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quarta-feira, 13 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25268: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Lançamento do livro em 2010 - Parte II: vídeo (8' 43'') da intervenção do cor 'cmd' ref Raul Folques

Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) > Raul Folques e Rui A. Ferreira (Sá da Bandeira / Lubango, 1943- Viseu, 2022)


Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) > Intervenção do cor 'comd' ref, Raul Folques

Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) > O nosso editor, Luís Graça,  à esquerda, gravando em vídeo a intervenção do cor 'comd' ref, Raul Folques

Foos (e legendas): © Virgínio Briote (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) > Em primeioro plano, oss nossos camaradas, membros do nosso blogue, João Parreira (de costas) e Mário Dias, ex-comandos do CTIG (1964/64),contempporâneos do Amadu Djalõ; em segundo plano, entre os dois,   comandante Alpoim Calvão  (1937-2014).

 Foto (e legenda): © Luís Graça  (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


Lisboa >  Museu Militar >  15 de Abril de 2010 >  Lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010). Intervenção do cor  'cmd' Raúl Folques,  cmdt do Batalhão de Comandos da Guiné  entre 28jul73 e 30abri74. 

 Vídeo (8' 43''): © Luís Graça (2010). Alojado em You Tube > Nhabijoes (conta do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)


 


Capa do livro "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, il., edição esgotada) 




O autor por volta de meados de 1966.


1.  O lançamento do livro do Amadu Bailo Djaló, "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, il.) foi um acontecimento cultural, social e militar, juntando mo Museu Militar alguns conhecidas personalidades e sobretudo muitos amigos e camaradas, incluindo guineenses, e membros da nossa Tabanca Grande (alguns, infelizmente, já falecidos: o JERO (José Eduardo Oliveira), o Coutinho e Lima, o José Manuel Matos Dinis, o Rui A. Ferreira...

Estamos  recordar alguns dos melhores momentos desse evento, a que o nosso blogue dedicou, na altura,  nada mais mais nada menos do que cinco postes, e nomeadamente as intervenções dos três oradores: deppois do jornalista, escritor e analista político Nuno Rogeiro (*), segue-se o cor 'cmd' Raul Folques, que foi cmdt do Amadu Djaló, em 1973, no Batalhão de Comandos da Guiné. Infelizmenete não temos o texto em formato doc, apenas em vídeo.


Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 >  Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) >

 Um guineense, Bamba, antigo dirigente do partido Resistência da Guiné-Bissau / Movimento Bafatá, e antigo ministro da Saúde Pública (Partido criado em 1986 como Movimento Bafatá, na sequência da execução de antigos dirigentes do PAIGC como Carlos Correia e Viriato Pã; nas primeiras eleições multipartidárias, realizadas em 1994, o RGB-MB conquistou 19 dos 100 lugares da Assembleia Nacional; em 1999, tornou-se o 2º maior partido da Guiné-Bissau com 29 lugares dos 102 lugares da Assembleia Nacional). Na altura, em 2010, devia viver em Lisboa. ~

Na foto, Bamba cumprimenta a Giselda, ladeada pela Alice e pelo Miguel Pessoa.  O Bamba era amigo pessoal do Agostinho Gaspar, nosso tabanqueiro e membro da Tabanca do Centro.


Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010  >Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) >  Os nosos 'tabanqueiros' Alberto Branquinho e o Coutinho e Lima (1936-2022),  




Lisboa >  Museu Militar > 15 de Abril de 2010 >   Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) >O Rui Alexandrino Ferreira,  ten cor inf ref, ex-cap mil da CCAÇ 18 (1970/72), membro do nosso blogue, veio expressamente de Viseu, para assistir ao lançameno do livro do Amadú. Em contrapartida, teve a agradável surpresa de encontrar ali, por acaso, o Manuel Gonçalves, ex-alf mil mec Auto da  CCS / BCAÇ 3852,   do batalhão  que estava então sediado em Aldeia Formosa (1971/73). O Manuel Gonçalves, companheiro actual da minha amiga Tuxa, estava em vias de se tornar membro da nossa Tabanca Grande. Um dos soldados do seu pelotão era o Silvério Lobo, membro da nossa Tabanca Grande e da Tabanca de Matosinhos. Os dois já se voltaram a encontrar.

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].

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terça-feira, 12 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25265: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Lançamento do livro em 2010 - Parte I: texto da intervenção do Nuno Rogeiro

Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) > A sessão foi presidida  pelo presidente da Associação de Comandos, Dr. José Lobo do Amaral.

A apresentação do livro do Amadu Djaló (o segundo da mesa, a contar da esquerda para a direita), esteve a  cargo de três oradores: o cor 'cmd' ref Raul Folques  (o último comandante do Batalhão de Comandos da Guiné), o cor inf ref e escritor Manuel Bernardo (o último da ponta, do lado direito) e ainda o jornalista e analista político Nuno Rogeiro (o primeiro da ponta, do lado esquerdo).  Vamos relembrá-las aqui, às três intervenções, começando pela do Nuno Rogeiro.

Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 >Sessão de  lançamento do livro do Amadú Bailo Djaló, "Comando, Guineense, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010). > A brilhante intervenção do Nuno Rogeiro, que se reproduz a seguir.

Fotos (e legendas): © Virgínio Briote (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro "Guineense, Comando, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa, 2010) >  Aspecto geral da assistência, que encheu a ala central das famosas caves manuelinas... Na primeira fila, do lado direito, reconhecemos a dra. Maria Irene, esposa do Virgínio Briote bem como o comandante Alpoím Calvão, além do representante do Chefe do Estado-Maior do Exército. A meio, na outra ala, a filha e o neto do Amadu Djaló.


Lisboa > Museu Militar > 15 de Abril de 2010 > Sessão de lançamento do livro "Guineense, Comando, Português" (edição da Associação dos Comandos, Lisboa,  2010). O Autor, Amadu Bailo Djaló, membro da nossa Tabanca Grande, e o presidente da Associação de Comandos, Dr.  José Lobo do Amaral... Nas suas palavras de abertura, este último  fez questão de, em nome da associação,  agradecer "ao sócio comando Virgínio António Moreira da Silva Briote a disponibilidade, competência e dedicação com que acompanhou esta Memória, sem a qual não teria sido possível esta edição"... 

No final, também nos  agradeceu a divulgação do evento,  dada pelo nosso blogue,  e manifestou o seu regozijo pela entusiasmo com que foi recebida o 1º volume das memórias do Amadu bem como  pelo pluralismo das abordagens dos oradores.

