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domingo, 8 de junho de 2025

Guiné 61/74 - P26899: Recordações de um furriel miliciano amanuense (Chefia dos Serviços de Intendência, QG/CTIG, Bissau, 1973/74) (Carlos Filipe Gonçalves, Mindelo) Parte VIII: quando cheguei a São Vicente, de férias, em outubro de 1973, fiquei encabulado, não sabia praticamemte nada sobre a proclamação unilateral da independência pelo PAIGC


Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > 1969 : Festa de Carnaval no Grémio... O Carlos Filipe Gonçalves é o nº 5...A maior parte do grupo está identificado: 1=Cajuca Feijó; 2=Herberto Martins; 3=Lena Melo; 4= Nini Tristão; 6= Ana Paula Ribeiro Freire; 7=Vanda Mesquitela Fonseca; 8=Fatu Grais; 9= Vicente Chantre; 10= Luís Guimarães Santos; 11= Zinha Pinto; 12= Ana Isabel Chantre Ramos; 13= Teté Bonucci Pias; 14=Filinto Martins. Fonte: Facebook do Carlos Filipe Gonçalves. Foto de Luisa Vidigal (20 de julho de 2017)

Em data anterior, encontrei a mesma foto, com pequenas alterações de legendagem, da autoria do Carlos Filipe Gonçaves: 28 de fevereiro de 2011. Legenda: Conjuntp West-Side, Carnaval 1969 no Grémio, MIndelo, SV, CV". 15=Henrique Sousa ("Nandim"); 16= Juliana; 17= Flintão; 4?Magui Curado... Os músicos do Conjunto West Side são: 1, 2, 5, 15.

Curiosamente, há um comentário sob a forma de pergunta,em crioulo,  que não deixa de ser pertinente: "Esse era naquel tempe que Greme era de "Gente Bronque"? (Traduzindo: Isso era naquele tempo em que o Grémio era da "gente branca",  ou seja elitista, crioula e colonial ) (Elisa Andrade, uma mindelense que vive em Paris).

Deve tratar-se do Grémio Recreativo Mindelense...

Segundo o assistente de IA da Gemini / Google, "o Grémio Recreativo Mindelense tem uma história muito significativa no Mindelo, São Vicente, e é uma entidade distinta, embora por vezes se possa confundir a sua história com a do Clube Sportivo Mindelense (que é o famoso clube de futebol).

É crucial clarificar que existe o Clube Sportivo Mindelense (CS Mindelense), fundado em 8 de outubro de 1919, que é um dos clubes de futebol mais antigos e mais vitoriosos de Cabo Verde e da África Ocidental. É este o clube conhecido pelos seus inúmeros títulos regionais e nacionais e pela sua grande massa adepta.

No entanto, as pesquisas indicam claramente a existência de um Grémio Recreativo de Mindelo, que parece ser uma entidade separada e com um foco mais amplo que o desporto.

Aqui estão os pontos principais sobre a história do Grémio Recreativo de Mindelo:

  1. Natureza e Finalidade: ao contrário dos clubes desportivos que se focam principalmente no futebol, o Grémio Recreativo de Mindelo era uma associação de caráter social e recreativo;  p seu objetivo era proporcionar um espaço de convívio, lazer e entretenimento para os seus membros.

  2. Exclusividade e Elite: era considerado um "bastião da presença colonial" e um local de encontro da alta sociedade mindelense, da elite local;  a admissão de membros era rigidamente controlada;  era frequentado por "gente brónke" (termo que, em Cabo Verde, não se referia necessariamente à cor da pele, mas à posição social e económica da elite, por vezes associada a uma certa "portugalidade").

  3. Localização e Importância: a sede do Grémio Recreativo de Mindelo localizava-se em frente à Praça Nova ( hoje, Praça Amílcar Cabral, no centro histórico do Mindelo), o que demonstra a sua centralidade e importância na vida social da cidade; era um local onde os membros se reuniam para conversar e se divertir.

  4. Papel Cultural e Político (Rádio Barlavento):

    • Um dos aspetos mais marcantes da história do Grémio Recreativo de Mindelo é a sua propriedade sobre a Rádio Barlavento.; esta rádio, instalada nas instalações do Grémio, era um veículo de comunicação crucial para a elite mindelense e teve um papel ativo de oposição à independência imediata de Cabo Verde e à unidade com a Guiné-Bissau ( e , portanto, ao PAIGC).
    • A sua importância foi tal que, em 9 de dezembro de 1974, às vésperas da independência, a Rádio Barlavento foi tomada por um comando do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC); este evento simbólico marcou a transição de poder e a queda do que era visto como o "establishment colonial"; a Rádio Barlavento deu depois lugar à Rádio Voz de São Vicente e, mais tarde, à Rádio Nacional de Cabo Verde (RNCV).
  5. Atividades Recreativas e Culturais:

    • O Grémio era palco de bailes, serenatas e outras atividades sociais; artistas locais atuavam nas suas instalações;  por exemplo, há relatos de músicos como Faia Torres (Rafael Augusto Torres) a tocar com o seu grupo no Grémio Recreativo do Mindelo nos anos 60.
    • Este espaço permitia o convívio e a manutenção de certas tradições culturais e sociais da elite mindelense.

