sábado, 14 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13287: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (27): Monte Real, 14 de junho: as primeiras fotos: parabéns, Francisco Silva, muita saúde e longa vida!


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > 14 de junho de 2014 > O Francisco Silva, ortopedista no Hospital Fernando da Fonseca, que operou rtecentemente o nosso editor Luís Graça bem o camarada Humberto Reis, tinha un segredo  bem guardado até à hora do almoço,,, Fazia anos, deixou a família em casa. deu um salto a Monte Real e voltou a casa, em Porto Salvo, Oeiras, para acabar o resto com a esposa, Elisabete, os filhos e os netos... Cantámos-lhe os "parabéns a você.. Da esquerda para a direita,. o  João Martins, o Humberto Reis, op Xico Alen, o Francico Silva e a Alice Carneiro.



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > 14 de junho de 2014 >  Noutra mesa, o Francisco Silva, ao meio, entre o Joaquim Mexia Alves (à esquerda) e o Carlos Vinhal (à direita).

As primeiras fotos do nosso convívio anual, que teve 145 presenças, um número superior ao ano passado (131), e que contou com muitas caras novas, com destaque com os camaradas da diáspora (EUA, França, Luxemburgo, Holanda).

Quanto ao nosso aniversariante, foi alf mil,  recorde-se que esteve no Xitole, ao tempo da CART 3942 / BART 3873 (1971/73), antes de ir comandar o Pel Caç Nat 51, Jumbembem, em meados de 1973, Depois de regressar à metrópole, fez o curso de medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. É madeirense.


Foto: © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados.

Guiné 63/74 - P13286: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (26): Maria Arminda e Zé Luís Vacas de Carvalho, dois camaradas que muito estimamos e que não poderão estar hoje connosco em Monte Real


Dois camaradas que vão pdoer estra connosco, hoje, em Monte Real;:

1. Maria Arminda Santos, 2/6/2013

Amigo Carlos Vinhal.

Mais um ano que não me é possível, por motivos familiares, partilhar convosco este aniversário da Tabanca Grande.

Desejo que o mesmo seja um êxito e um agradável convívio e reencontro de amigos.

Há situações que nem sempre posso conciliar e esta é uma delas.

Envio uma abraço em especial para o camarada Luis Graça e para si, esperando que entendam a minha não comparência.

Mª Arminda Santos

2. José Luís Vacas de Carvalho, 6/6/2014



Caro Luís:

Soube ontem que um dos meus netos vai fazer a 1ª Comunhão nesse sábado, a que não posso faltar.

Já tinha combinado com o Jorge Cabral irmos juntos, e agora também tenho que falar com ele.

Como podes calcular tenho muita pena de não poder estar com vocês. Não vão faltar oportunidades.
Peço-te que digas isto ao Mexia Alves.

Dá um abraço a todos.
Abraços
Zé Luis

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Nota do editor:

Último poste da série >  14 de junho de 2014  >  Guiné 63/74 - P13285: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (25): Reencontrando a nossa amiga Tucha... que se volta a inscrever este ano com o Manuel Santos Gonçalves... É caso para dizer que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande! (Luís Graça / Alice Carneiro)

Guiné 63/74 - P13285: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (25): Reencontrando a nossa amiga Tucha... que se volta a inscrever este ano com o Manuel Santos Gonçalves... É caso para dizer que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande! (Luís Graça / Alice Carneiro)



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço de convívio > Da esquerda para a direita, a Maria Alice Carneiro (esposa de Luís Graça) com a sua amiga Maria de Fátima (Tucha) e o companheiro desta, e nosso camarada e futuro tabanqueiro Manuel Santos Gonçalves. O casal vive em Carcavelos, Cascais. E volta a estar presente no encontro deste ano.

O nosso camarada Gonçalves, que foi alf mil em Aldeia Formosa, se não erro, acabou por não tratar dos" papéis" necessários à  "entronização" na Tabanca Grande... Mas será com muita alegria que eu e a Alice voltaremos estar com a Tucha e o Manel. 

Conhecemos a Tiucha, bela e jovem transmontana,  como professora do ensino básico do 1º ciclo, na Lourinhã, antes do 25 de abril... A vida deu, entretanto,  muitas voltas... E o blogue acabou por ser um ponto de reencontro entre nós... Mais uma vez é caso para dizer que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!

Foto: © Luís Graça (2013). Todos os direitos reservados.

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Nota do editor:

Último poste da série > 14 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13284: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (24): Se não houver azar nenhum, embora esteja muito em baixo, vou com o camarada João Martins a Monte Real, que curiosamente esteve em Gadamael Porto e Guileje (Mário Gaspar, autor de "O corredor da morte"]

Guiné 63/74 - P13284: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (24): Se não houver azar nenhum, embora esteja muito em baixo, vou com o camarada João Martins a Monte Real, que curiosamente esteve em Gadamael Porto e Guileje (Mário Gaspar, autor de "O corredor da morte"]



Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1969 > Foto do álbum do João Martins, nº 179/199 > Dois obuses 14 (ou peças 11.4 ?), prontos para a viagem até Guileje.  João Martins  foi alf mil art, BAC1, Bissum, Piche, Bedanda, Gadamael e Guileje, 1967/69. (*)

Foto: © João José Alves Martins (2012). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]



1. Mensagem de 3 do corcorrente, do Mário Gaspar:

Camaradas da Tabanca Grande:

Aparecem camaradas que pretendem comprar o livro. Recebi um convite para fazer mais uma apresentação,  para além das previstas na Associação Cultural e Social dos Seniores de Lisboa e na APOIAR - Associação de Apoio aos EX-Combatentes Vítimas do Stress de Guerra.

Se não houver azar nenhum, embora esteja muito em baixo, vou com o Camarada João José de Lima Alves Martins a Monte Real, que curiosamente esteve em Gadamael Porto e Guileje. (**)

Hoje enviou-me um mail um camarada que esteve também em
Gandembel, e foi a minha Companhia e a CCAÇ 1613
(onde tinha muitos amigos) que estiveram no terreno, fizemos 12 Colunas de Reabastecimento e Segurança - até tivemos um ferido grave - quando o Spínola se lembrou de montar o aquartelamento de Gandembel [, em abril de 16968].

Fiz muitas Operações já no final de Comissão. Os militares da minha Companhia foram uns mártires nas descargas dos barcos, tanto em material de de construção de Engenharia, Armamento, Géneros Alimentares e outros.

Cheguei a dar apoio depois de grande ataque a Guileje, no cruzamento de Guileje. No livro vem uma foto onde se pode ver as granadas e caixas que o PAIGC deixou.
  
Um grande abraço do Camarada

Mário Vitorino Gaspar

[ex-fur mil at art, minas e armadilhas, CART 1659, "Zorba", Gadamael e Ganturé, 1967/68]

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Notas do editor:

(*) Vd poste de 9 de junho de  2012 >  Guiné 63/74 - P10015: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte VIII: De passagem por Gadamael a caminho de Guileje.

(**) Último poste da série > 14 de junho de 2014 >  Guiné 63/74 - P13282: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (23): o meu desejo, e a minha certeza, de que hoje, em Monte Real, vai acontecer mais um grande dia de sã confraternização (Jorge Narciso, ex-1º cabo especialista MMA, Bissalanca, BA 12, 1968/69)

Guiné 63/74 - P13283: Memória dos lugares (286): Cachil, um inferno de pântanos e mosquitos... (Jorge Teixeira - Portojo, ex-fur mil, Pel Can S/R 2054, Catió, 1968/70)

1. Comentário do Jorge Teixeira (Portojo) ao poste P13188 (*)


Data: 28 de Maio de 2014 às 17:22
Assunto: [Luís Graça & Camaradas da Guiné] Novo comentário sobre Guiné 63/74 - P13188: Memória dos lugares (266): C....


Jorge Portojo deixou um novo comentário na sua mensagem "Guiné 63/74 - P13188: Memória dos lugares (266): C...":

Da 1620 era - ou foi - o Manuel Cibrão Guimarães. (Tabanca dos Melros) que ficou de me passar uma informação sobre o Cachil.

Nas minhas memórias, não sei se correta por causa da PDI, o Cachil foi abandonado entre Outubro e Dezembro.Tive lá,  desde Maio de 68 até ao final,  uma secção de canhões. Os rapazes nunca quiseram ser rendidos.

Que me lembre, nesse período a lancha vinha todos os dias a Catió. Ou quási. À água. O pão não me lembro se o levavam.

Cachil, c. 19634/65. Foto de José Colaço
Tanto quanto era constado, a companhia que lá se  encontrava não fazia mais nada a não ser a operação Água. Mas que poderiam fazer naquele inferno de pântanos e mosquitos, os grandes IN da rapaziada ?  Mas o Cibrão vai de certeza informar-me da vida que por lá viveram. Lembro que estou a recordar meados/fins de 1968. (**)

Jorge Portojo

(ex-Fur Mil do Pelotão de Canhões S/R 2054, Catió, 1968/70)

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Notas do editor:

(*) Vd poste de 24 de maio de 2014 >  Guiné 63/74 - P13188: Memória dos lugares (266): Cachil, o meu suplício de Sísifo durante 30 dias (Benito Neves, ex-fur mil, CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67)

(**) Último poste da série > 28 de maio de 2014 >  Guiné 63/74 - P13205: Memória dos lugares (267): Tomar, terra dos Templários e do Rio Nabão, onde nasceu o General Arnaldo Schulz em 6 de Abril de 1910 (Mário Beja Santos)

Guiné 63/74 - P13282: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (23): o meu desejo, e a minha certeza, de que hoje, em Monte Real, vai acontecer mais um grande dia de sã confraternização (Jorge Narciso, ex-1º cabo especialista MMA, Bissalanca, BA 12, 1968/69)

1. Mensagem do nosso camarada Jorge Narciso [ex-1.º Cabo Especialista MMA, Bissalanca, BA 12, 1968/69]


Data: 13 de Junho de 2014 às 23:08

Assunto:  Guiné 63/74 - P13279: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (21): Palace Hotel Monte Real, 14 de Junho, sábado: como chegar, programa das festas, contactos... Enfim, algumas dicas práticas... E boa viagem, camaradas e amigos!

Caro Luis

Ainda mantive uma secreta esperança de conseguir criar condições para hoje (completamente fora de prazo,  eu sei) ainda meter uma portuguesissima, eterna, "cunha", que me permitisse juntar às tropas nesse agradabilissimo "quartel" de Monte Real.

Sabes que,  para além de, reformado embora, continuar a trabalhar, tenho que dar alguma assistência à minha mãe e ao meu irmão (não é lamento,  é mera constatação) . Não foi no caso nenhum desses o óbice para que não o conseguisse. Desta vez foi a minha "Maria", que se chama de facto Elisabete, que, com todo o direito diga-se, reclama a minha presença devido a uma arreliadora indisposição que sei não vai estar debelada durante o fim de semana.

Enfim, ainda recorrendo à linguagem "tropista", como continuarão  a haver mais mais marés que marinheiros (e, digo eu, que infantes, artilheiros, cavaleiros e até aviadores) outros encontros nos reunirão.

Deixo-te  um abraço grande com o desejo/certeza de que mais um grande dia de sã confraternização vai acontecer.

Jorge Narciso  

Guiné 63/74 - P13281: Agenda cultural (324): José Ceitil, autor de "Dona Brerta de Bissau", vai estar na Feira do Livro em Lisboa, hoje, sábado, 14, às 17h, no stand da editora Âncora

Foto de José Ceitil.



Um dos livros do José Ceitil é a "Dona Berta de Bissau, editado em 2013.  A Dona Berta (1930-2012) foi uma fígura da sociedade guneense, antes e depois da independência. O livro do José Ceitil teve uma excelente aceitação.



1. Mensagem do José Ceitil, nosso leitor e amigo, com data de 11 do corrente
Assunto: Feira do livro em Lisboa

Amigos, no próximo Sábado, às 17 horas, vou estar na Feira do livro no stand da minha editora, Âncora, situado à esquerda de quem sobe!

Gostaria de os ver por lá.

José Ceitril

Título: Dona Berta de Bissau
Autor: José Ceitil
Editora:: Âncora
Local: Lisboa
Ano: 2013
Preço de capa: €16,00
Número de páginas: 200
Formato:  150 mm x 230 mm
Código: 6031
ISBN 978 972 780 374 3
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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P13280 IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (22): desejo a todos os camaradas tertulianos presentes em Monte Real uma óptima jornada de confraternização, esperando que novas histórias venham enriquecer o nosso blogue (Jorge Araújo, ex-fur mil op esp, CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/74)

1. Mensagem do Jorge Araújo [ex-Fur Mil Op Esp, CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/1974]

 Data: 12 de Junho de 2014 às 20:04

Assunto: Os meninos do Xime no  tempo da CART 3494

 Caríssimo Camarada Luís Graça

Os meus melhores cumprimentos.

Antes de mais, faço votos para que a recuperação esteja próxima da mobilidade plena, de modo a que se possa "passar à peluda" os elementos auxiliares - as muletas.

Seguidamente, aproveito esta oportunidade, a dois dias do IX Encontro Nacional da Tabanca Grande, para, por teu intermédio, desejar a todos os camaradas Tertulianos aí presentes uma óptima jornada de confraternização, esperando que outras histórias aí recordadas, possam ser transferidas para o papel, dando lugar a novas narrativas.

Este ano, porque a data escolhida coincidiu com um tempo difícil de gerir, com frequências no ensino superior a que se adicionam outros compromissos familiares relacionados com os festejos dos Santos Populares e aniversários, não me foi possível, de todo, estar presente fisicamente. Estarei convosco em pensamento.

Finalmente, e na sequência da minha participação, no passado sábado, no Encontro/convívio da CART 3494, realizado em São Pedro de Moel, alguns camaradas recordaram-me o texto publicado no blogue da Companhia acerca do tema "Meninos do Xime...", em particular o caso do José Carlos Mussá Biai, e da eventualidade de ele estar presente.

Contei-lhes o que fiz na ocasião, e do primeiro feedback que recebera do camarada Luís Graça por via da remessa da narrativa elaborada a esse propósito.

Agora que o assunto voltou a ser abordado, gostaria de saber algo mais, no sentido de puder esclarecer o colectivo da 3494.

Grato pela atenção, envio um forte abraço.

Um óptimo ENTG

Jorge Araújo.

2. Comentário de LG:

Jorge, obrigado pelo teu cuidado em relação à minha saúde (que está em boa recuperação, esperando em breve largar as muletas, na sequêncis da artroplastia total da anca que fiz no início de abril...). Apreciei também muito ox votos que fazes de que a nossa ornada de convívio, que hoje se vai realizar em Monte Real,  seja um verdadeiro encontro de camaradas e amigos, com valor acrescentado para a preservação e valorização da nossa memória comum como ex-combatentes na Guiné. Devo dizer-te que vou sentir a tua falta bem como a da tua simpática esposa, bem como  ausência de outros camaradas da CART 3494 que este ano não puderam vir, a começar pelo Sousa de Castro que é um histórico da nossa Tabanca Grande, o nº 2 de 659!

Sobre o assunto que abordas, os "meninos do Xime",  não vou ter tempo de te dar a  resposta que pretendes e que mereces, já que já estou em Leiria, onde vou ficar esta noite, de 13 para 14, a caminho do nosso encontro em Monte Real.  Mas posso dizer-te que o engº  José Carlos Mussá Biai não se inscreveu este ano, nem em anos anteriores., np nosso encontroi. Já me encontrei com ele, em Lisboa,  e às vezes falamos ao telefone. Espero, na próxima semana, poder voltar ao assunto. Um alfabravo fraterno. LG
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Nota do editor:

Último poste da série > 13 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13279: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (21): Palace Hotel Monte Real, 14 de Junho, sábado: como chegar, programa das festas, contactos... Enfim, algumas dicas práticas... E boa viagem, camaradas e amigos!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13279: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (21): Palace Hotel Monte Real, 14 de Junho, sábado: como chegar, programa das festas, contactos... Enfim, algumas dicas práticas... E boa viagem, camaradas e amigos!


1. Desde o nosso V Encontro Nacional, em 2010, que nos reunimos todos os anos no Palace Hotel Monte Real, mais conhecido como o Hotel das Termas Monte Real, uma vla histórica do concelho de Leiria, a 150 quilómetros de Lisboa e do Porto.

Temos sido tratados bem. Tornámo-nos clientes. O diretor geral do Resort é o Luís Mexia Alves,  filho do nosso camarada Joaquim Mexia Alves. E, como dizemos, na nossa Tabanca Grande, os filhos dos nosos camaradas nossos filhos são.  Por outro lado, há sempre algumas dezenas de camaradas e acompanhantes que ficam no  hotel, uma ou mais noites, beneficiando de um promoção especial que é feita aos camaradas da Guiné...

Este ano as termas ainda estão encerradas devido às cheias do inverno que provocaram, lamentavelmente, grandes estragos. A sua reabertura está para breve. O complexo termal ocupa um área de mais de 25 hectares e é um espaço fabuloso para encontros como o nosso, com infraestruturas adequadas e um enquadramento paisagístico maravilhoso.

RESORT TERMAL MONTE REAL - HOTEL, TERMAS & SPA
Rua de Leiria, Monte Real
LEIRIA 2425-039 PORTUGAL,
MONTE REAL
T. +351 244 618 900

2. LOCALIZAÇÃO

O Palace Hotel Monte Real situa-se em pleno coração de Monte Real, a escassos 15 quilómetros do centro da cidade de Leiria e bem próximo de outros locais de interesse turístico como Alcobaça, Batalha, Marinha Grande, Fátima, praias da Vieira, Pedrógão, São Pedro de Moel, Nazaré, Figueira da Foz, entre outras.

Vindo pela A1, deverás seguir a indicação A8 e posteriormente seguir a indicação A17 até à saída Monte Real, que se encontra a 2,5kms do Resort.

Se não quiseres pagar portagens "a bem da Nação", poderás optar pela EN109 seguindo as indicações de Monte Real até à localidade de Várzeas, onde encontrará identificação, através de sinalização vertical da direção de Monte Real (349).

Coordenadas de GPS: LAT +39° 51' 5.15';  LON -8° 52' 1.87';


3. Programa das festas

Cartaz da autoria de Miguel Pessoa

Encontro essencialmente para viver, conviver e recordar (mas também para celebrar os nossos 10 anos de existência enquanto blogue coletivo),  o IX Encontro Nacional da Tabanca Grande começa para alguns logo na 6ª feira ao fim da tarde e prolonga-se até domingo.

Referimo.nos aos felizardos que escolheram ficar no hotel a retemperar as forças. Para todos, incluindo os que chegam no sábado de manhã, vindos dos mais diversos pontos do país (e da diáspora), o programa é simples (*):

10.00 - Receção de boas vindas [, junto ao parque de estacionamento; os "velhinhos" recebem, de braços abertos, os "periquitos" (os que vêm pela primeira vez ao encontro da Tabanca Grande)].

11.30 - Missa na igreja matriz de Monte Real [, que fica em frente do portão de entrada do hotel; é celebrada pelo padre Patrício Oliveira,  vigário paroquial da Marinha Grande,  por intenção de todos os camaradas falecidos em campanha, ou depois do regresso a casa,  o último dos quais o António Rebelo (1950-2014) que estava inscrito neste encontro e  há 3 dias nos deixou,  vítima de morte súbita].

13.00 - Foto de família nas escadarias do terraço do hotel . Entradas, bebidas, etc. conforme ementa. (**) [Devido ao calor esperado em Monte Real, superior aos 30º, no sábado, os aperitivos deverão ser servidos no interior do hotel, com ar condicionado, e não no terraço, como é habitual].

14.00 - Almoço, conforme ementa. (**)

17.30/18.00 - Lanche, conforme ementa. (**)


Depois do almoço, os participantes ficarão em amena cavaqueira a "partilhar memórias e afetos". Numa sala contígua ao salão de almoço,  haverá um pequena sessão de promoção, venda e autógrafos do livro do nosso camarada Mário Gaspar, "O corredor da morte" (edição de autor, 2014). O nosso editor também fará, ali, a  distribuição de exemplares  do último livro do Nuno Rubim que teve a gentileza de os oferecer, a autografados, a 26 membros da nossa Tabanca Grande, uma grande parte deles presentes neste nosso  encontro.

4. Cartão de identificação


Todos os camaradas e acompanhantes inscritos devem ter recebido, em tempo útil, por parte do Miguel Pessoa, uma mensagem do seguinte:

Caro camarada

Para facilitar o reconhecimento mútuo dos participantes no IX Encontro Nacional, junto segue um ficheiro Powerpoint com os cartões de identificação que deverão ser usados no decorrer deste nosso Convívio, no próximo dia 14 de Junho.

Os cartões poderão ser impressos numa simples folha de papel branco A4, recortados e colocados num suporte plastificado (normalmente à venda nas papelarias e muitas vezes já disponíveis em casa, de eventos anteriores), preso à roupa com um clip, alfinete ou mola. O ficheiro Powerpoint permite-te ajustar o tamanho do cartão ao suporte que tiveres. Podes também alterar os nomes inscritos, se assim o pretenderes fazer.

Com um abraço, Miguel Pessoa 
 
Veja-se a imagem do cartão de um dos participantes


5. Mesas

Com 145 inscritos (chegámos aos 147, mas tivemos duas "baixas", uma delas por motivos trágicos, a morte súbita do nosso camarada António Rebelo), vamos precisar de 15 mesas. Cada mesa tem 10 lugares sentados.

Este ano, e até para variar e inovar, quisemos dar nomes de lugares (topónimos da Guiné) às mesas. Veja-se a lista abaixo publicada. No essencial,  queremos com este sistema facilitar o pagamento das inscrições. Haverá em cada mesa um voluntário para receber o valor da inscrição por cabeça (30 morteiradas...), canalizando depois o valor total (em princípio, 300 morteiradas, se a mesa estiver completa) para a comissão organizadora (neste caso, o Joaquim Mexia Alves)... Queremos que as continhas batam certo, como tem acontecido felizmente todos os anos...

Dar nome às mesas é também uma forma de homenagear algumas das principais povoações daquela terra verde e vermelha, a Guiné,  onde passámos dois anos da nossa juventude; a impressão dos 15 cartões para identificação das mesas foi uma gentileza da empresa Noprodigital, com sede em Odivelas, a que estão ligados o António Santos e respetiva família.

Os nomes escolhidos têm a ver com sedes de batalhões. 

Já chamámos anteriormente a atenção dos participantes para o facto de não haver lugares reservados, com exceção do António Santos que leva com ele toda a família, num total de 9 pessoas. >A  mesa dele  será a de Nova Lamego- Cada mesa tem 10 lugares, cada participante senta-se onde muito bem entender, com os seus acompanhantes (se os houver) e/ou com os camaradas que conheça melhor. OS "velhinhos" devem enquadrar os "periquitos" (os que vêm pela 1ª vez ao nosso encontro). É importante que todos se sintam "em casa".

Lista das 15 mesas

1. Bissau / Brá / Bissalanca / Cumeré

2. Fá Mandinga / Bambadinca

3. Bafatá / Galomaro

4. Nova Lamego

5. São Domingos / Ingoré / Bigene

6. Farim / Bissorã.

7. Bula

8. Teixeira Pinto / Pelundo

9. Mansoa / Mansabá

10. Tite

11. Buba / Aldeia Formosa

12. Bolama

13. Catió / Cadique

14. Cumbijã / Gadamael


15. Piche

6. Tabanca Grande

Todos os camaradas inscritos que não pertençam formalmente à Tabanca Grande, ficam automaticamente convidados a juntar-se à nossa "caserna" virtual... Já somos mais do que um batalhão: 659... E todos os meses há  5 ou 6 "caras novas". Precisamos de camaradas da Guiné que alimentem, com histórias, fotos e documentos, o nosso blogue que fez 10 anos em 23/4/2014... O preço é simbólico: 2 fotos (uma atual e outra do tempo da guerra) + uma breve apresentação ou uma história

E a propósito aqui ficam as 10 dez melhores frases ou slogans que nos definem, segundo uma votação recente dos nossos grã-trabanqueiros:


(i)  O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!

(ii) Não deixes que sejam os outros a contar a tua história por ti.

(iii) Tabanca Grande: onde todos cabemos com tudo o que nos une  e até com aquilo que nos separa. 

(iv) Ainda pior do que o inferno da guerra, é o inverno do esquecimento dos combatentes.

(v) Partilhamos memórias e afetos.

(vi) Para que os teus filhos e netos não digam, desprezando o teu sacrifício: " Guiné ? Guerra do Ultramar ? Guerra Colonial ? Não, nunca ouvi falar!"

(vii) Uma vez combatente, combatente para sempre! 

(viii) Camarada não tem que ser amigo: é o que dorme no mesmo buraco, na mesma cama, no mesmo abrigo

(ix) Os filhos dos nossos camaradas, nossos filhos são.

(x) Camarada e amigo... é camarigo!

7. A Comissão organizadora

Camaradas: sob pena de prejuízo financeiro para todos, não podemos aceitar desistências, a não ser em casos de força maior (doença súbita, etc.).

Contactos de urgência:

962 108 509 | J. Mexia Alves

916 032 220 | Carlos Vinhal

931 415 277 | Luís Graça


Comissão Organizadora:

Carlos Vinhal | Joaquim Mexia Alves ! Luís Graça | Miguel Pessoa.

joquim.alves@gmail.com

carlos.vinhal@gmail.com

luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com

Façam boa viagem! E... bom(s) encontro(s)!

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Guiné 63/74 - P13278: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (20): Perfil dos participantes (n=145): 84% são provenientes dos distritos do litoral (com destaque para Lisboa, Porto, Leiria, Aveiro, Setúbal e Coimbra); 8% vivem na diáspora lusitana (EUA, França, Holanda, Luxemburgo) (n=12); 2/3 são camaradas (n=95), 35% dos quais vêm acompanhados... Tivemos o 3º melhor resultado de sempre em termos do nº de participantes, num ano difícil para todos nós: 145!!!






Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)



Lista definitiva dos inscritos no IX Encontro Nacional da Tabanca Grande, reportada à data de 12/6/2014: 

Observ.:

 (i) Miguel e Giselda Pessoa são um casal, o único de camaradas;

(ii) o Júlio Abreu vem com o seu cunhado, Richard, que também foi combatente, paraquedista do BCP 12;

(iii) o Padre Patrício Oliveira é o  vigário paroquial da Marinha Grandel, que celebrará a missa das 11h30, na igreja matriz de Monte Real, por alma dos nossos camaradas que já nos deixaram;

(iv)  Recorde-se que qualquer desistência de última hora, motivada por razões de força maior, deve ser de imediato comunicada para o telem 931 415 277; esperemos que não haja (mais) nenhuma!

(v) Na lista a seguir há nomes com links, o que quer dizer quer são membros da Tabanca Grande, tendo por isso um ou mais marcadores ou referências no nosso blogue:


1. Agostinho Gaspar (Leiria)

2. Alcídio Marinho e Rosa (Porto)

3. Alexandre Coutinho e Lima (Lisboa)

4. Almiro Gonçalves & Amélia (Vieira de Leiria / Marinha Grande)

5. António Faneco & Tina (Montijo / Setúbal)

6. António Fernando Marques & Gina (Cascais)

7. António Garcez Costa (Lisboa)

8. António José Brito da Silva (Madalena / Vila Nova de Gaia)

9. António José Pereira da Costa & Isabel (Mem Martins / Sintra)

10. António Manuel Sucena Rodrigues, Rosa Pato, António  &Ana Brandão (4)  (Oliveira do Bairo)

11. António Maria Silva (Cacém / Sintra)

12. António Martins de Matos (Lisboa)

13. António Ribeiro +  Norberto (Amarante)

14. António Santos, Graciela, filhos & netos (9) (Caneças / Odivelas)

15. António  [Sousa] Bonito (Carapinheira / Montemor-o-Velho)

16. Arlindo Farinha (Almoster / Alvaiázere)

17. Armando Pires (Algés / Oeiras)

18. Arménio Santos (Lisboa)

19. Augusto Pacheco (Maia)

20. C. Martins (Penamacor)

21. Carlos Alberto Pinto & Maria Rosa (Reboleira / Amadora)

22. Carlos Coropos & Ricardina (Carcavelos / Cascais)

23. Carlos Vinhal & Dina Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos)

24. David Guimarães & Lígia (Espinho)

25. Delfim Rodrigues (Coimbra)

26. Diamantino Varrasquinho & Manuel (Ervidel / Aljustrel)

27. Eduardo Campos (Maia)

28. Eduardo Jorge Ferreira (Vimeiro / Lourinhã)

29. Eduardo Moutinho Santos (Porto)

30. Ernestino Caniço (Tomar)

31. Fernandino Leite (Maia)

32. Fernando Roque (Sesimbra)

33. Fernando Súcio (Campeã / Vila Real)

34. Francisco (Xico) Allen (Vila Nova de Gaia)

35. Francisco Baptista &  Fátima Anjos (Aldoar / Porto)

36. Francisco Palma (Estoril / Cascais)

37. Francisco Silva (Porto Salvo / Oeiras)

38. Hélder Sousa (Setúbal)

39. Humberto Reis &  Joana (Alfragide / Amadora)

40. Idálio Reis (Sete-Fontes / Cantanhede)

41. João [Alves] Martins (Lisboa)

42. João Moura (S. Martinho do Porto / Alcobaça)

43. Joaquim Almeida (Maia)

44. Joaquim [Carlos] Peixoto (Penafiel)

45. Joaquim Gomes Soares &  Maria Laura (Porto)

46. Joaquim Luís Fernandes (Maceira / Leiria)

47. Joaquim Mexia Alves, Catarina &  André  (3) (Monte Real / Leiria)

48. Joaquim [Nunes] Sequeira &  Mariete (Colares / Sintra)

49. Joaquim [da Silva] Jorge &  esposa (Ferrel / Peniche)

50. Joel Silva &  Branca (Lisboa)

51. Jorge Cabral (Lisboa)

52. Jorge Canhão & Maria de Lurdes (Oeiras)

53. Jorge [Loureiro] Pinto (Agualva / Sintra)

54. Jorge Pícado (Ílhavo)

55. Jorge Rosales (Monte Estoril / Cascais)

56. José Barros Rocha (Penafiel)

57. J[osé] Casimiro Carvalho (Maia)

58. José Louro (Algueirão / Sintra)

59. José Manuel Cancela &  Carminda (Penafiel)

60. José Manuel Lopes (Régua)

61. José Manuel Matos Dinis (Cascais)

62. José Nunes Francisco, esposa, filha, genro &  netos (6)  (Luxemburgo)

63. José Ramos Romão &  Emília (Alcobaça)

64. José Saúde (Beja)

65. Júlio [Costa] Abreu  +  Richard (Holanda)

66. Juvenal Amado (Fátima / Ourém)

67. Luís Graça & Alice Carneiro (Alfragide /Amadora)

68. Luís R. Moreira (Mem Martins / Sintra)

69. Manuel António (Maia)

70. Manuel [Augusto] Reis (Aveiro)

71. Manuel Joaquim (Agualva / Sintra)

72. Manuel Lima Santos &  Maria de Fátima (Viseu)

73. Manuel Luís Lomba (Faria / Barcelos)

74. Manuel Resende, Isaura & Palmira Serra (3) (Cascais)

75. Manuel Traquina &  Fátima (Abrantes)

76. Manuel da Conceição Neves &  Maria da Estrela (França)

77. Manuel dos Santos Gonçalves &  Maria de Fátima (Carcavelos / Cascais)

78. Mateus Mendes (Figueira da Foz)

79. Mateus Oliveira &  Florinda (Boston / EUA)

80. Miguel Pessoa & Giselda [Antunes] (Lisboa)

81. Mário Gaspar (Lisboa)

82. Padre Patrício Oliveira  (Monte Real / Leiria)

83. Raul Albino &  Rolina (Vila Nogueira de Azeitão / Setúbal)

84. Ricardo Figueiredo (Porto)

85. Rogé Guerreiro (Fontainhas / Cascais)

86. Rui Gouveia (Leiria)

87. Rui Pedro Silva (Lisboa)

88. Rui Silva &  Regina Teresa (Sta. Maria da Feira)

89. Simeão Ferreira (Guia / Monte Real / Leiria)

90. Vasco Ferreira (Vila Nova de Gaia)

91. Vasco da Gama (Buarcos / Figueira da Foz)

92. Virgínio Briote &  Irene (Lisboa)

93. Vítor Caseiro (Leiria)

94. Vítor Manuel Rocha Abreu (Lisboa)


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Guiné 63/74 - P13277: Notas de leitura (600): A africanização na guerra colonial: o caso da Guiné (Mário Beja santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 13 de Dezembro de 2013:

Queridos amigos,
O ensaio do autor de “Nó Cego” abrange o passado, o durante e as sequelas da africanização da guerra. Sobretudo para efeitos da pacificação, o exército colonial contava os efetivos das forças amigas; depois a administração colonial contava com os seus regulares nativos e com a eclosão da luta armada, no caso da Guiné, acelerou-se o princípio de que era possível constituir um exército, a lógica de Spínola não excluía um exército “nacional”. A forma como combateu, com heroísmo e tenacidade, resistindo a uma guerrilha motivada e cada vez melhor apetrechada em termos de armamento, lega a compreender o processo de eliminação que se instituiu, e que deixou marcas profundíssimas, nos dois campos, feridas que ninguém sabe sarar.

Um abraço do
Mário


A africanização na guerra colonial: 
O caso da Guiné 

Beja Santos

O volume intitula-se “As Guerras de Libertação e os Sonhos Coloniais – Alianças secretas, mapas imaginados”, Maria Paula Meneses e Bruno Sena Martins são os organizadores, o prefácio é de Boaventura de Sousa Santos, Edições Almedina e CES – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, 2013. Na versatilidade dos assuntos tratados, desde o Exercício Alcora até à questão dos retornados, Carlos de Matos Gomes escreve sobre a africanização da guerra, questão de todos conhecida mas ainda com muitos claros-escuros e por vezes sem associação aos casos precedentes na administração colonial. Sobre esse passado, recorda o autor: “Quanto aos aparelhos militares, existia uma tradição de participação de africanos no Exército Colonial português desde a segunda metade do século XIX, para apoiar a penetração no interior de África. O Exército Colonial português estava organizado em unidades de primeira linha, constituídas por contingentes expedicionários enviados de Lisboa e por deportados, e por tropas de segunda linha, com soldados recrutados localmente. Em tempo de conflitos, eram constituídas forças nativas sob o comando de chefes locais fiéis. Estas tropas são a longínqua origem das forças africanas”.