Fotos (e legendas): © Luis Graça (2010). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


 

Capa do livro "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, il., edição esgotada) 



O autor, em Bafatá, sua terra natal, por volta de meados de 1966.
(Foto reproduzida no livro, na pág. 149)


1. Foi um dia grande para o nosso Amadu Djaló, o da apresentação do seu livro, no Museu Militar, em Lisboa, no 15 de Abril de 2010. Mas também para o seu amigo, camarada e editor literário, Virgínio Briote.

Vamos recordar os melhores momentos desse evento, a que o nosso blogue dedicou nada mais nada menos do que cinco postes. 

O livro do Amadu Bailo Djaló, "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, il.)  foi um acontecimento cultural, social e militar, juntando alguns conhecidas personalidades e sobretudo muitos amigos e camaradas, incluindo guineenses, e membros da nossa Tabanca Grande (alguns, infelizmente, já falecidos).

Vamos relembrar aqui as intervenções dos três oradores (Nuno Rogeiro, Raul Folques, Manuel Bernardes), começando pela do jornalista, escritor e analista político Nuno Rogeir0 que consideramos a mais original e estimulante nota de leitura do livro, do autor e da sua história de vida.


NO FIM DAS GUERRAS

por Nuno Rogeiro


A guerra e as suas entranhas, em terras próximas ou estranhas, sempre fascinaram, revoltaram e mobilizaram o homem.

Anarquistas e conservadores, aristocratas e operários, fascistas e antifascistas, descamisados e oficiais de monóculo, sobreviventes das trincheiras e gaseados, soldados de assalto e feridos de morte, poetas e prosadores, pintores e pensadores, muitos investiram as mais nobres energias na reflexão sobre o campo de batalha.

Este pode ser visto como uma simples planície da técnica, da era da espada ou da era de Urânio. Ou ser antes olhado, de forma que se diria “existencialista”, como um vale de lágrimas e revelações, onde se morre e se nasce, mas sobretudo onde habitam homens e mulheres comuns. E onde residem, soberbas ou incógnitas, evidentes ou traiçoeiras, contínuas ou explosivas, a violência e a morte.

Tivemos grandes obras sobre este continente trágico, onde vemos já não como um espelho baço, mas face a face. Como “As Tempestades Aço” de Jünger, como “O Fogo”, de Henri Barbusse, como E.E. Cummings em “O Enorme Quarto”, ou o “Entre Parêntesis” de David Jones, como o “Ronge Maille Vainqueur”, de Lucien Descaves, qualquer livro sobre guerra perturba, alerta, impede a normalidade. E pode despertar, para lá do desespero, a esperança.

É o caso do livro que nos traz aqui. Relato de guerra, seco e sem adornos desnecessários, este volume de Amadu Djaló, escrito em português escorreito e de lei, é tanto uma história de morte como de vida. De tempo de matar e de proteger. De tempo de golpes de mão, executados com precisão e destemor, e de lágrimas por uma criança perdida, em Darsalame Baio, na margem, literalmente na margem: à beira do rio Burontoni, à beira de sentença salomónica.

Relato de vida militar, da obediência perinde ac cadaver, também é uma fiel e lúcida exposição das dúvidas dos combatentes, quando confrontados já não com a obediência, a lealdade e a técnica, mas com os juízos políticos, a diplomacia e as relações internacionais.

Este clima de homens divididos encontra-se na breve descrição do prelúdio à operação “Mar Verde”: resgatar companheiros presos fazia parte da missão, mas o que dizer de levar a cabo um acto de guerra em território estrangeiro?

Estaríamos perante uma violação da soberania alheia, mesmo se de estado hostil, ou antes diante de uma espécie de auto-defesa legítima? Seria “regime change”, ou contra-ataque a quem nos agredia, ou oferecia bases a quem nos ofendesse?

“Obedientes como cadáveres”, como diria Inácio de Loyola. Mas pode um cadáver reflectir, se a alma, prestes a partir, ainda o habitar?

Relato de guerra, este volume, o primeiro de memória, é antes de mais um admirável retrato, de história oral e testemunhos vivos, sobre a humanidade, os seus encontros e desencontros, amores e desamores.

É a história dos condutores sem carta, dos oficiais à estalada em frente de soldados envergonhados, dos civis ambulantes que levavam o cinema às tabancas, de um ataque de abelhas que abatem um homem rijo, de romances ao luar, de misérias na estrada. Um relato de delicadeza e pudor.

Pudor na descrição do que hoje diríamos violência sexual, violência racial, violência animal. O autor, homem bom e reservado, é também bom e reservado, na visualização da desumanidade: o oficial que diz que “preto é como a tartaruga” não é “racista”, mas apenas “um branco mau”.

Este é também um livro sobre o terrível abandono, sobre a inutilidade, sobre o esquecimento. Sobre o absurdo.

Cito, talvez imprecisamente e sem consultar o original, um poema de um dos nossos grandes vates, António Manuel Couto Viana:

“A minha Pátria alçou o braço
Pátria pacífica e pequena
Baixou-o logo de cansaço
Foi Pena

“Cedo arrasou a altiva torre
Que ergueram todos
De mãos dadas
Agora sei como se morre
Por nada”


Esta obra, relato de guerra e do pós-guerra, relato da paz e da pós-paz, é também o mapa deste desencanto, dos combates declarados inúteis, dos combatentes declarados redundantes, dos feridos declarados descartáveis, dos órfãos e viúvas declarados dispensáveis, dos mortos declarados inexistentes, por regulamento ou decreto.

Mas é também uma história, se bem que só esboçada, de reconciliações e de abraços. Abraços e reconciliações às vezes traídos.

O autor encontra-se, a seguir ao 25 de Abril de 1974, com o cabo-verdiano Antero Alfama, quadro do vencedor político, o PAIGC. Os compromissos feitos pelo último são de transição generosa, de integração de todos os guineenses, sem vinganças ou retaliações, sem tribunais especiais ou valas comuns, sem julgamentos secretos e tiros na nuca, sem o “N’kré vivé”, o processo de choques eléctricos, sem asfixia colectiva, em antigos depósitos de munições. Promessas rasgadas pelo processo “revolucionário” em curso em Bissau, mas sobretudo pela iluminação sanguinolenta de algumas vanguardas.

Não vale hoje a pena, se calhar, chorar mais sobre as vidas derramadas, nesse intervalo onde Portugal, independentemente de credos, doutrinas, regimes e pessoas, não fez tudo o que devia, para proteger os que combateram em seu nome.

Não valerá a pena chorar mais sobre o “incidente”, que levou à execução de centenas de comandos, milicianos, civis, em Farim, Cumeré, Portogole, Mansabá, a partir de 1974.

