30: apresentação, pelo nosso editor Luís Graça, do livro do Zé Saúde, "AVC - Recuperação do Guerreiro da Liberdade". Atuação de: (i) Grupo Musical Os Alentejanos, de Serpa; e (ii) Grupo Coral Cantadores do Desassossego, de Beja.




Cartaz promocional do evento. Vd, aqui referências ao nosso camarada José Saúde, autor do livro "AVC- Recuperação do Guerreiro da Liberdade" (Lisboa, Chiado Editora, 2017).

Sobre a Casa do Alentejo, no Palácio Alverca, Rua Portas de Santo Antão, 58, Lisboa, ver aqui página no Facebook e sítio na Net

"HISTÓRIA  > A Casa do Alentejo representa e promove a Região Alentejo em Lisboa, apoiando, incentivando e dinamizando a cultura alentejana e lutando também pelo crescimento e sustentabilidade da região, estando sempre presente construtivamente em todas as discussões que digam respeito à mesma."

Sessão musical com os nossos já conhecidos Os Alentejanos, de Serpa e ainda o grupo coral Cantadores do Desassossego, de Beja. Gente fantástica, talentosa e solidária!... Entrada livre.
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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17759: Agenda cultural (584): Lançamento do livro do José Saúde, "AVC - Recuperação do Guerreiro da Liberdade" (Chiado Editora, 2017, 184 pp. ), no passado domingo, em Lisboa


Lisboa >  Avenida da Liberdade > Fórum Tivoli nº 180, 1º piso > Chiado Café Concerto > 10 de setembro, domingo, 17h30 / 19h00 >   Na mesa, o autor e a representante da Editora,.


Lisboa >  Avenida da Liberdade > Fórum Tivoli nº 180, 1º piso > Chiado Café Concerto > 10 de setembro, domingo, 17h30 / 19h00 >   Aspeto da assistência... Na primeira fila, da esquerda para a direita, quatro representantes da  Associação Portugal AVC.


Lisboa >  Avenida da Liberdade > Fórum Tivoli nº 180, 1º piso > Chiado Café Concerto > 10 de setembro, domingo, 17h30 / 19h00 >  O autor falando do seu livro


Lisboa >  Avenida da Liberdade > Fórum Tivoli nº 180, 1º piso > Chiado Café Concerto > 10 de setembro, domingo, 17h30 / 19h00 > O testemunho do autor...


Lisboa >  Avenida da Liberdade > Fórum Tivoli nº 180, 1º piso > Chiado Café Concerto > 10 de setembro, domingo, 17h30 / 19h00 >  O autor e outro camarada "ranger", o Cláudio Moreira, ex-fur mil da CCAÇ 11, os "Lacraus", que o J. Casimiro Carvalho veio render, em maio de 1974, em Paunca. (Foi convidado a integrar o blogue.)


Lisboa >  Avenida da Liberdade > Fórum Tivoli nº 180, 1º piso > Chiado Café Concerto > 10 de setembro, domingo, 17h30 / 19h00 >  Dedicatória, com a mão esquerda, dedicada ao Daniel Pereira, outro camarada do curso de Operações Especiais, em Lamego. Em primeiro  plano, a esposa, Sara. O Daniel Pereira, que perdeu a mão direita devido a explosão de granada, na tropa, foi depois embaixador do seu país, Cabo Verde, na Holanda, em Angola e Brasil. Está reformado e é autor de quase um dúzia de títulos ligados à história da sua terra. (É natural de São Vicente. Outro título publicado, já em 2017: Novos subsídios para a história de Cabo Verde, 284 pp., editora Rosa de Porcelana)


Lisboa >  Avenida da Liberdade > Fórum Tivoli nº 180, 1º piso > Chiado Café Concerto > 10 de setembro, domingo, 17h30 / 19h00 >  Dedicatória, com a mão esquerda, dedicada ao Daniel Pereira, camarada do curso de Operações Especiais, em Lamego... Ambos tiveram que aprender a escrever com a mão esquerda.


Lisboa >  Avenida da Liberdade > Fórum Tivoli nº 180, 1º piso > Chiado Café Concerto > 10 de setembro, domingo, 17h30 / 19h00 >  O autor e o Juvenal Amado (que também foi editado sob chancela da Chiado Editora) (**)

Fotos (e legendas) : © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. As primeiras fotos do evento (*). Publicaremos a seguir um resumo das intervenções do apresentador,  Luís Graça, e do autor do  livro, José Saúde. (**)
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Notas do editor:

(*) Vd poste de de setembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17738: Agenda cultural (581): "AVC - Recuperação do Guerreiro da Liberdade", de José Saúde (Chiado Editora, 2017, 184 pp.): sessão de lançamento no dia 10, domingo, às 17h30, com apresentação do nosso editor, prof Luís Graça; e hoje, dia 7, o autor vai estar no programa de Fátima Lopes, na TVI, " A Tarde é Sua", às 16h30, para falar do seu livro e da sua história clínica extraordinária

(**) Último poste da série > 12 de setembro de  2017 > seGuiné 61/74 - P17758: Agenda cultural (583): "Doente mas Previdente", por Mário Beja Santos, lançamento no Museu da Farmácia, dia 27 de Setembro, pelas 18 horas, na Rua Marechal Saldanha, n.º 1, perto do Miradouro de Santa Catarina - Lisboa

domingo, 10 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17753: Lembrete (26): hoje, domingo, dia 10 de setembro, às 17h30, na Chiado Café Concerto, Avenida da Liberdade, nº 180, Lisboa, lançamento do novo livro do nosso camarada José Saúde, "AVC - Recuperação do Guerreiro da Liberdade"



Convite do autor, editora e do nosso blogue:


Camaradas que residam na grande Lisboa,

apareçam hoje, domingo, dia 10 de setembro, às 17h30,

no Chiado Café Concerto, Avenida da Liberdade, nº 180, 


[ou Tivoli Forum, 180, Piso -1, Sala F], 

na sessão de apresentação do novo livro do José Saúde,

ex-fur mil op esp/rangerl, CCS do BART 6523 

(Nova Lamego/Gabu, 1973/74).

