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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Guiné 61/74 - P22805: O meu sapatinho de Natal (9): Os meus Natais de 1970, em Bambadinca, e 1971, no Saltinho (Mário Migueis da Silva, Ex-Fur Mil Rec Inf)

Ilustrações do cartunista Augusto José de Matos Sobral Cid (Horta, 1941 . Lisboa, 2019). Cromomensagens, Edição dos Estúdios Arte, s/d. É um dos grandes cartunistas portugueses.

"Durante a comissão militar prestada no leste de Angola entre 1966 e 1967 produziu uma série de caricaturas publicadas na Revista Militar de Luanda que, mais tarde, foram compiladas no livro Que se Passa na Frente?!! (editado pelo autor em fevereiro de 1974), onde Cid denuncia o nonsense que é a guerra." (Fonte: Infopédia >Augusto Cid)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Migueis da Silva (ex-Fur Mil Rec Inf, BissauBambadinca e Saltinho, 1970/72), com data de 11 de Dezembro de 2021:

Caro Carlos Vinhal:

Para eventual publicação durante a presente quadra natalícia, junto oito postais de Boas-Festas, os quais me foram remetidos por familiares no Natal de 1970, e outras tantas fotografias alusivas ao Natal de 1971. E, já agora, meia dúzia de letras introdutórias, tal como segue:


O meu primeiro Natal na Guiné passei-o em Bambadinca, onde me encontrava a estagiar por conta do Serviço de Informações Militar. Era meu tutor do estágio o Major Barros e Basto, responsável pelo Serviço de Operações e Informações e 2.º comandante, em exercício, do BART2917. 

Ali encontrei o Luís Graça e os restantes elementos da CCAÇ 12, dois dos quais, o Roda e o Pina (furriéis milicianos), eram meus companheiros de quarto. Ali tinha lugar também, para além de outras unidades, o Pelotão de Reconhecimento Daimler (Cavalaria) do Alferes Jaime Machado, depois substituído, salvo erro, pelo Alferes Vacas de Carvalho, e do Sargento Paulino das bigodaças loiras e retorcidas à senhor morgado. 

Muito haveria/haverá para contar destes três meses passados em Bambadinca, mas o facto de, infelizmente, não poder dizer maravilhas de algumas das personagens que lá conheci e com as quais tive uma relação de muita proximidade por força do “ofício” tem-me refreado os ímpetos que, de longe em longe, me levam ao teclado com vontade de “cortar a direito”. 

E, assim sendo, aqui vai, em alternativa, uma simples mensagem de paz e amor para todos os nossos “tabanqueiros” e simpatizantes, com a reprodução de oito postais de Boas-Festas que, nesse Natal de 1970, me foram remetidos por familiares (é interessante verificar que os nossos familiares, para além de se preocuparem com o nosso bem-estar físico, não esqueciam a importância do nosso estado de espírito, procurando, a cada momento, animar-nos, levantar-nos a moral).

O Natal de 1971, esse, passei-o já no Saltinho, para onde fui destacado, em diligência, após o estágio referido e um mês de formação na Sala de Informações do Comando-Chefe (Fortaleza da Amura). 

Tal como no ano anterior em Bambadinca, não houve ceia na noite de Natal, pois os aquartelamentos estavam de prevenção. Mas, no Saltinho, no dia 25, houve almoço melhorado para todas as praças, tendo os comensais da messe da oficiais e sargentos almoçado numas instalações improvisadas na ampla varanda de um abrigo, dado o elevado número de participantes reunido. É para esse almoço que vos remetem as fotografias que estou a anexar, as únicas, aliás, de que disponho alusivas ao Natal de 1971.