Em resumo, o Grémio Recreativo de Mindelo não era um clube desportivo como o CS Mindelense, mas sim uma importante associação social e recreativa da elite mindelense, que teve um papel cultural relevante e uma significativa implicação política no período pré-independência de Cabo Verde, nomeadamente através da Rádio Barlavento. O seu declínio e a tomada da rádio marcaram o fim de uma era para esta associação."



Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > 1969 > O Conjunto West Side no histórico Cinema Eden Park... O Calu, o nosso Carlos Filipe, é o terceiro, a contar da esquerda, de óculos: tocava percussão.


1. Continuação da publicação da série do nosso camarada Carlos Filipe Gonçalves (*),disponíveis na sua pãgina do Facebook e na nossa página da Tabanca Grande:

Mais uns extratos de "Recordações de um Furriel Miliciano na Guiné 1973/74": são mesmo «pequeníssimos» como indicam a numerosas reticências entre aspas. Isso porque deixo para a edição do livro muitas descrições pormenorizadas e documentadas. Aliás, já estou quase no final da publicação destes extratos das minhas memórias. 



O "senhor rádio", o Carlos Filipe Gonçalves (Kalu Nhô Roque (como consta na sua página no facebook):

(i) nasceu em 1950, no Mindelo, ilha de São Vicente, Cabo Verde;

(ii) foi fur mil amanuense, QG/CTIG, Bissau, 1973/74;


(iii) ficou em Bissau até 1975;


(iv) músico, radialista, jornalista, historiógrafo da música da sua terra, escritor, vive na Praia;


(v) membro da nossa Tabanca Grande desde 14 de maio de 2019, nº 790;


(vi) tem 26 referências no nosso blogue.(*)


Recordações de um furriel miliciano amanuense (Chefia dos Serviços de Intendência, QG/CTIG, Bissau, 1973/74) (Carlos Filipe Gonçalves, Mindelo)

Parte VIII: quando cheguei a São Vicente, de férias, em outubro de 1973, fiquei encabulado,  não sabia praticamemte nada sobre a proclamação unilateral da independência pelo PAIGC


Naqueles anos de 1973 e inícios de 74, Bissau é uma cidade cheia de festas e bailes, apesar da guerra, no entanto, muito poucos da tropa portuguesa têm acesso a esses convívios privados! 

Geralmente são festas de gente com estudos, quadros, funcionários guineenses e cabo-verdianos que trabalham na administração pública (alfandega, banco, casas comerciais, empresas, etc.). 


Muitos oficiais e sargentos, frequentam a única e famosa boîte de Bissau, o “Chez Toi” com música ao vivo e «brancas» vindas da metrópole… que fazem striptease e outras coisas… para fazer a malta esquecer a guerra…, minimizar o ambiente de horror… (…) 

Os soldados divertem-se em jantaradas e cervejadas nos restaurantes e bares que pululam pela cidade, conversam depois da bica nos cafés, deambulam depois pelas ruas… ou, vão ao famoso bairro infestado pela prostituição que é o Cupelon. 

Aqui, surgem rixas e pancadaria frequente, há tiros, e… de vez em quando, depois de uma discussão qualquer… alguém lança uma granada…. Bum! Salve-se quem puder! 

Porque, em Bissau todo o mundo anda armado, para além disso, muitos militares estão psicologicamente afectados, são os marados, os apanhados pelo clima, ou pelo cacimbo, não estão no seu perfeito juízo! Logo, provocam zaragatas por tudo e por nada, têm reacções violentas, praticam actos irreflectidos. (…)

Como disse antes, eu estava cada mais integrado na sociedade guineense, de modo que nas horas de folga e de lazer, pouco a pouco, fui deixando de ter contactos assíduos com os militares brancos. Os meus colegas de quarto atiram-me então indirectas, criticando a minha integração: “Sortudo! Andando com pretas e mulatas e não ligas à malta!” 

Quando eu chegava altas horas da noite à camarata, não faltavam comentários: “Na borga toda a noite e agora chateias o sono de cada um!” 

E continuei a ser o alvo das provocações do Gabarolas (#), sempre que podia, ele atirava-me diretas «provocatórias» sob a capa de informações as mais diversas. Foi assim que passei a saber muita coisa sobre o desenrolar da guerra e sobre muitos ataques e operações que decorriam no mato naquela altura. 

Foi através de diálogos do tipo (com o Gabarolas) que eu soube que tinha havido no início de maio uma contra-ofensiva da tropa portuguesa, depois de um ataque do PAIGC à localidade de Guidage. (…)

Em Bissau, naquele mês de junho de 1973 falava-se muito sobre Guidaje, (…) Só em meados de julho soubemos de um grande ataque no Sul em Guileje, (…) (##)

No quartel em Bissau, desde finais de maio que a ofensiva do PAIGC era tema recorrente nas conversas, mas, a maioria de nós, não imaginávamos a amplitude (…). Nem podíamos imaginar que os acontecimentos daquele mês de «Maio sangrento», ditariam o final da guerra! 