A sessão conta com a presença do nosso editor, Luís Graça,

que é professor, jubilado, da Escola Nacional de Saúde Pública 

da Universidade NOVA de Lisboa. (**)

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Guiné 61/74 - P17473: Notas de leitura (968): Saiu o II volume de "Memórias Boas da Minha Guierra", de José Ferreira (Lisboa, Chiado Editora, 2017): Sabemos, desde Fernão Lopes, que não há História com H grande sem as pequenas histórias da arraia-miúda. Este é também um livro de homenagem à arraia-miúda (Luís Graça, prefácio)


Capa do livro, editado pela Chiado Editora, Lisboa


Próximas sessões de lançamento

Aqueles que souberam fazer a guerra e a paz, com “sangue, suor e lágrimas”… e uma boa pitada de humor de caserna


prefácio de Luís Graça

1. Não tenho a pretensão de ser um descobridor de talentos literários... Mas a verdade é que o nosso blogue (“Luís Graça & Camaradas da Guiné”) tem sido um verdadeiro seminário de vocações literárias... 


Ao José Ferreira da Silva (Zé Ferreira, “tout court”) já lhe tinha posto o olho em cima desde que entrou na Tabanca Grande e começou a escrever, há mais de seis anos, em 8/6/2010... Neste espaço de tempo, foi alimentando, com maior ou menor regularidade, uma curiosa série a que ele próprio chamou "Memórias boas da minha guerra"... 

Há quem só tenha "memórias más", o Silva da CART 1689, o ex-fur mil José Ferreira da Silva, que fez a guerra “pura e dura”, também terá as suas, mas no cômputo final são as boas (ou, talvez antes, agridoces…) que vêm ao de cima e que ele faz questão de partilhar connosco... 

Criaria depois outra série a que chamou "Outras memórias da minha guerra", onde a guerra e a sua (des)humanidade vêm mais ao de cima. No nosso blogue, ele conta já com quase um centena de referências.

Finalmente, o Zé Ferreira coligiu estes textos e publicou-os em livro, sob a chancela da Chiado Editora, para regozijo de alguns leitores do blogue que se tornaram seus fãs, e terão também, pelo apreço e incentivo manifestados, uma pequena quota parte de responsabilidade nessa feliz decisão de passar a papel as "memórias boas da (sua) guerra", de que se publica agora o 2.º volume.

O título pode ser irónico ou provocatório já que a sua companhia, a CART 1689, esteve longe de ter ido passar férias à então "província portuguesa da Guiné". Bem pelo contrário, teve uma intensa atividade operacional, tendo estado debaixo de fogo inúmeras vezes e deambulado por quase todo o território, de tal maneira que era conhecida por “Os Ciganos”.

Recordo-me lhe de ter dito, há uns anos, que “o humor é uma arte” e que esse  título, “Memórias boas da minha guerra”, era um achado, que me fazia lembrar as rábulas do saudoso Raul Solnado na sua ”guerra de 1908”. E até antevia que era um bom título para um possível "best-seller"... De qualquer modo, o mais espantoso é que no blogue ninguém o insultou por reivindicar o direito a ter também "memórias boas” da vida, da tropa e da guerra, de Lamego a Catió, do Porto a Gandembel, da Feira a Canquelifá.

2. A primeira impressão que eu retive deste camarada que se estreava na escrita, era a de um bom contador de histórias, às vezes até já mestre, exímio sobretudos nas “short stories”, nos relatos “claros, concisos e precisos”, no traço caricatural de personagens, mas onde nunca falta uma ponta de ironia, humor, brejeirice, malícia, cumplicidade ou compaixão. 

Tem, como os bons contistas, também a capacidade de saber “ler, parar e escutar”… Tem matéria-prima existencial para dar e vender, “tem mundo”, é "homem de vida", como se diz no Norte, e sobretudo um apaixonado pela vida, mas também um grande observador do "zoo" humano, e um grande escultor de corpos e almas.. 

O eacritor, José Ferreira
Basta, de resto, conhecer a sua biografia de homem que se fez a si próprio, e que começou muito cedo a trilhar a dura “picada da vida”. Revela também essa rara qualidade de saber ouvir os outros com perspicácia e empatia…

O que vem ao cima, desta espuma existencial, são todos os ingredientes que nos fazem, a nós, seres humanos (e portugueses), sermos como somos, humanos (e portugueses)...

Devo dizer que tive o grato prazer de conhecer, em carne e osso, o Zé Ferreira na Tabanca de Matosinhos, no nosso convívio de 29/12/2010... As circunstâncias não foram as melhores, para mim, devido a uma maldita ciática que me atormentou na última quinzena do ano de 2010... Reencontrei, entre muitos outros camaradas, o saudoso Jorge Teixeira (“Portojo”) (1945-2017), um verdadeiro cavalheiro, tripeiro, como deve ser, de fino humor e verbo fácil. O Zé Ferreira e o Portojo estiveram em Catió, no sul da Guiné, e "reconheceram-se" (!) ao fim destes anos todos... na Tabanca de Matosinhos que costumam frequentar, com maior ou menor regularidade.