Não valerá mais a pena chorar sobre a aplicação do artigo 86 da Lei de Justiça Militar do novo partido no poder. Não valerá mais a pena chorar sobre aqueles que preferiram ficar na Guiné, a sua terra, em vez de fugir ou de pedir colocação nas instâncias burocráticas de Lisboa.

Não valerá mais a pena chorar por aqueles que aguardavam por oportunidades para continuar a servir a Guiné, ou para serem julgados por crimes de guerra, com todas as garantias e recurso à verdade.

Não valerá mais a pena chorar por este processo. Mas será uma vergonha não o lembrar. Será uma vergonha ter vergonha de o lembrar.

Este livro é também, na tradição dos grandes relatos de combatentes, de tropas de escol ou de guerrilhas, de milícias ou de regimentos fardados a rigor, de irregulares ou de exércitos convencionais, este é também um relato sobre sonhos e premonições, sobre lendas e o outro mundo, sobre conchas mágicas e aparições.

É o caso de João Bacar Jaló, que fecha os olhos, e sabe o que vai acontecer nesse dia.

Nessa zona da mente onde desembarcamos do sono para o sonho, fazem-se também episódios onde imaginamos a morte, às tantas de tal, sem falta.

E lá está ela, pontual no encontro, no fim da picada. Ela, a velha ceifeira, que vem buscar os últimos guerreiros.

É também este um relato sobre acções militares das forças especiais, numa guerra que hoje se chamaria “de baixa intensidade”, mas que teve picos próximos de confrontos convencionais, com emprego de todos os meios, da aviação à artilharia, dos meios navais ribeirinhos à ofensiva em linha contra quartéis e bases.

É, no plano técnico, um bom relato, se bem que parcial e provisório, de incidentes localizados do “nevoeiro da guerra”, com descrições exactas de tácticas e princípios, doutrinas de contra-insurreição e aquilo que a prática, e as lições aprendidas, fazem aos manuais.

É a história da missão, talvez impossível, de ganhar corações e espíritos, num conflito subversivo, às vezes de armas combinadas, com os Harvard e os Alouette a zunir sobre as cabeças dos infantes, às vezes continuação de acções de polícia, de missões de assuntos civis, de operações psicológicas.

Às vezes, muitas vezes, demasiadas vezes, com “vítimas colaterais”, de um lado e de outro. Como diz o autor, no confronto verbal com o comandante guerrilheiro Pedro Nazi, logo a seguir ao cessar-fogo: “Porque se nas zonas libertadas vocês apresentam mil órfãos, nós também vos mostramos órfãos aqui na zona. O chicote da guerra é comprido, muito comprido” (p.205).

Neste sentido, o livro cumpre também o preenchimento da lacuna sobre relatos pessoais, ou de grupo, sobre pormenores operacionais na África Lusófona, do ponto de vista das forças armadas portuguesas e do seu inimigo.

Essa lacuna, que se foi preenchendo, nas últimas décadas, com documentos e relatórios de estado-maior, com romances de base realista, com fragmentos e com monografias, tem ainda muito poucas contribuições dos militares africanos, de um e de outro lado da barricada.

Não seria impensada a criação de uma instituição, no seio da parte da CPLP que directamente viveu as guerras africanas, que pudesse, mais activamente, colmatar a brecha.

Oio, Canjambari, Cunacó, Antuane, Cameconde, Bedanda…Nestas páginas pode-se também deambular pela Guiné desconhecida, uma terra onde as famílias, as raízes, os clãs e os laços ultrapassam fronteiras, e se espraiam para além dos estados definidos pelas regras das administrações europeias, ou dos orgulhos nacionais pós-europeus.

Este é assim, ainda, num tempo que preza os relatos de viagem e as descobertas das partidas do mundo, uma espécie de introdução à Guiné, à querida Guiné de todos os portugueses, tenham ou não deixado o seu melhor naquela terra.

À querida Guiné que – penso poder falar em nome de todos os presentes – continuamos a querer soberana, desenvolvida, feliz e capaz de repartir riqueza pelos seus filhos.

À querida Guiné que, acima de golpes de estado e revoluções, pronunciamentos e discursos com má pronúncia, sublevações e homicídios, narcotráfico e cleptocracia, ameaças estrangeiras e cancros internos, tem suficientes filhos, talentos e energias para erguer um futuro diferente. Um futuro melhor.

Porque este é também um livro para o futuro. Uma espécie de filho do autor, e dos que o ajudaram ao parto intelectual. Um manifesto que lembra, como no desfiladeiro das Termópilas:

“Estrangeiro, vai dizer a Atenas
Que morremos aqui para cumprir a sua Lei”.


Mas que, para além dessa lápide de sacrifício, afirma ainda, de forma límpida, o principio do amor entre os homens. Da possibilidade de recomeçar, mesmo na mais negra das noites. Da disposição firme de dar a mão a antigos inimigos, de erguer torres em conjunto, de obter a absolvição, e de absolver. Ou, como fizeram os bispos polacos, em 18 de Novembro de 1965, duas décadas apenas depois da grande carnificina, na carta pastoral aos irmãos alemães:

“Vimos perdoar, mas sobretudo pedir para ser perdoados”.

No fim das guerras, na lembrança interior, no armistício sem amnésia, na paz dos bravos, na reparação dos males, na humildade de reconhecer o que se fez, o que se sofreu, o que se poderia ter feito, na disponibilidade para afirmar os seus valores e reconhecer os dos outros, desta forma se fazem os futuros pactos de não agressão, os irmãos e os aliados.

E assim se alcança, talvez por milagre, a eternidade.

(Revisão / fixação de texto, negritos e itálicos: LG) (Com a devida vénia ao autor e ao nosso coeditor Virgínio Briote, que nos facultou o texto.)
___________

Nota do editor:

sábado, 19 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19419: Convívios (884): 41º convívio da Magnífica Tabanca da Linha, 9º aniversário: dia 24, 5º feira, às 13h00, em Algés, no restaurante "Caravela de Ouro"... Inscrições até terça-feira, de manhã, dia 22..Já há cerca de meia centena de inscritos (Manuel Resende)


Cascais > São Domingos de Rana > "Adega Zé Dias > 14 de janeiro de 2010 > Alguns dos históricos que fundaram a Magnífica Tabanca da Linha: da esquerda para a direita: o Zé Dias (, dono do restaurante),  António Fernandes Marques, José Manuel Matos Dinis, Manuel Domingos ( falecido logo a seguir,  nesse ano,  era  do Batalhão do Rogério Cardoso, era fadista amador com prémios), Rogério Cardoso, António Graça de Abreu, Zé Carioca,  Jorge Rosales e Zé Caetano.


