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segunda-feira, 12 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26792: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (11): Três fotos para a história... O pequeno/ grande passo das seis Marias (1º Curso de Enfermeiras Paraquedistas, Tancos, 6 de julho-8 de agosto de 1961)


Foto nº 1 


Foto nº 2


Foto nº 3

Foto (e legenda): © Maria Arminda Santos (2025). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


Maria Atminda Santos
 (n. 1937)

1. São três fotos para a História...Foi um grande passo para elas, as primeiras seis enfermeiras paraquedistas portuguesas, aprovadas (num total de 11 selecionadas) no 1º curso, em Tancos , de 6 de julho a 8 de agosto de 1961,
 e um pequeno passo para a  História das mulheres portuguesas do séc. XX  (Vd. poste anterior, P26790) (*).

Fotos e legendas fornecidas pela Maria Arminda Santos, tenente graduada enfermeira paraquedista reformada (deixou a carreira militar antes do 25 de Abril, ainda em 1970; nasceu em 1937, em Póvoa da Galega, Mafra; vive em Setúbal):



Maria Zulmira André Pereira
(1931-2010)

Foto nº 1 > "Zulmira com a Diretora da Escola de Enfermagem  das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, Irmã Emaús"
 [A instituição que o Subsecretário de Estado da Aeronáutica, ten-cor Kaulza de Arriaga, escolheu para fazer a seleção das primeiras 11 candidatas ao 1º curso de enfermeiras- paraquedistas; esta foto com a Madre Superiora das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria foi tirada "antes do primeiro salto"; é uma fotografia soberba,  de antologia: a Irmã Emaús está incutir a coragem à sua "pupila", neste caso a Zulmira, infelizmente já falecida, em 2010].


Foto nº 2 >  "Vê-se que também estou eufórica" [A Arminda parecia-nos ser a segunda, e "a mais contida",  na foto da revista "Ilustração Portuguesa" (*), mas afinal é a terceira, a seguir à Ivone Reis].

Foto nº 3 >  "Enquanto se aguardava pela feitura das fardas, fomos em tipo estágio para a urgência do Hospital de São José e aí com as nossas fardas das respetivas Escolas. Todas iguais menos eu que fui a única da Escola de São Vicente de Paulo, atualmente integrada na Universidade Católica". 
[Se assim é, quanto a nós a Arminda  é a última da ponta direita.].

Não é possível saber a quem atribuir os créditos fotográficos. Podem ser fotos do SDFA - Serviço de Documentação da Força Aérea Portuguesa. Ou da imprensa da época. Pertencem ao álbum da  Maria Arminda, a quem agradecemos a gentileza. Foram reeditadas por nós. (LG)
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Nota do editor LG:


10 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26787: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (10): Quando a "última" foi a "primeira"... A cap enf pqdt Maria de Lurdes Lobão, que fez história: em 16 de março de 1990, foi a primeira mulher a fazer de oficial de dia num estabelecimento militar, a Escola de Serviço de Saúde Militar (ESSM)

29 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26742: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (9): Giselda Pessoa: foi o CTIG (1972/74) que a marcou para o resto da vida

26 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26618: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (8): Grande coragem, sangue frio, inteligência emocional, autocontrolo, empatia, serenidade, a da Rosa Exposto!

13 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26578: Nunca tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (7): Cristina Silva, ten grad enf pqdt, a única das 46 que foi ferida em combate

12 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26575: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (6): Homenagem às enfermeiras paraquedistas em livro recente sobre a "História da Enfermagem em Portugal"... Por sua vez, reproduzimos excerto de um depoimento de Aura Teles sobre a morte da fur grad enfermeira pqdt Maria Celeste Ferreira da Costa (Tarouca, 1945 - Bissalanca, 1973)

15 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26497: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (5): Em Mueda, no planalto dos Macondes, num dos piores cenários da guerra em Moçambique - Parte I (enf pqdt Maria de Lourdes Gomes)

7 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26470: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (4): "Meu amor, se depender de mim não morres aqui"... Palavras que me ficaram para a vida (Carlos Parente, natural de Viana do Castelo, ex-sold at inf, CCAÇ 1787)

domingo, 11 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26790: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (11): Enfermeiras & paraquedistas!... Que desaforo, terão pensado os "velhos do Restelo" do "Estado Velho", em 8 de agosto de 1961...











