"Os Comandos na Guiné", artigo da autoria do nosso camarada Virgínio Briote, ex-Alf Mil Comando, publicado na Revista MAMA SUME, da Associação de Comandos, e enviado ao Blog no dia 22 de Março de 2024:
“Comandos” do CTIG - Parte I
As chefias militares da Guiné cedo se aperceberam que havia necessidade de se dispor de uma tropa que fosse capaz de fazer a contraguerrilha, móvel, aligeirada, com pequenos efectivos, autónoma e agressiva, uma tropa diferente.
Uma tropa que, aliás, já estava a dar provas em Angola. Foi em Quibala, no norte de Angola, que foram preparados os primeiros grupos de “Comandos”.
Em Julho de 1963, o Comando-Chefe da Guiné solicitou à Região Militar de Angola que recebesse e formasse um pequeno grupo de militares. Na mesma altura, foi enviada uma circular para todos os batalhões estacionados na Guiné, convidando oficiais e sargentos a oferecerem-se como voluntários para os “Comandos”.
Muita gente se ofereceu. Depois das selecções foram escolhidos para o curso em Angola, o major Correia Dinis, os alferes Maurício Saraiva e Justino Godinho, os sargentos e irmãos, Roseira Dias e os furriéis Vassalo Miranda e o Artur Pires. E ainda, o Adulai Queta Djamanca e o Adulai Djaló, naturais da Guiné.
(...) “A cerimónia de apresentação teve lugar no gabinete do Chefe do Estado-Maior. Fomos recebidos pelo Major Chefe da 2ª Rep, que fez votos para que, da nossa estadia em Angola, tirássemos o máximo proveito. Pôs em evidência os inconvenientes da nossa vinda naquela altura, pois tinha terminado um curso e não se sabia ainda quando teria início o próximo. Deste desencontro de datas, resultariam, naturalmente, limitações à nossa instrução.
Na manhã seguinte foi-nos exposta, com algum pormenor, a situação actual na Região Militar de Angola. Foram-nos indicadas as zonas consideradas activas, semi-activas e as pacificadas.
Cabinda, devido à localização e ao reduzido efectivo das NT e um triângulo com um vértice em Bessa Monteiro e base na região dos Dembos (Nambuangongo, Zala, Beira Baixa, etc), eram as zonas com maiores preocupações. Considerava esta última mais difícil, porque os grupos IN tinham mais experiência e mostravam-se aguerridos.
As alterações ao programa da nossa visita começaram aqui e mantiveram-se sempre, até ao fim da nossa estadia.
Tivemos uma palestra de um capitão, instrutor dos comandos. Começou por abordar a questão da disciplina:
Nada de tolerâncias. Que os comandos falam sempre em sentido. Que o mínimo desleixo, dos superiores ou dos inferiores, não pode passar em claro. Que a mentalização era a menina dos olhos dos cursos de comandos. Um comando luta para matar e não para não morrer.
Indicou-nos os processos e as técnicas que utilizam para a mentalização.
- Slogans, dísticos humorísticos nas paredes, nos lavabos, em todo o lado, até dentro do pão.
- Uma aparelhagem sonora nas casernas e nos quartos de sargentos e oficiais.
- Alocuções de mensagens gravadas, para ouvirem sempre que estejam a descansar. Devem ser feitos testes para avaliar o grau de assimilação.
- Emulação entre os instruendos, entre as equipas e entre os grupos. Cerimónias com aparato para realçar as qualidades e os méritos dos indivíduos que mais se destaquem.
Abordou o conceito da parelha, da equipa e do grupo. Numa primeira fase, deve dar-se aos instruendos a liberdade para se agregarem como entenderem, depois as relações tendem para alguma estabilidade.
Reforçar essas amizades, estimulá-los a comerem na mesma mesa, participarem nos mesmos jogos, fazerem os mesmos serviços.