Cascais > São Domingos de Rana > "Adega Zé Dias > 14 de janeiro de 2010 > > Da esquerda para a direita, os nossos grã-tabanqueiros, Zé Carioca, António Graça de Abreu José Manuel Matos Dinis, Mário Fitas, António Fernandes Marques,  Jorge Rosales e  Rogério Cardoso. [O Manuel Resende só passou a integrar a Tabanca da Linha, a partir do 4º convívio]


Fotos (e legendas): © Manuel Resende (2019).  Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




41º CONVÍVIO DA MAGNÍFICA TABANCA DA LINHA, FUNDADA EM 2010

Caros Magníficos e convivas,

No próximo dia 14 de Janeiro vamos comemorar o 9º Aniversário do momento fundador da que veio a ser a MAGNÍFICA TABANCA DA LINHA.

Nove camaradas que combateram na Guiné, se conheciam bem, alguns mesmo antes da passagem pela Guiné, “meninos” do Estoril e Cascais, Colégio João de Deus, Futebol do Estoril…, juntaram-se para um almoço em Rana, na “Adega Zé Dias”, que também esteve na Guiné, conhecido e amigo do Jorge Rosales,  dos Salesianos, e nas conversas havidas durante o opíparo repasto que lhes foi servido, lembraram-se de formar aquela a que deram o nome de Tabanca da Linha, logo depois achada como sendo Magnífica, recebeu a designação actual, com que de norte a sul de todos é conhecida.

Para os vindouros, o grande momento fundador foi relatado, e registado, na “Mãe de Todas as Tabancas”, o blogue  Luís Graça & Camaradas da Guiné, o post “eGuiné 63/74 – P5691 (*)
Foram estes os gloriosos fundadores


Com o tempo, com os contactos estabelecidos através do Facebook, nomeadamente, contamos hoje com 175 membros, não podendo muitos terem sido aceites por não satisfazerem os requisitos mínimos, quais sejam
  • (i) ter estado na Guiné;
  • (ii) virem aos nossos convívios;
  • (iii) viver na zona da Grande Lisboa (não obrigatório, há gente de abrange o distrito e mais),  para podermos contar com as suas presenças

O convívio de Janeiro tem como lema o “9º ANIVERSÁRIO DA MAGNÍFICA TABANCA DA LINHA”. (**)

Infelizmente, pelas razões de saúde que são conhecidas, e que muito lamentamos, não podemos contar com a presença física do nosso “EXMO. COMANDANTE” Jorge Rosales, que em espirito não deixará de estar à mesa connosco, e soprar as velas do aniversário.

24 de Janeiro, quinta-feira, com início às 13 horas

Restaurante "CARAVELA DE OURO" em Algés.

Esperamos que mais uma vez seja do vosso agrado.

EMENTA

- APERITIVOS

Bolinhos de bacalhau - Croquetes de vitela - Rissóis de camarão - Tapas de queijo e presunto.

Martini tinto e branco - Porto seco - Moscatel.

- SOPAS

Creme de legumes – Creme de Marisco

- PRATO PRINCIPAL

Arroz de Garoupa

- SOBREMESA

Salada de Fruta ou Pudim

- CAFÉ

- BOLO COMEMORATIVO, com Champanhe, (9º Aniversário)

- BEBIDAS
Vinho branco e tinto (Ladeiras de Santa Comba-vinho da casa)
Águas - Sumos - Cerveja

PREÇO POR PESSOA - - - - - 20.00€
(Crianças, caso apareçam, dos 5 aos 10 anos pagam metade)

Morada: Alameda Hermano Patrone, 1495 Algés (Jardim de Algés, junto à marginal)

INSCRIÇÕES:

- Manuel Resende 919 458 210

- magnificatabancadalinha@gmail.com

- ou dizendo "vou" ao convite no nosso grupo do Facebook [Magnífica Tabanca da Linha]

(até às 24 horas do dia 21 - segunda-feira).

Aguardo as vossas inscrições a partir de agora,

Manuel Resende

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 23 de janeiro de  2010 > Guiné 63/74 - P5691: Os nossos seres, saberes e lazeres (16): Nascimento da fabulosa Tabanca da Linha (António Graça de Abreu / José Manuel Dinis)

(**) Último poste da série > 24 de novembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19228: Convívios (883): "Bosque dos Avós", hoje, todo o dia, na serra do Marão, Aboadela, Amarante (José Claudino da Silva)

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14890: Álbum fotográfico de Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) - Parte VII: O edifício dos CTT de Bambadinca: c. 1968/70 e 2010 ... (Fotos completadas com as de Humberto Reis, ex-fur mil op esp., CCAÇ 12, 1969/71)



Foto nº 1 > Bambadinca, c. 1968/70 > Edifício dos CTT (1)


Foto nº 2 > Bambadinca, c. 1968/70 >Edifício dos CTT (2), sito no lado direito, descendente, da rua principal da povoação... A rua, de terra batida,  vinha do quartel e seguia para o rio, o porto fluvial e a estrada de Bafatá. 


Foto nº 3 > Bambadinca, c. 1968/70 >Edifício dos CTT (3) > Outra perspetiva da rua que dividia a tabanca ao meio, e era muito movimentada (peões, animais  e viaturas; vê-se ao fundo um jipe que se dirige ao quartel que ficava num pequeno promontório)


Foto nº 4  > Guiné-Bissau, Bambadinca, 2010  > Antigo edifício dos CTT, em ruínas  (1)



Foto nº 5  > Guiné-Bissau, Bambadinca, 2010  > Antigo edifício dos CTT, em ruínas  (2) e moranças vizinhas


Foto nº 6  > Guiné-Bissau, Bambadinca, 2010  > Antigo edifício dos CTT, em ruínas  (4) e aspeto parcial da rua, agora em desuso,


Foto nº 7  > Guiné-Bissau, Bambadinca, 2010  > Antigo edifício dos CTT, em ruínas  (4)... A povoação, hoje com cerca de 8 mil habitantes, cresceu ao longo da nova estrada, alcatroada que circunda a bolanha

Fotos: © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]



Foto nº 8 > Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > c. 1970 > Vista aérea (1): do lado esquerdo parte (nordeste) do quartel e posto administrativo; ao centro, a tabanca; ao fundo, o rio Geba, o porto fluvial, o destacamento da intendência e o início da bolanha de Finete (na margem norte do rio); e, do lado direito, a nova estrada em construção que ligará o Xime a Bafatá, e que em Bamdinca, contornava a bolanha (que ficava a sul)


Foto nº 9 > Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > c. 1970 > Vista aérea (3): Legendas: Parte do recinto do quartel (1) e rede de arame farpado, a leste e nordeste; porta de armas,com cavalo de frisa (4); casa e loja do Rendeiro (3); edifício dos CTT (5) e fontenário (6), ambos na antiga rua principal; nova estrada, circundando a tabanca pelo lado leste/nordeste (7); ligação ao porto fluvial á esquerda e à estrada (já existente, alcatroada) de Bafatá (11); porto fluvial / cais (8); rio Geba (9); destacamento da Intendência (10).


Foto nº 10 > Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > c. 1970 > Vista aérea (2): Legendas: Rio Geba (1), destacamento da Intendência (2), porto fluvial / cais (3), bolanha de Finete (4), rampa de acesso ao quartel e posto administrativo (5), loga e casa do Rendeiro (6), edifício dos CTT (7), fontenário (8) .



Foto nº 11 > Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > 1970 > Entrada principal, pelo lado nordeste  (sentido Bafatá), do aquartelamento. O fontenário está sinalizado com um círculo a vermelho, ficava a uns 50 metros da casa e estabelecimento comercial do Rendeiro; do outro lado, fiacava o edifício dos CTT. Nesta rampa ia perdendo a vida o major Ribeiro, o "major elétrico", º comandante do BCAÇ 2852 (de nome completo, Ângelo Augusto da Cunha Ribeiro):  o seu jipe ficou debaixo de toros de madeira que se desprenderam de uma camioneta (civil ?) que estaciuy na subida...



Foto nº 12 > Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > 1970 > Vista (parcial) da rua principal que atravessava tabanca de Bambadinca, e que dwscia do quartel até ao Rio Geba... Assinalado com um círculo a vermelho o fontenário... O edifício dos CTT não é visível, mas ficava do aldo direito...  No final da rua, do lado direito ficava a loja e o bar do Zé Maria (, comerciante branco, de quem se dizia, justa iou injustamente, que jogava com um pau de dois bicos, como qualquer comercinte numa situação de guerra).



Foto nº 13 > Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > 1970 > Vista (parcial) da tabanca de Bambadinca, com o Rio Geba ao fundo. Foto tirada do lado nordeste. Em primeiro plano, contígua ao arame farpado, a casa e o estabelecimento comercial do Rendeiro, um dos poucos comerciantes  portugueses que conhecemos na Guiné, em 1969/71. Assinalado com um círculo a vermelho o fontenário de Bambadinca, melhioramento inaugurado em 1948. Não t5enho a certeza de lá algum vez ter parado para beber água. Nem sei se no meu tempo já tinha água...

Fotos: © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]


Jaime Machado, foto atual,
na Senhora da Hora,
Matosinhos
1. No tempo do Jaime Machado, alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, maio de 1968/fevereiro de 1970), bem como no meu/nosso tempo (CCAÇ 12, 1969/71), o edifício dos CTT era um edifício moderno, funcional, bastante utilizado pelo pessoal militar, e nomeadamente para se fazer chamadas telefónicas para a metrópole.

As ligações nem sempre eram fáceis, e tinham de ser pedidas de um dia para o outro. Havia CTT nas principais povoações da Guiné. No caso de Bambadinca, desconheço a data da sua instalação, mas deve ser de meados da década de 1950.

O Beja Santos, que lá voltou a Bambadinca, também em 2010, recorda o nome da empregada dos CTT, a Dona Leontina ("uma gentil senhora com quem se apalavrava o dia e a hora para telefonar para Lisboa"). Presumo que a senhora fosse caboverdiana, tal como a professora,a  Dona Violante, e o chefe de posto (de quem não me lembro o nome).

Contrariamente à capela, à escola  e ao posto administrativo, o edifício dos CTT  ficava fora do recinto do quartel de Bambadinca (fotos nºs 8, 9, 10)... Mais exatamente,  ficava no lado direito da rua principal que, descendo do quartel, atravessava a tabanca de Bambadinca, dando acesso do lado esquerdo ao porto fluvial (e destacamento da Intendência) e do lado direito à  estrada (alcatroada) para Bafatá... O edifício dos CTT ficava do lado oposto da casa e loja do Rendeiro (, comerciante, branco, da Murtosa)... Mais à frente, também do lado esquerdo ficava o fontenário (foto nº 10). [Vd. também aqui fotos do fontenário, construído em 1948].

No nosso tempo (CCAÇ 12, julho 69/mar 71), Bambadinca nunca foi atacada... Desde o último ataque (28/5/1969), melhorou o dispositivo de segurança. E a presença de uma companhia de intervenção, de pessoal fula, mantinha o PAIGC à distância...

Em janeiro de 1974, o edifício dos CTT é objeto de arremesso de uma  granada de mão,  defensiva, de origem chinesa,,, mas sem consequências de maior... Foi mais exatamente no dia 18/1/1974, às 20h45. O efeito foi mais psicológico.  Após buscas pelas NT, foram encontradas mais duas granadas, do mesmo tipo, chinesas, que não rebentaram ou que provavelmente foram arremessadas com cavilha de segurança, por algum aprendiz de guerrilheiro...

Tudo indicava que havia, por esta altura, uma célula ativa do PAIGC na localidade de Bambadinca... Essa hipótese já sido levantada pelo comando do BART 3873 quando em novembnro de 1972,  a PIDE/DGS [, de Bafatá,] efetuara uma prisão, de um elemento ligado à comunidade caboverdiana, prisão essa que foi seguida de distribuíção de planfletos denunciando a atuação da polícia política. Tanto para o PAIGC como para as NT, Bambadinca era uma posição estratégica, porta de entrada para o leste (mas também para o sul), económica. demográfica e militarmente muito relevante.

Em 2010, o Jaime Machado voltou a Bambadinca (, tal como o Beja Santos em 2010, e  eu, em 2008). A antiga rua principal, outrora animada e ladeada de casas de habitação e de comércio de estilo colonial (foto nº 2), era agora uma desolação (fotos nºs 4, 5, 6 e 7)... O edifício dos CTT estava em ruínas. O Humberto Reis, em 1997, também por lá passara, e já era uma ruína... A Bambadinca que nós conhecêramos, já não existia... (LG)

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Nota do editor:

Último poste da série >  11 de julho 2015 > Guiné 63/74 - P14864: Álbum fotográfico de Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) - Parte VI: Mulheres e bajudas (III)

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14851: Álbum fotográfico de Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) - Parte V: Mulheres e bajudas (II): A Rosinha, a lavadeira de Bambadinca, 40 anos depois (em Bissau)


Guiné- Bissau > Bissau > 2010 > A Rosinha e o Jaime, quattro décadas depois (*)...


