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sábado, 15 de abril de 2023

Guiné 61/74 - P24224: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Parte XXIV: As previsões agoirentas do adivinho Mamadu Candé que nos via, a mim e ao João Bacar Jaló, a viajar num barco para desembarcarmos numa grande cidade e aí a sofrer muitas baixas (... só não nos disse o nome da cidade: Conacri...)



Guiné > s/l > 1ª CCmds Africanos > c. 1970 > Da esquerda para a direita, em pé, os então alferes graduados 'cmds' Saiegh e Sisseco, o major inf Leal de Almeida, o tenente graduado 'cmd' João Bacar Jaló e outro alferes. Em baixo, o ex-fur mil pil Ramos, e o alferes graduado 'cmd Justo Nascimento. Foto reproduzida no livro, pág. 167. A foto é do Jorge Caiano, ex-1º cabo especialista, melec/av (Bissalanca, BA12, 1969/70), a residir desde 1974 no Canadá (Poste P3897). 

Foto (e legenda): © Jorge Caiano (2009). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné


1. C
ontinuação da publicação das memórias do Amadu Djaló (Bafatá, 1940-Lisboa, 2015), a partir do manuscrito, digital,  do seu livro 
"Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, + fotos, edição esgotada) (*).

O seu editor literário, ou "copydesk", o seu camarada e amigo Virgínio Briote,  facultou-nos uma cópia digital; o Amadu, membro da Tabanca Grande, desde 2010, tem cerca de nove dezenas de referências no nosso blogue.

[Floto à direita > O autor, em Bafatá, sua terra natal, por volta de meados de 1966. (Foto reproduzida no livro, na pág. 149) ]

Síntese das partes anteriores:

(i) o autor, nascido em Bafatá, de pais oriundos da Guiné Conacri,  começou a recruta, como voluntário, em 4 de janeiro de 1962, no Centro de Instrução Militar (CIM) de Bolama;

(ii) esteve depois no CICA/BAC, em Bissau, onde tirou a especialidade de soldado condutor autorrodas;

(iii) passou por Bedanda, 4ª CCaç (futura CCAÇ 6), e depois Farim, 1ª CCAÇ (futura CCAÇ 3), como sold cond auto;

(iv) regressou entretanto à CCS/QG, e alistou-se no Gr Cmds "Os Fantasmas", comandado pelo alf mil 'cmd' Maurício Saraiva, de outubro de 1964 a maio de 1965;

(v) em junho de 1965, fez a escola de cabos em Bissau, foi promovido a 1º cabo condutor, em 2 de janeiro de 1966;

(vi) voltou aos Comandos do CTIG, integrando-se desta vez no Gr Cmds "Os Centuriões", do alf mil 'cmd' Luís Rainha e do 1º cabo 'cmd' Júlio Costa Abreu (que vive atualmente em Amesterdão);

(vii)  depois da última saída do Grupo, Op Virgínia, 24/25 de abril de 1966, na fronteira do Senegal, Amadu foi transferido, a seu pedido,  por razões familitares, para Bafatá, sua terra natal, para o BCAV 757; 

(viii) ficou em Bafatá até final de 1969, altura em que foi selecionado para integrar a 1ª CCmds Africanos, que será comandada pelo seu amigo João Bacar Djaló; 

(ix) depois da formação da companhia (que terminou em meados de 1970), o Amadu Djaló, com 30 anos, integra uma das unidades de elite do CTIG; a 1ª CCmds Africanos, em julho, vai para a região de Gabu, Bajocunda e Pirada, fazendo incursões no Senegal e em setembro anda por Paunca: aqui ouve as previsões agoirentas de um adivinho;

(x) em finais de outubro de 1970, começam os preparativos da invasão anfíbia de Conacri (Op Mar Verde, 22 de novembro de 1970), na qual vai participafr

 

Capa do livro do Amadu Bailo Djaló, "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974", Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, + fotos, edição esgotada.  



Guiné > Região de Gabu > Carta de Paunca (1957) ( Escala 1/50 mil > Posição relativa de Paunca e do rio Xaianga (ou Geba Estreito) que vem do Senegal, atravessando a fronteira no marco 74

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas fa Guiné (2023)



Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um    luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Parte XXIV:  
 

As previsões agoirentas do adivinho Mamadu Candé que nos via, a mim e ao João Bacar Jaló, a viajar num barco para desembarcarmos numa grande cidade e aí a sofrer muitas baixas


Em setembro
 [de 1970] , na última saída da companhia para os lados do rio Xaianga, quando estávamos a regressar a Paunca [1], um guarda da administração civil, de nome Sore Bombeiro, viu-nos passar nas viaturas. Esse homem viveu muitos anos com o capitão João Bacar Jaló, na vila de Catió. Quando me viu, fez-me sinal para eu ir ter com ele.

