1. Mensagem do Joseph Belo (Key West, Florida, EUA)
Data - 12 agosto 2025 17:03
Assunto - Numa casa portuguesa fica bem pão e vinho sobre a mesa...
... Mas na solarenga Key West, na Flórida, além do pão e vinho sobre a mesa, surge cobra venenosa no quadro da electricidade.
A um veterano de destacamento isolado no Sul da Guiné dos finais dos anos sessenta só lhe faltava……isto!
Um abraço amigo do J. Belo
Assunto - Numa casa portuguesa fica bem pão e vinho sobre a mesa...
... Mas na solarenga Key West, na Flórida, além do pão e vinho sobre a mesa, surge cobra venenosa no quadro da electricidade.
A um veterano de destacamento isolado no Sul da Guiné dos finais dos anos sessenta só lhe faltava……isto!
Um abraço amigo do J. Belo
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Último poste da série > 12 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27115: Felizmente ainda há verão em 2025 (15): Camaradas, perguntar não ofende: "Pode a CPLP vir a transformar-se em CPLB" ?... E a gente a pensar que em bom português "nois sintendi"... (António Rosinha, ex-colon, ex-retornado de Angola, ex-cooperante na Guiné-Bissau)
16 comentários:
Mandei duas fotos para o "Sabe-Tudo", o meu assiste de IA... Resposta do ChatGPT:
(...) Agora que vejo o corpo todo, consigo confirmar: isto não é uma cobra venenosa.
O padrão, a forma da cabeça e o “colar” amarelo muito marcado identificam-na como cobra-de-colar (Natrix natrix) — espécie completamente inofensiva para humanos.
(...) É uma cobra típica da Europa, não da Flórida: isso sugere que esta foto pode não ter sido tirada em Key West, mas sim em algum país europeu.
Alimenta-se sobretudo de anfíbios e peixes, mas também pode entrar em espaços fechados atrás de pequenos roedores.
Pode libertar um cheiro forte como defesa, mas não morde de forma perigosa.
É excelente nadadora e trepadora. (...)
A não ser a espiritual “cobra” da história bíblica sobre o Adão e Eva facto é que a *alimaria” morreu no quadro eléctrico da garagem da minha casa no ponto mais a Sul dos States,
Ou seja……Key West!
Alguns dos vizinhos terão terrarios com animais exóticos com possíveis fugas?
Ou,mais estupidamente, que libertam na natureza quando se cansam dos mesmos?
Os que acompanham noticias da Florida sabem que um dos grandes problemas com que se debate a fauna local ( nos Everglades) são as numerosas cobras pitons asiáticas que há anos surgiram no local e se reproduziram em números elevados criando um caos entre os outros animais locais.
Como Key West está longe dos Everglades (felizmente) , a minha “alimária” mais não será então que recente fugitiva,ou descendente, de cobrinha de estimação comprada em lojas de animais exóticos importados que infelizmente abundam em todo o Estado.
A conclusão (aparente) de que não é venenosa será de imediato por mim emoldurada (!) e apresentada a toda a família como garantia…..futura!
Família já mais que saturada com as “alimárias” da Laponia.
Só por isso,e não é pouco (!!!),fico muito grato ao camarada Editor.
Abraço do J.Belo
Dicas para diferenciar, de maneira rápida e clara , cobras não venenosas e víboras em Portugal.
Característica | 1.Cobras (não venenosas) | 2. Víboras
Pupila | 1. Redonda | 2. Vertical (fenda)
Cabeça | 1. Alongada, pouco distinta do corpo | 2. Triangular, bem marcada
Corpo | 1 Esguio, comprido | 2. Robusto, mais curto
Tamanho | 1. Até 2 m em algumas espécies | 2. Geralmente < 80 cm
Comportamento | 1. Foge rapidamente | 2. Pode permanecer imóvel e enrolar-se
Perigo para humanos |1. Baixo (mordida inofensiva) | 2. Médio/alto (veneno perigoso)
Exemplos em Portugal
|1. Cobra-de-água-de-colar (Natrix natrix), cobra-rateira (Malpolon monspessulanus, juvenil), cobra-de-escada (Zamenis scalaris).
| 2. Víbora-cornuda (Vipera latastei), víbora-de-seoane (Vipera seoanei).
Importante: mesmo as cobras não venenosas podem morder se manipuladas. O ideal é manter sempre uma distância segura. E preservar a vida selvagem, não as matar... São fundamentais para a biodiversidade.
Fonte: IA / ChatGPT + LG
Temos uma péssima relação ( histórica e mitológica) com as cobras...
Para quem comeu costureirinhas ao pequeno almoço e ao jantar, isto não é nada. Grande abraço Maioral.
Zé Teixeira
Amigo e Camarada Maioral da 2381.