Ficámos, no fim, eles, eu e mais um  ou outro camarada, a contar algumas histórias... Qualquer deles, são dois grandes contadores de histórias e camaradas divertidos... O “Portojo” mais expansivo, o Ferreira da Silva mais discreto... Uma das histórias que vem no livro (volume I) é do “Piteira, o ranger do Alentejo” (pp. 43-49), foi-me contada por alto por ele mesmo, Zé Ferreira... Achei-lhe um piadão e esqueci por uns largos minutos a maldita cialgia... Mas ao relê-la, agora em forma escrita, é que me ri que me fartei, sozinho… Ri com gosto, a bandeiras despregadas, ao lê-la com calma e com todos os detalhes...

Enfim, foi um momento alto do nosso "humor de caserna", que é bipolar (dizem os psiquiatras de fora)... Na realidade, a tropa e a guerra não foram feitos para “meninos de coro”... mas também um “ranger” (à força, como aconteceu com o Zé Ferreira e o Piteira) não era um homem que deixava a sua humanidade (e a sua cidadania) em Lamego para se transformar numa “máquina de guerra” nas matas e bolanhas da Guiné.

Outra história fabulosa, de resto contada em primeira mão numa roda de amigos, é a do soldado comando Dionísio, de Valbom, desertor e herói, em “É guerra, é guerra… (Será?)” (volume I, pp. 119-129).

Mas, enfim, não há só “mouros” e “morcões”, nesta galeria que ilustra bem a educação erótica, sentimental, cívica e militar, de toda uma geração, também há figuras femininas, com individualidade própria. Do ponto de vista socioantropológico, o Portugal aqui retratados, era muito diferente, nos anos 60/70, do país que conhecemos hoje... (Como era diferente, mas eu não tenho saudades!)... Era diferente, para o melhor e para o pior... a ponto de ter conseguido aguentar uma guerra durante 13 anos, em três frentes, a milhares de quilómetros de casa. Em todo o caso, era (e continua a ser) um país que é feito por grandes mulheres e grandes homens como, por exemplo, a Ilda e o Neca (volume I, pp. 91-99)... Cá está, esta é uma comovente história de amor em tempo de guerra!...

3. Leitor necessariamente indisciplinado e, muitas vezes distraído, fui escrevendo alguns comentários, ao correr das teclas, a alguns dos postes das séries "Memórias Boas da Minha Guerra" e “Outras memórias da minha guerra” e com isso fui assistindo ao "making of" deste livro em dois volumes, que não tem propriamente um “fio condutor”, é uma coleção de meia centena “sketches” ou pequenas histórias, uma escolha nem sempre fácil de um lote maior.

O Zé Ferreira conta-nos aqui históricas pícaras, verosímeis, reais ou fictícias, não interessa. Costuma-se avisar o leitor de ficção, de que "qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência"... Os textos do Zé Ferreira estão entre a ficção literária e a biografia, a crónica e a memória: as figuras que desfilam no seu ecrã são portuguesas e portuguesas de carne e osso (mas também guineenses)... E, nalguns até, com “chapa fotográfica”, podendo eventualmente, questionar-se se o autor tomou as devidas cautelas para salvaguardar o direito de cada um de dos nossos camaradas, ainda vivos, à "reserva da intimidade", ao sigilo, e até ao esquecimento… Mas também aqui parece haver uma evidente cumplicidade entre o artista e o modelo, o criador e a criatura.

Tive o privilégio de ser um dos primeiros a ler as suas "short stories", pequenos contos onde cabe sempre uma parte das nossas vidas, de quando éramos jovens e filhos devotados da Nação... Não sendo "meninos de coro", nem "virgens púdicas", cedo aprendemos que o "pícaro", o picaresco, fazia parte da(s) nossa(s) vida(s)... Ora o autor tem esse notável sentido do picaresco, do burlesco, do humor de caserna, e as suas histórias não nos deixam indiferentes, tocam-nos, justamente pela sua humanidade...

Quem o conhece sabe que é um homem afável, no trato e na linguagem. Quanto à linguagem eventualmente "inapropriada", bom, a reprodução da oralidade (incluindo o calão) é um recurso que decorre da liberdade narrativa e criativa... O Zé Ferreira fá-lo, em geral, com bom gosto, bom senso, ironia, sentido de humor...

O autor teve necessariamente de fazer um seleção dos seus escritos, não conhecendo eu ainda o índice definitivo do seu 2.º volume. Mas tenho pena que alguns possam ficar de fora, como o “Deixem-nos trabalhar”, um roteiro completo pelo Porto castiço, “lúmpen”, "underground", onde floresciam as “casas de passe”, ligadas à iniciação sexual da geração nascida nos anos 40, o Porto da adolescência e juventude do autor que não existe mais mas que é recriada, graças a uma fina sensibilidade socioantropológica que lhe permite descrever, com propriedade e humor, tipos e cenas que escapavam ao olhar distraído da maioria... Esse texto é bem o retrato social e humano da época a que ele se reportava (anos 50/60), que era de miséria e de pobreza... O Porto estava cheio de "ilhas" (zonas de habitação degradadas e degradantes), tal como Lisboa ("bairros de lata" e "vilas")...

Enfim, não é por acaso que os últimos textos são memórias da “guerra pura e dura”, do suplício de Sísifo que foi aquela guerra (, de que Gandembel é um símbolo,) mas também testemunhos da importância que têm os laços de camaradagem entre os antigos combatentes, a tal ponto que persistem para lá da tropa e da guerra, ao fim de meio século.