Ilustração Portuguesa, nº 1021, Ano 55, 29 de setembro de 1961. (Diretor: Guilherme Pereira da Rosa; propriedade da Sociedade Nacional de Tipografia). Preço: 1$00. Cortesia de Hemeroteca Digital / Câmara Municipal de Lisboa


1.  Foi um acontecimento social, militar, político e até religioso, que deu direito a títulos de caixa alta na imprensa portuguesa da época. 

O então Secretário de Estado da Aeronáutica, o ten-cor eng Kaúlza de Arriaga,  tinha conseguido a competente e devida autorização de Salazar para criar o Quadro de Enfermeiras Paraquedistas integrado no pessoal da Força Aérea, equiparado a militar.  A guerra em Angola (1961) a isso obrigava...

Recrutadas nos hospitais civis, as candidatas a enfermeiras paraquedistas deviam cumprir os seguintes requisitos: 

(i) nacionalidade portuguesa;
(ii) idade entre os 19 e os 30 anos;
(iii) curso de auxiliar de enfermagem ou curso geral de enfermagem;
(iv) solteiras ou viúvas sem filhos;
(v) sem cadastro;
(vi) com boa formação moral.

Mas em nenhum diploma legal desse tempo se fala em "enfermeiras paraquedistas"!... O que não deixa de ser curioso...

Alargou-se o quadro de pessoal de  tropas paraquedistas  (batalhão, criado em 1955, mais tarde regimento), para elas poderem caber em 1961, mas só se fala em "enfermeiros" (sic)... quando a profissão era (e continua a ser) maioritariamente  feminina (vd. Decreto-Lei nº 42073, de 31/12/1958, Dec-Lei nº 42792, de 31/12/1959, e  Dec-Lei nº43663. de 5/6/1961;  Portaria n.° 18462., de 5/5/1961.

Assim, o
 Dec-Lei nº43663. de 5/6/1961, vem definir quem era o "pessoal equiparado a militar pára-quedista":

  • 1 major ou capitão graduado médico
  • 2 capitães ou subalternos graduados médicos
  • 1 capitão graduado médico veterinário
  • 1 subalterno graduado médico veterinário
  • 1 tenente graduado enfermeiro
  • 5 alferes graduados enfermeiros
  • 5 sargentos graduados enfermeiros.

Não se percebe por que razão é que na altura não se abriram as portas do batalhão de caçadores paraquedistas também às mulheres médicas, mas tão só às  enfermeiras... 

A  primeira seleção foi feita pela Escola das Franciscanas Missionárias de Maria (criada em 1950, hoje Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias), em Lisboa.  Era então diretora (e professora), a irmã Emaús, a madre superiora da congregação em Portugal.

Pode-se dizer que foram escolhidas a dedo as primeiras 11 candidatas (ou "convidadas"),  as quais frequentaram depois o 1º curso de enfermeiras-paraquedistas, a convite da FAP.  Só chegaram ao fim e receberam o brevet (ou brevê)  e a boina verde seis delas, ultrapassadas as provas de aptidão, médicas, psicotécnicas, físicas e militares. Ficaram conhecidas como as "seis Marias", graduadas em alferes  (e uma em sargento) (vd. aqui vídeo da RTP Ensina, de 2009):

  • Ivone  (†)
  • Arminda
  • Nazaré (†)
  • Lourdes ("Lurdinhas") (graduada em sargento)
  • Céu (Policarpo)
  • Zulmira  (†)

O 1º curso de enfermeiras paraquedistas iniciou-se em 6 de julho de 1961, em Tancos, no Regimento de Caçadores Paraquedistas, e terminou a 8 de agosto, com a imposição do brevê e da boina verde (a cinco das seis: a Maria da Nazaré, por se ter magoado num salto, só terminaria o curso uma semana depois).

As fotos que publicamos acima  são da cerimónia do dia 8 de agosto de 1961. As mulheres portuguesas estavam a fazer história nesse dia!... Os jornais da época deram larga cobertura ao acontecimento, alguns ainda elevados de preconceitos ( para não falar em misoginia, estupidez, ignorância ou sensacionalismo,  como chamar-lhe "monjas do ar"):

  • Monjas do ar: cinco  jovens enfermeiras conquistaram ontem em Tancos o "brevet" de pára-quedistas" (Diário de Notícias, 9 de agosto de 1961);
  • As primeiras mulheres pára-quedistas portuguesas (O Século, 9 de agosto de 1961);
  • Enfermeiras pára-quedistas lançadas em Tancos receberam o "brevet" e vão seguir para Angola (Diário de Lisboa, 8 de agosto de 1961)


A revista Ilustração Portuguesa, propriedade da empresa que publicava O Século. escolheu este acontecimento para a capa edição nº 1021 (em 1961 só se publicaram dois números, este, e o nº 1020, de 29 março; a revista era semanal, I e II Séries, de 1903 a 1930; depois passou a editar 2 números por ano,  de 1931 a 1980, para garantia legal do título).