Boas Festas para todos,
Esposende, 10 de Dezembro de 2021
Mário Migueis

N.B. – Já que não fiquei mal de todo face à objetiva de não sei quem, anexo igualmente duas fotos minhas tipo passe, uma de farda nº 2 e crachá do Q.G. – o pipi do ar condicionado –, remontada ao tempo em que estive em Bambadinca, e outra, de camuflado, em que já sou um homem-feito, bigodes de respeito e ares de grande guerreiro, por alturas da minha estada no Saltinho.
25/12/71 - Almoço Natal 71 – Saltinho. Da esquerda para a direita: Fur Mil Migueis da Silva (S.I.M. / Informações); Fur Mil Faria (Transmissões); Fur Mil Bernardes (Armas Pesadas); mais atrás, o 1.º Cabo Lourenço (Messe de Oficiais e Sargentos)
25/12/71 - Almoço de Natal. Ao fundo, da esquerda para a direita: Sargento Calado (Logística), seguindo-se-lhe os furriéis milicianos Migueis da Silva, Faria e Bernardes; de perfil, à esquerda: Fur Mil Reis (Mecânica/Auto).
Fila da esquerda, os três primeiros: furriéis milicianos, Josué e Vale (Atiradores) e Pires (Professor), todos da CCAÇ 2701. Fila da direita, os três primeiros: furriéis milicianos, Freire (Enfermeiro da CCAÇ 2701), ……?…….. e Gomes, ambos do Pel Caç Nat 53.
Sem legenda
1970 > Mário Migueis em Bambadinca
1971 > Mário Migueis no Saltinho
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Nota do editor

Último poste da série de 10 DE DEZEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22797: O meu sapatinho de Natal (8): os últimos cinco Natais (, de 2021 a 2017), pelo nosso "poeta todos os dias", o 1º srgt art ref Silvério Dias, também conhecido como radialista do Pifas ou "senhor Pifas"

quinta-feira, 14 de março de 2019

Guiné 61/74 - P19585: Agenda cultural (676): Convite para a abertura da Exposição de Cartoons de Vasco de Castro, Museu Rafael Bordalo Pinheiro, dia 19 de Março, pelas 18h30, Campo Grande, Lisboa (Mário Beja Santos)

C O N V I T E




1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 5 de Julho de 2018:

A todos os meus queridos amigos, 
Ofereci cerca de 100 desenhos e outras obras de Vasco ao Museu Rafael Bordalo Pinheiro, sito no Campo Grande, n.º 382, a exposição abre no próximo dia 19, pelas 18h30. 
O Vasco viveu algumas décadas em minha casa, espalhado praticamente por todas as divisões, chegou a hora deste bisneto de Rafael Bordalo Pinheiro se instalar em casa própria. 

Tratando-se de um momento muito emotivo da minha vida, entregar a história de uma amizade para a plena fruição pública, muito gostaria de ter a sua companhia, nesse dia e nessa hora. 

Junto alguns elementos explicativos do que irá ver e receber. 

Com a muita cordialidade do 
Mário




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Nota do editor

Último poste da série de 10 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19568: Agenda cultural (675): os nossos amigos da Quinta da Sra. da Graça, José Manuel Lopes, poeta, vitivinicultor e nosso camarada, Luisa Lopes, a matriarca, e Vasco Lopes, enólogo, autor do "Pedro Milanos"... estão hoje na 7ª edição do Mercado Gourmet, Lisboa, Campo Pequeno, das 12h00 às 20h30...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Guiné 63/74 - P16850: O nosso querido mês de Natal de 2016 e Ano Novo de 2017 (5): Miguel e Giselda Pessoa... nos altos voos dos céus da vida...

1. Sempre bem humorado, bonacheirão, irreverente, prestável, sempre surpreendente,  o nosso Miguel,  amigo do seu amigo, camarada do sue camarada, grã-tabanqueiro de longa data, cartunista talentoso e, claro, histórico sobrevivente da guerra colonial, o único coronel pilav '(e)strelado' que eu conheço em todo o mundo e arredores... (É, além disso, o diretor da Karas de Monte Real. )

Mandou-nos este divertido, belíssimo, festivo e original  'cartanito' de Boas Festas, como votos de Feliz Natal e Ano Novo para toda a Tabanca Grande, o mesmo é dizer todos os amigos e camaradas da Guiné...