Em suma, este livro acaba por ser o autorretrato de uma geração de portugueses que fechou um ciclo de 500 anos, que soube fazer a guerra e a paz, com “sangue, suor e lágrimas” e uma boa pitada de humor de caserna, e que se recusa a ir para a “vala comum do esquecimento”… Não é a História com H grande, nem dos heróis com direito a Panteão Nacional. Mas sabemos, desde Fernão Lopes, que não há História com H grande sem as pequenas histórias da “arraia-miúda”. Este é também um livro de homenagem à “arraia-miúda”.

Luís Graça, 

editor do blogue “Luís Graça & Camaradas da Guiné”
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Nota do editor:

Último poste da série > 12 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17457: Notas de leitura (967): Honório Pereira Barreto (Notas para uma biografia), por Joaquim Duarte Silva (Beja Santos)

sábado, 21 de janeiro de 2017

Guiné 61/74 - P16975: Agenda cultural (537): "Um mergulho no Muxito", primeiro romance de Jorge Paulino, médico cirurgião; prefácio e apresentação do jornalista Mário Crespo, dia 10 de março de 2017, 6ª feira, às 18h30, no Clube Literário Chiado, Fórum Tivoli, Av Liberdade, 180, Lisboa


"Um mergulho no Muxito", de Jorge Paulino, é editado sob a chancela da Chiado Editora


1. Mensagem do nosso leitor Jorge Paulino, cm data de 7 do corrente


Exmos. Senhores,

Chamo-me Jorge Paulino e sou o autor dum livro (romance) intitulado “Um mergulho no Muxito” cujo lançamento público terá lugar em Lisboa no Clube Literário Chiado, Forum Tivoli, Avenida da Liberdade nº 180, no próximo dia 10 de Março de 2017, sexta-feira, pelas 18.30.

A obra será apresentada pelo Sr. jornalista Mário Crespo, autor do prefácio.

Uma parte da história tem lugar na Guerra Colonial da Guiné pelo que teria imenso prazer em contar com a sua presença no referido evento, caso tenham disponibilidade.

Esperando ter a honra da vossa comparência, envio-vos os melhores cumprimentos, bem como a sinopse da obra e a biografia do autor.

Atentamente,

Jorge Paulino

2. UM MERGULHO NO MUXITO (Romance), de Jorge Paulino (Lisboa, Chiado Editora, 2016)


SINOPSE

Se Joe Polk não tivesse visitado o navio-escola “Sagres” da Marinha Portuguesa, naquela tarde soalheira de 25 de Abril de 2000 no porto de Norfolk, Virginia, E.U.A., nunca teria sido sacudido pelas recordações mais amargas da sua infância atribulada em que presenciou o bárbaro assassinato dos pais. O crime, nunca esclarecido, teve lugar no então Hotel do Muxito, perto de Lisboa, precisamente no dia da inauguração da Ponte que se viria a chamar “25 de Abril”.

Com um novo e intrigante argumento, Joe decide ir em busca do seu passado e das respostas às interrogações que o perseguiram toda a vida, regressando a Portugal 34 anos depois em licença sabática pela prestigiada Universidade de Yale, onde lecciona Arquitectura.

Durante o segundo semestre de 2000 Joe vai “mergulhar” nas suas próprias recordações, tentando saber como tudo se passou e porquê, ajudado por dois amigos portugueses, uma jurista e um agente da Polícia Judiciária.

Nessa corrida contra o tempo, irá encontrar um país muito diferente do que recordava e odiava, com as contradições da sua sociedade e das suas instituições, apercebendo-se de como as circunstâncias da procura o vão modelando e transformando como pessoa.

Os meses passados em Portugal permitir-lhe-ão um estudo da Arquitectura portuguesa, aliado a uma investigação que o vai levar aos meandros das memórias mais traumáticas da guerra colonial e das instituições militares, onde abundam os pormenores sombrios relacionados com a execução dos seus pais.

A par e passo com a sua demanda, Joe irá encontrar a frustração, o desespero e a angústia, mas também a aventura, o erotismo, o amor, e a esperança que julgava perdida.


BIOGRAFIA


Jorge Paulino nasceu em Lisboa a 26 de Abril de 1958.

Cresceu em Setúbal, onde viveu com os pais até completar o liceu.

Aos 18 anos mudou-se para Lisboa para estudar Medicina, licenciando-se em 1982. Em 1983 iniciou a carreira profissional como médico, nos então Hospitais Civis de Lisboa, especializando-se em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Transplantação de Órgãos Abdominais, actividade que hoje exerce.

Viveu um ano nos Estados Unidos da América em 1985, onde trabalhou em Investigação Médica na Universidade de Louisville, Kentucky.

Cumpriu o Serviço Militar na Força Aérea Portuguesa nos anos 80.

Doutorou-se em 2015 pela Universidade NOVA de Lisboa em Transplantação Hepática, tornando-se Professor Convidado de Cirurgia na Faculdade de Ciências Médicas.

Sempre se interessou por temas e debates políticos nacionais e internacionais. Considera-se um apreciador de Cinema e de Música, sobretudo Jazz.

Trabalha no Centro Hospitalar de Lisboa Central, no Hospital CUF Descobertas e no Centro Clínico da Fundação Champalimaud.

Vive em Lisboa com a mulher e tem dois filhos.

“Um mergulho no Muxito”, baseado em factos verídicos e ainda por esclarecer, é o seu primeiro romance e também o primeiro livro.