Para não referir uma jantarada de febras grelhadas de…macaco cão… condimentadas pelo nosso cozinheiro, o saudoso “Torres Vedras”.
Todo um mundo que desapareceu.
Um clube muito exclusivo na Guiné…o dos Destacamentos de Pelotões de Atiradores isolados na mata.
Infelizmente são poucos os que escrevem.
Um grande abraço do Maioral J.Belo desde uma solarenga tarde de Agosto em Estocolmo
Estive em Key West há uns anos atrás. Na altura creio que Zé Belo ainda estava na Lap
onia.Vou mandar o relato, não vi cobras mas crocodilos, jacarés e quejandos era mato, em Everglades. Abraço
No Cachil no abrigo ao raiar do dia acordei com a companhia de uma cobra não sei se era ou não venenosa tinha cerca de metros 2,80 de comprimento pele escura, foi condenada à morte de catana.
Lendo, com olhar certamente deturpado por longas décadas de ausência ,fiquei com a infeliz conclusão de que,conscientemente,teria procurado enganar amigos e camaradas.
Não foi essa a intenção por…absurda!
A descrição da cobrinha como venenosa surgiu dos comentários de algumas testemunhas da ocorrência,no momento e local.
Quanto a estas “alimárias” sinuosas tenho que admitir só conhecer a *cobrinha cuspideira”.
Termo usado no nordeste brasileiro para com humor local referir o órgão sexual masculino.
No Sloppy Joe’s Bar de Key West há de tudo.
Mesmo tudo….menos a Arca do Noé!
Daí que….as origens?
Desde Estocolmo, com o tal *Sol de ananases* referido por Eça de Queiroz,um Ab.do JB.
JB, a insinuação "malévola" é do "Inteligente", o "Sabe-Tudo", o ChatGPT... Não se lhe pode dar confiança... Já manda "bitaites"... ex-cathedra...
Como a "Natrix natrix" não é "amaricana", mas cá do Velho Mundo, a cobrinha (que deve ter assustado os teus netinhos...) nunca poderia aparecer na tua casa à caça de ratos no quadro elétrico da tua "datcha"... Logo, a foto só podia ter sido noutra "datcha", mas do Velho Mundo...
E esta, hein?!...A gente sabe quer os "amaricanos" têm a melhor polícia do mundo e lá, na Terra do Tio Sam, não podem entrar as espécies exóticas da fauna e da flora do Velho Mundo, e muito menos os vírus, bacilos e bactérias, ou seja, tudo o que é lixo e não contribui para a MAGA ("Make America Great Again"), a começar pelas ciências duras, moles e ocultas...
Caro Luis
Se acreditas que nos States não se vendem animais “exóticos”provenientes de chorudos negócios de contrabando organizado e posteriormente postos a um muito fácil acesso por parte dos interessados em Estados como a Califórnia e,não menos,a Flórida,estarás menos bem informado.
E,como já acima referi,são abandonados em parques e baldios junto das áreas residenciais quando os donos perdem o interesse por eles .
Como infelizmente não acredito em milagres a cobra não será consequência dos mesmos.
Por outro lado recolhi informações de que estes animais morrem em quadros elétricos em perseguição de ratos que para eles se deslocam.
Só que o quadro elétrico referido há décadas que não é usado por ultrapassado .
Fico-me por aqui.
Ab.
Meu caro Joseph, estava a ser "irónico"... Os States devem ser o país mais "poroso" do mundo... Se entra droga, também entram animais exóticos...Boa continuação do teu querido mês de agosto, mas agora em Estocolmo!... (Estive ontem a almoçar com o engenheiro eletrotécnico reformado e comendador José António Marta e Silva, um lourinhanense, que viveu meio século na Suécia; a beber uns bons tintos, e a comer um leitãozinho, que lá se pagam a peso de ouro...).
Alguns dados menos “irónicos” por factuais.
A falta de padrão das leis americanas sob o assunto é um verdadeiro incentivo ao tráfico.
Os Estados Unidos lideram o comércio internacional de importações ilegais de vida selvagem.
Este negócio é considerado como a terceira (!)maior troca ilegal de mercadorias no mundo.
Perde apenas para o tráfico de drogas e armamento.
Pesquisa publicada na revista PNAS revela que entre os anos 2000 e 2022 mais de 2,85 bilhões de animais selvagens de todas as espécies foram importados para o país,sendo a maioria ilícita.
São os Estados,individualmente,os responsáveis pelas leis relacionadas com a compra e venda de animais exóticos ,nativos ou não.
Alguns Estados não dispõem de qualquer legislação a este respeito.
Os animais nascidos em cativeiro não são abrangidos por estas leis,o que obviamente abre vastas oportunidades aos negociantes de mamíferos,répteis,peixes,aves e insetos.