O editor, infante, terráqueo, que não está habituados às alturas, retribui, em nome da tropa toda (de ar, terre a mar),  com o desejo de boa continuação  dos altos voos nos céus da vida, para a Giselda e o seu 'asa' Miguel (e viceversa, já que ele e ela fazém tandém...). LG

PS - Se eu fosse o Chefe Supremo das Forças Armadas Portuguesas, teria que lhes dar a nota máxima, na escala de 0 a 20, por esta exibição acrobática (que, felizmente não põe em risco o ptrimónio nacional nem muito menos a soberania e independêncioa da Pátria) ... Mas, como não sou o chefe dos chefes, mas ainda sou prof, dou-lhes um Excelente nesta "prova de vida" (que é isso que conta para o nosso blogue)...

Quanto ao cartune ("cartum", no Braisl...), acho que não tem preço!... Adorei!..

2. Em tempo... (Nota do Miguel Pessoa, com data de hoje, posterior à edição deste poste)

Como não contava que fosse dado tanto relevo ao meu "cartanito" não me preocupei em mencionar a autoria dos "bonecos" nele contidos. É certo que o cartoon foi ideia minha, mas os "bonecos" foram uma oferta do Paulo Moreno, o "benjamim" da Tabanca do Centro que muito nos tem apoiado nas nossas iniciativas - são da sua autoria as T-Shirts, aventais, bolsas, bonés, canecas e outros projectos que têm saído da sua loja com motivos alusivos à Tabanca do Centro. Aqui fica a informação, pois não gosto de brilhar com o trabalho dos outros...

Um abraço
Miguel Pessoa
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Nota do editor:


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14240: Inquérito online: somos um povo de afetos ? Resultados preliminares (n=70): 80 % dos respondentes "concordam totalmente", com a proposição segundo a qual "em matéria de afetos, e em relação aos guineenses, levamos hoje a dianteira a russos, chineses, cubanos, suecos e outros que apoiaram o PAIGC no tempo da guerra colonial"...



Um cartoon (ou cartune, como vem grafado nos novos dicionários da língua portuguesa) histórico alusivo ao reconhecimento, por parte do Portugal democrático, da independência da Guiné Bissau, em 10 de Setembro de 1974.

Fonte: Gaiola Aberta. nº8 (1 de Outubro de 1974) © José Vilhena (1974) (com a devida vénia). 

Imagem gentilmente cedida por Jorge Santos, um dos primeiros membros da nossa Tabanca Grande (2005). Foi 1º Grumete Fuzileiro, Companhia de Fuzileiros nº 4 (Moçambique, Metangula, Cobué, Jan. 68/ Abr.70). É DFA, e autor de uma das páginas mais antigas sobre a guerra colonial.

Imagem também disponível  no Centro de Documentação 25 de Abril, da Universidade de Coimbra. Vd. também aqui uma página dedicada ao grande cartunista português José Vilhena (n. 1927, Figueira de Castelo Rodrigo).

I. Mensagem que circulou hoje pelo correio interno da Tabanca Grande;

Assunto: Sondagem > Somos um povo de afetos ? Resultados preliminares (n=70)

Amigos/a, camarada:

É a primeira "sondagem" do ano.... Prometemos, ao pessoal, não o massacrar muito, ao longo de 2015... Mas a tua opinião é importante... Estas sondagens não têm a veleidade de serem "científicas", o seu objetivo é didático, ajudam-nos a conhecer-nos melhor, a nós e aos outros... E animam o blogue. Temos ainda 4 dias para votar. Os resultados preliminares que apresentamos, respeitam a 70 votantes...

Recorde-se a pergunta sobre a qual tens que dar a tua opinião ("concordo", "discordo"...): 

"Em matéria de afetos, e em relação aos guineenses, levamos hoje a dianteira a russos, chineses, cubanos, suecos e outros que apoiaram o PAIGC no tempo da guerra colonial" (*)...

O voto é feito diretamente no blogue, "em linha", no canto superior esquerdo... E podes comentar aqui, na caixa de comentários do poste P14234 (*).

Outra coisa: nunca dês a ninguém, estranho ao blogue, a nossa lista de endereços. Por razões de segurança... Há quem ande a usar,  indevida e abusivamente,  a nossa lista de endereços de email. Nas comunicações entre nós mete sempre os destinários com os endereços ocultos (Bcc).