Mal a coluna entrou no aquartelamento de Paunca, fui procurá-lo e vi-o a falar com um homem também meu conhecido, o adivinho Mamadu Candé.

Quando eu e o capitão João Bacar, em feve
reiro [de 1970] , tínhamos vindo de Bissau para Fá Mandinga, para formarmos a CCmds da Guiné, o capitão Barbosa Henriques  [o instrutor]   deixou-nos em Bambadinca para tratarmos da situação das nossas famílias. E foi nessa ocasião que, em casa de um companheiro de João Bacar, encontrei esse tal homem, o Mamadu Candé, um Homem Grande e adivinho muito respeitado.

Pois, então, em Paunca, quando o encontrei, Mamadu Candé disse-me, solenemente, para eu avisar o capitão João Bacar que fizesse tudo por tudo para que a nossa companhia não fosse deslocada para ocidente de Fá Mandinga. Que nos ajudava a tratar de nos mantermos no leste, que a nossa fama já era grande e que, assim, o leste não seria conquistado. E disse mais: que nas suas previsões nos tinha visto a viajar num barco para desembarcarmos numa grande cidade e que nessa cidade íamos começar a sofrer muitas baixas.

Quando lhe perguntei que cidade era essa, se ficava na Europa ou em África, ele respondeu que não sabia. Eu acho que ele sabia muito bem qual era a cidade, não queria era dizer-nos.

Depois de acabarmos a conversa corri para uma viatura da coluna e seguimos em direcção a Bajocunda e, só à noite, quando chegámos contei a conversa ao João Bacar, mas ele não deu qualquer resposta.

Em finais de outubro de 1970, estava eu e o furriel Talabio a regressar a Fá Mandinga, tive conhecimento que o capitão João Bacar ia estar trinta dias de férias. Chegado o dia, ele e o Talabio foram para Bissau com o major Leal de Almeida, o supervisor da nossa companhia.

Nessa data, dois grupos nossos partiram para o Enxalé[2] e eu fui com um dos grupos. Os outros grupos da companhia ficaram em Fá.

Já no Enxalé, quando estávamos a regressar da primeira saída[3], chegou uma mensagem para recolhermos todas as unidades o mais rapidamente possível. Nem houve tempo para descansar da saída, arrumámos as nossas bagagens e corremos para o porto, para apanhar o barco para o Xime. Aqui chegados entrámos para as viaturas e rumámos para . Depois de pousarmos as armas e os equipamentos seguimos para Bafatá.

Eu, logo de manhã fui ao mercado ver gente conhecida. Havia muito peixe nas bancas e comprei uma cabeça de bicuda, que a minha mulher levou para casa para fazerem uma caldeirada, enquanto fiquei a conversar com os meus amigos.

A certa altura, um soldado chegou ao pé de mim e, fazendo-me a continência, eu era furriel então, disse que queria falar comigo em particular. O que tinha para me dizer era que a companhia estava a ser recolhida, por ordem de Bissau. Perguntei-lhe pelo major Leal de Almeida, ele não sabia a resposta, perguntei-lhe quem tinha dado a ordem e ele também não tinha resposta para dar.

Então, tomei o meu lugar na viatura e dirigi-me para casa. Quando cheguei a comida ainda não estava pronta, mudei outra vez de roupa e despedi-me da família, com grande pena minha e deles. A minha mãe perguntou se eu não esperava pelo almoço e eu respondi que não tinha tempo para esperar, que ia sair com fome. Uma facada no coração da minha mãe, foi o que ela deve ter sentido.

Quando voltei a ver a minha mãe, quase um mês depois, vi-a muito magra. Quando me abraçou, senti o seu coração bater de amor e sentimento que ela tinha por mim. Sei que a minha mãe só comeu à vontade, a partir desse dia. 

Continua: vd. poste P233804 (**).

[Seleção / Revisão e fixação de texto / Parènteses rectos com notas /  Subtítulo / Negritos: LG]
______________

Notas do autor ou do editor literário (VB):

[1] Nota do editor: desde 26 Julho 1970, guarnecida com a CCaç 2658 e, desde 15 Agosto 1970, com a CArt 11 / CTIG.

[2] Nota do editor: destacamento da CArt 2715.