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Nota do editor:

domingo, 16 de outubro de 2016

Guiné 63/74 - P16606: Facebook...ando (41): No lançamento do livro "Memórias boas da minha guerra", do camarada José Ferreira da Silva, no passado dia 14, no quartel da Serra do Pilar (Francisco Baptista)


Foto nº 1


Foto nº 2

Vila Nova de Gaia > Quartel da Serra do Pilar > Antigo RAP2, hoje Regimento de Artilharia nº 5 >  > Salão nobre  > 14 de outubro de 2016 > Apresentação do livro do José Ferreira, "Memórias Boas da Minha Guerra" (Lisboa, Chiado Editora, 2016). O autor fez questão de voltar à antiga unidade de onde partira para o TO da Guiné em 1967, como fur mil da CART 1689 (1967/69).

De acordo com o blogue dos nossos amigos e camaradas da Tabanca O Bando do Café Progresso, a que pertence o autor, na mesa (foto nº 1) pode ver-se, da esquerda para a direita: (i) Edgar Maia, representante da Chiado Editora; (ii) coronel Rui Pinheiro, em representação da Unidade Militar, o quartel da Serra do Pilar, hoje RA 5; general ref  Manuel Azevedo Maia, ex-cap, comandante da CART 1689 (até à data do seu ferimento e evacuação para a metrópole); e, de pé, o  Carlos Vinhal, editor do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, que leu a a apresentação (escrita) do livro, em texto enviado pelo Alberto Branquinho,  de Lisboa, camarada e amigo do autor, que por impedimento de última hora não pôde comparecer.

Falaram ainda o cor Rui Pinheiro, gen ref Manuel Azevedo Maia e Jorge Teixeira, nma qualidade de régulo da Tabanca O Bando do Café Progresso. No final foi servido um Porto de honra. A sessão foi bastante concorrida, se pode ver pela foto nº 2.

As fotos que publicamos acima, com a devida vénia,  são da autoria do filho do autor, José António Silva.

1.  Com data de 15 do corrente, aqui vai um  pequeno texto, bem humorado, do nosso grã-tabanqueiro Francisco Baptista que escreveu na sua página do Facebook e que partilhou connosco, na página da Tabanca Grande:


[Foto à direita: Francisco Baptista (ex-alf mil inf, CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Buba, 1970/71); e CART 2732 (Mansabá, 1971/72)]

O José Ferreira é um tipo castiço sempre com um sorriso malandro e um chapéu de abas largas e descaídas que lhe dão o ar de cigano de feira que nos quer impingir o burro velho em troca de muito dinheiro.

Ontem, no salão nobre do Quartel da Serra do Pilar, foi a apresentação do seu livro "Memórias Boas da Minha Guerra" .. Uma cerimónia com alguma pompa e circunstância, como é próprio da Instituição Militar quando recebe os que serviram a Pátria sob as suas ordens. 

No final houve um Porto de Honra, também com espumante e outras bebidas, salgadinhos e doces apetitosos. 

Concluindo foi uma grande festa, só faltaram umas salvas de canhão para lhe dar mais ênfase e anunciar às cidades que tinha nascido um bom escritor. 

Não contei as pessoas presentes mas confesso que estava muita gente o que não será de admirar sendo ele um homem sempre de sorriso e convívio fácil . Para além dessas características pessoais muitos já conheciam e gostavam de ler as suas crónicas. 

O livro com estórias interessantes e muito apimentadas, já li algumas, transmitem-nos a boa disposição, quase permanente,  do autor, O José Ferreira gosta de brincar (respeitosamente) com velhos amigos e camaradas e revelar o cómico das suas fraquezas, das suas falhas, taras, javardice , fanfarronice, marialvismo etc, fala das mulheres , honestas, beatas, sérias divertidas e outras muitas vezes na sua relação com eles. 

E mais não digo, não vá ele pensar que quero ficar com o burro sem o pagar ou exigir-lhe alguma garrafa de espumante a ele que me parece ser sócio dumas grandes caves.


3. Sinopse do livro e ficha biográfica (fonte: Chiado Editora)


3.1. "Memórias boas da minha guerra" > Ficha técnica  

Autor: José Ferreira da Silva
Data de publicação: Outubro de 2016
Número de páginas: 218
Editora: Chiado:
Local: Lisboa
ISBN: 978-989-51-8234-3
Colecção: Bíos
Género: Biografia
Idioma: Pt
Preço: 15 € (papel); 3€ (ebook]

Sinopse

A guerra é a guerra!

MAS, mesmo na guerra-guerra (em tempo de guerra!) surgem, por vezes, imprevistos, situações bizarras e com humor, em perfeita contradição com o ambiente que se vive, embora só mais tarde, ao recordar, nos provoque uma gargalhada.

Alberto Branquinho


3. 2. Autor: José Ferreira da Silva (aptad. de Chiado Editora)

(i) nasceu em fevereiro de 1943, em Fiães, concelho da Feira;

(ii) aos 10 anos de idade começou a trabalhar no sector corticeiro;

(iii) fez os estudos liceais e outros através de ensino particular;

(iv) durante o serviço militar, esteve nas seguintes unidades: Escola Prática de Cavalaria – Santarém set/dez 1965; Escola Prática de Artilharia – Vendas Novas, jan/março 1966; GACA 3 – Espinho, abr/set 1966; CIOE (Rangers) – Lamego, set/sez 1966; RAP 2 – V. N. Gaia, jan/fev 1967;

(v) partiu para a Guiné no T/T Uíge em 26 de abril de 1967, integrado na CART 1689 do BART 1913; chegado a Bissau, a CART 1689 saiu do Uíge diretamente para barcaças rumo a Bambadinca, subindo o Rio Geba;