Guiné- Bissau > Bissau > 2010 > A Rosinha, que o Jaime foi encontrar em Bissau 40 anos depois...


Matosinhos > Senhora da Hora > 2015 > A Rosinha, pintura em acrílico feita a partir de foto de 2010



Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > Pel Rec Daimler 2046 (maio de 1968/fevereiro de 1970) >  A Rosinha, então com 18 anos...

Fotos: © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]



1. Mensagem de Jaime Machado, com data de hoje, às 9h42, respondendo ao meu desafio para legendar as fotos publicadas no poste anterior (*)


[Jaime Machado, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70); vive em Senhora da Hora, Matosinhos: mantém com a Guiné-Bissau a forte relação afetiva e de solidariedade (através do Lions Clube); voltou `Guine-Bissau em 2010  (, foto atual à esquerda)]

Luís

As fotos nº 1, 2 e 3 foram tiradas em Madina Bonco [... e não Máxima],  em setembro de 1969.

Na foto nº  2 uma mulher  catava piolhos a outra enquanto na foto nº 3 uma penteava outra.

As fotos nºs 4 e 5 foram tiradas em Bambadinca,  não posso precisar a data. A jovem era lavadeira e costumávamos chamar-lhe Rosita embora não fosse esse o seu nome verdadeiro.

Encontrei-a em 2010 em Bissau, 40 anos depois!

Mostrei-lhe as fotos que lhe tinha tirado em Bambadinca mas teve dificuldade em reconhecer-se. Envio-te foto com ela. Desta fotografia recente dela fiz um quadro em acrílico cuja foto também te envio.

Abraço

Jaime

2. Comentário do editor:

Jaime, obrigado pela pronta resposta... E pelas espantosas fotos de 2010, que tiraste da Rosinha, em Bissau, para além da reprodução do acrílico... Sei que tens pintado, inspirando-te em fotos do teu álbum da Guiné...

Quanto ao topónimo "Máxima Bonco",,, devias querer dizer "Madina Bonco", no  setor L5, (Galomaro), por onde andaste com as tuas Daimler e onde tiraste  fotos que vou publicar... Tenho aqui uma referência a essa tabanca:

(...) "O Pel Mil 147 (Madina Xaquili, vd. mapa de Cansissé, ) fazia parte, em finais de Setembro de 1968 (data em que o BCAÇ 2852 passou a tomar conta do Setor L1), da Companhia de Milícias nº 14 que tinhas pelotões e secções espalhados por Quirafo e Cansamange (Pel Mil 144), Dulombi e Cansamange (Pel Mil 145), Madina Bonco e Galomaro (Pel Mil 144). Nesta data já não há referência a Padada ]vd. mapa de Padada], presumindo-se que tenha sido abandonada anteriormente. 

Em Agosto de 1969, Madina Xaquili e o Pel Mil 147 já constam no dispositivo das unidades combatentes do BCAÇ 2852, em virtude de se passado a constituir um novo Sector, o L5, com sede em Galomaro (onde já estava de resto a CCAÇ 2405, com forças espalhadas por Imilo, Cantacunda, Mondajane, Fá, Dulo Gengele), integrado no CO7 (Bafatá)". (...) (**)

PS1 - O Jaime Machado veio imediatamente confirmar que se trata, de facto,  de Madina Bonco [, lugar que ainda não localizei no mapa: é preciso tempo e pachorra; pode ser no mapa de Duas Fontes (Bengacia), onde as tabancas têm muitas vezes dois nomes, provavelmente um fula e outro mandinga, e há diversas povoações com a designação de Madina e Sinchã].

PS2 - Informa o Jaime que "Madina Bonco fica na estrada para Galomaro, muito perto da estrada Bambadinca/ Bafata" [mapa de Bafatá].
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Notas do editor:

(*) Vd, poste de 8 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14847: Álbum fotográfico de Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) - Parte IV: Mulheres e bajudas de Bambadinca (I)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7540: O Mural do Pai Natal da Nossa Tabanca Grande (32): Carlos e Dina Vinhal

1. Mensagem, reproduzida no ponto 2,  do meu querido co-editor, camarada, amigo e camarigo Carlos Vinhal, com data de ontem, 31/12/2010, pela 10 horas e picos da manhã...


Telefonei-lhe ao início da noite, a desejar-lhe as melhoras e as boas entradas da praxe, no Ano Novo. Era óbvio que ele e a Dina iam passar sozinhos a noite de passagem de ano. À distância deu para adivinhar o seu... meio sorriso,  a meia cara. Ele é um estóico. Nem um queixume... Já não há gente desta, em Portugal... (queixamo-nos por tudo e por nada, pelas boas e pelas más razões, com ou sem razão...). Por isso, e sem consultar quem quer que seja, eu decidi, de motu próprio, eleger o Carlos e a sua inseparável Dina o casal do ano da nossa Tabanca Grande... 


O Carlos por razões mais que óbvias... A Dina (que no início 2009 se reformou da sua actividade profissional),  por ser a amiga do nosso blogue que compareceu a todos os nossos cinco encontros nacionais, desde 2006. Ela e o Carlos são inseparáveis... Esta amiga merece figurar, desde há muito, no quadro de honra da nossa Tabanca Grande, leia-se na nossa lista, de A a Z, dos/as camaradas, amigos/as e camarigos/as. Ela e mais algumas das nossas companheiras, o que faremos a seu tempo. Mas ela, especialmente ela, merece esta pequena distinção da nossa parte, no final do ano de 2010... Falo com ela ao telefone com alguma regularidade e dela nunca ouvi, da sua boca, um queixume, uma queixa, uma crítica, um azedume, uma intriga, um ressentimento..., mesmo sabendo que a edição do blogue  rouba tempo à vida do casal (e às vezes até faz mal à saúde do seu homem!). 


Sê bem vinda, Dina! Passo a tratar-te por tu (e vice-versa, se não te importas), a partir de agora, como irmã e como amiga desta pequena grande família que já somos,  desde há largos anos. Obrigado pela tua doçura, delicadeza e paciência de santa... E por nos emprestares o teu Carlos, que é o teu mais que tudo (Corro o risco de cometer uma inocente inconfidência, mas ele já a conhece desde os 19 aninhos, portanto muito antes das bajudas de Mansabá...).


Em suma, a Dina também é um dos esteios do  nosso blogue. Uma presença discretíssima, mas forte, como a de todas (ou quase) todas as nossas companheiras... a quem eu aproveito para mandar um (e)terno xicoração neste início de ano.