[3] Nota do editor: 30 Outubro/07 Novembro 1970.
_____________

Notas do editor LG:

(*) Último poste da série > 6 de abril de 2023 > Guiné 61/74 - P24204: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Parte XXIII: Na 1ª CCmds Africanos em 1970: de Fá Mandinga a Bajocunda, Pirada e Senegal, respondendo ao terror do PAIGC

(**) Vd. poste de 22 de novembro de 2022 > Guiné 61/74 - P23804: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Parte X: Op Mar Verde, há 52 anos, em 22/11/1970: para Conacri, rapidamente e em força.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3904: FAP (13): Nha Bolanha, o Ramos, o Jorge Caiano, o Manso, o corta-fogo do AL III, Bissalanca... (Jorge Félix)


1. Duas mensagens do nosso camarada Jorge Félix, ex-Alf Mil Pil (Bissalanca, BA12, 1968/70), que por razões de saúde tem andado arredado do nosso blogue e do nosso convívio (*):

(i) O Piloto Aviador Ramos

Caro Luís:

A minha saúde não tem andado como se pretende, por isso nem vontade tenho para ligar o PC.

Espero nas próximas semanas voltar ao convívio dos tertulianos de Matosinhos.

Escrevo para informar, foi-me transmitido por telefone, que num programa RTP, Domingo 15, falaram do Blogue e passaram o meu vídeo Nha Bolanha.

O Piloto é o Ramos,com o indicativo "quiri-quiri", se não estou em erro. Foi com bastante alegria que o revi. Desde "aqueles tempos" que não lhe punha a vista em cima. (**)

Obrigado pelo momento.

Um abraço Jorge Félix

(ii) O Melec/AV Jorge Caiano e o corta-fogo do AL III
Caro Luís:

Isto é um vício, depois de começar a ler não pude parar, mesmo com um certo custo. O Jorge Caiano era um menino, como todos nós, que me deu o privilégio de acompanhar naqueles ares de Bissau. Um enorme abraço de saudade para ele. (***)

Num almoço que tive em inicio de Janeiro com o Coelho falou-se nele e aí fiquei a saber que não tinha falecido algum "mecânico especialista", como se escreve por outros sítios da Blogosfera.

A alavanca de gás que se refere no email, deve ser "corta fogo"; nunca tinha ouvido falar ser esta a razão do acidente.

Aproveito para mandar um abraço ao Jorge Caiano.

Quando melhorar vou procurar as fotos do almoço com o Coelho e envio-as para o Blogue.

Desculpa, a minha cabeça também não está bem. Isto há-de melhorar. Até lá.

Um abraço, Jorge Félix


Reunão de convívio de antigos pilotos que passaram por Bissalanca, BA12 (1968/70) > 29 de Novembro de 2008 > O Jorge Félix, o primeiro da primeira fila, à esquerda, mais um grupo de camaradas, todos antigos pilotos da FAP que passaram pela Guiné de 1968 a 1970. Escreve ele: "Segue uma foto, arrancada no último 29 de Novembro de 2008, com um grupo de pilotos que voaram pelos ares da Guiné nos anos de 68/69/70. Alguns dos nossos tertulianos devem conhecê-los, com um pouco de esforço e 40 anos em cima. Eu, o Duarte e o Coelho voavam helis. Os restantes voavam T6 e o Nico também voava Fiats, ou para os mais puristas, era piloto de Fiats e também voava T6". (****)

Foto: © Jorge Félix (2008). Direitos reservados.


2. Comentário de L.G.:

Jorge: Tens direito ao teu silêncio. Só é pena é que o silêncio (bloguístico) te seja imposto, por más razões... A gente não se esquece de ti... Ou faz por isso. Mas a gente também vai fazer força para que recuperes rapidamente a energia vital e a vontade de te sentares, à sombra do nosso poilão, e de te pores de novo a cavaquear com a malta, a começar pela rapaziada da Tabanca de Matosinhos... (Presumo que não tenhas lá aparecido, aos almoços de 4ª feira).

Obrigado pela atenção que, mesmo assim, ainda consegues dispensar às nossas blogarias. Acabei agora mesmo de falar com o Jorge Caiano, que ficou muito sensibilizado pelas tuas palavras que eu fiz questão de lhe ler, de viva voz, antes de as publicar... Não imaginas o bem que as palavras às vezes nos fazem, quando ditas ou escritas pelos amigos que estão longe....

O Jorge descobriu, com muita alegria, o nosso blogue (bem como o do Victor Barata), através de um antigo fuzileiro, seu vizinho e amigo. Está há 35 anos no Canadá. Não vem há 4 a Portugal. Tem filhos e netos. Trabalha numa empresa metalomecânica que fabrica linhas de montagem para a indústria automóvel. Uma multinacional. Vive perto de Toronto, como eu já tinha dito. Tem amigos, como o José [Alberto] Jorge, que conhece a minha família da Lourinhã, e que é do meu tempo de infância e de adolescência , embora não o veja há 40 (Estive agora mesmo a fakar com ele). De facto, vivemos numa aldeia global.