PS -  A Maria Arminda seria a terceira de quatro, a contar da esquerda, na foto de topo (inicialmente parecia-nos a segunda)... Ora a  segunda é a  Maria Ivone Reis, já falecida. Da quarta, no lado direito, não se vê a cara. Legendagem com a ajuda da Maria Arminda,  a decana das enfermeiras-paraquedistas e que honra a Tabanca Grande com a sua afável presença e ativa colaboração.

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Nota do editor:

Último poste da série > 10 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26787: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (10): Quando a "última" foi a "primeira"... A cap enf pqdt Maria de Lurdes Lobão, que fez história: em 16 de março de 1990, foi a primeira mulher a fazer de oficial de dia num estabelecimento militar, a Escola de Serviço de Saúde Militar (ESSM)

sábado, 10 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26787: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (10): Quando a "última" foi a "primeira"... A cap enf pqdt Maria de Lurdes Lobão, que fez história: em 16 de março de 1990, foi a primeira mulher a fazer de oficial de dia num estabelecimento militar, a Escola de Serviço de Saúde Militar (ESSM)

 



Cap enf pqdt Maria Lurdes Lobão, do último (9º) curso (1974).
(Cortesia de Fernando Miranda). Edição: LG (2025)


1. Foi a última das 46 enfermeiras paraquedistas. É do 9º (e último) curso (julho de 1974), que só formou uma, ela própria... Já não chegou a ir ao ultramar... Mas ficou na FAP... E em 1990 estava na Escola de Serviços de Saúde Militar (ESSM), com o posto de capitão. 

Conta aqui um episódio que pode parecer "anedótico", mas que a fez entrar, pelo menos,  na história da vida militar e quiçá na história da mulher portuguesa : terá sido a primeira mulher a fazer o serviço de oficial de dia, em 16 de março de 1990, dezasseis anos depois do 25 de Aril de 1974!

É natural de Vila Real, transmontana, portanto. Vive em Lisboa. Tem página no Facebook (Maria Lurdes Lobão).


Foto da página do Facebook da Maria Lurdes Lobão (Com a devida vénia...),
 Edição:  LG (2025)

A criação do corpo de enfermeiras paraquedistas remonta a 1 de junho 1961 (início do 1º curso, onde ingressou, entre outras, a nossa grã-tabanqueira Maria Arminda Santos, hoje tenente, reformada). 

Fizeram-se 9 cursos e formaram-se 46 enfermeiras paraquedistas. Tal como os capelães, eram graduadas (em sargentos ou alferes, conforme as qualificações profissionais de origem: Curso de Auxiliar de Enfermagem e Curso Geral de Enfermagem, respetivamente). Elas são as pioneiras. O ingresso nas mulheres nas Forças Armadas Portugueses, através do serviço militar voluntário, vai ser um processo lento. A Força Aérea foi o primeiro ramo a admitir mulheres, em 1988, através da criação de vagas para mulheres no serviço militar voluntário. O Exército e a Marinha seguiram-se em 1992.



Excerto de:
"Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), pãg, 437  (com a devida vénia)






Excerto de:
"Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), pp. 340/341  (com a devida vénia)




2. Perguntámos à IA: 

"É verdade que a Capitão Enfermeira Paraquedista Maria de Lurdes (ou Lourdes)  Lobão foi a primeira mulher a exercer funções de oficial de dia num estabelecimento militar, neste caso, na  então Escola de Serviços de Saúde Militar (ESSM), em Lisboa, no dia 16 de março de 1990 ?"

O nosso "Big Brother", que  tem a mania que sabe tudo (ou somos nós que lhe atribuímos ingenuamente a omnisciência...), não conseguiu responder a essa pergunta concreta. Tanta a Gemini IA / Google como a Perplexiti IA e o ChatGPT disseram-nos mais ou menos isto:;

(i) com base nos resultados de pesquisa fornecidos, não há confirmação documental ou referência explícita que comprove que a Capitão Enfermeira Paraquedista Maria de Lurdes (ou Lourdes)  Lobão foi a primeira mulher a exercer funções de oficial de dia na então Escola de Serviços de Saúde Militar (ESSM), em Lisboa, no dia 16 de março de 1990;

(ii) os resultados consultados abordam genericamente a presença e o papel pioneiro das enfermeiras paraquedistas nas Forças Armadas Portuguesas, destacando que desde 1961 algumas mulheres ocuparam funções militares, especialmente na área da saúde militar e como paraquedistas;

(iii) todavia, não foi identificado nenhum documento ou referência específica ao feito mencionado, nem ao nome de Maria de Lourdes (ou Lourdes)  Lobão associado a essa função ou data em particular.