(vi) a  CART 1689 esteve colocada em Fá Mandinga, Catió, Gandembel, Cabedu, Dunane, Canquelifá e Bissau; como Companhia de Intervenção, a CART 1689 atuou em mais de metade do território do CTIG, vindo a ser premiada com a Flâmula de Honra em Ouro do CTIG, o mais alto galardão atribuído a companhias operacionais;

(vii) regressou da Guiné (chegada a V. N. Gaia) em 9 de março de 1969;

(viii) rcomeçou a trabalhar como comercial no ramo de Tintas e Vernizes, mas logo seguiu para Angola, terra de seus sonhos;

(ix) trabalhou na secção de Contabilidade da Câmara Municipal de Cabinda;

(x) regressado de férias, em 1974, demitiu-se da CM Cabinda e foi viver para Crestuma, Vila Nova de Gaia, terra natal de sua mulher;

(xi) de 1975 a 1985, trabalhou numa empresa de fundição, como director de serviços;

(xii) de regresso ao sector corticeiro, trabalhou como director comercial, vindo a criar uma pequena empresa direcionada para o apoio ao engarrafador;

(xiii) como amante do desporto e do associativismo, ajudou à criação e desenvolvimento de vários clubes e associações desportivas, cultura, solidariedade e recreio: praticou canoagem; chefiou a Federação Portuguesa de Canoagem; é  sócio honorário, por aclamação, da F. P. Canoagem;

(xiv) foi reconhecido pela Comunicação Social como Presidente do Ano, mais que uma vez; também foi homenageado em Espanha; foi galardoado como Personalidade Desportiva do Século XX (como foram Eusébio, Joaquim Agostinho, Moniz Pereira e outros ilustres desportistas).
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15651: Lembrete (16): É já amanhã, dia 23, sábado, às 16h30, em Lisboa, no "Chiado Clube Literário e Bar", que o nossso camarada Juvenal Amado vai lançar o seu livro!... Diz-nos ele: ""Camaradas, não sei se a tropa fez de mim um homem, mas decerto fez-me arranjar amigos como vocês. Apareçam!"




É já amanhã, sábado, dia 23 de janeiro de 2016, que vai ser lançado o livro do nosso camarada Juvenal [Sacadura] Amado: "A tropa vai fazer de ti um homem"(Lisboa, Chiado Editira, 2015, 308 pp. | Preço de capa (papel): 15 €; ebook (edição digital): 3 €. (*)

A Chiado Editora, representada em Portugal, Brasil e Angola, é "a maior editora do mundo em língua portuguesa", com "mais de 1000 novos títulos por ano", ou sejam, 3 por dia...



1. Este é um lembrete (**) para todos aqueles nossos leitores, que podem e querem ir a esta sessão, e muito em particular os nossos amigos e camaradas da Guiné. Apareçam, estão todos convidados!.

É, além disso,  um honra termos mais um camarada (e já são muitos!) com um livro, publicado, impresso em papel, com a sua história de vida e as suas memórias.

É um livro escrito com ternura e sensibilidade poética, mas também muita garra e.  autenticidade humana. São mais de 300 páginas e mais de 80 pequenas histórias que, interligadas, constituem o percurso de um homem e de uma geração de portugueses que cedo conheceram a "picada da vida" (a infância dura, a escola autoritária, a usura física e mental do trabalho nos cmapos, nas fábricas, nos escritórios,  a tropa, a guerra, o sangue, o suor, as lágrimas, mas também as alegrias do amor, da amizade, da camaradagem)...

O livro tem uma dedicatória: "O meu amigo João Caramba que em 7 de março de 2013 se fez memória",

O autor descobriu o gosto (e a paixão) pela escrita no nosso blogue. É um colaborador ativo, atento e leal, contando já com cerca de 190 referências. Na dedicatória autografada que nos mandou, o Juvenal teve a gentileza de escrever o seguinte: "Luís, não sei se a tropa fez de mim um  homem, mas decerto fez-me arranjar amigos como tu"...

E nas páginas 9/10, ele acrescenta: "Na verdade, não escrevi para mim mas para nós (...)" E acrescentaria, "por nós, por muitos de nós!"... Enfim, deixa "um obrigado especial ao Luís Graça, pelo que representa para mim e para muitos dos ex-combatentes da Guiné, e ao Carlos Vinhal, que me apoiou e incentivou a continuar a escrever, e aos camaradas, de várias idades, latitudes, tendências, que me ajudaram  a chegar aqui e publicar estas histórias" (...).

Parabéns, camarada!... Desejo-te uma belíssima e concorrida sessão de lançamento do teu livro, porque tu mereces, nós merecemos!... (LG)






Como chegar ao Chiado Clube Literário e Bar, na  Galeria Comercial Tivoli Fórum, Av Liberdade, 180 D, Piso 1, Loja F, em Lisboa
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 12 de janeiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15608: Agenda cultural (455): Sessão de lançamento do livro do Juvenal Amado, "A tropa vai fazer de ti um homem": Lisboa, Chiado Clube Literário & Bar, Av da Liberdade, sábado, 23 de janeiro, 16h30, com a presença em força da malta tabanqueira

(**) Último poste da série > 9 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15467: Lembrete (15): Lançamento do livro "História(s) da Guiné Portuguesa", da autoria de Mário Beja Santos, com apresentação do Prof. Eduardo Costa Dias e Dr. António Duarte Silva, amanhã dia 10 de Dezembro, 5.ª feira, pelas 18 horas, no Palácio Conde de Penafiel, Rua de S. Mamede ao Caldas, n.º 21 - Lisboa

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15608: Agenda cultural (455): Sessão de lançamento do livro do Juvenal Amado, "A tropa vai fazer de ti um homem": Lisboa, Chiado Clube Literário & Bar, Av da Liberdade, sábado, 23 de janeiro, 16h30, com a presença em força da malta tabanqueira


Cartaz promocional do livro do nosso camarada Juvenal  [Sacadura] Amado: "A tropa vai fazer de ti um homem" (Lisboa, Chiado Editira, 2015, 308 pp. | Preço de capa (papel): 15 €; ebook (edição digital): 3 €

Proximamente daremos mais informação sobre este evento para o qual estão convidados todos os leitores, em especial da grande Lisboa, e muito em particular os nossos amigos e camaradas da Guiné.