E já agora o Jorge Caiano também me disse que ia agora passar uma semana de férias na República Dominicana, com a esposa... Tem muitas saudades da Guiné, de Bissalanca, da malta fixe da BA12... Prometeu-me mandar mais umas fotos da época. Insistiu em dizer que andou muito nos helis com o Coelho, mas que também se lembra de ti...
Em relação ao trágico acidente que vitimou o Manso (mais o capitão do exército e os quatro deputados), ele não quis entrar em muitos mais pormenores, mas faz questão de dizer que ainda viu uma "chama" no interior do heli... Explosão ? Não pode dizer que sim, nem que não.... Por falta de tempo, não esclareci com ele a questão, por ti levantada, do "corta-fogo"... Não percebo nada de helis... Um dia, com mais tempo e vagar, voltaremos ao assunto. Votos de rápidas melhoras, para ti. Boas férias, para o Caiano. Um Alfa Bravo. Luís

___________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste anterior desta série:

14 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3892: FAP (12): O Fur Mil Pil Mota, e as Enf páras Giselda e Natália, caídos no Como em 1973 e salvos pelos fuzos (Miguel Pessoa)

(**) Vd.poste de 15 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3897: Dando a mão à palmatória (19): O meu amigo ex-Fur Mil Pil Ramos, de Vila Nova Famalicão (Humberto Reis)

(***) Vd. postes de:

14 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3891: FAP (11): Jorge Caiano, ex-Melec/AV, BA12, 1969/70, reconhecido por Augusto Ferreira

12 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3879: FAP (9): Jorge Caiano, ex- 1º Cabo Esp Melec, BA12, 1969/70, no Canadá desde 1974

11 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3875: FAP (8): O meu saudoso amigo e camarada Francisco Lopes Manso (Miguel Pessoa, Cor Pilav Ref)

10 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3866: FAP (7): Troca de lugar no ALL III salvou-me a vida, em 25 de Julho de 1970 (Jorge Caiano, mecânico do Alf Pilav Manso)

(****) Vd. poste de 11 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3604: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (15): Eu, o Duarte, o Coelho, o Nico... mais o Jubilé do Honório (Jorge Félix)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3891: FAP (11): Jorge Caiano, ex-Melec/AV, BA12, 1969/70, reconhecido por Augusto Ferreira



1. Reprodução do poste de 13 de Fevereiro de 2009 > 786 JORGE CAIANO. do blogue do Victor Barata Especialistas da BA 12, Guiné 1965/74 (com a devida vénia...):


Augusto Ferreira
2º Srgt Melec/Av Tete
Coimbra

Assunto - O Jorge Caiano


(...) Amigo Victor, ao ler no nosso blog as notícias relacionadas com o acidente que vitimou, na Guiné, o nosso companheiro piloto Francisco Manso, pelo CAIANO (*), parei por uns momentos, pois o nome era-me familiar.

Mas inicialmemte era MMA pensei, não deve ser o mesmo que conheci. Mas quando foi feita a correcção pelo Luís Graça, de que era MELEC/AV, concluí que não estava errado. Estive com ele.

Em 1971 pertencemos á mesma secção eléctrica da BA7 – S. Jacinto-AVEIRO. Tanto quanto me lembro, ele vivia em Quintãs, na zona de Aveiro.

Era um jovem alto e bem constituído fisicamente. Estávamos lá na altura na secção, com 1º Srgt Agostinho, com o Lapa e eu, todos de Coimbra, juntamente com ele.

Cheguei a esta base (na altura de instrução de pilotagem ), no final de Maio de 1971, acabadinho de concluir, na BA2-Ota, a especialidade de Electricista de Aviões e Instrumentos e foi aí que utilizei, pela primeira vez, os meus conhecimentos da especialidade, nas dezenas de aviões T6G que lá estavam estacionados, também na companhia do nosso companheiro CAIANO.

Não sei se ele se recorda de mim, e espero não estar errado. De qualquer modo, de aqui lhe envio um forte abraço e o desejo de que seja muito feliz, no país que escolheu para viver e trabalhar. (...).