Anos depois, os ex-militares que lá estiveram, referem maio de 1973 como o «Inferno dos Três G» ou seja: Guidaje, Guileje, Gadamael! A partir de Junho de 1973 a guerra tomou um novo rumo, a cada dia, um novo desenvolvimento, cada vez mais acontecimentos sangrentos… mas, em Bissau a vida continua como se nada tivesse acontecido. (…)~

Pouco dias antes do final de julho (de 1973) por volta das 11 horas, na CHEFINT, ouvimos o roncar de um helicóptero, o ruído aproxima-se e está cada vez mais forte, vimos então o aparelho a descer, levantando muita poeira, aterra na parada do BINT. Estamos todos nas janelas a observar…. Abre-se a porta do helicóptero… logo depois sai o general Spínola, como sempre fardado de camuflado… fui logo avisar o tenente-coronel, nosso chefe, que saiu a correr... 

No rés do chão o comandante do BINT saiu logo,  foi cumprimentar o general Spínola, chegam, entretanto, outros oficiais, conversam todos uns vinte minutos… Spínola volta a entrar no helicóptero e vai-se embora. 

O alferes, que era sempre, o mais bem informado, comentou que Spínola estava a despedir-se, pois ia de férias para a metrópole durante o mês de Agosto. A grande verdade é que em inícios de Setembro, Spínola não voltou, chegou depois a notícia da nomeação de um novo governador e comandante-chefe. (…)

No final do mês de setembro de 1973 aconteceu no mato a proclamação da República da Guiné-Bissau, mas confesso, não foi um assunto badalado entre a tropa. Logo depois, início de outubro, fui de férias a S. Vicente. 

Aqui, na minha cidade do Mindelo, mal cheguei fui logo confrontado com essa notícia! Primeiro pelo meu pai que me acolheu no aeroporto, depois pelo resto da família. Fiquei encabulado, pois não sabia pormenores sobre esse assunto! Porque, esta notícia, nem foi comentada no meu círculo na repartição, nem com colegas na messe. 

Aqui no Mindelo, perguntavam insistentemente pela Guerra na Guiné e diziam: as coisas estão feias! Ah! Isso eu sabia, mas não podia dizer uma palavra sobre os acontecimentos em Guileje ou Guidage! Sabia que a Pide estava omnipresente… qualquer deslize, estaria tramado! O jornal Arquipélago que o meu pai comprava, abordou várias vezes a notícia da Independência da Guiné-Bissau, claro, dizia-se/insistia-se que «era um acto de fantasia». 

Mas… eu sabia, que uma grande parte do território da Guiné, não tinha tropa portuguesa! É que quando eu entrava no gabinete do tenente-coronel, ele ia rapidamente fechar a cortina que cobria o grande mapa que lá havia, no qual se indicava com alfinetes de diversas cores, onde estavam os batalhões e respectivas companhias, pelotões disso e daquilo, etc. 

Mas, tarde de mais… não dava para esconder… eu, via sempre, duas grandes áreas, onde não havia nenhum alfinete, uma zona ali a norte de Mansoa, que venho a saber mais tarde era a “Zona Libertada de Morés”, a outra estendia-se a Leste e para o Sul! Era um buracão sem nada…. Nenhum quartel! 

Meu pai insistia nas perguntas, mas eu, não abria a boca, nem com ele, nem com amigos e malta conhecida… porque eu sabia, a Pide estava sempre por perto…

___________

Notas do autor:

(#) O Gabarolas era um "camarada" militar, que me acompanhou desde quando estive em Leiria, na especialidade. Gozava comigo, provocava-me com tiradas políticas, enfim, passei muito mal com este «camarada» que só depois do 25 de Abril vim a saber que era da PIDE! (…)

(##) A batalha de Guileje foi em meados de maio de 1973

(Continua)

(Seleção, revisão / fixação de texto, título, edição e legendagem das fotos: LG)

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Nota do editor:

Último poste da série  > de 4 de junho de 2025 > Guiné 61/74 - P26880: Recordações de um furriel miliciano amanuense (Chefia dos Serviços de Intendência, QG/CTIG, Bissau, 1973/74) (Carlos Filipe Gonçalves, Mindelo) - Parte VII: Os "turras" têm agora um míssil que abate aviões e helicópteros

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26781: In Memoriam (547): Maria Rosa Exposto, ex-alf enf pqdt (Bragança, 1940 - Portalegre, 2021), pertencia ao 4º curso (1964) e passou pelo CTIG... Rosa, que descanses em paz!


Guiné > Bissau > Av Marginal > s/d< (c. 1966) > A Rosa Exposto, é a primeira do lado esquerdo.; ao centro a Maria Arminda, e à direita, a Maria do Céu Matos Chaves.  Foto: Cortesia de Fernando Miranda (2025).





Infografia:  Aristides Santos (2025) . Reproduzido da página do Facerbook do Fernando Miranda (trabalhou no Hospital da Força Aérea, com o enfermeiro,  e tem o melhor álbum fotográfico sobre as enfermeiras paraquedistas). (Com a devida vénia...)



1. Confirmámos a notícia, que já circulava há vários meses (pelo menos desde outubro passado), entre os antigos camaradas  da FAP, da morte da ex-alf enf pqdt Maria Rosa Exposto Olivença, por postagem do Fernando Miranda, ontem, dia 8 de maio:

(...) É com muito pesar que participo o falecimento no dia 21 de junho de 2021, no Hospital de Portalegre, por doença prolongada, a nossa camarada alf enf paraquedista Maria Rosa Exposto. 

A nossa camarada era residente em Marvão e esposa do nosso camarada cap paraquedista José Barata Olivença, pioneiro do curso de Espanha. Foi cremada. (...)

