Lisboa > Cordoaria Nacional > 5 de março de 2017 > Exposição de fotografia de Alfredo Cunha > Algumas das célebres fotos do dia 25 de Abril de 1974. O autor doou a coleção à Fundação Mário Soares.Podem ser aqui visualizadas, no portal Casa Comum > Arquivos > Alfredo Cunha / Fotografias 25 de Abril... São um total de 75, com legendas do jornalista Adelino Gomes.
Lisboa > Cordoaria Nacional > 5 de março de 2017 > Exposição de fotografia de Alfredo Cunha > Um dos trabalhos mais recentes de Alfredo Cunha, na Guiné-Bissau (2013)
Lisboa > Cordoaria Nacional > 5 de março de 2017 > Exposição de fotografia de Alfredo Cunha > O fotógrafo é também um notável retratista: há retratos de múltiplas personalidades, de Salgueiro Maia a Spínola
TEMPO DEPOIS DO TEMPO
Fotografias de Alfredo Cunha 1970-2017
Data: de 3 mar a 25 abr/17
Horário: Terça a sexta, das 10h às 18h |
sábado e domingo, das 14h às 18h
1. A Galeria Torreão Nascente vai estar aberta, a título excecional, nos próximos dias 24 e 25 de Abril (segunda e terça-Feira) e encerrará no horário habitual. Entrada livre.
Alfredo Cunha é um dos maiores fotojornalistas da atualidade, foi o fotógrafo da nossa geração... Muitas das imagens que ele captou, vão ficar para a história da nossa terra. Foi ele que esteve, tal como Eduardo Gageiro, num momento único e irrepetível, da manhã de 25 de Abril de 1974, no Terreiro do Paço, quando o nosso camarada Salgueiro Maia enfrentou os tanques de Cavalaria 7 e um famigerado brigadeiro da "brigada do reumático", Junqueira Reis, que, histérico, gritou em vão aa um pobre 1º cabo apontador do M47, o José Alves Costa, para disparar sobre os revoltosos ... Recorde-se aqui, a propósito, o livro "Os Rapazes dos Tanques" (Porto Editora, 2014), de que são autores Alfredo Cunha (fotos) e Adelino Gomes (texto).
Ao longo de 47 anos, desde 1970, Alfredo Cunha (que tinha 20 anos no 25 de abril) não só fixou grandes momentos históricos (o 25 de abril, a descolonização, a queda do ditador romeno Nicolae Ceauşescu, na Roménia, a guerra no Iraque, etc.) mas como também o rosto de homens e de mulheres sem história, mas sem os quais nunca se fará a História com H grande. Por que são eles a humanidade, de Portugal à Guiné-Bissau.
É uma exposição a não perder: são cerca 5 centenas de fotografias, a preto e branco, que tem levado milhares de pessoas à Cordoaria Nacional.
Intitulada "Tempo depois do tempo. Fotografias de Alfredo Cunha 1970-2017", é uma grande retrospetiva (a primeira do fotógrafo, agora reformado, mas que em 2012 tornou-se fotojornalista freelancer, tendo participado no projeto comemorativo dos 30 anos da AMI - Assistência Médica Internacional “Três Décadas de Esperança”, que o levou a percorrer países como o Níger, a Roménia, o Bangladexe, a Índia, o Haiti, o Sri Lanka, a Guiné-Bissau e o Nepal).
Grande parte das fotografias expostas, em formato grande, são inéditas, sobretudo as do séc. XXI.
2. Recorde-se, em traços largos, o CV de Alfredo Cunha:
(i) nasceu em 1953, em Celorico de Basto, filho e neto de fotógrafos;
(ii) começou sua carreira profissional em fotografia publicitária, em 1970, e como fotojornalista no jornal "Notícias da Amadora" em 1971;
(iii) trabalhou no jornal "O Século" e n'O Século Ilustrado (1972), na ANOP - Agência Noticiosa Portuguesa (1977) e nas agências de notícias Notícias de Portugal (1982) e Lusa (1987);
(iv) foi fotógrafo e editor-chefe no Público entre 1989 e 1997;
(v) em 1997, ingressou no grupo Edipresse como fotógrafo-chefe;
(vi) em 2000, começou a trabalhar na revista Focus;
(vii) 3m 2002, colaborou com Ana Sousa Dias no programa “Por Outro Lado”, da RTP2;
(viii) foi o fotógrafo e editor-chefe do "Jornal de Notícias" entre 2003 e 2009 e diretor fotográfico da Global Imagens entre 2010 a 2012;
(ix) a partir de então passou a trabalhar como freelancer e está a desenvolver vários projetos editoriais;
(x) fotografou o 25 de Abril de 1974 em Portugal e, pouco depois, viajou por Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, S. Tomé, Timor-Leste e Cabo Verde, fotografando a descolonização portuguesa;
(xi) publicou diversos livros de de fotografia: Raízes da Nossa Força (1972), Vidas Alheias (1975), Disparos (1976), Naquele Tempo (1995), O Melhor Café (1996) Porto de Mar (1998), 77 Fotografias e um Retrato (1999), Cidade das Pontes (2001), Cuidado com as crianças (2003), Cortina dos Dias (2012), O Grande Incêndio do Chiado (2013) e Os Rapazes dos Tanques (2014).
______________
Nota do editor:
ÚLtimo poste da série> 10 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17230: Agenda cultural (553): Convite para sessão de apresentaação do livro "Exílios: testemunhos de exilados e desertores portugueses na Europa (1961-1974)". Lisboa, Museu do Aljube, 3ª feira, dia 11, às 18h00. Apresentação de Carlos Matos Gomes, e intervenções de 2 dos 21 autores. (Confirmar presença.para info@museudoaljube.pt)´roui