Até breve
Augusto Ferreira

_________

Nota de L.G.:

(*) Vd. poste de 12 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3879: FAP (9): Jorge Caiano, ex-1º Cabo Esp Melec, BA12, 1969/70, no Canadá desde 1974

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3879: FAP (9): Jorge Caiano, ex- 1º Cabo Esp Melec, BA12, 1969/70, no Canadá desde 1974

Guiné > Bissalanca > BA12 > O 1º Cabo Especialista Melec Jorge Caiano (1969/70) > A bordo de um Heli Al III. Era Melec e voou com o Alf Mil Pil Francisco Lopes Manso, tragicamente desaparecido no Rio Mansoa, em 25 de Julho de 1970 (*). (LG)

Guiné > Zona Leste > Sector L1 (Bambadinca) > Fá Maninga > 1970 > No dia do juramento de bandeira da 1ª Companhia de Comandos Africanos, a que assistiu o Gen Spínola. O Alf Mil Pil Ramos deixa-se fotografar com os oficiais (graduados) da Companhia: na primeira, ao lado do piloto Ramos, o Alf Cmd Justo; de pé, na segunda fila, da esquerda para a direita, o Alf Cmd Saiegh, o Alf Cmd Sisseco, o Major Leal de Almeida, supervisor da companhia, o Cap Cmd Bacar Jaló, comandante da companhia, e o Alf Cmd Agusto Sá.

Segundo me confirma o Virgínio Briote, nosso co-editor (**), o Augusto Sá, o Sisseco e o Justo fizeram operações com ele, integrando o Grupo Cmds Vampiros (o Justo e o Sisseco) e o Gr Cmds Centuriões, ambos pertencentes aos primeiros comandos da Guiné (1965/66), de que o nosso Mário Dias foi instrutor. Pedi também ao Jorge Cabral, régulo de Fá Mandinga na época (***), para me confirmar a legenda desta foto. (LG)

Algures em Portugal, c. 1968 ou 1969, os 1ºs Cabos Especialistas e amigos Jorge Caiano (à esquerda) e Manuel do Rosário (à dierieta). O Jorge é natural de Pombal e o Manuel do Rosário é natural da Lourinhã (curiosamente ainda somos parentes, a avô materna dele e o meu avô paterno eram primos direitos; além disso, somos da mesmao geração e ainda andámos juntos na escola). (LG)

Fotos: © Jorge Caiano (2009). Direitos reservados

1. Mensagem do Jorge Caiano, que vive no Canadá, perto de Toronto, e que foi 1º Cabo Espec Melec da FAP (Guiné, Bissalanca, BA12, 1969/70) (*):

Caro Luís

Desculpa o atraso desta email, mas, e com diz o nosso povo, "mais vale tarde do que nunca".

Hoje ao entrar na Tabanca Grande, deparei que tinhas colocado no blogue toda ou quase toda a conversa telefónica que tive contigo. Desde já os meus agradecimentos. Só uma pequena correcção(não tem muita importância): eu era Melec, mec elec/instrumentos, não MMA.

Algumas fotos dos meus tempos na Guiné 1969/1970:

As do heli que se despenhou [no Rio Mansoa,
em 25 de Julho de 1970, e em que perdeu a vida o Alf Mil Pil Francisco Manso, mais um capitão do Exército e quatro deputados da Nação] (*) , com o passar dos anos estão coladas no álbum.

Não tive outra alternativa senão tirar uma

foto.

Outra é dos Comandos Africanos, penso que os reconheces. Esta foto foi tirada, salvo erro, quando juraram bandeira, muito perto de Bambadinca, com a presença do General Spínola. O piloto que está na foto é o Ramos,
se a memória não me falha.

Nas outras fotos, sou eu e o teu conterrâneo Manuel do Rosário.

Talvez sábado ou domingo telefono.

Um grande abraço
Jorge Caiano

2. Comentário de L.G.:

Obrigado pelo teu mail e pelas fotos. Procurei ser fiel ao teor da conversa que tivémos ao telefone, no passado dia 31 de Janeiro. Desculpa o lapso em relação à tua especialidade. Vou corrigir.

O mais importante é que possas estar, a partir de agora, ligado à nossa caserna virtual, a que chamámos Tabanca Grande, e onde se reúne malta que esteve na Guiné durante o tempo da guerra colonial (1963/74), independente do posto, da arma, da especialidade, da origem, do ano, da idade, ou da actual condição social ... Sê bem vindo.

Obrigado também pela foto do Manuel do Rosário, meu amigo e parente: sabes que há uns anos atrás ele teve um grave acidente, com um camião TIR (de que era condutor), em França (julgo eu), onde ía perdendo a vida (e, no mínimo, perdeu um braço)... Tens tido notícias dele ? Quando eu o vir, na Lourinhã, vou dar-lhe um abraço teu. Seguramente que irá ficar feliz por saber notícias tuas. E tu, vai aparecendo, camarada. Um Alfa Bravo. Luís

____________

Nota de L.G.:

(*) Vd. postes de:

11 de Fevereiro de 2009 >
Guiné 63/74 - P3875: FAP (8): O meu saudoso amigo e camarada Francisco Lopes Manso (Miguel Pessoa, Cor Pilav Ref)

10 de Fevereiro de 2009 >
Guiné 63/74 - P3866: FAP (7): Troca de lugar no ALL III salvou-me a vida, em 25 de Julho de 1970 (Jorge Caiano, mecânico do Alf Pilav Manso)

(**) Mail de hoje, do vb:

Caro Luís,

No seguimento da nossa conversa, revi com mais calma as fotos que tenho dos cmds em 1965/66. Tenho ainda umas, à volta de meia centena, que ainda não descobri onde param e que respeitam a um momento "histórico", que foi os primeiros treinos com os helis, penso que a partir dos finais de 65, princípios de 66.