Portanto, com a informação disponível, não é possível confirmar a veracidade da afirmação sobre Maria de Lurdes (ou Lourdes) Lobão e o seu papel pioneiro na ESSM em 16 de março de 1990. Caso existam fontes adicionais ou documentação interna das Forças Armadas, estas não foram localizadas nos resultados apresentados.

3. Comentário do editor LG: 

Não pudemos explorar o "Diário de Lisboa", disponível "on line", porquanto faltam dois  números da coleção (posteriores à data em causa, 16 de março de 1990, logo por azar  os dos dias 17 e 18; o jornal. de resto, será extinto nesse ano, a última edição foi a de 30 de novembro de 1990; começou a publicar-se em 1921.

Achamos, todavia,  que o depoimento da nossa camarada Maria Lurdes Lobão é fidedigno e consistente. E ninguém lhe tira dos louros desse dia (histórico) para as mulheres portuguesas que só ao fim de muitos séculos é que começavam a entrar no "androceu" (por analogia com o "gineceu", a parte da casa reservada às mulheres na Grécia antiga...).  

É, além disso, e sobretudo,  uma história bem humorada e bem contada. Parabéns, Lurdes Lobão, saúde e longa vida!... LG
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sexta-feira, 9 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26781: In Memoriam (547): Maria Rosa Exposto, ex-alf enf pqdt (Bragança, 1940 - Portalegre, 2021), pertencia ao 4º curso (1964) e passou pelo CTIG... Rosa, que descanses em paz!


Guiné > Bissau > Av Marginal > s/d< (c. 1966) > A Rosa Exposto, é a primeira do lado esquerdo.; ao centro a Maria Arminda, e à direita, a Maria do Céu Matos Chaves.  Foto: Cortesia de Fernando Miranda (2025).





Infografia:  Aristides Santos (2025) . Reproduzido da página do Facerbook do Fernando Miranda (trabalhou no Hospital da Força Aérea, com o enfermeiro,  e tem o melhor álbum fotográfico sobre as enfermeiras paraquedistas). (Com a devida vénia...)



1. Confirmámos a notícia, que já circulava há vários meses (pelo menos desde outubro passado), entre os antigos camaradas  da FAP, da morte da ex-alf enf pqdt Maria Rosa Exposto Olivença, por postagem do Fernando Miranda, ontem, dia 8 de maio:

(...) É com muito pesar que participo o falecimento no dia 21 de junho de 2021, no Hospital de Portalegre, por doença prolongada, a nossa camarada alf enf paraquedista Maria Rosa Exposto. 

A nossa camarada era residente em Marvão e esposa do nosso camarada cap paraquedista José Barata Olivença, pioneiro do curso de Espanha. Foi cremada. (...)

2.  Era natural de Bragança. E estava viúva. Tinha um filho, Francisco Olivença  (que  confirmou a morte e relatou as circunstâncias penosas do seu internamento, ainda com as restriçóes da Covida.19).  Tinha 80 anos (nasceu a 2 de outubro de 1940). 

Há vários anos que as suas antigas camaradas e amigas, Maria Arminda e Rosa Serra, não sabiam nada dela. Sabiam apenas que vivia para os lados de Portalegre.  A Arminda (que esteve com ela em 1966, na Guiné) recorda-a como uma colega bem disposta. 

Era do 4º curso (1964). Participou no livro "Nós, as enfermeiras paraquedistas" (2014) (**).  Ela terminava, em 2014, o seu depoimento, com um agradecimento à FAP pela oportunidade que lhe deu de se realizar como ser humano e como enfermeira, e com palavras de grande nobreza para com aqueles com quem trabalhou e conviveu: "Nunca vos esqueci nem esquecerei!" (**)...

Nunca  a conhecemos pessoalmente. Mas, connosco, com os amigos e camaradas da Guiné, ela também não fica na vala comum do esquecimento.  Os camaradas e amigos da Guiné, aqui reunidos no nosso blogue. também a não vão esquecer.