O Tratado CITES que controla este comércio internacional de espécies selvagens tem uma exceção absurda que vem favorecer muitas das ilegalidades.
*Animais nascidos em cativeiro não são abrangidos pela mesma legislação,quando existente.*
A fiscalização dos Estados Unidos não é de modo algum a melhor por não ser esta área prioritária em relação a outras como a droga e as armas.
E,tudo isto,relacionado com uma “aparição “ de cobrinha sem Certidão de Nascimento.
Apesar das aparências ,e dificuldades em encontrar razões fáceis para as mesmas, algumas das conclusões,mesmo que assiduamente procuradas,não espelham a insólita factualidade.
Ab. JBr
Como há muito que fazer em Estocolmo num solarengo dia de Agosto, vou terminar esta,para mim,muito pedagógica troca de comentários com uma sugestão aos viandantes.
Existem 36 Jardins Zoológicos no Estado da Flórida.
Numero que dá uma boa ideia das”
grandiosidades” nos Estados Unidos .
O de Miami é o quinto em tamanho em todo o país.
Este Zoo tem mais de dois mil animais representando 375 espécies.
Bilhete para adultos-$25.95+imposto
Para crianças dos 3 aos 12 anos-$21.95+imposto.
Com um,mais que ponderado,*Hej då* em sueco
Ab.JB
Quanto a cobras, sejam elas de que tipo for , não gosto nem de sonhos.
Por isso em dois anos na Guiné, nunca cheirei um animalesco repugnante como estes.
Já bastavam os sardões inofensivos!
Virgilio Teixeira
Eu peço desculpa por meter o nariz onde não sou chamado, mas esta discussão a propósito de cobras fez-me recordar as que vi em Angola, e foram algumas. Numa ocasião tive mesmo uma cobra venenosa a poucos centímetros de mim. Devia ter meio metro de comprimento e era lindíssima, em que as cores das escamas variavam conforme a incidência da luz do sol. Acabou decapitada por uma catana.
Em Angola existiam cobras para todos os "gostos", desde as inofensivas cobras de água até às temidas cobras cuspideiras, que esguichavam o veneno pelo ar em direção aos olhos da vítima. Vi uma vez uma minúscula cobra verde, do tamanho de uma minhoca, que era tão pequena e tão leve que estava em cima de uma folha de cafezeiro sem que a folha vergasse com o seu peso. Apesar do tamanho e do peso, o veneno desta cobra (seria uma mamba verde?) era mortal.
Não admira por isso que, em todas as bolsas levadas pelos auxiliares de enfermeiro para as operações militares, havia obrigatoriamente um frasco de soro antiofídico. Era um item que não podia faltar, a par do soro fisiológico, do garrote ou dos comprimidos e/ou injeções contra a malária. Felizmente, o soro antiofídico nunca foi necessário no meu batalhão. Apesar da relativa abundância de cobras, nenhum militar do B.Caç.3880 foi alguma vez mordido por um destes répteis.
Na região dos Dembos, no norte de Angola, onde eu estive em 1972-73, as cobras mais vulgares eram as jibóias. Vi várias, umas vivas e outras mortas. Onde quer que o terreno fosse pedregoso, podíamos ter a certeza que por ali havia pelo menos um ninho de jibóias.
Houve casos de jibóias que foram apanhadas e foram mortas dentro dos quartéis ou das sanzalas. Na página do meu batalhão no Facebook, camaradas meus publicaram fotografias de jibóias apanhadas dentro do arame farpado. Permito-me o atrevimento de partilhar três dessas fotografias.
A primeira fotografia mostra uma jibóia encontrada dentro do quartel de Zemba e que estava tão magrinha, tão magrinha, que devia estar cheia de fome e se preparava para atacar o galinheiro. A fotografia é a que se segue:
https://drive.google.com/file/d/1fDVxK-ANhlEsVm5fflaQaY8iH-xRicSA/view?usp=sharing
A segunda fotografia foi tirada dentro do quartel do Mucondo (onde estava a C.Caç.3537, do meu batalhão) e mostra uma jibóia que tinha acabado de comer um cão!
https://drive.google.com/file/d/1CbSebac_S4HhivzPWttwkdQBrWNk69pB/view?usp=sharing
A terceira e última fotografia mostra uma jibóia ainda viva, também encontrada dentro do quartel do Mucondo, toda enrolada sobre si mesma e com o aspeto de quem se sente senhora incontestada de todos aqueles domínios... É um magnífico exemplar de jibóia, mas também acabou por ser morta.
https://drive.google.com/file/d/1fffXRJW1AuNNR2g92cuSr9FczoEsDg0B/view?usp=sharing
Fernando Ribeiro
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