Essas fotos, que ainda tenho presentes, foram tiradas por alguém do Dest Foto-Cine do QG, mostram o Gr Cmds Vampiros em treinos com os Allouettes. Na que me enviaste, confirmo: o 2º da esqª, [na 2ªfila, de pé,] é o Adriano Sisseco. Quando o conheci em 65 era soldado do Gr Cmds Vampiros; o último da direita, ainda que não totalmente seguro, parece-me o Augusto Sá, do Gr Cmds Centuriões em 65; o 2º da esquerda, em baixo [1ª fila], é o Justo Nascimento. Um abraço. vb

(***) O Jorge Cabral também confirma:

Amigo Luís!
Claro que estava lá. Ao lado do Saieg, creio ser o Sisseco. Foi nesse dia a única vez que andei de helicóptero como relatei na minha estória "O meu momento de glória"-P.1857 (****).

Conheci pois o Ramos e o Caiano.

Abraços para ambos.
Jorge Cabral

(****) Vd. poste de 19 de Junho de 2007 >
Guiné 63/74 - P1857: Estórias cabralianas (24): O meu momento de glória (Jorge Cabral)

(...)

Manga de ronco, Pessoal! Spínola veio a Fá, visitar os Comandos Africanos e praticamente toda a população das Tabancas vizinhas compareceu. Homens e Mulheres Grandes, belas Bajudas, e muitas, muitas crianças.

A Pátria, pois então… E uma Guiné melhor.

O Caco entusiasmou-se. Tanto, que optou por ir de viatura para Bambadinca. E lá partiu em coluna, comandada pelo Capitão João Bacar Djaló.

Claro, mais um banho de multidão…

Quanto ao Helicóptero, foi mandado para a Sede do Batalhão, tendo eu pedido boleia, pois nunca experimentara voar numa nave daquelas.

Simpático, o Piloto acedeu, e antes do destino, sobrevoou Missirá, o Enxalé e o Xime, que do ar, pareciam apenas clareiras rodeadas pela floresta.

Ao descer sobre Bambadinca, apreciei a nervosa azáfama lá em baixo. À pressa, o Tenente- Coronel Comandante, os Majores, Segundo Comandante e Oficial de Operações, dirigiram-se para o local de aterragem, a fim de receber Sua Excelência.

O Helicóptero poisou. Saí e deparei com todos eles perfilados, em continência. Correspondi então, dizendo:
- À vontade, meus Senhores... Por mim, só vim beber um uisquinho...

Jorge Cabral


Sobre os comandos africanos, vd. enter outros os seguintes postes

:11 de Julho de 2005 >
Guiné 69/71 - CIII: Comandos africanos: do Pilão a Conacri (Luís Graça)

23 de Maio de 2006 >
Guiné 63/74 - DCCLXXXIV: Lista dos comandos africanos (1ª, 2ª e 3ª CCmds) executados pelo PAIGC (João Parreira)

19 de Fevereiro de 2007 >
Guiné 63/74 - P1536: Morreu (1)... Barbosa Henriques, o ex-instrutor da 1ª Companhia de Comandos Africanos (Luís Graça / Jorge Cabral)

19 de Março de 2007>
Guiné 63/74 - P1611: Evocando Barbosa Henriques em Guileje (Armindo Batata) bem como nos comandos e na PSP (Mário Relvas)

2 de Abril de 2007 >
Guiné 63/74 - P1640: A africanização da guerra (A. Marques Lopes)

20 de Maio de 2007 >
Guiné 63/74 - P1769: Estórias do Gabu (4): O Capitão Comando João Bacar Jaló pondo em sentido um major de operações (Tino Neves)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3866: FAP (7): Troca de lugar no ALL III salvou-me a vida, em 25 de Julho de 1970 (Jorge Caiano, mecânico do Alf Pilav Manso)


Guiné > Região do Oio > Rio Mansoa > 1970 > Restos do Helicóptero Alloutte III, que se despenhou no dia 25 de Julho de 1970, no Rio Mansoa, em consequência das condições climatéricas. Nele morreram, além do piloto (Alf Pilav Francisco Lopes Manso), o Cap Cav José Carvalho Andrade e mais 4 deputados em visita à Província (entre eles Pinto Leite, o então chefe da Ala Liberal da Assembleia Nacional, e o guineense Pinto Bull).

