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sábado, 10 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26789: Os 50 Anos do 25 de Abril (38): Lisboa, Belém, Museu de Etnologia, até 2/11/2025: Exposição "Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades" - Parte IV

 








Painel III > " Vocação Colonial" e "Missão Histórica > 1. As Políticas da Terra e os Seus Efeitos em África



Exposição > “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. 
O Colonialismo Português em África: 
Mitos e Realidades”

 Lisboa, Belém,
30 out 2024 / 2 nov 2025



1.  É uma visita necessariamente resumida" a esta grande  exposição, que pode ser vista até 2 de novembro de 2025. (Há visitas guiadas, tem que se reservar.)






Painel III > " Vocação Colonial" e "Missão Histórica > 1. As Políticas da Terra e os Seus Efeitos em África









O terceiro painel (*) tem como subtemas os seguintes (pelo menos, os que eu registei na minha máquina fotográfica), e que são profusamente ilustrados com imagens da época (mais de Angola, Moçambique e São Tomé, e muito menos da Guiné, que não era uma "colónia de povoamento"):


(i) as políticas da terra e os seus efeitos em África;

(iii) as políticas de assimilação e a criação do "assimilado";

(iii)  a "branquização" dos territórios coloniais.



Apresenta-se aqui, a título exemplificativo e informativo, alguns conteúdos (reproduzidos aqui com a devida vénia, e a pensar sobretudo nos nossos leitores fora de Lisboa que dificilmente terão oportunidade de se deslocar ao Museu Nacional de Etnologia, no Restelo, que de entrada gratuita para os antigos combatentes)...

A exposição é muito rica do ponto de vista documental, com se pode aferir pela pequena amostra que apresentamos (seleção de c. de 220 imagens que fiz de metade dos painéis; anda tenho que lá voltar paar ver o resto...)


2. A leva de "contratados" para as roças de São Tomé, de Angola e de Cabo Verde, traz-nos logo à memória essa canção imortal, "Sodade", na voz inconfundível da grande Césária Évora, a "rainha da morna", que nasceu e morreu no Mindelo  (1941-2011):


Ken mostrá-be es kaminhu lonje?
Ken mostrá-be es kaminhu lonje?
Es kaminhu pa Santumé

Ken mostrá-be es kaminhu lonje?
Ken mostrá-be es kaminhu lonje?
Es kaminhu pa Santumé

Sodade, sodade
Sodade des nha térra Saniklau
Sodade, sodade
Sodade des nha térra Saniklau

Ken mostrá-be es kaminhu lonje?
Ken mostrá-be es kaminhu lonje?
Es kaminhu pa Santumé

Ken mostrá-be es kaminhu lonje?
Ken mostrá-be es kaminhu lonje?
Es kaminhu pa Santumé

Sodade, sodade
Sodade des nha térra Saniklau
Sodade, sodade
Sodade des nha térra Saniklau

Si bo skrevê-m, N ta skrevê-be
Si bo skesê-m, N ta skesê-be ate dia ki bo voltá
Si bo skrevê-m, N ta skrevê-be
Si bo skesê-m, N ta skesê-be ate dia ki bo voltá

Sodade, sodade
Sodade des nha térra Saniklau
Sodade, sodade
Sodade des nha térra Saniklau

Sodade, sodade
Sodade des nha térra Saniklau
Sodade, sodade
Sodade des nha térra Saniklau
 
 

Composição: Amandio Cabral / Louis Morais

Fonte:  Portal "Letras" > Sodade | Cesária Évora 


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Nota do editor LG:

(*) Último poste da série > 23 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26608: Os 50 Anos do 25 de Abril (37): Lisboa, Belém, Museu de Etnologia, até 2/11/2025: Exposição "Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades" - Parte III

Postes anteriores:

15 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26499: Os 50 Anos do 25 de Abril (36): Lisboa, Belém, Museu de Etnologia, até 2/11/2025: Exposição "Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades" - Parte II

3 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26456: Os 50 Anos do 25 de Abril (35): Lisboa, Belém, Museu de Etnologia, até 2/11/2025: Exposição "Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades" - Parte I

Guiné 61/74 - P26788: Os nossos seres, saberes e lazeres (680): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (204): Algures, na Renânia-Palatinado, em Idstein, perto de Frankfurt – 3 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 24 de Fevereiro de 2025:

Queridos amigos,
Às vezes não sei muito bem se estou em Frankfurt Meno/Reno, em Hesse, ou na Renânia-Palatinado, nome muito abrangente para toda esta região, não vi o Reno mas sei que estive em Hesse, quando fui visitar de raspão Wiesbaden. Desta feita, meti-me no comboio, atravessei a cidade e fui para a margem chamada dos museus, a escolha foi o Städel, já tinha visitado esta impressionante coleção, resolvi precatar-me para resistir umas boas quatro horas lá dentro a deliciar-me com obras-primas que qualquer museu em todos os continentes gostaria de possuir. Ponto curioso, senti que o museu tinha tido uma reconfiguração, há como que uma grande sala de acolhimento onde estão peças magníficas do romantismo, do naturalismo até às primeiras correntes do modernismo. São exatamente alguns desses quadros que começo hoje por vos mostrar, mais ficará para o apontamento seguinte.

Um abraço do
Mário



Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (204):
Algures, na Renânia-Palatinado, em Idstein, perto de Frankfurt – 3


Mário Beja Santos

Hoje, a visita é a um dos museus mais conceituados da Alemanha, o Städel, um acervo impressionante de pintura, desenho, escultura, da Idade Média aos nossos dias, tudo metido num impressionante casarão, que me recorda a magnificência de outros edifícios, como os museus de belas-artes de Bruxelas ou Antuérpia, por exemplo. Se o leitor se der ao trabalho de procurar a história do Städel verá que se trata de um nome de um rico industrial e colecionador, legou todo o seu acervo e fortuna para formação artística e exposição e para fruição dos visitantes. Este edifício já viu muita coisa, desde os tempos nazis em que vieram aqui buscar o que eles chamavam arte degenerada e queimaram, até os bombardeamentos que danificaram severamente o edifício. No início dos anos 1990 fizeram-se obras de ampliação e o museu apareceu com cara lavada em 1999. Aparece numa linha de vários museus, desde as artes decorativas, a etnografia e até o cinema. Tenho que dar uma justificação ao leitor da seleção de imagens que captei durante esta visita.

Aprendi à minha custa que não se deve entrar numa casa com um imponente acervo artístico e andar por ali, desalmadamente, a querer ver tudo. Aí pelos anos 1980 tive uma reunião em Florença e aproveitei para ficar um dia à minha custa para fazer a Galeria dos Ofícios, entre outras das belezas que esta magnífica cidade oferece. Naquele tempo as visitas eram entre as 8:30h e a 15:30h. Meia hora antes da abertura já eu por ali andava todo pimpão, excitado por ir contemplar o que só conhecia dos livros. Saí da bilheteira disparado em direção às primeiras salas, onde estão patentes algumas das obras-primas do chamado Duocento, procurei assimilar tudo, passei para outra sala, assombrei-me com Giotto, depois Fra Angelico, Masaccio, Duccio, só sei que quando cheguei à sala onde está o Nascimento de Vénus, de Botticelli, senti uma moinha na fronte, andei por ali a gemer, vi que a dor não acalmava, à cautela entrei numa farmácia à procura de alívio e fui-me deitar no hotel, dormi horas e horas, remédio santo. Nunca mais me passou pela cabeça ver um museu de fio a pavio.

Dou esta explicação para dizer ao leitor que entrei no Städel com o comedido propósito de ir vendo aos soluços este impressionante acervo, parando aqui ou acolá, entrando deliberadamente no período do romantismo-naturalismo quedando-me numa primeira fase nas primeiras correntes modernistas, é o que hoje aqui vou mostrar.

Um pormenor da fachada do Städel
Goethe na região romana, pintura de Johann Tischbein, 1787. É considerado um dos mais importantes retratos do autor do Fausto e do Werther, tem a ver com os tempos em que um cavalheiro fazia o Grand Tour, com passagem obrigatória por Itália, sempre mostrando as ruínas, desde o Renascimento que a arte greco-romana voltara a ser moda e sê-lo-á até ao século XIX.
Tempestade na Costa Norueguesa, pintura de Andreas Achenbach, 1837. Quando vejo um barco em dificuldades num mar encapelado vem-me à mente um fabuloso quadro de Turner que pertence ao Museu Gulbenkian. Turner mostra o naufrágio e a tragédia dos náufragos à procura de uma tábua de salvação. O que me impressiona neste quadro é a imagem quase fotográfica dos rochedos, o contraste entre a espuma alvíssima e o negrume acinzentado do céu, ficamos sem resposta a qualquer evidência de que aquela embarcação ainda poderá chegar a bom porto.
Villa no mar, pintura de Arnold Böcklin, 1871-1874. O que me chamou à atenção neste quadro de Böcklin é o chamado poder da imagem, toda aquela verdura desponta da monumentalidade da pedra, mas a inversa também é verdadeira, e todo o escarlate dos céus aparece numa tonalidade desmaiada das águas. A figura humana é como que uma exigência que contempla ter a propriedade de nos obrigar à sua contemplação.
Quinta em Nuenen, Van Gogh, 1885. Quem diria que era mesmo Van Gogh, aquele pintor holandês que foi para França e revolucionou a arte pictórica?
Eva, por Auguste Rodin, 1881. Fora número um da escultura em França, esculpiu grupos e figuras individuais, usou o cinzel em metal e alabastro, há sempre esta particularidade de nos dar um toque da rudeza, no caso desta Eva é a base, um contraste absoluto com esta feminilidade de alguém que parece esconder o rosto, é como se já tivesse sido expulsa do paraíso, aqueles pés trilham o caminho áspero do mundo.
Teatro de Vaudeville, por Ernest Kirchner, cerca de 1906. Kirchner foi odiado pelos nazis, tratado como um degenerado, é um dos génios da pintura alemã que tem vindo gradualmente a ser considerado, tal como Otto Dix ou Max Beckmann.
Cão deitado na neve, por Franz Marc, cerca de 1911. Marc fez parte do grupo Der Blaue Reiter, de inspiração expressionista, constituído essencialmente por alemães e russos, trouxeram uma onda de frescura ao comportamento das cores e à evidência das formas.
O Rabi, por Marc Chagall, 1912. Os temas judaicos são umas das permanências da pintura de Chagall, outro génio que introduziu uma revolução na figuração dos corpos e até na volumetria das suas composições, animais a voar nos céus, casais aos beijos em poses impossíveis, veja-se o rosto de Rabi num evidente claro-escuro e a estranheza da forma da sua mão direita, que parece uma prótese; e para que não subsistem dúvidas para quem contempla a obra ali está ao fundo a estrela de David e os caracteres hebraicos.

(continua)

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Nota do editor

Último post da série de 3 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26759: Os nossos seres, saberes e lazeres (679): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (203): Algures, na Renânia-Palatinado, em Idstein, perto de Frankfurt – 2 (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P26787: Nunca Tantos Deveram Tanto a Tão Poucas (10): Quando a "última" foi a "primeira"... A cap enf pqdt Maria de Lurdes Lobão, que fez história: em 16 de março de 1990, foi a primeira mulher a fazer de oficial de dia num estabelecimento militar, a Escola de Serviço de Saúde Militar (ESSM)

 



Cap enf pqdt Maria Lurdes Lobão, do último (9º) curso (1974).
(Cortesia de Fernando Miranda). Edição: LG (2025)


1. Foi a última das 46 enfermeiras paraquedistas. É do 9º (e último) curso (julho de 1974), que só formou uma, ela própria... Já não chegou a ir ao ultramar... Mas ficou na FAP... E em 1990 estava na Escola de Serviços de Saúde Militar (ESSM), com o posto de capitão. 

Conta aqui um episódio que pode parecer "anedótico", mas que a fez entrar, pelo menos,  na história da vida militar e quiçá na história da mulher portuguesa : terá sido a primeira mulher a fazer o serviço de oficial de dia, em 16 de março de 1990, dezasseis anos depois do 25 de Aril de 1974!

É natural de Vila Real, transmontana, portanto. Vive em Lisboa. Tem página no Facebook (Maria Lurdes Lobão).


Foto da página do Facebook da Maria Lurdes Lobão (Com a devida vénia...),
 Edição:  LG (2025)

A criação do corpo de enfermeiras paraquedistas remonta a 1 de junho 1961 (início do 1º curso, onde ingressou, entre outras, a nossa grã-tabanqueira Maria Arminda Santos, hoje tenente, reformada). 

Fizeram-se 9 cursos e formaram-se 46 enfermeiras paraquedistas. Tal como os capelães, eram graduadas (em sargentos ou alferes, conforme as qualificações profissionais de origem: Curso de Auxiliar de Enfermagem e Curso Geral de Enfermagem, respetivamente). Elas são as pioneiras. O ingresso nas mulheres nas Forças Armadas Portugueses, através do serviço militar voluntário, vai ser um processo lento. A Força Aérea foi o primeiro ramo a admitir mulheres, em 1988, através da criação de vagas para mulheres no serviço militar voluntário. O Exército e a Marinha seguiram-se em 1992.



Excerto de:
"Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), pãg, 437  (com a devida vénia)






Excerto de:
"Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), pp. 340/341  (com a devida vénia)




2. Perguntámos à IA: 

"É verdade que a Capitão Enfermeira Paraquedista Maria de Lurdes (ou Lourdes)  Lobão foi a primeira mulher a exercer funções de oficial de dia num estabelecimento militar, neste caso, na  então Escola de Serviços de Saúde Militar (ESSM), em Lisboa, no dia 16 de março de 1990 ?"

O nosso "Big Brother", que  tem a mania que sabe tudo (ou somos nós que lhe atribuímos ingenuamente a omnisciência...), não conseguiu responder a essa pergunta concreta. Tanta a Gemini IA / Google como a Perplexiti IA e o ChatGPT disseram-nos mais ou menos isto:;

(i) com base nos resultados de pesquisa fornecidos, não há confirmação documental ou referência explícita que comprove que a Capitão Enfermeira Paraquedista Maria de Lurdes (ou Lourdes)  Lobão foi a primeira mulher a exercer funções de oficial de dia na então Escola de Serviços de Saúde Militar (ESSM), em Lisboa, no dia 16 de março de 1990;

(ii) os resultados consultados abordam genericamente a presença e o papel pioneiro das enfermeiras paraquedistas nas Forças Armadas Portuguesas, destacando que desde 1961 algumas mulheres ocuparam funções militares, especialmente na área da saúde militar e como paraquedistas;

(iii) todavia, não foi identificado nenhum documento ou referência específica ao feito mencionado, nem ao nome de Maria de Lourdes (ou Lourdes)  Lobão associado a essa função ou data em particular.

Portanto, com a informação disponível, não é possível confirmar a veracidade da afirmação sobre Maria de Lurdes (ou Lourdes) Lobão e o seu papel pioneiro na ESSM em 16 de março de 1990. Caso existam fontes adicionais ou documentação interna das Forças Armadas, estas não foram localizadas nos resultados apresentados.

3. Comentário do editor LG: 

Não pudemos explorar o "Diário de Lisboa", disponível "on line", porquanto faltam dois  números da coleção (posteriores à data em causa, 16 de março de 1990, logo por azar  os dos dias 17 e 18; o jornal. de resto, será extinto nesse ano, a última edição foi a de 30 de novembro de 1990; começou a publicar-se em 1921.

Achamos, todavia,  que o depoimento da nossa camarada Maria Lurdes Lobão é fidedigno e consistente. E ninguém lhe tira dos louros desse dia (histórico) para as mulheres portuguesas que só ao fim de muitos séculos é que começavam a entrar no "androceu" (por analogia com o "gineceu", a parte da casa reservada às mulheres na Grécia antiga...).  

É, além disso, e sobretudo,  uma história bem humorada e bem contada. Parabéns, Lurdes Lobão, saúde e longa vida!... LG
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Guiné 61/74 - P26786: Convívios (1027): Pessoal de Bambadinca de 1968/71 (BCAÇ 2852, CCÇ 12 e outras subunidades): 29º convívio anual: Ponte de Lima, Restaurante Açude, sábado, 24 de maio, (Fernando Oliveira, que vive em Azeitão, e foi Fur Miil Pel Rec Info Op, CCS/BCAÇ 2852, 1968/70)

 




1. Desde 1994, que os bambadinquenses dos anos de 1968, 1969, 1970 e 1971 se reunem anualmente. As unidades e subunidades deste período, são: 

  • BCAC 2852 (1968/70)
  • BART 2917 (1970/72)
  • CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (1ª geração)  (1969/71)
  • Pel Caç Nat 52 | 54 | 63
  • Pel Mort  2106 | 2268
  • Pel Rec  Daimler 20246 | 2206

Este ano a organização cabe ao Fernando Oliveira, da ex.fur mil  op esp/ ranger, Pel Rec Inf Op, CCS/ BCAÇ 2852  (Fernando Jorge da Cruz Oliveira, de seu nome completo; mora em Azeitão). 

O encontro será na belíssima Ponte de Lima, uma  das "joias da coroa" do nosso festivo e verde Minho.

Transcreve-se a seguir a convocatória que a organização mandou, e que o Humberto Reis  (CCAÇ 12) nos fez chegar.

Chamada de atenção para o prazo-limite de inscrição: sábado, dia 10 de maio.







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Nota do editor LG:

Último poste da série > 6 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26772: Convívios (1026): 61º almoço-convívio da Tabanca da Linha, Algés, 29/5/2025, com a presença dos habituais magníficos... e também do régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, João Crisóstomo (Nova Iorque)... Inscrições: até 26 de maio (Manuel Resende)

Guiné 61/74 - P26785: Parabéns a você (2375): Henrique Matos, ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52 (Enxalé, 1966/68)

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Nota do editor

Último post da série de 8 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26777: Parabéns a você (2374): Arsénio Puim, ex-Alferes Graduado Capelão da CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/71)

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26784: Efemérides (455): Cerimónia da inauguração do Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, do Dia do Combatente e do 16.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, levadas a efeito no passado dia 3 de Maio de 2025 (Carlos Vinhal)

Realizou-se em Matosinhos, no passado dia 3 de Maio de 2025, a cerimónia de inauguração do Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, do dia do Combatente e do 16.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos, promovida pelo Núcleo e pela Câmara Municipal de Matosinhos e que contou com as presenças do Secretário Geral da Liga dos Combatentes, Coronel Lucas Hilário, da Presidente da Câmara, Dra. Luísa Salgueiro e do Vice-Presidente da Câmara, Dr. Carlos Mouta, entre outras entidades.

A cerimónia iniciou-se pelas 10h30, perante o testemunho de muitas dezenas de pessoas presentes em frente ao Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, localizado ao lado do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Leixões, onde se encontravam posicionados os Porta-Guiões dos Núcleos de Matosinhos, Porto, Penafiel, Lixa e Marco de Canavezes, uma Guarda de Honra composta por sócios combatentes do Núcleo e um clarim dos Bombeiros Matosinhos-Leça da Palmeira.
O orador deu indicações para se proceder à audição do Hino Nacional que foi cantado por todos os presentes.


De seguida, realizou-se a inauguração do Monumento pela Presidente da Câmara e pelo Secretário Geral da Liga dos Combatentes, Presidente do Núcleo e Arquiteto Rocha dos Santos e o Diácono, Sr. Daniel Basto, procedeu à sua bênção.
Posteriormente iniciou-se a cerimónia de homenagem aos mortos caídos pela Pátria: em seguida foi feita a deposição de coroas de flores no Monumento pelas seguintes entidades: Presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Leça do Balio, Presidente da Junta da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, Presidente da Junta União de Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, Câmara Municipal de Matosinhos e Liga dos Combatentes. O clarim dos Bombeiros Matosinhos-Leça da Palmeira executou os principais toques de homenagem.
O Diácono Sr. Daniel Basto fez a evocação religiosa.

Seguiram-se as intervenções alusivas à cerimónia e que foram feitas pelo sócio combatente Arquiteto Rocha dos Santos, pelo Presidente do Núcleo, pelo Secretário Geral da Liga dos Combatentes e pela Presidente da Câmara.
Procedeu-se à imposição da Medalha Comemorativa das Campanhas a 9 sócios combatentes do Ultramar e à entrega de 3 Testemunhos de Apreço aos associados com 50 anos de sócio. Foram igualmente condecorados pelo Secretário Geral da Liga dos Combatentes, Coronel Lucas Hilário, com a Medalha de Bons Serviços (grau prata), nos termos do Regulamento das Recompensas da Liga dos Combatentes dois dirigentes: sócio combatente Sargento Mor José Gomes e sócio efetivo Sargento Chefe Domingos Batoca.
Foi também entregue ao sócio combatente Sargento Mor Carlos Narra um Testemunho de Apreço pelos bons serviços prestados ao Núcleo nos três anos em que prestou serviço efetivo na Liga dos Combatentes.

O Secretário Geral da Liga dos Combatentes procedeu à entrega, a uma sócia avó, do Diploma “Dos Avós aos Netos” e dos cartões dos seus netos sócios, inserido no “Programa dos Avós aos Netos”, pretendendo-se, com esta iniciativa, incutir nos mais novos os valores da portugalidade e da cidadania, que decorrem do próprio estatuto da Liga.
A cerimónia terminou com a audição do Hino da Liga.

Pelas 13H00, no Hotel Tryp Expo, em Leça da Palmeira, com a Sala Caravela completamente lotada, deu-se início ao almoço de confraternização. O Presidente do Núcleo, antes do almoço, deu as boas vindas a todos os presentes e informou os participantes do programa previsto para depois do café.

De seguida, mandou o clarim subchefe dos Bombeiros Matosinhos-Leça da Palmeira tocar para o início da 2.ª refeição.

O programa para este dia prosseguiu com a entrega por parte do Presidente do Núcleo de duas lembranças aos sócios Dr. Jorge Magalhães e Arquiteto Rocha dos Santos, pelo seu contributo voluntário através da prestação de ações relevantes ao Núcleo e à Liga dos Combatentes. Entregou igualmente ao Secretário Geral da Liga dos Combatentes, Coronel Lucas Hilário, a Medalha do Núcleo e um donativo do Núcleo para a Liga Solidária, com o objetivo de apoiar a construção de Residências Seniores para os combatentes e famílias mais idosos de que são exemplos as de Estremoz e Porto.

Seguiu-se a animação musical com a atuação do Quinteto de metais mais percussão da Banda de Moreira da Maia de que faz parte o Vogal do Núcleo, Sargento Chefe Domingos Batoca. O seu desempenho foi brilhante e muito apreciado por todos os participantes que interagiram com grande satisfação com as músicas apresentadas.


Para encerrar o programa estabelecido, o Secretário Geral da Liga dos Combatentes e o Presidente do Núcleo cortaram o bolo, cantou-se os parabéns ao Núcleo e foi lançado o Grito da Liga.

De entre as muitas entidades presentes, destacam-se o Secretário Geral da Liga dos Combatentes, a Presidente da Câmara e o Vice-Presidente da Câmara, o Deputado da Assembleia da Républica, Dr. Eduardo Pinheiro, o Comandante da Divisão Policial da PSP de Matosinhos, o Comandante do Destacamento da GNR de Matosinhos, o Presidente da Junta da União de Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, o Presidente da Junta da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, os representantes dos Núcleos do Porto, Maia, Penafiel, Lixa e Marco de Canavezes e o Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Leça do Balio, representante do Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Leixões, representante do Lar dos Pescadores de Matosinhos, familiares dos matosinhenses falecidos no Ultramar, sócios familiares e amigos, combatentes e público em geral.

Como notas relevantes deste dia fica, em primeiro lugar, a concretização da inauguração do Monumento aos Combatentes do Ultramar, que será um exemplo representativo e emblemático da presença de muitas centenas de cidadãos matosinhenses na Guerra do Ultramar.
Neste dia, igualmente passamos o testemunho aos vindouros, o sacrifício dos 70 jovens militares matosinhenses, vidas que foram tiradas e que recordamos, e os que ainda estão vivos e lutaram pela sua bandeira.
Em segundo lugar, o destaque da disponibilidade, a dedicação e o empenho evidenciados pelos nossos dirigentes que tudo fizeram para que a concretização deste dia memorável para o Núcleo fosse um êxito e, mais uma vez, a evidência da importância da realização destas cerimónias para fortalecer os laços de amizade e de união entre dirigentes, sócios, familiares e amigos envolvidos pela sua demonstração de adesão aos objetivos da Liga: defesa dos valores morais e históricos de Portugal, promoção da solidariedade social e do apoio mútuo aos mais carenciados.

Texto e fotos do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes
Fixação do texto, selecção e edição das fotos da responsabilidade do editor CV

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Notas do editor

Vd. post de 10 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26671: Efemérides (452): Cerimónias de inauguração do Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, do Dia do Combatente e do 16.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes (Carlos Vinhal)

Último post da série de 5 de maio de 2025 > Guiné 61/74: P26766: Efemérides (454): O fim da guerra do Vietname foi há 50 anos ("Diário de Lisboa", 30 de abril de 1975)