1. Mensagem do Juvenal Amado [n. 1950, Fervença, Maiorga, Alcobaça], que se estreia agora como escritor:

Caros camaradas:

Aconteceu-me encontrar amigos ao longo da vida e, chegado o momento, quando esperava alguma solidão eis que eles se multiplicaram e enchem hoje muitos álbuns de memórias, que nos ligam, forjadas em situações iguais ou parecidas, que criam novos laços a todo o momento.

Este é um projecto a caminho dos 8 anos, inicialmente sem pretensões de o ver passado a livro, o que acabou por acontecer.

Nele tento transmitir sem ódios, sem paixões, sem remorsos, sem falsa modéstia, sem puritanismos, sem vencedores nem vencidos, sem saudades excessivas que me toldassem o raciocínio, sobre um tempo que passou na minha juventude do qual ficaram os rostos e datas, que jamais poderei esquecer.

Pelo menos, foi sempre essa a minha intenção.

Está claro o que outros pensam de nós, está um bocado além do que podemos fazer. Porque ao nortearmo-nos pelos nossos princípios e seguirmos os nossos impulsos ao expor o que achamos correto, nunca cederemos ao mais fácil, e assim nunca agradaremos ao mesmo tempo a gregos e a troianos.

Resta-me assim esperar que, para além do que possam discordar, vejam a honestidade com que apresento à vossa consideração as passagens de vidas sem nada de extraordinário, mas verdadeiras.

Não podia escrever este livro de outra maneira. Ele não aconteceu, foi acontecendo lentamente e foi assim que amadureceu. Nestes anos muita coisa se alterou, muitos partiram, mas também chegaram muitos amigos para me dar alento e mostrar que não era em vão o trabalho a que meti ombros. Todos deixaram marcas, no tempo que passei com eles. São as suas vidas, histórias e sua riqueza humana, que valorizaram o que escrevi.

Nada mais valioso do que poder fazer deles também autores, de que me servi na concepção deste livro.

Nada teria sido escrito sem as suas palavras, sem as nossas conversas, sem as suas vivências e o incentivo ou as suas críticas.

A dúvidas foram e são muitas, certezas praticamente nenhumas.

Espero que não entendam como relatório de operações pois não é disso que se trata. Trata-se de situações vividas, compiladas, reunidas sem rigor histórico, interessam sim as personagens, todas elas reais de carne e osso, que comigo conviveram em dado momento,  bom ou mau.

Segue o poster com a indicação do dia da data, do local e da hora, em que haverá uma cerimónia do lançamento do livro.

Segundo creio nas informações da Chiado Editora, o livro encontra-se já há venda na FNAC, na Bertrand, no Continente e várias de livrarias.

Também eu tenho algumas dezenas para vender, que enviarei para a direcção de quem mo solicitar, podendo o respetivo pagamento ser feito através de transferência bancária ou enviado à cobrança.

Para isso basta que me enviem as respectivas moradas para o email sacaduramado@gmail.com ou na minha caixa de mensagens do facebook.

Aos interessados ser-lhes-á dado o meu NIB como forma de pagamento, mas para quem o desejar posso enviar à cobrança.

Um abraço
Juvenal Amado
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Nota do editor:

Último poste da série > 11 de janeiro de 2016 > Guiné 63/74 – P15604: Agenda cultural (454): Novo livro: 90 Anos de Memórias e Relatos sobre os Clubes, a sua Criação e Trajetórias, Beja 1888 a 1906 (José Saúde)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15477: Notas de leitura (787): "Nos Celeiros da Guiné - Memórias de Guerra", de Albano Dias Costa e José Jorge de Campos Sá-Chaves, ex-alf mil da CCAÇ 413 (1963/65)

1. Mensagem do nosso camaradada, de Torres Novas,  Carlos Pinheiro [, ex-1.º cabo trms op msg, Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG, 1968/70]


Data: 11 de dezembro de 2015 às 15:09
Assunto: Nos Celeiros da Guiné - Memóriasde Guerra


Nos Celeiros da Guiné - Memórias de Guerra


Caros companheiros, camaradas e amigos

Tomei hoje conhecimento, através de mão amiga, da edição do Livro com o titulo em epígrafe, obra de Albano Dias Costa e José Jorge Sá-Chaves, com prefácio do general António Ramalho Eanes e edição da Chiado Editora.

Ainda não o li tudo, nem mais ou menos, mas já li o suficiente para o poder classificar como um dos melhores livros que retrata passagens das Guerras de África.

Sem qualquer tipo de interesse, permitam-me que vos recomende a leitura desta magnifica obra que foi conseguida pelos autores com a ajuda do Arquivo Geral do Exército e do Arquivo Histórico Militar que disponibilizaram para consulta toda a documentação relativa às unidades em que a CCAÇ 413 esteve integrada, da Viúva do Comandante da Companhia pela documentação disponibilizada, relativa à actuação da Companhia na Guiné e a muitas outras entidades,  sem esquecer os ex-combatentes da CCAÇ 413 que facultaram fotografias, documentos e testemunhos pessoais.