Cortesia de: © Victor Barata (2008) /Blogue
Especialistas da BA12, Guiné 1965/74. Direitos reservados.
1. Mensagem do editor L.G.:

Em complemento do que já escrevi em poste anterior (*):

No passado dia 31 de Janeiro, sábado, por volta da hora do almoço, recebi um telefonema do Jorge Caiano (espero ter ouvido bem o nome) que era o mecânico do heli do Alf Pilav Manso, no dia 25 de Julho de 1970... Ele informou-me que tinha chegado ao conhecimento do nosso blogue através do blogue do Victor Barata...

O Caiano vive no Canadá, na região de Toronto, desde 1974. É, portanto, um português da diáspora. Nascido em Louriçal, Pombal, foi cedo viver para Aveiro. Tem hoje cerca de 60 anos.

Na tropa, era mecânico da FAP, esteve na BA12, Bissalanca, cerca de 22 meses (1969/70). Regressou em Novembro de 1970.

Prometeu mandar-me um mail. Não está muito familiarizado com a Internet. E eu prometi resumir, no nosso blogue, a conversa que tive com ele ao telefone. Manda um abraço para todos os camaradas da FAP e em especial para os pilotos Félix e Coelho, que ele conheceu em Bissalanca e com quem voou (mais com o Coelho do que com o Félix).

Eis, no essencial, a conversa que ele teve comigo, ao telefone, sobre o trágico acidente do ALL III, que causou seis vítimas mortais:

Por decisão do comandante da esquadrilha, o Cap Pilav Cubas, e aparentemente por uma questão de peso, o Caiano seguiu com ele e não com o Alf Manso, na viagem de regresso a Bissau... (Em princípio, era aos mecânicos que competia avaliar o peso dos helis. Mas neste caso, o Jorge teve que seguir as ordens do seu comandante).

Ia o Manso à esquerda, o Cubas ao meio, o Coelho, à direita. Os três helis voavam em formação quando foram apanhados por uma tempestade tropical. Havia muito pouca visibilidade. Mas deu para ele, Jorge Canao, se aperceber de uma pequena explosão ("uma chama") no interior do heli do Manso. Segundo a sua teoria, o passageiro ao lado do piloto (um dos deputados ? o oficial do Exército ?) deve ter accionado a alavanca do gás (sic). Por inadvertência ou pânico...

O Manso, que era periquito (tinha chegado há dois meses), deve ter perdido o conrolo da situação...

O Jorge Caiano foi testemunha deste caso em tribunal militar. E lembra que, a partir daí, a FAP proibiu que os passageiros viajassem, nos helis, ao lado do piloto, no lugar do mecânico. Os oficiais do Exército (e s0bretudo os oficiais superiores) gostavam muito desse lugar por que tinha uma vista panorâmica. Via-se muito melhor a paisagem....

O heli do Manso despenhou-se no Rio Mansoa, "por volta das 15 horas", do dia 25 de Julho de 1970 (não parece ter dúvidas sobre a data), tendo morrido ou desaparecido 4 deputados da Nação (incluindo o Dr. Pinto Leite, chefe da chamada ala liberal da então Assembleia Nacional), além do Manso e de um oficial do exército do QG. Um dos deputados era o guineense Pinto Bull, que também tinha um filho, mecânico da FAP, a cumprir o serviço militar na Guiné (Bissalanca, BA12). Por sua vez, a mulher do piloto era pressuposto chegar de Lisboa, no dia seguinte. (***)

O Jorge confessa que deve a vida ao destino, à troca de lugar, imposta pelo Cap Pilav Cubas. Essa foi a razão por que ainda hoje está vivo, diz ele, do outro lado do telefone... E acredita que o destino marca a hora. Este acidente de guerra marcou-o para toda a vida.

O Jorge vive perto do Toronto. Responde-me que a crise (económica) também já chegou lá. É amigo de alguns tipos da minha terra, Lourinhã, como o Manuel do Rosário (que ainda é meu parente afastado e é do meu tempo de escola) e do José Jorge.
_________

Notas de L.G.