Não nos cansamos de lembrar que  as ex-enfermeiras paraquedistas são as únicas mulheres a quem, "de jure" e "de facto", podemos chamar camaradas. no sentido puro e duro da etimologia da palavra... 

Rosa, que descanses em paz! Um abraço solidário para o teu filho Francisco.

PS - Tinha até agora apenas 3 referências no nosso blogue (**).
 
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Notas do editor;


26 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26618: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (8): Grande coragem, sangue frio, inteligência emocional, autocontrolo, empatia, serenidade, a da Rosa Exposto!..

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26767: História de vida (61): Eugénia Sousa (Ribeira Grande, Stº Antão, 1935 - Sesimbra, 2025): cap enf pqdt ref, cofundadora da Escola de Serviço de Saúde Militar (ESSM)


Capa do livro "Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), 439 pp (com a devida vénia)



Eugénia do Espírito Santo Sousa, cap enf pqdt ref (Ribeira Grande, Santo Antão,
Cabo Verde, 1935 - Sesimbra, 2025)




1. Infelizmente não temos nenhum regosto da passagem da Eugénia Sousa pelo TO da Guiné. Ela acaba de morrer, aos 89 anos (*). Publicou dois pequenos textos no livro supracitado, de que também é coautora. Foi enf pqdt durante 12 anos. Ainda estava na FAP no início dos anos 80, com o posto de capitão. Pertenceu ao grupo dos fundadores da Escola do Serviço de Saúde Militar (ESSM). Solteira, vivia em Sersimbra.

A ESSM foi criada pelo Decreto-Lei nº 266/79,de 2 de agosto, como estabelecimento de ensino técnico-militar, funcionando na directa dependência do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas. Foi herdeira das, entretanto extintas, Escola de Enfermagem da Armada e Escola do Serviço de Saúde do Exército. O seu primeiro regulamento foi aprovado pela Portaria n.º 582/80, de 10 de setembro.

A Eugénia deixou este apontamento biográfico no livro acima citado, pp. 40/41, que tomamos a liberdade de reproduzir.

  •  nasceu na ilha de Sto. Antão, na vila (hoje cidade) de Ribeira Grande, também conhecida por Povoação (**);
  • teve uma infância e adolescência difíceis;
  • só aos 20 anos pôde viajar para Portugal, tendo-se fixado em Penafiel:
  • tirou o curso de auxiliar de enfermagem no Porto e depois o curso geral de enfermagem, em Lisboa;
  • em 1962, fez o 2º curso de enfermeiras-paraquedistas.

Recorde-se que, em 9 cursos (1961, 1962, 1963, 1963, 1964, 1966, 1967, 1970, 1972 e 1974) formaram-se 46 enfermeiras paraquedistas, as primeiras mulheres a integrar as fileiras deas Forças Arnmadas Portuguesas.



Armas da ESSM

 


In "Nós, enfermeiras paraquedistas", op. cit, 2014, pp. 40/41.

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Notas do editor LG:


(**) Último poste da série > 20 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26705: História de vida (60): A esloveno-americana Vilma Kracun, n. 1947, membro nº 900 da nossa Tabanca Grande (João Crisóstomo, grão-tabanqueiro nº 432)

domingo, 4 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26763: In Memoriam (546): Eugénia do Espírito Santo Sousa, cap enf pqdt (Ribeira Grande, Santo Antão, Cabo Verde, 1935 - Sesimbra, 2025): era do 2º curso (1962) e passou pelos 3 teatros de operações


 Eugénia do Espírito Santo Sousa,  cap  enf pqdt (Ribeira Grande, Santo Antão, 

Cabo Verde, 1935 - Sesimbra, 2025)


1. Faleceu, no Hospital Militar das Forças Armadas,  em 28 de abril passado,  aos 89 anos (iria completar os 90 em 13 de novembro próximo), a Eugénia (*). 

Foi enfermeira paraquedista durante 12 anos, passou pelos TO de Angola, Guiné e Moçambique. Fez parte do 2º Curso (1963) (que formou 5 enfermeiras pqdt).  

Foi nomeada em 1982 para prestar serviço, a partir de 1/1/1982,  na Escola do Serviço de Saúde Militar, com o posto de "capitão enfermeiro paraquedista (001373-A)", nos termos do Decreto-Lei nº 266/79, de 2 de agosto (**), e da Portaria nº 257/81, de 11 de março.