Falou depois na constituição do grupo:
1. O indivíduo que concorre aos comandos tem que estar situado entre os 20 a 30% melhores do contingente donde é originário.
2. Os comandantes dos grupos e os chefes das equipas devem situar-se entre os 10% melhores do contingente de quadros.
3. A selecção é a operação mais importante na formação dos comandos.
4. A instrução deve assumir um carácter selectivo.
5. Sendo o tiro um aspecto muito sensível, não deve haver restrições nesta instrução.
6. Todos os elementos devem ser especialistas no tiro de precisão e no tiro instintivo e todos devem estar aptos na utilização de lança-rockets.
No dia 26 de Outubro partimos para o quartel de Quibala, onde estivemos 6 dias em contacto com os 3 grupos de comandos recentemente chegados de uma operação. O tenente Abreu Cardoso deu-nos explicações pormenorizadas sobre a mesma.
Regressámos a Luanda e ficámos a aguardar o início da operação que deveria ter lugar nas margens do M’Bridge. Patrulhar as margens do rio entre as picadas de Evange e Quiaia. Uma operação de rotina.
Na 2ª operação fomos integrados no grupo de comandos do batalhão de artilharia. Montámos a emboscada nas margens do rio Loge. 3 dias. (...)
Se deste estágio na R. Militar de Angola não tirámos o máximo proveito, ele foi, pelo menos, muito útil. Útil porque das lições dos instrutores ficámos com a cabeça mais arrumada, com muitos ensinamentos que nos serão úteis se um dia viermos a ser instrutores de comandos. Útil ainda, porque do contacto que mantivemos com os grupos em operações, adquirimos experiência, vimos como aquela tropa se comporta no mato e as situações que vivemos serão para nós motivos de ensinamento.
Resta acrescentar que os oficiais da R. Militar de Angola estiveram sempre ao nosso dispor e se mais não fizeram, foi, de facto, devido à nossa visita ter sido efectuada numa altura pouco conveniente."
Considerandos, directivas e orientações. Mais de cinquenta páginas do bloco de apontamentos do estágio na R. M. de Angola do alferes Justino Godinho, um dos voluntários da Guiné.
Depois de regressarem do estágio operacional em Angola, o Comandante-Chefe da Guiné pensou em aproveitar esses militares e integrá-los nas forças que iriam executar a operação "Tridente", marcada para o início do ano de 1964.
Aproveitaram os elementos que, anteriormente, tinham respondido ao apelo de 'voluntários precisam-se para os comandos', quase todos pertencentes aos efectivos do BCav 490, a unidade base que iria executar a operação ao Como.
Havia a necessidade de reforçar os efectivos do Gr. Cmds. Para isso, sob a orientação dos “Comandos” regressados de Angola, os que se ofereceram iniciaram um curto período de instrução operacional com vista à participação na referida operação.
GrCmds na Operação Tridente – Ilha do Como.
Grupo de Comandos no Como.
Constituiu-se assim o grupo que interveio na operação “Tridente”, de 14 de Janeiro a 24 de Março, nas ilhas do Como, Caiar e Catunco, integrados nas forças à disposição do Batalhão de Cavalaria 490. O comando do grupo foi entregue ao alferes Maurício Saraiva e, ao alferes Godinho, aos furriéis Mário Dias, Artur e Miranda, a chefia das equipas.
Mário Dias, um dos participantes na operação, esclarece as razões da operação:
(...) "Na ilha não existia qualquer autoridade administrativa nem força militar pelo que o PAIGC a ocupou (não conquistou) sem qualquer dificuldade em 1963. As tabancas existentes eram relativamente pequenas e muito dispersas. Possuía numerosos arrozais, o que convinha aos guerrilheiros pois aí tinham uma bela fonte de abastecimento, acrescido do factor estratégico da proximidade com a fronteira marítima sul e o estabelecimento de uma base num local que facilitava a penetração na península de Tombali e daí poderia ir progredindo para Norte.