Esta obra é dedicada pelos autores "À memória dos camaradas da CCAÇ 413 que não envelheceram, tombados na Guiné, no cumprimento da missão de serviço que lhes foi imposta, o Ataliba Pareira Faustino, o Francisco Matos Valério, o José Gonçalves Pereira, o José Basilio Moreira, o José Rosa Camacho, o José Pereira Rodrigues, o José Ramos Picão e o Joaquim Maria Lopes, em relação aos quais carregamos a culpa de continuarmos vivos".

Permitam-me ainda que transcreva uma pequena passagem do Prefácio, com o titulo "Metamorfose dolorosa":

 "Encontros anuais que pretendem ser festa, mas que, no fundo, são de mágoa, mágoa sentida pela incompreensão do País, do Exército, dos seus próximos até, pelos sacrificios, pelo tempo passado na Guiné que, não tendo morto neles a esperança, matou muitos dos seus sonhos, muitas das suas certezas, muitos dos percursos de vida almejados. Não aceitam nem conseguem aceitar, ainda, que os tenham mandado para a guerra com desfile, fanfarra e discursos patrióticos, e que os tenham "descartado" depois da guerra, desembarcando-os discretamente, condenando-os a uma quase "clandestinidade social", sem reconhecimentoi público, sem apoio psicológico para os que dele careciam, sem apoio médico especializado para todos mas em especial para aqueles que na guerra se perderam e não mais conseguiram econtrar motivação e sentido suficiente para a vida.

Não constitui este não reconhecimento, esta preversa negligência, excepção na nossa vida histórica... Lembre-se, a propósito, a razão intemporal que terá levado o grande Padre António Vieira, em 1669, a afirmar: "Se serviste à Patria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devieis, ela o que costuma".

Se com este pequeno escrito consegui motivar os meus amigos para a leura do livro, fico satisfeito. Se não o consegui, paciência.
´
Um abraço para todos,

Carlos Pinheiro



2. Ficha técnica

Título: Nos Celeiros da Guiné
Editora: Chiado Editora, Lisboa
Data de publicação: Maio de 2015
Número de páginas: 382
ISBN: 978-989-51-2859-4
Colecção: Bíos
Género: Biografia
Preço de capa: 16 €


Sinopse

A guerra é, para o combatente, uma metamorfose dolorosa, de enorme custo, de insuportável sofrimento, em que se morre um pouco com a morte de cada camarada. Metamorfose, sim, mas em que a fase final é um recomeço da vida, já sem sonhos, já desgastado e, mesmo, frustrado pela incompreensão dos sacrifícios sofridos.

E se os cínicos lhes perguntarem porque não abandonam a guerra, os olhos dos combatentes, marejados de lágrimas, respondem: quem pode abandonar, trair um camarada irmão, sobretudo o que morreu por nós, também?

Sentindo-me um irmão ex-combatente, destes ex-combatentes da CC 413, entendi não os abraçar com uma frase para a capa do livro, como me pediram, mas, sim, abraçá-los com este manifesto despretensioso, pequeno, mas sentido manifesto de solidariedade.

António Ramalho Eanes

Fonte: Chiado Editora, com a devida véniagoogle+

3. Sobre os autores:

Albano Dias Costa nasceu em 1939, em Luanda, tendo-se licenciado em Letras e em Direito pela Universidade de Coimbra.

Em 1963, com a especialidade de sapador de Infantaria e com o curso de explosivos, minas e armadilhas, foi mobilizado para a Guiné como alferes miliciano atirador.

Desmobilizado em Maio de 1965, regressou à Faculdade de Letras de Coimbra, onde apresentou a dissertação “O Crioulo da Guiné, uma Abordagem Etno-Linguística,” preparada a partir das notas que coligiu naquela ex-colónia, e onde foi também co-autor do “Curso de Língua Portuguesa para Macuas,” solicitado pelo Estado-Maior do Exército para o ensino do português aos soldados Macuas de Moçambique, depositado no Arquivo Histórico Militar.

Licenciado também em Direito, enveredou pelo exercício exclusivo da advocacia, no Porto, como profissional liberal e como assessor jurídico em organismos do Estado.

José Jorge de Campos Sá-Chaves nasceu em 1937, em Lisboa.

Licenciado em Educação Física, fez estudos curriculares de Mestrado em Ciências da Educação, na UTL [Universidade Técnica de Lisboa]

Leccionou, durante mais de duas décadas, nos ensinos básico e secundário.

Por concurso público, foi colocado no CIFOP da Universidade de Aveiro como docente para a orientação da Formação em Serviço.

Desempenhou, durante oito anos, funções como Vice-presidente e Administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade de Aveiro, tendo sido nomeado representante do Conselho de Reitores no Conselho Nacional da Ação Social no Ensino Superior.

Aposentado, ingressou na Fundação João Jacinto de Magalhães como responsável pelo Gabinete Editorial.

Como militar, frequentou o CEPM e estagiou no CIOE. Mobilizado em Julho de 1962,  integrou a CCAC 413 cumprindo missão, como Alferes Miliciano, na antiga Província Ultramarina da Guiné.

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Nota do editor:

Último poste da série > 11 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15476: Notas de leitura (786): “IMF no Palácio do Governador”, por Hildovil Silva e Iramã Sadjo, Ku Si Mon Editora, Bissau, 2011 (Mário Beja Santos)