2. A notícia, triste, foi-nos dada pela Maria Arminda Santos, pessoalmente e pela sua página no Facebook.  (A Arminda, do 1º curso, 1961, é a decana das antigas enfermeiras paraquedistas, e membro, nº 500,  da nossa Tabanca Grande, desde 23/5/2011).

O corpo da Eugénia repousa no cemitério de Aiana, Sesimbra, no talhão dos combatentes, segundo informação do Aristides Santos, nosso amigo no Facebook e antigo 2º srgt pqdt do Regimento de Caçadores Paraquedistas (que deixou em 1970).

A Eugénia participou, com dois textos, no livro "Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014). 

Reproduzimos aqui, em sua homenagem, o que ela escreveu, no Cap XII ("Olhando para trás...", pág. 391) (com a devida vénia). 

Oportunamente publicaremos um outro texto seu, autobiográfico. Por informação da Maria Arminda, sabemos que a Eugénia não tinha filhos, ficou solteira, tendo apenas uma sobrinha (que vive nos EUA e veio ao funeral).


(Seleção, digitalização, edição da foto: LG)


Sesimbra > Cemitério de Aiana  > 2 de maio  de 2025 > No funeral da Eugénia, as antigas camaradas paraquedistas, da esquerda para a direita: (i)  Lourdes Lobão (é já do último curso, o 9º, de 1974, não foi ao Ultramar); (ii) Aura; (iii) Arminda: (iv) Cristina; e (v) Giselda.

Foto: Serrano Rosa (com a devida vénia)

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Notas do editor LG:


(**) Decreto-Lei n.º 266/79, de 2 de agosto. Artigo 1.º É criada a Escola do Serviço de Saúde Militar (ESSM), que será um estabelecimento de ensino técnico-militar, funcionando na directa dependência do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA).

terça-feira, 29 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26742: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (9): Giselda Pessoa: foi o CTIG (1972/74) que a marcou para o resto da vida


Lisboa > Belém > Monumento aos Combatentes do Ultramar > 10 de junho de 2019 > A única camarada que encontrei, a Giselda Pessoa, enfermeira paraquedista, sempre jovial e sempre uma grande senhora, afável, sociável, camarada do seu camarada... Já mais para o fim encontrei o Miguel Pessoa... É um casal amoroso e separável  quer nos convívios da Tabanca do Centro quer nos Encontros Nacionais da Tabanca Grande (infelizmente interrompidos com a pandemia, a partir de 2020).


Foto(e legenda): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. A Giselda (Antunes, de solteira, Pessoa, de casada com o nosso Miguel) faz hoje anos: 78 (minguém lhos dá, é uma transmontana de rija têmpera) (*)... Foi, além disso, a primeira das antigas enfermeiras paraquedistas a  dar a cara no nosso blogue: integra a Tabanca Grande desde 20/2/2009... Merece hoje, seguramente, mais "tempo de anterna" (**).

Sobre a Giselda Antunes Pessoa sabemos o seguinte (***):

(i) nasceu em 29 de abril de 1947, na terra do grande poeta Miguel Torga  (1907-1985), São Martinho de Anta, Sabrosa, distrito de Vila Real ( de Sabrosa também é o grande navegador Fernão de Magalhães,1480-1521);

(ii) fez o curso de enfermagem na Escola de Enfermagem do Hospital de S. João, no Porto, em 1966 (e por lá continuou em 1968, como enfermeira, tendo sido logo colocada no Serviço de Urgência do S.João, "onde se trabalhava muito mas também se aprendia mais, e depressa");

(iii) tinha uma irmã, Antonieta,  que já era enfermeira paraquedista, que leh dava notícias de Áfruca;: fez o 7º curso de enfermeira paraquedista, na Base de Tancos,  entre agosto e outubro de 1970;

(iv) esteve uns meses em Lisboa, sendo depois colocada no Direção do Serviço de Saúde em Lourenço Marques; fazia evacuações daqui e da Beira; considera este tempo como tendo sido de férias;

(v) "deve dizer-se que em Lourenço Marques ainda se sentia menos a guerra do que em Lisboa e que este período não foi representativo para a minha formação militar, desgostando-me mesmo certos comportamentos que pude observar localmente, quer em alguma da população branca, quer em alguns militares mais acomodados a uma vida fácil e pouco arriscada" (***);

(vi)  a Guiné, sim, é que  a marcou para o resto da vida:  "... chegou evacuar na Guiné um ferido do PAIGC que falava francês e evacuou o piloto Miguel Pessoa, abatido por um míssil Strela. Depois casou com ele";

(vii) como gostamos de aqui dizer, a "Giselda e o Miguel são o casal mais 'strelado' do mundo";

(viii) a Guiné era o território preferido de muitas enfermeiras: guerra a sério foi na Guiné, uma escola também de "grande solidariedade", como recorda a Giselda (***): 

"Foi (...)  com alguma expectativa que no início de 1972 me mudei, "com armas e bagagens", para a província da Guiné. Aí, finalmente, respirava-se um ambiente muito mais operacional, onde a solidariedade e a camaradagem eram bem visíveis e o trabalho puxado nos fazia sentir mais realizadas.