Não tinha estradas. Apenas existia uma picada que ligava as instalações do comerciante de arroz, Manuel Pinho Brandão (na prática, o dono da ilha) a Cachil. A partir desta localidade o acesso ao continente (Catió) era feito de canoa ou em qualquer outra embarcação. A casa deste comerciante era, se não estou em erro, a única construída de cimento e coberta a telha.
Portugal não exercia, de facto, qualquer espécie de soberania sobre a ilha.
"Tornava-se imperiosa a recuperação do Como. Foi então planeada pelo Comando-Chefe a Operação ‘Tridente’ na qual foram envolvidos numerosos efectivos, divididos em 4 agrupamentos, num total de cerca de 1200 homens". (...)
(...) "O meu destacamento entrou na mata para fazer reconhecimento. Tínhamos desembarcado a 14 de Janeiro e esta operação foi a 19. Levei duas secções cerca de 25 homens. Andámos entre 100 a 150 metros e tivemos um choque frontal com uma força inimiga que calculei num numero de 60 a 70 homens. Foi um combate que durou 2 horas e meia. Foi um embate muito forte que me custou dois mortos e cinco feridos - cheguei a estar a dez metros de distância do inimigo. Tentei fazer um movimento de envolvimento pela direita, mas faltava-me massa de manobra. Pedi um reforço e enviaram-me um grupo de comandos - cerca de 20 homens - comandado por um extraordinário oficial, alferes Maurício Saraiva, e assim já pude fazer a manobra de envolvimento. Certo é que acabaram por retirar. Comigo estava o chefe de Estado-Maior da Defesa Marítima da Guiné, um capitão-tenente já com uma certa idade, Costa Santos. Era raro os altos comandos participarem nas operações, mas alguns iam, como era o caso deste (…) Alpoim Calvão Cmdt do Destacamento de Fuzileiros nº 8." (...)
Publicamente reconhecida a contribuição que deram para o sucesso da operação, os “Comandos” receberam os crachás em cerimónia pública realizada em Bissau em 29 de Abril de 1964.
Em finais de Julho e com a duração de 4 semanas começou a escola de quadros.
Guerrilheiros do PAIGC no Como. Foto na Net. Com a devida vénia ao autor que desconheço.
Brá – Imposição dos crachás aos Grupos Fantasmas, Camaleões e Panteras.
Brá – Apresentação do Capitão Jaime Cardoso.
Desfile comandado pelo Capitão Jaime Cardoso.
Imposição de crachás aos Grupos Apaches, Centuriões, Diabólicos e Vampiros.
Apresentação pelo Capitão Saraiva ao Governador-Geral.
Entre 30 de Setembro e 17 de Novembro de 1964, realizou-se em Brá o 1º Curso de Comandos da Guiné[1]. Começaram cerca de 200, terminaram 78. “Fantasmas”, “Panteras” e “Camaleões” foram os nomes que escolheram para os grupos que saíram dessa formação.
E em Dezembro de 1964[2], o Boletim de Informação do E. Maior do Exército, relatava oficialmente as primeiras acções desses grupos:
(...) "A actividade desenvolvida pelos grupos de “Comandos” conduziu a resultados muito remuneradores. Prova-se deste modo, a necessidade de se poder dispor de uma tropa com instrução especializada, apta a desempenhar missões que, pelas suas características, estão fora das capacidades das unidades normais.
Um grupo em actuação em Canjambari efectuou uma acção de muito interesse sobre um bando de terroristas, instalado a coberto do rio. Apoiados por um pelotão de auto-metralhadoras, os “Comandos” transpuseram o rio e lançaram-se ao assalto do IN, bem instalado no terreno e com bom e numeroso armamento. O IN foi desalojado, tendo deixado várias baixas no local.
Outro grupo efectuou uma emboscada na mesma região causando ao IN 2 mortos e vários feridos, tendo sido capturadas várias espingardas, pistolas-metralhadoras e granadas de mão.
Na zona de Tite, outro grupo realizou um golpe de mão a NE daquela povoação. Capturadas 8 espingardas, uma pistola-metralhadora e várias granadas de mão”. (...)
Nesse mês de Dezembro, numa reunião em Brá com os comandantes dos grupos, o Major Correia Dinis, preocupado com a aproximação das datas dos fins das comissões dos militares dos comandos, relia-lhes uma nota que endereçara ao Comandante Militar da Guiné:
"Exmº Senhor,
Por determinação de S. Ex.ª o General Venâncio Deslandes, apresentei-me na véspera do meu embarque de fim de licença na Defesa Nacional a fim de ser ouvido por aquele Exmº. Senhor.
A conversa baseou-se única e exclusivamente na organização de grupos de Comandos, seu interesse e modalidades de acção.
Para terminar, Sua Ex.ª o General mostrou-se interessado na organização de mais grupos de comandos no CTIG.
Informei que essa organização dependia não só do Centro Nacional de Instrução de Comandos em Angola, presentemente em organização, como também do necessário pessoal que deveria vir da metrópole para substituição, nos Batalhões, dos voluntários para os comandos.
Quanto a este segundo condicionamento, Sua Ex.ª esclareceu que o CTIG poderia pedir o envio desse pessoal.
No meu entender, a organização de novos grupos de comandos é da maior utilidade, tanto mais que a partir de Abril de 1965 os três grupos existentes começarão a ficar desfalcados com as desmobilizações.
Há que atender, porém, ao trabalho que o Centro Nacional de Comandos vai produzir na formação de novos grupos.
Estarão esses grupos prontos num futuro próximo e poderá o CTIG aproveitá-los em breve ou a formação desses grupos demorará ainda o bastante, que justifique como emergência, a formação de novos Grupos neste CTIG?
Assim, proponho:
1º- Que com a necessária urgência se procure obter da Região Militar de Angola as seguintes informações:
a). Qual o número de grupos de comandos que em 1ª prioridade serão atribuídos ao CTIG? Ainda se mantém a Companhia como foi pedido?
b). Qual a data provável da sua apresentação neste CTIG?
2º– Em face da resposta obtida, poderá então este CTIG pensar na formação ou não de novos grupos.
Em Brá, 26 de Novembro de 1964
O Comandante do Centro de Comandos, Correia Dinis, major."
Qual a resposta? Temos ainda algum tempo à nossa frente. Abril não vem longe, mas mesmo assim, também não é demasiado tarde ainda. Leu-lhes outra, que acabara de receber, a felicitá-los pela forma como elaboraram os programas do curso:
"Comando Territorial Independente da Guiné, Quartel-General, 3ª Repartição, ao
Sr. Director do CI de Comandos, Brá.
Encarrega-me Sua Ex.ª o Brigadeiro Comandante Militar de informar V. Ex.ª que aprovou os programas da Instrução de “Comandos” que acompanharam a nota em referência e manifestar o seu agrado pelo cuidado feito pelo Director de Instrução na elaboração dos respectivos programas.
O Chefe do Estado-Maior, sarrabiscos miúdos, o nome por extenso, Tenente-Coronel do CEM".
E uma cópia de uma outra que o Comandante Militar dirigira aos Comandos dos Batalhões:
"Por determinação do Comandante Militar, os comandantes dos batalhões em quadrícula devem não só prestar todo o apoio que lhes for pedido como também, eles próprios, devem proceder à escolha de voluntários, os quais devem dar garantias de permanência na Província pelo menos de 1 ano. Os “Comandos” não fazem qualquer outro serviço, actuam, em regra, durante 3 a 5 dias, e descansam dois ou três.
"Por determinação do Comandante Militar, os comandantes dos batalhões em quadrícula devem não só prestar todo o apoio que lhes for pedido como também, eles próprios, devem proceder à escolha de voluntários, os quais devem dar garantias de permanência na Província pelo menos de 1 ano. Os “Comandos” não fazem qualquer outro serviço, actuam, em regra, durante 3 a 5 dias, e descansam dois ou três.
Trabalham, normalmente, em benefício dos Batalhões mas quando o CTIG o entender podem ser accionados directamente por este. (...) sarrabiscos iguais aos anteriores, o mesmo nome por extenso.
Execute-se."
Entretanto os grupos foram-se mantendo em actividade, conforme atestam as numerosas citações de que foram alvo, apesar de actuarem com efectivos progressivamente mais reduzidos.
Guarda de Honra – Palácio de Bissau.
Grupo de Comandos – Embarque rumo a Bafatá.
Entretanto os grupos foram-se mantendo em actividade, conforme atestam as numerosas citações de que foram alvo, apesar de actuarem com efectivos progressivamente mais reduzidos.
Para recordar os 9 camaradas mortos que tiveram numa tarde na zona de Madina do Boé, logo na semana seguinte os “Fantasmas” sobreviventes foram nomadizar para a zona do Oio. E terminaram em 6 de Maio de 1965, no sul, em Catunco, no acampamento chefiado pelo Pansau Na Isna, guerrilheiro do PAIGC que se tornou lendário.
Foi um golpe de mão como deve ser, entraram pelas barracas com o In a dormir e, como era de esperar, acordaram-nos. Retiraram eufóricos, um sucesso para finalizarem a guerra. No regresso alguém perguntou quem trazia o morteiro do inimigo. Ninguém o trazia! Duas equipas, metade do grupo, receberam ordem para o ir buscar. Voltaram para trás, ao acampamento que momentos antes tinham incendiado. Iluminados pelas labaredas, apareceram bem recortados aos olhos de alguns guerrilheiros, refugiados nas proximidades, que não tiveram dificuldade em mandar para o meio deles uma roquetada. Todos atingidos, um morto e nove feridos foi o saldo do regresso ao acampamento. A operação tinha recebido o nome de código “Ciao”.
Em Junho de 1965 começou o 2º curso de Comandos para oficiais e sargentos na Guiné.[3] E logo que terminou, começou a preparação dos novos grupos. Os nomes já estavam escolhidos, os Centuriões herdavam os sobreviventes dos Fantasmas do agora capitão Saraiva, os Apaches os dos Camaleões do alferes Godinho, os Vampiros o 4º grupo que não existia anteriormente e os Diabólicos absorviam o pessoal dos Panteras do tenente Pombo.
(continua)
(Revisão / fixação de texto, para efeitos de publicação do artigo no nossso blogue: CV/LG)
Notas de VB:
Porta de armas do quartel de Brá. Foto de V. Briote
O interior do aquartelamento de Brá. Messes em frente, à direita. Foto de Mário Dias.
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Notas de VB:
[1] - 23/7/64: início das actividades do Centro de Instrução Comandos em Brá. 03/8/64: início da Escola Preparatória de Quadros.24/8 a 17/10/64: Iº Curso de formação dos GrsCmds (Camaleões, Fantasmas e Panteras), com o apoio de instrutores e monitores do CI25/RMA e do GCmds "Gatos"/BArt 400/R.M Angola, que sob o comando do alferes Horácio Valente (morto mais tarde em Moçambique) permaneceu na Guiné entre 22 Set. e 28 Dez.1964, participando em três operações no sector do Batalhão de Artilharia 645.
[2] - De 20/10/64 a Junho de 1965: actividade operacional dos Grs. Comandos
[3] - Em meados de 1965 o Major Correia Diniz terminou a sua comissão tendo sido substituído pelo seu Adjunto, Capitão Varela Rubim. Nesta altura o QG decidiu extinguir o Centro de Instrução de Comandos e criar a Companhia de Comandos do CTIG com data de 1 de Julho.
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