Um ano de 2011 com coragem e saúde, para ambos, para ti,  Carlos, para ti, Dina. Um ano em que vamos precisar, todos/as,  de muita camarigagem. Na nossa Tabanca Grande, debaixo do nosso sagrado e fraternal poilão, tu, Dina, passas a ter um lugar cativo, o nº 465..

Com a nossa tabanqueira nº 465,  fechamos o ano em... paz e beleza (embora com a deusa da saúde meio desasada - entre os gregos, chamava-se Higía, e é de longe a minha preferida, embora a gente tenha que recorrer, de vez em quando, à sua irmã Panaceia...).



PS - Assina: Luís Graça, falando  em nome de toda a Tabanca Grande. Amanhã, domingo sigo para a Lourinhã e depois para Lisboa. Até ao(s) nosso(s) próximo(s) encontros. Que a doença,  que costuma "vir a cavalo e ir-se embora a pé" (diz o povo), nos deixe em paz neste começo de ano de 2011... Para os que partem (para mais longe) e para os que ficam (por aqui mais perto)... 


Madalena, V. N. Gaia, 1 de Janeiro de 2011, escrito às 2h30, revisto às 11h...




2. Mensagem de ontem, particular, do Carlos: 


Luís: Eu e a Dina estamos com uma constipação muito forte, com temperatura, tosse e outros quejandos, pelo que a passagem de ano, que era para ser em Ponte de Lima, vai ser passada em Leça da Palmeira.


Descansa o mais que puderes porque quanto mais massacrares o dito ciático mais inflamado fica e as dores não passam.


Como diz a canção, ai quem me dera ter outra vez 20 anos... (*)
 ________________


Nota de L.G.:

(*) Carlos, folgo com o teu bem humor, que é sempre "meia cura" quando a gente está doente,  adoentado, em baixo das canetas... E já agora acrescenta ao nosso fadário (de ex-combatentes),  este outro provérbio antigo: "Até aos 40 bem eu passo, dos 40 em diante 'ai a minha perna, ai o meu braço' "... Acrescenta-lhe mais 20 ou 30 anos, que a nossa esperança média de vida ao nascer duplicou, durante o século passado: era de 35 anos, para os homens, por volta de 1900...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P6988: O nosso blogue em números (6): 2 milhões de visualizações (26% a partir do estrangeiro), c. 2800 visualizações por dia, c. 450 membros, c. 7000 postes, c. 35 comentários diários... Um pequeno ronco!



Congo ex-Belga > Anos 20 > "Troféus de caça".. ou uma certa  visão europocêntrica de África. Fotos de Victor Jacobs (digitalizadas e editadas por LG.). Fonte: Louis Franck - Le Congo Belge, Tome I.  Bruxelles: La Renaissance du  Livre.  1928. p. 152...  (Exemplar, raro,  gentilmente disponibilizado pelo meu amigo e vizinho de Alfragide, Eng. Agrº Francisco Freitas, nascido no antigo Congo Belga, hoje República Democrática do Congo.. Claro que qualquer semelhança entre o conteúdo deste poste e estas ilustrações é pura coincidência... Estamos a falar de "roncos" diferentes... Os do bogue são os da amizade, fraternidade, camaradagem e solidariedade) (L.G.).


1. Texto do editor L.G.:

Amigos e camaradas:

Devemos atingir hoje a cifra (algo mágica…) dos 2 milhões de páginas visitadas (ou visualizações), o quer dizer 700 mil desde o início do ano, uma média de 85 mil por mês / 2800 por dia (75 mil por mês / 2500 por dia de Janeiro a Abril de 2010) (*).

É de referir que a evolução deste indicador tem sido favorável, com um crescimento sustentado ao longo do tempo: partimos das 22,5 mil visitas... em finais de Maio de 2006 (fim da I Série, e abertura do actual blogue, ou II Série), para atingir as 400 mil em Outubro de 2007, as 800 mil em Outubro de 2008, o milhão em Fevereiro de 2009, o 1,4 milhões em Dezembro de 2009 e os 1,7 milhões em Maio de 2010, quando pusemos o contador Bravenet.

Recorde-se que em 23 de Abril passado, perfizemos seis anos o que na blogosfera já é uma vetusta idade.

No final da I Série, em Maio de 2006, o número de tertulianos (como então designávamos os membros da nossa Tabanca Grande, antes, Tertúlia, termo porventura um pouco pretensioso...) era cerca de 110.  Em final de 2009, éramos 390, em Maio andávamos pelos 410 e hoje estamos a caminhos dos 450.

É possível alcançar, no fim do ano, a meta (ambicionada) do meio milhar de membros...

O ano transacto foi o mais produtivo em número de postes publicados: cerca de 1900, mais 600 do que em relação ao ano anterior (2008). Mas este ano já atingimos 1400, o que dá em média 180 por mês / 6 por dia (ligeiramente mais baixa nos meses de Julho e de Agosto, coincidindo com as férias de verão). É, portanto, previsível que cheguemos aos 2000/2100 no final do ano…

Quanto aos comentários, tenho que os contar manualmente, o que é uma maçada: de qualquer modo, a avaliar pelas duas primeiras semanas de Setembro, estamos com uma média diária  de 35 a 40. Mantém-se, portanto, e de maneira sustentada, o bom nível de participação dos nossos leitores (além da qualidade, originalidade, criatividade e pertinência  de muitas intervenções). Se bem que muitos camaradas pudéssem e devessem escrever comentários (um forma, afinal, fácil, directa, expedita, de participar na vida do blogue).

Outras estatísticas possam a estar disponíveis para divulgação quer do nosso contador Bravenet (a partir de Maio de 2010) quer do próprio Blogger (a partir de Julho de 2010). Por exemplo, de acordo com uma amostra destes dois últimos meses e picos (Julho, Agosto e Setembro, que são, aliás, atípicos) (n=170 mil visualizações), apurámos o seguinte (fonte: Blogger):

(i) Por navegador, o Internet Explorer, com 74% das visualizações, destaca-se de todos os demais:

(ii) O sistema operativo mais usado (96%) é... o Windows;

(iii)  Cerca de 74% das visualizações são oriundas de Portugal, seguido do Brasil (14%) e dos Estados Unidos (3%)... Até na Lapónia somos vistos!