2.  Era natural de Bragança. E estava viúva. Tinha um filho, Francisco Olivença  (que  confirmou a morte e relatou as circunstâncias penosas do seu internamento, ainda com as restriçóes da Covida.19).  Tinha 80 anos (nasceu a 2 de outubro de 1940). 

Há vários anos que as suas antigas camaradas e amigas, Maria Arminda e Rosa Serra, não sabiam nada dela. Sabiam apenas que vivia para os lados de Portalegre.  A Arminda (que esteve com ela em 1966, na Guiné) recorda-a como uma colega bem disposta. 

Era do 4º curso (1964). Participou no livro "Nós, as enfermeiras paraquedistas" (2014) (**).  Ela terminava, em 2014, o seu depoimento, com um agradecimento à FAP pela oportunidade que lhe deu de se realizar como ser humano e como enfermeira, e com palavras de grande nobreza para com aqueles com quem trabalhou e conviveu: "Nunca vos esqueci nem esquecerei!" (**)...

Nunca  a conhecemos pessoalmente. Mas, connosco, com os amigos e camaradas da Guiné, ela também não fica na vala comum do esquecimento.  Os camaradas e amigos da Guiné, aqui reunidos no nosso blogue. também a não vão esquecer.

Não nos cansamos de lembrar que  as ex-enfermeiras paraquedistas são as únicas mulheres a quem, "de jure" e "de facto", podemos chamar camaradas. no sentido puro e duro da etimologia da palavra... 

Rosa, que descanses em paz! Um abraço solidário para o teu filho Francisco.

PS - Tinha até agora apenas 3 referências no nosso blogue (**).
 
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Notas do editor;


26 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26618: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (8): Grande coragem, sangue frio, inteligência emocional, autocontrolo, empatia, serenidade, a da Rosa Exposto!..

terça-feira, 29 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26739: No 25 de Abril eu estava em... (38): Bissau, em comissão de serviço na Chefia dos Serviços de Intendência, QG/CTIG (Carlos Filipe Gonçalves, ex-fur mil amanuense, natural do Mindelo, vive hoje na Praia, Cabo Verde) - Parte III




Carlos Filipe Gonçalves: (i) nasceu  em 1950, no Mindelo, ilha de São Vicente; (ii)  foi fur mil amanuense, QG/CTIG, Bissau, 1973/74; (iii) radialista, jornalista, historiógtrafo da música  da sua terra,  e escritor, vive na Praia, Cabo Verde; (iv) é membro da nossa Tabanca Grande desde 14 de maio de 2019, sentando-se à sombra do  nosso poilão, no lugar  nº 790; (v) tem 16 referências no nosso blogue; (vi) figura conhecida do meio musical, jornalístico e da rádio (ver aqui a sua entrada na Wikipédia), é  também amigo do nosso camarada Manuel Amante da Rosa, e seu contemporâneo no QG/CTIG).

A sua apresentação no Facebook:

(i) Trabalhou como 
Directeur général na empresa Multimedia SARL - Radio Comercial;

(ii) Trabalhou como chefe de programação na empresa Radio Nacional de Cabo Verde;

(iii) Trabalhou como chefe de programação na empresa Radio Difusão Nacional da Guiné-Bissau;

(iv) Trabalhou como Encarregado Discoteca, Operador Som na empresa Radio Barlavento

(v) Andou na escola Liceu Gil Eanes (Mindelo);

(vi) Estudou Radio em INA - Institut National de L'Audiovisuel - Paris - France

(vii) Vive em Praia (Cabo Verde);

(viii) Natural de Mindelo;

(ix) Casado com Ana Gonçalves


1. Continuação do seu depoimento,sobre o 25 de Abril em Bissau (*), disponível na 
sua página do Facebook (Carlos Filipe Gonçalves, Kalu Nhô Roque)  e também na página do Facebook da Tabanca Grande.

 No 25 de Abril eu estava em... (38): Em  Bissau, em comissão de serviço na Chefia dos Serviços de Intendência, QG/CTIG - Parte III


por Carlos Filipe Gonçalves, 
ex-fur mil amanuense 
(natural do Mindelo, 
vive hoje na Praia, Cabo Verde)


Sou um humilde militar que esteve na Guiné entre 1973/1975. Um cabo-verdiano, jornalista que resolveu fazer uma reportagem do que por lá se passou, para a gente das Ilhas. Por isso, devem ter notado os leitores que eu apenas sou um repórter que descreve, ouve amigos, camaradas da vida militar e consulta documentos para certificar os depoimentos. Um trabalhão! Por isso transcrevo antes este extracto de uma Nota de Alerta ao leitor: 

Quando decidi escrever este livro deparei-me com o grande desafio: como contar as vivências em Bissau, 1973 a 1975? Escolhi fazer uma grande «reportagem» contada por um «militar» (que sou eu), através dele, o leitor vai conhecer os quarteis e a vida militar, a cidade de Bissau, como ali se vivia e descobrir uma sociedade «crioula» que por lá existiu! 

Sobretudo o leitor irá viver o ambiente e acontecimentos marcantes que ocorreram, no último ano de uma cidade cercada pela guerra. Segue então mais um texto, que espero tenha interesse:
 
No dia 27 de Abril de 1974 de manhã, há um levantamento popular no centro de Bissau! São enviadas tropas, há um helicóptero no ar a patrulhar, à noite foi decretado o recolher obrigatório! Mamadu Lamarana Bari Manuel, um civil residente em Bissau, recorda, “no dia 28 foi fundada provisoriamente a Comissão de Juventude para Unidade e Progresso (CJUP) (…). Tinha esse movimento o objectivo de acalmar a população, porque houve tentativas de saques na feira da praça e no comércio da cidade baixa”. 

Mamadu Lamarana Bari Manuel lembra ainda que depois aconteceu a libertação dos presos políticos, entre eles, o “ídolo da juventude e da música genuína guineense, José Carlos Schwarz e, posteriormente, os presos da colónia penal Djiu di Galinha”.

 No dia da libertação dos presos realizou-se em Bissau um grande comício, cujas intervenções ouvi na rádio. O tenente-coronel Jorge Sales Golias, na intervenção referida anteriormente, recorda que os “primeiros dias de Maio de 1974 em Bissau, após o nosso golpe e depois de dois confrontos com a JSN (Junta de Salvação Nacional), tivemos a primeira resposta de Spínola ao nomear o tenente-coronel Carlos Fabião, Encarregado do Governo e Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné.”

Depois dos festejos do 1.º de Maio, cujos ecos de Lisboa chegaram a Bissau, tem início a pressão da tropa, para o fim da guerra e início imediato de negociações com o PAIGC. Na cabeça dos militares na Guiné, reinava a ideia de um regresso imediato a casa! Para muitos, a «peluda» devia acontecer já no dia seguinte. (Nota: na linguagem militar, «peluda» designa o depois da saída da tropa quando se pode deixar crescer o cabelo.)

Nesse ambiente de euforia nos quartéis, formam-se comités do MFA, há reuniões e mais reuniões, discute-se, comenta-se… surgem, então, alguns desafios à disciplina militar, no que poderei classificar como «peluda» antecipada, na qual, sem pedido de autorização, a malta deixa crescer o cabelo, bigodes e a barba! 

Eu, para além do cabelo à «black power», deixei crescer bigode e mais tarde a barba! É neste ambiente de liberdade e euforia, que se exige e se apoia o início imediato de conversações com PAIGC.

Note-se, no mato, a guerra continua apesar da mudança em curso a nível «político». Em 4 de Maio de 1974 ainda houve ataques do PAIGC como recorda, um ex-militar que estava em Guidage:

 “(…) Um grupo de guerrilheiros do PAIGC, em deslocação (do interior da Guiné pelo corredor de Sambuaiá), para a sua base do Kumbamori (Senegal), provavelmente desconhecedores dos últimos acontecimentos políticos, aliviou-se do peso das granadas, até porque já estavam perto da fronteira, descarregando-as sobre nós.” 

Mas, encontros entre a tropa e os guerrilheiros do PAIGC, acabam por ocorrer espontaneamente e naturalmente, tal é a vontade de todos, quanto ao fim da guerra! O tenente-coronel Jorge Sales Golias referido anteriormente, recordou: 

“Entretanto, davam-se os primeiros encontros entre as nossas tropas e guerrilheiros do PAIGC. (…). Em Bissau constitui-se o «Movimento Alargado de Praças, Oficiais e Sargentos», também conhecido por Movimento para a Paz.” 

Nós todos (sobretudo os militares mais jovens como eu) aderimos. Muitos dos mais «velhos» estão desconfiados, não participam… É no âmbito deste movimento, que se realizam várias reuniõesa que assisti e nas quais se aprovam várias moções! A tropa vai fazer pressão para o «fim da guerra», regresso imediato à metrópole e claro negociações imediatas com o PAIGC.

Foi neste ambiente de euforia e expectativa, que se realiza a 16 de Maio em Dakar a primeira reunião entre delegações, portuguesa e do PAIGC, “assinou-se o cessar-fogo 'de jure', uma vez que já existia de facto” (cf. o tenente-coronel Jorge Sales Golias citado anteriormente).

Pouco depois, realizam-se negociações entre uma delegação portuguesa e outra do PAIGC em Londres. Escutávamos o relato do que se passava, na capital britânica através das notícias enviadas em directo via telefone pelo enviado especial do ERG – Emissor Regional da Guiné. Mal soava a percussão da música “We Want To Know” do famoso conjunto nigeriano “Osibisa” – o indicativo do noticiário – toda a malta corria para a esplanada da messe. Marcavam, nas notícias, as posições e exigências sobre Cabo Verde, feitas pelo chefe da delegação do PAIGC, que a imprensa portuguesa apelidou de Major Pedro Pires! 

O noticiário difundido às 13 horas nos alto-falantes da messe, contava com um auditório cada vez mais numeroso… No final da ligação, o repórter sempre dizia: “Em directo de Londres para o ERG – Emissor Regional da Guiné, o enviado especial, Bubacar Djaló!” 

Muitas pessoas andam agora, sempre com um rádio na mão, para estarem ao corrente dos últimos acontecimentos através da BBC e outras emissoras internacionais!— com Joao Augusto Santos Nascimento e 12 outras pessoas.

(Revisão / fixação de texto: LG)
______________

Nota do editor LG:

Postes anteriores da série:


28 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26738: No 25 de Abril eu estava em... (37): Bissau, em comissão de serviço na Chefia dos Serviços de Intendência, QG/CTIG (Carlos Filipe Gonçalves, ex-fur mil amanuense, natural do Mindelo, vive hoje na Praia, Cabo Verde) - Parte II

sábado, 5 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26654: (De)Caras (229): Mais postais ilustrados da coleção do Agostinho Gaspar (ex-1.º cabo mec auto, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74), que ontem fez 75 anos, três quartos de século

 

Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) >  "Banho de menino (Fulacunda)". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 140". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).

Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) > "Fulas batendo pano (Bissau)". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 114". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).

Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) > "Mercado nativo (Bissau). Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 103". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal). Imprimarte, SARL.


Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) >   "Nova Lamego, Guiné Portugesa".  Colecção "Guiné Portuguesa, (s/n) ". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal,  Imprimarte, SARL).

Guiné > Bissau >  s/d (c. 1960/70) > "Bafatá".  Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 136". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal). Imprimarte, SARL.

De cima para baixo, edifício da administração de Bafatá (circunscrição) (as duas primeiras imagens); o mercado (3ª); a mesquita (4ª); a catedral (católica) (5ª); vista aérea (6ª); postal ilustrado nº 136, da edição Foto Serra.

Guiné > Bissau >  s/d (c. 1960) > Aeroporto Craveiro Lopes. Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 121". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal,  Imprimarte, SARL).  

Coleção: Agostinho Gaspar / Digitalizações, edição e legendagem: Luís Graça & Camaradas da Guiné (2010).


1. Continuação da publicação de uma seleção dos postais ilustrados da Guiné do
nosso tempo (c. 1960/70),  da coleção do nosso camarada, natural do concelho de Leiria, Agostinho Gaspar (ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74). 
O pretexto foram os seus 75 anos (*).

Para além da Foto Serra, havia outros editores de postais ilustrados:

  • Agência-Geral do Ultramar.
  • Casa Mendes (com destaque para o fotógrafo A. B. Geraldo);
  • Casa Gouveia;
  • Foto Íris, etc-

 2. Comentário do editor LG:

Aproveita-se a oportunidade para pedir aos nossos camaradas o envio de cópias digitalizadas, com boa resolução, dos postais dos seus álbuns, que eventualmente ainda tenham guardados no "baú da Guiné"... Imagens e respetivas legendas, por favor (como as que acima reproduzimos)...

É uma pena que estes postais se percam, dado o seu valor iconográfico e documental.  Mais: é "pecado" estes postais irem para o lixo... E um "crime" de lesa-memória, lesa-património...

Digam lá se não é um ternura aquele primeiro postal que publicamos, a de uma mãe (biafada ?), em Fulacunda, a dar o banho ao seu menino numa cabaça cortada ao meio ?!... Claro   que o Facebook não mo deixa publicar, a esta hora já removeu o "conteúdo por  nudez e atividade sexual" (!)...

Pergunto: amigos e camaradas, o que é feito deles, desses postais ilustrados, com motivos do folclore local ou paisagens da Guiné, que comprávamos em Bafatá, Nova Lamego, Teixeira Pinto ou em Bissau, como lembranças ou como  bilhetes de correio que, depois de devidamente selados, mandávamos para a família, vizinhos, colegas  e amigos, com uma simples nota a dizer que "estávamos de boa saúde mas cheios de saudades"?!..

Muitos terão acabado, ingloriamente, no caixote do lixo, tal como os nossos aerogramas e cartas. Outros, compram-se agora por aí, em alfarrabistas e antiquários, procurados por coleccionadores de postais, saudosistas da Guiné, da África, do Império, ou apenas por simples coleccionadores... Outros ainda pairam no fundo dos nossos baús... Quantos, onde ?...

Bom, no último caso, é altura de lá ir tirar-lhes o pó, digitalizá-los e mandar-nos a respectiva imagem, para publicação no blogue, se possível com a reprodução dos respectivos dizeres... 

No caso de o bilhete postal (ilustrado) ter alguma mensagem escrita que possa ter interesse para o nosso blogue, para o conhecimento e a compreensão do nosso quotidiano de guerra, ou até para a divulgação da história e da cultura dos povos da Guiné-Bissau, peço para me tirarem também uma cópia...

Para alguns de nós, estes postais podem ter algum valor afectivo, sentimental, raramente estético... Noutros casos, eles podem ter interesse, documental, para os estudiosos da Guiné e da guerra colonial: sociólogos, antropólogos, historiadores... Terão seguramente algum interesse para os mais jovens, portugueses e guineenses, com pouca ou nenhuma informação sobre os seus países, de há 50/60 anos atrás...

Não vale a pena também esconder que muitos deles eram um arma de propaganda, usada pelo regime político de então, para reforçar a ideia do Portugal plurirracial e pluricontinental, que ia supostamente do Minho a Timor...  Têm valor também por isso. Sobvretudo, fazem parte da nossa história, a grande e a pequena.


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sábado, 8 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26565: In Memoriam (539): Valdemar Queiroz (1945-2025), ex-fur mil, CART 2479 / CART 11 (1969/70): dezenas de camaradas quiseram despedir-se dele, no blogue e no facebook... O corpo é cremado amanhã de manhã, às 9h45, em Barcarena

1. Ao longo desta semana, desde que demos no blogue e no Facebook a notícia da morte do Valdemar Queiroz (Afife, Viana do Castelo, 1945-2025, Agualva-Cacém, Sintra), por mensagem do filho  (único) José da Silva, que vive nos Países Baixos, com data de 3 do corrente (*), foram muitas as mensagens de condolências que recebemos, sobretudo de camaradas da Guiné, muitos dos quais só o conheciam do blogue, incluindo algumas das nossas queridas enfermeiras paraquedistas (Maria Arminda Santos e Aura Teles). São dezenas os camaradas (incluindo dos EUA e do Brasil) que quiseram, à distância, despedir-se de um dos melhores de todos nós.

Aqui vai uma listagem das primeiras mensagens destes últimos dias, publicadas no Facebool da Tabanca Grande, das mais antigas (3, 4 e 5 do corrente) às mais recentes (6, 7 e 8, até às 22h00), e que acrescentamos às mensagens já publicadas no blogue. 

Seguramente que vão servir de alguma consolo ao seu filho, nora e netas e demais família, além dos amigos e camaradas do peito, sem esquecer os "Lacraus"  da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70).

O Valdemar não tinha página no Facebook, e devido à sua doença crónica, DPOC, na podia sair de casa, o seu convívio era com a "comunidade virtual" dos amigos e camaradas da Guin´+e, representrados neste blogue: limitava-se a escrever comentários,  embora com muita regularidade ao longo dos últimos anos,  e sobretudo com uma boa disposição desconcertante.

As suas últimas crises e internamentos no Hospital Amadora-Sintra deixavam infelizmente antever o pior. Não chegou a completar os 80 anos. De vez em quando eu telefonava-lhe para saber do seu estado de saúde, mas era penoso para ele, era só o tempo de ouvir a sua voz arfante e dar-lhe um olá.  Ficava tão grato por tão pouco!

Depois do velório hoje ao fim da tarde, na igreja do Cacém, o corpo vai ser cremado amanhâ, às 9h45, em Barcarena. Espero ainda a ir a tempo de dar uma grande abraço solidário ao filho, o Zé Silva, em nome da Tabanca Grande. (**)
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Domingos Robalo > Descanse em paz. Condolências à família.

Abilio Duarte > Descanse em paz. Grande amigo e camarada. A toda a sua família, os meus sinceros pêsames.

António Normando Asseiro > Paz à sua alma. Sentimentos à família.

Quina Carmelita > Que sua alma descanse em paz..

Carlos Barbosa > Descansa em paz, camarada.

Mendes Celso > Sinceros sentimentos à família e amigos. Até um dia, Camarada.

António Pimentel > Descansa em paz!

João Francisco Rato > Em sentido e continência paz a sua alma, descanse em paz camarada, condolências à família e amigos, da companhia 2351, Bat 2840.

José Teixeira > Profundos sentimentos de pesar. Descansa em paz,  camarada.

João Reis Melo > Sentidos pêsames a toda a família.

César Dias > Pêsames a todos os familiares e amigos. Descansa em paz camarada.

Manuel Mendes > Os meus sentimentos à família e que Ele descanse em paz.

Vasco David Sousa Santos > Paz a sua alma, sentidas condolências à Família, que descanse em paz.

José Luis Sousa > Sentimentos à Família e Amigos! Descanse em Páz Camarada!

Cherno Tamba Baldé > Triste notícia...! O nosso amigo Valdemar Queirós... Que sua alma repouse em paz, meus profundos sentimentos a familia e aos seus próximos.

Juvenal Sacadura Amado > Mandei comentário para o blogue mas ao que parece não chegou lá. Será pouco dizer que lamento o desaparecimento deste nosso camarada e quero enviar à familia o mmeu mais profundo voto de pesar . Que esteja em paz

Mário Bravo > Que descanse em Paz. Condolências à Família.

Artur Manuel Soares Soares  Que a sua alma descanse em paz. Condolências aos familiares.

Emidio Abreu  > Presente.

Ricardo Figueiredo  >  Sentidas condolências à Exma Família,amigos e camaradas.
Que descanse em paz.

Vitor Gomes Lincho > Os meus sentimentos a toda família

José Viegas > Descanse em Paz. Sentimentos à família

Carlos Filhó > Descansa que paz.

Manuel Correia > Nesta hora difícil a minha solidariedade com a família que descanse em paz até um dia camarada

Antonio Duarte > Um de nós que chegou ao fim. Sentidas condolências à família e amigos.

Joaquim Mexia Alves > Que descanse em paz.

Cristino Ourives > Paz á sua alma e condolências á família enlutada

Nicolau Esteves > Maís um que Deus leva para junto dê si. Meus sentimentos

Francisco Diogo Godinho > Descansa em paz camarada!.

Francisco Santos  > Portanto, do nosso BART2865. Não me lembro dele mas lamento muito a partida de mais este camarada e apresento as minhas condolencias á familia.

Joaquim Luis Fernandes  > Que descanse em Paz! Os meus pêsames à família enlutada.

Manuel Carvalho > Descansa em paz e até um dia meu valente camarada.
  
José Inácio Leão Varela > Sentimentos para a família Que descanses em paz 

António Duque Marques > Que a sua alma descanse em paz . Sentidas Condolências aos Familiares e Amigos .
 
José Marcelino Martins > Condolências.

David Guimaraes > Paz à sua alma

Paulo Raposo > Presente

Joaquim Garrett > Paz à sua alma condolências à família e amigos chegados
Guiné 1968/1970.

Maria Arminda Santos >Que a sua alma descanse em paz. Os meus pêsames à sua familia e amigos

Hélder Valério de Sousa > Embora esperado, embora inevitável, dói. Que possa descansar em paz. O meu lamento e os meus sentimentos aos familiares e amigos.

Candido Martins > Paz à sua alma.

Eduardo Valentim > Que Descanse em Paz, Sentidos Pesâmes à Familia e Amigos.

Lib Farias Correia > Paz a sua alma

José M. L. Fernandes  > Condolências aos familiares...

Mário Lourenço > Os meus sentimentos á família, e a toda a Tabanca Grande Luís Graça ,um bom colaborador, que a terra lhe seja leve .

Joaquim Costa > Sinto que perdi um amigo que nunca conheci pessoalmente. Uma empatia que nasceu ao primeiro comentário no blogue. Sermos do Minho e paixão por Viana, e em particular por Afife ajudou. Descansa em paz meu bom amigo.

Almiro Gonçalves > As condolências á família enlutada.

João Carlos Sousa Silva > Sentidos pêsames aos familiares e amigos. Que descanse em Paz,

António Galinha Dias > Sentidos pêsames! Descanse em paz.

Luis Bateira > Sentidos pêsames a toda a família. Paz para a sua alma.

Jose Camara  Condolências. Um abraço transatlântico de solidariedade.

Vitor Machado > Que a sua alma descanse em paz.

Serodio Manuel > Os meus sentimentos à família.

Camilo Santos Santos > Os meus sentimentos a família.

Luis Dylan > Que possa a sua alma estar em paz. Sentidos pêsames para a família e amigos.

Fernando Santos  > Sentidos pêsames a toda a família. Que a sua alma descanse em paz.
Um abraço de amizade.

Fernando Castelo Branco > Descanse em paz e sentidas condolências á Família e amigos.

Jose Quintas > Paz à sua alma.

Aura Teles > Paz à sua alma.

Carlos Silva  Que o Valdemar descanse em paz. Estive em casa dele e já estava com dificuldades de respirar e lá estavam as botijas com oxigénio. Teve uma vida de sofrimento. As minhas condolências à família.

Jose Camara > Condolências. Abraço transatlântico solidário.

Joaquim Pinheiro Brasuca  > Paz á sua alma.... Sentidos pêsames aos familiares e amigos.. 

António Marques  Sentidos pêsames à família e amigos

José Moreira > Meus sentimentos à família e amigos que com ele conviveram.

Manuel Alheira > Que descanse em Páz...

Belmiro Sousa > Requiescat in pace!

José Almeida > Descansa em paz cndulemclsa a família

Orlando Santos Pinela > E mais um camarada , descansa em- Pas-,os meus sentimentos para toda a Família.

Jose dossantos Fernandes > Descansa em paz companheiro.

Adriano Moreira Admor > Que descanse em paz. Condolências.

João Pereira da Costa  > Que descanse em paz. Condolências a famimia

Antonio Duarte > Os meus pêsames à família e amigos Tabanca Grande Luís Graça. Deixam saudades as suas intervenções. Em 1973 tive na Ccaç 12, militares que tinham sido formados pelo Valdemar e ou tinham vindo transferidos da Ccaç 11. Vai em paz camarada.

Antonio Rodrigues > Sentidos pêsames a toda a Família enlutada e amigos! Que descanse em paz!

António Sebastião Figuinha > Os meus pêsames. Que descanse em paz.

António Marques > Mais um herói que parte sentidos pêsames à família e amigos

Candido Cunha > ... rua do Bom Pastor nº 1, Agualva/Cacém.

Domingos Robalo  > RIP. Condolências à família. Um camarada que nos deixa.

Andrade Castilho > Descansa em paz, camarada.

Nicolau Esteves > Vai com Deus guerreiro. Já cumpriste tua missão,  meus sentimentos para a família e amigos.

Carlos Pinheiro > Os meur sentimentos à familia enlutada e aos amigos da Tabanca Grande Luis Graça, Descansa em paz camarada.

Jose Quintas > Paz à sua alma.

Carlos Pereira Costa > Os meus pêsames á familia , até um dia camarada , descansa em paz .



2. No blogue, há mensagens de condolèncias de (ou referência a) os seguintes amigos e camaradas:


Abílio Duarte
António Branquinho
António Carvalho
António Graça de Abreu
António Murta
António Rosinha
Cândido Cunha
Carlos Vinhal
Cherno Baldé
Eduardo Estrela
Fernando Ribeiro
Hélder Sousa
Humberto Reis
João e Vilma Crisóstomo
João Carlos Abreu dos Santos
Joaquim Costa
José Martins
José Saúde
Juvenal Amado
Luís Graça
Manuel Luís Lomba
Manuel Macias
Portal UTW - Dos Veteranos da Guerra do Utramar
Virgílio Teixeira
Zé Manuel Cancela
Zé Teixeira

(Houve também um ou outro comentário anónimo, de leitores que não se identificaram, certamenmte por lapso)
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(**) Último poste da série > 8 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26562: In Memoriam (538): Valdemar Queiroz (1945-2025): o último adeus, hoje, na igreja do Cacém, a partir das 17h30... A cremação será amanhã, às 9h45, no Centro Funerário de Barcarena (mensagem do filho, José Valdemar do Vale Pereira Queiroz da Silva, que vive nos Países Baixos)