O contacto diário com as tripulações, as deslocações aos aquartelamentos perdidos no meio do mato, a sensação de se fazer algo de útil por quem precisava, deixaram-me até hoje recordações que dificilmente desaparecerão.

Ao longo dos anos têm surgido, aqui e ali, manifestações de carinho por parte de militares que socorri num momento extremamente delicado da sua vida e que se recordam ainda da enfermeira que os acompanhou e tentou minorar o seu sofrimento. São situações como essas, assim como o convívio que tenho tentado manter com pessoal que passou pelo mesmo no território da Guiné - pára-quedistas, pilotos e pessoal Especialista da Força Aérea, militares do Exército e da Marinha - que me fazem pensar que valeram bem a pena os anos que dediquei à Força Aérea como enfermeira paraquedista".

Fonte: Adapt. também de Enfermeiras Pára-Quedistas: Boina Verde e dedicação. In: José Freire Antunes: A Guerra de África, 1961-1974, Vol II. Lisboa: Círculo de Leitores. 1995. 663-684.




In: "Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), pág. 431 (com a devida vénia).

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Notas do editor LG:


(*) Vd. poste de 29 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26740: Parabéns a você (2370): Giselda Pessoa, ex-Sargento Grad Enfermeira Paraquedista da BA 12 (Bissau, 1972/74)

quarta-feira, 26 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26618: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (8): Grande coragem, sangue frio, inteligência emocional, autocontrolo, empatia, serenidade, a da Rosa Exposto!..


As enfermeiras paraquedistas, da esquerda para a direita, Maria Rosa Exposto  (*) e Maria La Salette. Imagem obtida a partir de foto de grupo, da autoria de Fernando Miranda (trabalhou no Hospital da Força Aérea e tem o melhor álbum fotográfico sobre as enfermeiras paraquedistas). O Fernando Miranda é membro da União Portuguesa dos Paraquedistas (grupo público no Facebook, entretanto suspenso desde 16/1/2023). 


Edição do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2025), com a devida vénia..


 
1. Os riscos que corriam as nossas enfermeiras paraquedistas não eram poucos nem pequenos.  Riscos para a sua saúde e segurança no palco de guerra... Riscos físicos e psicológicos (e, em menor grau, químicos e biológicos, já que lidavam com sangue, derivados do sangue e produtos de primeiros socorros usados a bordo)...  Riscos não só por andarem de avião, de serem atingidas pelo fogo do IN ou de sofrerem um acidente em terra ou no ar, como sobretudo devido à  exposição a situações de grande stress, durante as evacuações de doentes e de feridos graves,  tendo que saber lidar com a vida e a morte, a dor e o sofrimento, a violência e o descontrolo emocional dos evacuados,  etc.

Este relato da Maria Exposto, transmontana de Bragança, ex-alf grad enf pqdt, do 4º Curso (1964), é bem revelador das situações mais insólitas e imprevistas que podiam ocorrer... Era preciso muita coragem, sangue frio, inteligência emocional, autocontrolo, empatia, serenidade ...

 Grande mulher e grande profissional, a Rosa Exposto,  que soube salvar uma vida ou mais do que uma... na situação a seguir descrita.

Este caso devia fazer parte da "casoteca" das nossas escolas que formam profissionais que têm de lidar com distúrbios emocionais, crises e outros conflitos podendo pôr a risco a vida do próprio e de terceiros: polícias, militares, bombeiros, médicos, enfermeiros, psicólogos, etc.

A situação descrita (um distúrbio emocional, ou "transtorno de ansiedade",   frequente e muitas vezes associado ao álcool nos quartéis do mato)  podia ter redundado em tragédia como aconteceu noutros sítios. É pena não podermos identificar o local e a subunidade. 