Das estatísticas produzidas por Bravenet (o nosso contador a partir de 9 de Maio de 2010), há algumas curiosidades a assinalar:

(i) Os dias de semana de maior tráfego (ou seja, com mais visitantes e visualizações) é a 2ª e a 3ª feira (com cerca de 32,4% do total), em contraste com o sábado e o domingo, que são os piores dias (25%  do total);

(ii) As horas do dia mais movimentadas são as que se seguem ao almoço: das 14h às 16h o blogue recebe 16.5% dos seus visitantes diários; em contrapartida, as horas mais fracas, são as depois do jantar, das 21h à 24h (cerca de 1,9% do total do dia) (o que sugere que porventura somos mais vistos nos locais de trabalho do que em casa);

(iii) 95% dos visitantes visualizam mais do que uma vez, por dia, o blogue.

Mais uma vez, quero expressar aqui os meus votos de parabéns e de agradecimento a todos que fazem todos os dias o blogue, a começar pelos meus queridos, magníficos, dedicados e competentes co-editores (Carlos Vinhal, Eduardo Magalhães Rodrigues e Virgínio Briote), sem esquecer colaboradores permanentes como o Miguel Pessoa e o José Martins e o nosso cartógrafo-mor que tem direito a honrarias vitalícias: o Humberto Reis...

Devo mencionar ainda os nomes dos camaradas Hélder Sousa, Joaquim Mexias Alves e José Manuel Matos Dinis que, juntamente com os editores, o Miguel Pessoa e o José Martins, constituem uma espécie de embrião de conselho editorial ainda não formalizado, e a quem são  enviados automaticamente, por correio electrónico, todos os comentários publicados no nosso blogue. Todos eles, muitas vezes na sombra, têm sido importantes conselheiros, ajudando-nos a levar a bom porto este barco (cuja navegação nem sempre é fácil e que tem falta de pessoal na sua equipagem)...

Muito obrigado aos novos e velhos membros da Tabanca Grande,  independentemente dos sinais de vida que dão (uns, e outros não)... Obrigado aos que escrevem, comentam, mandam fotos e outros documentos... Obrigado aos que nos lêem e comentam (uns, e outros não...).  Obrigado aos que nos divulgam. Obrigado aos que, mesmo sem darem a cara, têm um carinho especial ou um apreço, maior ou menor, por este blogue...

Um pensamento de saudade vai também para os camaradas, membros da nossa Tabanca Grande, que travaram este ano o seu último combate e que da lei da morte se libertaram: o Humberto Duarte, o Joaquim Cardoso Veríssimo e o Victor Condeço.

Esperemos poder continuar por aqui, eu e todos vocês, mais os periquitos que hão-de chegar ao longo deste ano (até aos 500, pelo menos!) , enquanto nos aprouver e nos sentirmos bem, úteis, activos, confortáveis, produtivos, saudáveis, vivos, entre amigos e camaradas da Guiné, entre portugueses, guineenses e outros homens (e mulheres) de boa vontade, novos e velhos, de diferentes gerações e de todas as cores do arco-íris...

Até lá, renovo o meu pedido de Maio passado (*): precisamos de recrutar novos editores, para já mais um, de preferência um membro  sénior da nossa Tabanca Grande, para substituir o Virgínio Briote (que já me manifestou, por diversas vezes, o seu desejo de entrar na idade de oiro, depois de feitas as pazes com a guerra e com a Guiné...). Em suma, mais voluntários, precisam-se para dar continuidade àquela que já é a maior comunidade virtual de veteranos de guerra (ou melhor, de ex-combatentes de uma guerra, de um TO específico)... Seguramente, a da Guiné (1963/74).  

É altura, entretanto, de chegarem até nós, a pretexto destes números, e dos nossos altos e baixos, misérias e grandezas, euforias e depressões, as vossas opiniões, sugestões, críticas e comentários sobre o que foi, é e deverá ser o nosso blogue... O próximo a ser publicado é um poste do Belarmino Sardinha, que face ao actual panorama do blogue, vem dizer-nos  que se quer remeter ao silêncio por uns tempos... Por nós, iremos continuar... Afinal, ainda estamos a meio da guerra: seis anos e meio...

Mantenhas a todo o pessoal da Tabanca Grande. Aqui fica um chicoração a todos/as os/as amigos/as e camaradas da Guiné. Sem distinção...

Luís Graça

PS - O Belarmino acaba de me pedir para não publicar o citado texto, por perda de oportunidade editorial. Assim o farei. Mas falarei com ele, e com muito gosto,  sobre alguns aspectos de organização e funcionamento do blogue, apreciados por ele, e  que nos ajudarão a sermos ainda muito melhores... Hoje, é também um bom pretexto para os nossos amigos e camaradas nos mandarem, para a caixa de reclamações, queixas por textos e outros materiais eventualmente não publicados até agora, sem aparente justificação dos editores... Nos casos em que isso possa acontecer, resultará eventualmente de "falha humana e/ou técnica", as duas razões do mundo a que a gente recorre para explicar o inexplicável sempre que há um "acidente"... E aí sou a "dar a mão à palmatória": sei  que temos, por exemplo,  de melhorar a gestão das nossas caixas de correio... LG

Estatísticas do Blogue > Descrição geral (movimento desde 1 Julho de 2010 até ontem)



Visualizações de páginas de hoje (dia 14, ao fim da tarde)
1 826
Visualizações de página de ontem (dia 13)
2 666
Visualizações de páginas  do mês de Setembro (até hoje)
31 228
Visualizações de páginas  do mês de Agosto
66 253

Visualizações de páginas por navegador

Visualizações de páginas por país (de 1 de Julho a 14 de Setembro)

Portugal
123 161
Brasil
23 495
Estados Unidos
4 655
França
2 158
Dinamarca
1 442
Alemanha
1 380
Canadá
1 012
Espanha
989
Suécia
704
Reino Unido
548


Fonte de tráfego (de 1 de Julho a 14 de Setembro de 2010) > Sites de referência

Postes mais visualizados, entre 1 de Julho e 14 de Setembro de 2010

23 de Jan de 2010, 22 comentários
461 Visualizações de páginas
3 de Fev de 2009
205 Visualizações de páginas
18 de Ago de 2009, 1 comentário
197 Visualizações de páginas
14 de Jul de 2010, 11 comentários
132 Visualizações de páginas
21 de Jan de 2010, 6 comentários
104 Visualizações de páginas
1 de Set de 2010, 10 comentários
69 Visualizações de páginas
3 de Mai de 2007
62 Visualizações de páginas
8 de Nov de 2007, 1 comentário
56 Visualizações de páginas
14 de Jul de 2010, 15 comentários
53 Visualizações de páginas
9 de Jun de 2009, 8 comentários
52 Visualizações de páginas

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