Começou cedo a africanização das forças portuguesas e muito antes do início da guerra colonial. Ao sabor das crescentes dificuldades financeiras e na perceção da exaustão de recursos humanos metropolitanos, que chegara em 1973 aos limites da sua capacidade, acelerou-se a africanização da guerra. O soldado africano era mais barato, adaptava-se melhor que o europeu ao terreno e em muitos casos revelou-se mais produtivo na recolha de informações.

A hierarquia política e militar portuguesa mostraram ceticismo neste processo de africanização, como escreve o autor: “Os setores mais conservadores viam nos africanos potenciais terroristas e, antes de qualquer outra coisa, opuseram-se ou procuraram limitá-lo. Os comandantes militares encararam o processo de africanização das Forças Armadas cada um segundo a sua perspetiva de emprego no respetivo teatro de operações.

Vejamos agora a Guiné e em que se distinguiu o seu modelo de africanização. Enquanto Angola e Moçambique tinham Grupos Especiais e Grupos Especiais de Paraquedistas, Flechas da PIDE/DGS e houve até recurso a catangueses e zambianos, as unidades especiais guineenses eram os fuzileiros e os comandos, unidades de milícia, pelotões e companhias de caçadores, com o governador Schulz foi-se pondo termo às polícias móveis e acelerou-se a formação de milícias e de caçadores nativos como tropas regulares. No vasto contexto das forças africanas, também na Guiné se registou uma grande afinidade entre tais tropas com a identificação política/ideológica com a missão proposta pelo regime de Salazar e Caetano: das milícias aos Comandos Africanos estava-se em guerra contra o intruso, o bandido, o inimigo da etnia, entre outras considerações.

Qual a lógica deste dispositivo? O autor responde “A partir das milícias de autodefesa, foi desenvolvido pelo Estado-maior do general Spínola o conceito de grupos de intervenção de milícias (companhias e pelotões), já não ligados meramente à autodefesa das tabancas mas operando como força étnica de intervenção, enquadrada pelo Comando Geral de Milícias, que dispunha de um centro de instrução próprio.
As Forças Armadas dispunham, como forças especiais, de um Batalhão de Comandos Africanos (Exército), com três Companhias de Comandos, e de dois Destacamentos de Fuzileiros Especiais Africanos (Armada)”.

A africanização da guerra andou também a reboque de projetos políticos distintos, Spínola procurou criar um exército africano “nacional”, estruturado em companhias agrupadas em batalhões, e o autor observa: “A africanização da guerra na Guiné estava ao serviço do projeto político de Spínola de uma comunidade de países e de uma federação de Estados”.

Após a independência, os governantes procuraram desmantelar as unidades militares africanas que os combateram e a seguir eliminá-los. Carlos de Matos Gomes escreve: “A Guiné foi, dos três territórios, aquele em que o contexto se apresentava mais favorável aos vencedores, com o PAIGC vitorioso do ponto de vista militar, e portanto pouco aberto a negociações e compromissos. As forças portuguesas, após uma longa guerra travada em difíceis condições, queriam retirar rapidamente. Mas a Guiné era também o território onde as tropas especiais africanas mais haviam evoluído, a ponto de se constituírem um verdadeiro exército, com grande experiência de combate, representando uma verdadeira ameaça para o novo regime. Consequentemente, este foi impiedoso, localizando, prendendo e executando sumariamente a maior parte dos seus efetivos”.

E em que termos é possível ponderar a relação entre estes efetivos africanos e as forças de guerrilheiros? É esta a última questão vibrante do ensaio de Carlos de Matos Gomes. Os militares africanos na Guiné estariam em clara vantagem relativamente às forças dos guerrilheiros, teriam, pelo menos o dobro dos efetivos. E não há que negá-lo. Em termos de quantidade e até em qualidade (organização, treino, enquadramento, equipamento) eram manifestamente superiores e podiam, no plano puramente militar, ter negado a vitória aos guerrilheiros.

Só que a guerra é antes de mais uma questão política, e o autor tira as suas elações: “O resultado desta guerra é a demonstração eloquente de não haver lugar a vitórias militares na guerra. O resultado da Guerra Colonial portuguesa foi determinado pelas condições políticas em que ela foi travada. Condições políticas internas e externas. Internamente, a guerra tornara-se um fardo insuportável para sectores cada vez mais alargados e mais importantes da sociedade, que se conjugaram nos quadros intermédios das forças armadas, proporcionando-lhe o ambiente e as condições para derrubarem o governo que defendia o colonialismo através dela. Internacionalmente, o colonialismo era, no pós-II Guerra Mundial, uma situação política insustentável. Um continente derrotado e devastado, como era a Europa do pós-guerra, não podia manter colonias contra a vontade e os interesses das potências vencedoras, que apoiaram ativamente a emergência de líderes locais para substituírem os poderes coloniais, na convicção de que aqueles seriam mais fáceis de controlar e de, através deles, obterem maior controlo das riquezas (o que se veio a verificar) ou de ganharem vantagens estratégicas (caso da ex-URSS). Neste contexto, o colonialismo português era duplamente anacrónico”.
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Nota do editor

Último poste da série de 9 DE JUNHO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13261: Notas de leitura (599): Relendo um dos escritores obrigatórios da década de 1960: Álvaro Guerra e a Guiné (Mário Beja Santos)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13276: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (19): Divagando sobre IX Encontro Nacional, Noite de petisco, Cabrito assado no forno (José Saúde)



1. O nosso Camarada José Saúde, ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523 (Nova Lamego, Gabu) - 1973/74, enviou-nos a seguinte mensagem.


Camaradas,

Divagando sobre IX Encontro Nacional do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, em Monte Real, sábado, 14, trago à estampa um texto do meu livro - GUINÉ-BISSAU AS MINHAS MEMÓRIAS DE GABU 1973/74 – onde relato uma noitada, em Gabu, à volta de um cabrito assado que fez as delícias da malta. Espero, melhor, esperamos que este nosso convívio do próximo sábado seja simplesmente uma aureola de enorme amizade, como tem sido, é e será habitual, entre camaradas que partilharam os conteúdos de uma guerra em território da Guiné que não deu tréguas.

Noite de petisco

Cabrito assado no forno 

Estava divinal! O jovem animal foi comprado na tabanca e não recordo quantos pesos terá custado. O banquete teve lugar na cantina dos soldados e assado no forno com o saber do mestre padeiro da unidade. O rapaz nunca se refutou a pedidos desta estirpe. Estava sempre disponível! A sua presença no repasto assumia-se como imprescindível e o seu trabalho reconhecido.

Uma mesa comprida, bancos alongados, uns sentados, outros em pé e com a inevitável presença das velhas sagres, a rapaziada comeu e bebeu que se fartou registando-se cenas hilariantes durante o beberete. O Santos, com um sorriso fechado, assemelhava-se a um emigrante desconhecido que parecia não entender o motivo da festança. O seu pensamento levava-o, talvez, a meditar num levantamento de uma mina anticarro que poderia, eventualmente, ser o seu próximo destino. O Rui, vagomestre da Companhia, mostrava os seus dotes de comediante. O ranger Rui, ao meu lado, desfazia-se com as brincadeiras. O Godinho, em frente, ria que nem um doido. Eu, já toldado, apontava a cara do homem de Coimbra e ele presenteava-me com caretas que faziam rir todo o grupo em período de dar ao dente.

A noite de petisco - cabrito no forno com batatas - foi francamente regada. Uma ideia que conheceu outros capítulos. A guerra naquela noitada foi outra: comida e bebida que chegou, e sobrou, e regalou os jovens combatentes.

Confesso que aquele pessoal da cantina dos soldados era formidável. Um pedido nosso – furriéis – era logo timbrado com um profundo SIM. 

Ao sair da guerra do comestível, e já um pouco desequilibrado com excesso de álcool, cai num buraco feito à entrada da cantina que, não obstante o seu aviso de alerta, me deixou sequelas numa perna.

Aquilo a que chamávamos buraco era um abrigo feito propositadamente por antigos camaradas que se abrigavam dos ataques noturnos do IN. Um símbolo que a rapaziada fazia jus em preservar. O local era conhecido, mas naquela noite surpreendeu-me. Fui arrastado pelo devaneio de umas cervejas a mais e um inoportuno ziguezaguear que me levou a calcorrear por um trilho sobejamente referenciado mas atempadamente esquecido.

Sobrou a maravilhosa noite de convívio de homens que viviam, no fundo, em pleno palco de guerra!

Um abraço, camaradas 
José Saúde
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523
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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:


Guiné 63/74 - P13275: (In)citações (66): Sobre o 10 de Junho, Dia da Raça (José Manuel Matos Dinis)

1. Mensagem do nosso camarada José Manuel Matos Dinis (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71), com data de 11 de Junho de 2014:


Sobre o 10 de Junho, dia da Raça

Comemora-se hoje o dia da raça. Durante o período colonial, designadamente durante a guerra de África, a RTP dedicava importante espaço de emissão à grande sala de cerimónias no Terreiro do Paço, onde as tropas formavam, onde se juntavam deficientes e familiares de falecidos durante a missão africana, e alguns combatentes que eram publicamente homenageados (todas as nações elegem os seus heróis), e apresentados como exemplos a seguir. Havia, claro, um período para discursos, que continham mensagens de patriotismo e devoção nacional, como símbolo do sentido militar. Lembro que o juramento de bandeira, abrangia a dádiva da vida pela defesa nacional. Era grande o sentimento de comunhão e solenidade entre civis e militares. Se os milicianos juravam a defesa da nação até às últimas consequências, os militares profissionais, por maioria de razão e opção de vida, também o faziam. Aliás, entroncava nessa vertente o chamado estatuto militar, que contemplava a especial condição de contagem de tempo para reforma, e a excepcional melhoria de vencimento enquanto deslocados em África, entre outras situações distintivas da condição militar.

Hoje recordei a clivagem gerada pelo MFA. Aquele movimento veio justificar o golpe que levou a cabo, pela conclusão de que a guerra só poderia ter uma solução política. Tal conclusão, por parte dos profissionais militares que, em princípio, estariam de posse dos elementos conclusivos naquela direcção, deveria ter dado sinais claros dessa preocupação, depois de o tentarem pela via hierárquica, fazendo chegar ao Governo relatórios suficientemente estruturados, e demonstrativos das novas razões que se impunha ponderar. Estas coisas não acontecem com a facilidade de premir o interruptor, pelo que deviam estar preparados para um período de debate governativo, depois de estabelecidos canais de comunicação adequados, e que garantissem o necessário segredo sobre as "démarches". A união em torno de argumentos sérios e inequívocos, daria aos capitães a garantia de não haver vítimas disciplinares, ou outras que se mostrassem ostensivas.

Tudo parecia correr com "normalidade": os profissionais eram mobilizados com parcial regularidade para comissões no ultramar. Alguns integravam unidades de combate. Os restantes exerciam as suas actividades, em princípio, a recato dos perigos da guerra e chegavam a fazer-se acompanhar pelas famílias. Daqueles que integravam, como comandantes ou sub-comandantes, as unidades de combate, alguns assumiam o risco, outros refugiavam-se nas sedes das unidades, e renunciavam às suas obrigações de líderes de combatentes. Esta situação era conhecida e tolerada. Os comandantes de unidades de combate que se refugiavam de riscos, nem sequer eram instigados a mudar de atitude. Nessa medida poderiam influenciar a maior ou menor eficácia dos seus comandados que, em geral, ficavam sob a tutela dos jovens milicianos comandantes de pelotões, que praticavam e intuíam a guerra conforme as suas experiências e capacidades. Este, poderemos considerar um primeiro paradoxo.

O livro do General Spínola, "Portugal e o Futuro", desencadeou uma espécie de debate público entre apoiantes e oponentes do Governo. Mas, se o livro propunha uma solução política que não contemplava a independência do ultramar, e limitava implicitamente as negociações com os movimentos de libertação, parece ter inspirado definitivamente as insondáveis angústias dos militares, que viriam a desencadear o golpe, sem que tivessem acautelado alguma responsabilidade perante a nação, tendo em conta que os seus argumentos poderiam ser óbvios na defesa do interesse nacional. Em vez de um golpe, poderiam ter tido a força para, ponderada e decisivamente, ajudar o país a descobrir novos rumos políticos e estratégicos, que garantissem uma regular passagem de uma situação a outra, incluindo qualquer das formas de autodeterminação. Ora, o que aconteceu, nos termos em que aconteceu, de abandono acelerado de territórios e gentes, pode exprimir novo paradoxo.

Entretanto, já havia mostras de vontade negocial por parte dos movimentos, nomeadamente, na Guiné e em Moçambique, que envolviam nações do grupo dos afro-asiáticos como o Senegal, o Malawi e a Zâmbia, para além de outras nações ocidentais. Em Angola, vivia-se um clima de grande tranquilidade, com a guerra praticamente em banho-maria. Mas Angola era um caso especial de progresso e desenvolvimento económico e social, onde todos poderiam ser integrados na vida profissional, e havia estruturas que, se não fossem exemplares, davam mostras claras de um estado organizado. Em todas as parcelas podemos dizer, que os movimentos não tinham apoio regular das populações, o que contrariava um dos princípios fundamentais da guerrilha, pelo que não eram representativos de nenhuma parte específica de cada uma das chamadas "províncias", além de lhes faltar homogeneidade ideológica. Outro paradoxo.

Esta situação ilustra que a guerra era alimentada do exterior por países satélites de interesses ou ideologias (USA, URSS e China). Na Guiné, o PAIGC não tinha identidade ideológica com o Senegal, pelo contrário, conflituavam frequentemente. Em Moçambique também a Frelimo não mantinha identidade com os países vizinhos, apesar da guarida dispensada por dois de entre seis, embora reflectisse algum perigo político-económico relativamente a alguns deles.

Desencadeado o golpe veio a verificar-se, porém, que nenhuma das razões apontadas como justificativas, correspondia a um espírito de grupo coeso e identificado com o Programa. Na verdade, logo aconteceram as diatribes provocadas por inúmeras diferenças de objectivos e comportamentos, entretanto influenciados pela política, tornando clara a impreparação de um golpe que se pretendia representativo do sentir das Forças Armadas. A desorientação espelhou-se na procura de civis mais ou menos credenciados, com oportunismos à mistura, no sentido de oferecerem alguma espécie de garantia e desapego do poder, tanto interna, como internacionalmente. O que atrapalhava esse objectivo, era a constante confrontação e definição de grupos de pressão. Disso viria a reflectir-se a sucessão de asneiras sobre o ultramar. Inventou-se a "descolonização exemplar", que não foi além da entrega ostensiva, imoral, incompetente e criminosa, dos destinos das colónias aos movimentos que, além de não serem representativos, não eram manifestamente capazes de assegurar o normal funcionamento das nações onde passaram a governar, porque o MFA e os políticos cooptados, todos sem legitimidade democrática, em nome de uma pretensa superioridade moral e democracia de satisfação a interesses externos, capitulavam surpreendentemente nas negociações com os movimentos, e com isso condenaram todos os que, pretos, mulatos ou brancos que se acolhiam sob a cultura, bandeira e nacionalidade portuguesa, a situações vexatórias de violação dos direitos mais sagrados, ao arrepio de uma tutela internacional consagrada na Carta da Nações Unidas, e fica manchado como atitude de desprezo dos militares pelas obrigações que juraram assumir, o que constitui outro paradoxo.

O Programa do MFA, segundo um contemporâneo, foi redigido em termos de congregar as vontades que ainda se encontrassem dispersas, de obter a adesão de todas as correntes políticas e, mesmo, a contemporização das camadas conservadoras da sociedade portuguesa, o que constituía evidente ardil e novo paradoxo. Muitos portugueses optaram pela comemoração emotiva do evento, sem que o tivessem apreciado na essência, e priveligiaram exuberantemente a exultação da contradição com o regime autoritário deposto. Deram gestação ao Estado liberal (travestido de socialista, que ia do CDS à UDP), incongruente e deficitário que persiste.

Último paradoxo: toda a gente sabe, e está consignado na lei, que qualquer individuo com ligações laborais fica vinculado a princípios de lealdade e disciplina, pelo que no caso dos aderentes ao MFA, empregados do Estado, tendo em vista a desgraça de consequências daquele acto colectivo, só por terem sido rebeldes vencedores, é que não respondem pelas indignas consequências do que levaram a cabo, assim como, também se evidencia a cumplicidade nas relações entre políticos (poder constituído) e militares, prova provada, do atraso social da comunidade onde ocorreram as situações descritas, numa comunhão e protecção de interesses semelhante à que perdurava durante o regime derrubado.
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Nota do editor

Último poste da série de 30 DE MAIO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13212: (In)citações (65): Salvemos o elefante africano que 40 anos depois do fim guerra volta a percorrer o corredor de migração de Gandembel, Balana, Cumbijã e Colibuía na época das chuvas!

Guiné 63/74 - P13274: Artistas de variedades no mato (3): Cachil, ao tempo da CCAÇ 557 (1963/65): a prata da casa, para levantar o moral ao pessoal... (José Colaço)


Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (,Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > Foto nº 24  > Junho de 1964: secção de milícias adida à CCAÇ  557, executando um batuque



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (,Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > Foto nº 23 >  Junho de 1964: o grupo de teatro que veio de Catió



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (,Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65)  > Foto nº 16 > A LDM 300, encalhado em terra, à espera da maré-cheia. Fotos do álbum do José Colaço (ex-Soldado Trms da CCAÇ 557, Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65).

Fotos (e legendas): © José Colaço (2014). Todos os direitos reservados.


1. Mensagem, de 5 do corrente,  do nosso camarada José Colaço, respondendo a desafio dos nossos editores (*)

Camaradas: Quem se tembra de espetáculo de variedades no mato ? E com que artistas ? E em que épocas ? Podiam ser iniciativas do Programa das Forças Armadas ou o Movimento Nacional Feminino... Se sim, mandem histórias e fotos... Obrigado. Luís Graça


Caro amigo Luís Graça:

Podia ser  copy & paste do poste do Gabriel Gonçalves, já que muitos  espectáculos de variedades no mato durante os treze anos da guerra da Guiné terão sido feitos... com a "prata da casa" (*)

Quanto à questão que pões), lembro-me que no tempo do BCAÇ 2852 (ambadinca, 1968/70), os espectáculos eram feitos com a prata da casa, [Gabriel Gonçalves].

Recuando no tempo... Vivia-se o ano de 1964,  princípio do mês de Junho no quartel do Cachil . que aqui alguém baptizou como quartel do fim do mundo. O moral dos militares portugueses estava de facto a bater no fundo. Para os católicos praticantes o comando de Catió emanou uma ordem para o capelão da unidade quando possível dar a missa no Cachil e fazer uma homilia  de conforto.

Mas havia os católicos não praticantes, nos quais me incluo... Então o comando de Catió resolve enviar um grupo de artistas militares de teatro de Catió para darem um espectáculo no Cachil. Monta-se o palco, a plateia tudo genuíno como podem ver pelas fotos em anexo. Estas é que de genuíno não têm quase nada, estão fartas de serem clonadas de imagens que  passaram que de CD a DVD e de DVD a fotos.

Agora o espectáculo: como tínhamos na companhia uma secção de milícias,  eles abriram o espectáculo com uma dança de batuque. A seguir, vieram os artistas de teatro de Catió com a representação de uma  peça de teatro que, passados 49 anos, não consigo recordar o nome.

Como de noite não havia meio fluvial de transporte para Catió,  passou a haver mais uns quantos que,   puderam contar aos filhos e netos que também frequentaram e gozaram, embora só por uma noite,  as  suites do Cachil  (Ilha do Como).

Um abraço.

Colaço.

PS - Como sempre, se te parecer que tem sumo para publicar após as devidas correcções, utiliza.

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Nota do editor:

(*) Postes anteriores da série > 

4 dce junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13235: Artistas de variedades no mato (1): Rui Mascarenhas... em Bafatá, anunciado para o dia 27/2/1973... Ou uma história com moral: voluntário na tropa nem para comer... (António Santos, ex-sold trms, Pel Mort 4574/72, Nova Lamego, 1972/74)