A Rosa  diz-nos apenas que foi "algures na Guiné",  e o quartel  (talvez provavelmente um destacamento) era tão pequeno que nem tinha um pista de aterragem para uma avioneta, nem talvez sequer um heliporto. (**)

No fim "tudo acabou em bem", mas ela confessa, com toda a humildade, que sentiu muito medo e suores frios quando se apercebeu do que estava em jogo... Um homem perturbado e com uma arma na mão é sempre imprevisível...



Fonte: Excerto de "IX. Os riscos que corríamos". In: "Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), pp.  302-302 (com a devida vénia).

(Seleção, digitalização, edição da foto, título do poste: LG)


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Notas do editor:

(*) Vd. postes de:

25 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26614: Desaparecido do nosso radar (3): Maria Rosa Exposto, ex-alf grad enfermeira paraquedista, do 4º curso (1964)... Tudo indica que tenha ficado, como enfermeira civil, na FAP.

15 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26392: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (2): O que é feito de ti, Maria Rosa Exposto ?... "Nunca vos esqueci nem esquecerei", escreveu ela em depoimento para o livro "Nós, Enfermeiras Paraquedistas", 2ª ed., 2014, pág. 403)

(**) Último poste série > 13 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26578: Nunca tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (7): Cristina Silva, ten grad enf pqdt, a única das 46 que foi ferida em combate

terça-feira, 25 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26614: Desaparecido do nosso radar (3): Maria Rosa Exposto, ex-alf grad enfermeira paraquedista, do 4º curso (1964)... Tudo indica que tenha ficado, como enfermeira civil, na FAP.



A  foto é do Fernando Miranda (trabalhou no Hospital da Força Aérea e tem o melhor álbum fotográfico sobre as enfermeiras paraquedistas). 11 de jnho de 2022: "Recorda: estas três camaradas e e colegas, da esquerda para a direita, enfermeiras paraquedistas Mariana Palma Gomes, Rosa Exposto e Maria La Salet. Grandes mulheres, grandes sorrisos. "

O Fernando Miranda é membro da União Portuguesa dos Paraquedistas (grupo público no Facebook, entretanto suspenso desde 16/1/2023)



Maria Rosa Exposta, transmontana de Bragança, ex-alf graduada enfermeira
 paraquedista, fez a primeira comissão no TO da Guiné, em 1966. 
Nasceu c. 1942.  E do 4º curso (1964).



1. Continuamos sem ter notícias da Rosa Exposta, uma das três Rosas das 46 enfermeiras paraquedistas. 

O que é feito da Maria Rosa Exposto ? Há tempos correu, por aí, pelos "mentideros" das redes sociais, a notícia da sua morte... O que nos deixou sobressaltados...  Mas pode ter isso outra Rosa, outra Exposto...

Mas nenhuma das suas antigas camaradas (a Rosa Serra, a Maria Arminda, a Giselda...) puderam confirmar ou infirmar essa infeliz notícia, que esperamos, de todo o coração, seja falsa. (*)

Infelizmente, não temos dados biográficos detalhados sobre a Rosa Exposto qu  bem gostaríamos de vê-la aqui, na Tabanca Grande. Não sabemos onde vive. (**)

Encontrámos no "Diário da República", II, Série, nº 168, de 24--7-1986, uma referência a Maria Rosa Exposto Olivença (este último o apelido do marido, o cap pqdt José Barata Olivença, já falecido),  promovida, por progressão na carreira, desde 1-1-1986, à categoria de enfermeira de grau 1, 3º escalão, do quadro geral do pessoal civil da Força Aérea...

Tudo indica que é ela, e que tenha ficado na FAP, sendo eventualmente Olivença o seu apelido de casada. É uma pista.

2. Taambém passou pela Guiné...
 


Fonte: Excerto de "Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), pág. 175.


3.   Não sabemos ao certo quantas das antigas 46 enfermeiras paraquedistas (formadas em Tancos, entre 1961 e 1974) já deixaram a Terra da Alegria. No livro supracitado, publicado em 2014 (pp. 438-439), eram já nove: 

  • Maria Celeste (Costa) (1973), 
  • Maria da Nazaré (1984),  
  • Maria Amélia (1992), 
  • Maria Soledade (2001), 
  • Delfina (2005), 
  • Maria Zulmira André (2010), 
  • Maria Piedade (2011), 
  • Manuela (2011), 
  • Amália (2012).   

A estas há que acrescentar mais os seguintes 2 nomes, coautoras do livro
  • Maria do Céu Pedro  (2022)
  • Maria Ivone Reis (2022) 
Ao todo, 11  em 46.

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