(*) Vd. poste de 31 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3825: FAP (2): Em cerca de 60 Strellas disparados houve 5 baixas (António Martins de Matos)

ÚLtimo poste desta série > 9 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3859: FAP (6): A introdução do míssil russo SAM-7 Strela no CTIG ( J. Pinto Ferreira / Miguel Pessoa)

(**) Vd, postes do nosso blogue:

20 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3335: Controvérsias (6): O acidente aéreo de 25 de Julho de 1970 (Carlos Ayala Botto)

11 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3296: Controvérsias (4): O acidente aéreo de 26 de Julho de 1970 (Jorge Picado)

10 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3292: Controvérsias (3): O acidente de helicóptero que vitimou Pinto Leite (J. Martins / J. Félix / C. Vinhal / C. Dias)

10 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3291: (Ex)citações (4): Pinto Leite, em Bambadinca, dois dias antes de morrer em desastre de helicóptero: Não há solução militar

(***) Vd. postes no blogue so Victor Barata, sobre o malogrado Alf Pilav Manso:

4 de Novembro de 2008 > 514 - UM APELO DA IRMÃ DO ALF PILAV MANSO.

(...) Boa tarde, sou irmã do saudoso Alf Piloto Av FRANCISCO LOPES MANSO. Logo que descobri este blogue sobre os camaradas da Guiné, comecei a ler pois falavam muito vagamente no meu irmão. Era Piloto Aviador, formado na Academia Militar, e foi parar à Guiné com os helicópteros.

Nunca soubemos a verdade sobre o acidente . Os meus Pais faleceram com esse desgosto. """DESAPARECIDO""" e pronto!!!!!.

Fiquei muito sensibilizada com a sua recordação do meu querido mano Mano. Ficámos 5 irmãs com esta dúvida no nosso coração. Ele era português, nascido nos Envendos distrito de Mação em 4 de Março l944.

Muito obrigada pela recordação dele. Pois ele nem aparece no monumento aos combatentes do Ultramar.Sem o conhecer envio um abraço muito comovida.Vivi em Luanda , agora vivo em Aveiro.

Natália Maria


7 de Novembro de 2008 > 521 A RESPOSTA À IRMÃ DO MANSO

(...) No passado dia 4.11,através do Post 514, publicámos um apelo feito pela irmã do nosso companheiro Alf Pilav Francisco Manso, falecido em Mansoa, Guiné a 25.7.1970, no sentido de recolher elementos que a pudessem esclarecer melhor sobre este assunto visto à data do acontecimento,e ainda hoje,nunca ter sido indicado as causas do acidente.

Chegaram já até nós dois apontamentos que nos merecem os agradecimentos e que transcrevemos:

Salgado Gonçalves
Sarg Chefe 1ª/68 Guiné

UMA RESPOSTA PARA A IRMÃ DO ALF PILAV FRANCISCO MANSO


Companheiro Victor, na tua pessoa mais uma vez saúdo todos os companheiros. Quase diariamente passo pelo 'nosso' blog para ficar a par das novidades, hoje vi o pedido da irmã do falecido companheiro, Alf Pilav Manso.

Não tenho muito para dizer... Foi na época da minha estada na BA12 69/71, lembro-me que a missão consistia em transportar uns deputados da então Assembleia Nacional, parece-me que à povoação de Mansoa que dava nome ao rio, onde o heli caiu.Todos quantos iam no Heli faleceram além do Manso e, entre outros, ia um deputado natural da Guiné, penso que de nome Pinto Bull, não tenho a certeza. Da missão faziam parte pelo menos dois Helis, o outro julgo que era pilotado pelo comandante da esquadra Capitão Cubas.

A perda do Manso foi muito sentida por todos nós pois era uma excelente pessoa. Junto envio umas fotos do Heli depois de recuperado. Por hoje é tudo cumprimentos para toda a rapaziada.

Salgado Gonçalves, Cabo MMA 1ª 68
(...)

ARQUIVO HISTÓRICO DA FORÇA AÉREA PORTUGUESA

Exmo Senhor,

Em resposta ao Vosso email sobre o acidente do ex ALF/PILAV Francisco Lopes Manso, local do acidente, Rio Mansoa, junto à Ilha de Lisboa. Originou a morte do Piloto desaparecido e de um Capitão do Exército e mais quatro civis, o acidente deu-se com um ALLIII que caiu no Rio Mansoa derivado a um tornado e muita chuva, os corpos do CAP do Exército e dos civis apareceram sem vida e o corpo do piloto não apareceu.

Mais informo que o ex Piloto consta na lista dos falecidos da Força Aérea no Arquivo Histórico da FAP.

Com os melhores Cumprimentos
AHFA (...)


O editor do blogue, o nosso camarada Victor Barata, escreveu o seguinte, em jeito de nota final:

"A causa imputável, as condições meteorológicas. Tornado tropical: Ventos violentos com turbilhão, Chuvas, Visibilidade zero. Estas condições meteorológicas foram confirmadas por tripulações de helicópteros que voavam na proximidade da zona. A marinha efectuou busca no rio. Recuperação da estrutura, sem os corpos da tripulação, e dos passageiros". (...)