Obrigados. Um alfabravo caloroso. Cuidado com a(s) gripe(s)...

Os editores
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II.  Resultados preliminares (n=70)

1. Concordo totalmente > 56 (80%)

2. Concordo em parte  > 6 (8%)

3. Não concordo nem discordo / Não sei  > 3 (4%)

4. Discordo em parte  > 2 (2%)

5. Discordo totalmente > 3 (4%)


Votos apurados: 70
Dias que restam para votar: 4

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Nota do editor:

(*) Vd. poste de 8 de fevereiro de 2015 >Guiné 63/74 - P14234: Sondagem: opinião "em matéria de afetos, e em relação aos guineenses, levamos hoje a dianteira a russos, chineses, cubanos, suecos e outros que apoiaram o PAIGC no tempo da guerra colonial"...

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12944: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte VII: Deveres do Cabo da Guarda e Apresentação aos Superiores - ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")

1. Finalização da publicação dos Deveres Militares, edição SPEME de 1969, em banda desenhada com muito humor à mistura, enviado ao nosso Blogue pelo camarada Fernando Hipólito, ex-Fur Mil da CCAÇ 2544, Angola, 1969/71.











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Nota do editor

Poste anterior da série de 5 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P12937: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte VI: Deveres do Cabo de Dia à Companhia - ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")

sábado, 5 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12937: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte VI: Deveres do Cabo de Dia à Companhia - ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")

1. Continuação da publicação dos Deveres Militares, edição  SPEME de 1969, em banda desenhada com muito humor à mistura, enviado ao nosso Blogue pelo camarada Fernando Hipólito, ex-Fur Mil da CCAÇ 2544, Angola, 1969/71.









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Nota do editor

Último poste da série de 30 DE MARÇO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12915: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte V: Plantão à caserna e faxinas regimentais... ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")

domingo, 30 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12915: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte V: Plantão à caserna e faxinas regimentais... ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")
























Continuação da reprodução da brochura "Deveres Militares", uma edção do SPEME - Serviço de Publicações do Estado Maior do Exército, 2ª edição, 1969...

A lista dos deveres de um militar é (ou era) longa...Publicamos hoje os deveres de:

(i) Plantão à caserna (nº 4 do art. 81º do antigo RDM - Regulamento de Disciplina Militar, que esteve em vigor até 1977!)... às cavalariças (artº 96º do RDM que estava em vigor do nosso tempo);

(ii) Faxinas regimentais (art. 90º do RDM).

O RDM do nosso tempo, de saudosa memória (!),  foi substituído pelo atual RDM - Regulamento de Disciplina Militar, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 142/77, de 09ABR, com diversas alterações. (Entrou em vigor em 10 de abril de 1977, e foi promulgado pelo então Presidente da República António Ramnalho Eanes),

1. O documento chegou-nos, digitalizado, por intermédio do Fernando Hipólito e César Dias. O Fernando Hipólito [, foto atual à direita, ] é o nosso novo grã-tabanqueiro, com o nº 650...

Recorde-se que ele passou pelo CISMI, Quartel da Atalaia, Tavira, 3º turno, 1968. Foi fur mil, CCAÇ 2544, Angola, 1969/71. Esteve a maior parte do tempo no leste, em Lumege.

Há um blogue sobre Lumege e a malta que por lá passou. E onde o Fernando Hipólitio colabora.  

O nosso novo grã-tabanqueiro mandou-nos, entretanto, e a nosso pedido, a sua foto atual. Auqi temos o Hipólito "de fato e gravata, porque foi a minha farda durante anos, como técnico de vendas de um empresa de tintas de imopressão",

2. O nosso camarada, António J. Pereira da Costa (Tó Zé para os amigos) j´«a nos camou "a atenção para o humor e qualidade dos desenhos. Creio que era de um desenhador que também aparecia no "Século Ilustrado"....Há também uns desenhos destes relacionados com os crimes militares previstos no CJM...

"Creio que [o ilustrador] tinha o apelido ou assinava Benamor. [Sim, Tó Zé, parece-me o traço do cartunista João Benamor].

E havia também um conjunto de quadros murais onde se davam conselhos à malta do tipo:
"Uma palavra a mais, um amigo a menos" e "Ela é toda ouvidos - e tinha umas orelhas enormes - come e cala-te",

(... ) "Pode ser que a Biblioteca do Exército tenha alguns exemplares que, se passados a pente fino, nos deem qualquer indicação. (comentário ao poste anterior, de 26/3/2014).


É possível que a esta brochura, que temos vindo  a pubicar,  faltem folhas.... O César Dias já nos
explicou que este e outros documentos "são fruto duma 'limpeza' que ele [, Fernando Hipolito,] fez na secretaria da 3ª companhia do CISMI, em Tavira... Vê que até as folhas das notas do nosso pelotão nas várias disciplinas ele conseguiu apanhar do cesto dos papeis." (comentário ao poste anterior, de 26/3/2014).

Ao Francisco Baptista, por sua vez, estas  imagens que publicámos no poste anterior, mexeram com as suas recordações de infância:

 "Tu fazes me regressar ao tempo da tropa do meu pai que, soldado em Mafra e por ter batido num cavalo mais bravio, foi punido, penso que com uma repreensão. Há uma foto dele com essa farda antiga do tempo da 2ª Guerra ou anterior na casa da aldeia. Penso que seria de cavalaria. Agradeço-te também por me ilustrares esse passado." (comentário ao poste anterior, 26/3/2014).


3.  O nome de João Benamor é referido aqui,  neste excerto que publicamos, retirado com a devida vénia, da página na Net do Exército:

(.,..) “O HUMOR NO JORNAL DO EXÉRCITO 1961- 1974” resultou de um desafio lançado a dois jovens soldados com o objectivo de pesquisarem, seleccionarem e exporem caricaturas e cartoons que ao longo do período em apreço pudessem caracterizar a expressão desta arte gráfica no âmbito da sátira, da ironia, da irreverência, ou da crítica social que, entre outros aspectos, reflectissem o dia-a-dia de um meio profissional que, particularmente no período em causa, atravessava e participava na designada Guerra Colonial/Guerra do Ultramar.

"Tratando-se o “JORNAL DO EXÉRCITO” de uma publicação periódica direccionada para a instituição militar a sua difusão era significativa nas Unidades, Órgãos e Estabelecimentos militares, sendo lida por oficiais, sargentos e praças. Apesar da abordagem se debruçar no referido período de guerra, ao contrário do que acontecia nos “jornais de quartel” editados nas antigas colónias, a menção a este conflito é subtil, apenas se inferindo o contexto geográfico apresentado nas imagens. De igual modo, não se vislumbra uma clara critica à situação politico-militar. A temática advertia o leitor sobretudo para aspectos do meio que o militar viria a encontrar nas terras de África.

"Conscientes de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o humor destes Cartoons era utilizado de forma pedagógica para alertar e instruir, em particular este grupo profissional, sobre questões de segurança, sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.   

"A organização militar, a hierarquia ou as condições de vida nos quartéis são alguns dos temas abordados com ironia, deixando ler nas entrelinhas a critica mordaz ou a irreverência com que são caricaturadas as situações. Embora o J.E. publicasse alguns trabalhos de origem estrangeira o grosso dos seus colaboradores, militares ou civis, eram nacionais. Com o traço mais ou menos elaborado, com maior ou menor qualidade, com desenhos que só por si diziam tudo, ou mais dependentes do texto, foi vasto o leque de autores como:

Vicente da Silva,
João Benamor
Zé Manel,
José Antunes, 
Higino, 
Cid, 
Baptista Mendes, 
Al-Cid, 
Majcid, 
Samuel 

e tantos outros que ao longo desse período conseguiram, com o seu humor, instruir e arrancar, no mínimo, sorrisos a quantos folhearam as suas páginas." (...)


[Realce a amarelo e negritos, nossos,  editor L.G.]
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Nota do editor:

Postes anteriores da série: