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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Guiné 61/74 - P27272: Viagens à Guiné-Bissau: Amizade e Solidariedade (Armando Oliveira e Ricardo Abreu) (1): Missão Católica e Hospital de Tite (Aníbal Silva, ex-Fur Mil Vagomestre)

1. Mensagem do nosso camarada Aníbal José Soares da Silva, ex-Fur Mil Vagomestre da CCAV 2483 / BCAV 2867 (Nova Sintra e Tite, 1969/70), com data de 26 de Setembro de 2025:

Caríssimo Carlos Vinhal
Estou de volta, desta vez para dar a conhecer as viagens à Guiné realizadas por dois camaradas, o Armando Oliveira e o Ricardo Abreu, que pertenceram ao BART 6520/72, 3.ª Companhia e CCS, respetivamente.

Um forte abraço
Aníbal Silva



VIAGENS À GUINÉ-BISSAU: AMIZADE E SOLIDARIEDADE

Os camaradas, Ricardo Abreu e Armando Oliveira, ex-militares do BART 6520/72, pertenceram à CCS sediada em Tite e à 3.ª Companhia sediada em Fulacunda, respetivamente.
O Armando é sobejamente conhecido deste Blogue, com 14 publicações, sendo o Tertuliano n.º 901.
O Ricardo, nascido no dia 19 de Maio de 1950 na freguesia de Arcozelo – Gaia e a residir em Canidelo – Gaia, foi soldado sapador de minas e armadilhas.

Estes amigos têm em comum o facto de já terem feito várias viagens à Guiné, em visita às populações das localidades onde fizeram o serviço militar, às quais fizeram entrega de muitas e diversas dádivas, angariadas ao longo dos meses anteriores às viagens, tais como: livros, cadernos e material escolar; bolas e equipamentos desportivos; bonés e t-shirts e sobretudo medicamentos, etc., etc.

O Ricardo foi pela primeira vez à Guiné em 1999 e depois em 2010 e 2015. Na companhia do Armando voltou nos anos de 2017, 2019 e 2024.
Nessas viagens fizeram alguns vídeos e tiraram umas largas centenas de fotografias, que vou passar a partilhar no nosso Blogue, devidamente autorizado pelos autores.



I - MISSÃO CATÓLICA E HOSPITAL DE TITE

Fotografias de 2015 – 2017
A Missão Católica “S. Pedro Apóstolo de Tite” é uma presença da Igreja Missionária no sul da Guiné, pertencente à Diocese de Bafatá, que atua em três frentes principais. Evangelização, com o anúncio da palavra de Deus e catequese; Educação, através de escolas rurais que oferecem refeições a 150 alunos; e Saúde, com a oferta de cuidados médicos e apoio a doenças como o HIV e tuberculose. A Missão mantida por Congregações e Instituições Brasileiras, busca o desenvolvimento social e espiritual da população local, num total de dez tabancas de etenia Balanta, que vivem em condições de grande pobreza.
Foto de família dos “Missionários” de março de 2014, com o Padre Lúcio e o Bispo de Bafatá, D. Carlos Zili, falecido aquando do Covid, bem conhecidos do Ricardo e do Armando.
Ricardo Abreu na abertura de uma mala com dádivas
Medicamentos e outros artigos
Armando, Ricardo, Padre Lúcio e uma enfermeira
Enfermarias
Sala de tratamentos
Ricardo e Armando com os jovens da equipa da Missão Católica, com equipamento oferecido pela Junta de Freguesia de Arcozelo-Gaia. Igual equipamento foi entregue na Tabanca de Nova Sintra
Igreja de Tite
Armando, Guedes, D. Carlos Zili (Bispo de Bafatá), Ricardo e Padre Lúcio
Procissão do Dia de Ramos de 2017
Almoços na Missão Católica de Tite

(continua)
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domingo, 6 de julho de 2025

Guiné 61/74 - P26990: In memoriam (554): Apolinário Pereira Teixeira (1950-2025): natural de Fermentões, Guimarães, antigo autarca, ex-fur mil, 2ª CART / BART 6520, "Os Mais de Nova Sintar" (1972/74) (Carlos Barros)



Apolinário Pereita Teixeira: natural de Fermentões, Guimarães, nasceu em 23 de julho de 1950 e morreu a 3 de julho de 2025, aos 74 anos. Foi presidente da Junta de Freguesia de Fermentões (1993-2001). 

Era uma figura estimada em Fermentões, sua terra natal, e no concelho de Guimarães. "Participou activamente como membro da Cooperativa Farramundanes, deixando um legado de dedicação e serviço público.

Em comunicado, o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, realçou "o serviço público que Apolinário Teixeira prestou a Fermentões e a Guimarães", e manifestou pesar pelo seu falecimento, "apresentando à sua família e amigos as mais sentidas condolências".

 (com a devida vénia)



1. Mensagem de Carlos Barros (ex-fur nil, 2ª CART / BART 6520/72, Nova Sintra, 1972/74):

Data - 6 julho 2025 16:54 e 17:52

Lamentamos. Faleceu o ex furriel mil Apolinário Teixeira. 2ª CART / BART 6520, "Os Mais de Nova Sintra" (Nova Sintra, 1972/ 74). Estive com este grande amigo em Bolama, Tite, Nova Sintra. Gampara, um inferno...

Estávamos em Gampará.  3º Grupo de Combate da 2ª CART / Bart-6520.

Gampará era uma zona de intensos combates, com constantes flagelações do PAIGC e o saudoso ex- Furriel Apolinário (Guimarães) dizia-me: "Barros, dizem que não há inferno mas Gampará é mesmo um inferno!"...

Constantes emboscadas, flagelações ao destacamento, saídas permanentes para o mato, reforço do arame farpado, em duplicado, mortes, feridos e num desses ataques foram atingidos 3 furriéris milicianos entre outros militares que "agonizaram" durante toda a noite , dos terríveis ferimentos,
porque os "hélis" à noite, não faziam evacuações.

O Apolinário saiu desse inferno, sendo deslocado para uma companhia de africanos, tendo-se despedido dos seus amigos, com um semblante tristonho.

Regressãmos à "Metrópole" e o nosso amigo Apolinário manteve a sua amizade para com a 2ª Cart- "Os Mais de Nova Sintra", e era figura presente nos nossos convívios anuais.

No 50º Encontro, em 2025, realizado na Penha, Guimarães, terra natal do Apolinário (Fermentões), este companheiro não apareceu e aconteceu o tragicamente inesperado: motivado por doença, "faleceu" este maravilhoso amigo que deixa saudades imensas no nosso Grupo.

Paz à sua Alma
Ex furriel Barros, Esposende. Um abraço

Carlos Manuel de Lima Barros
Conhecido por Barros, "O Lateiro de Nova Sintra"
Esposende, 5 de julho de 2025

2. Comentário do editort LG:

À família do  nosso camarada Apolinário Teixeira  e aos camaradas da 2ª CART / BART 6520/72, apresento em nome da Tabanca Grande, os nossos votos de pesar. Não o deixemos ficar inumadfo na vala comum do esquecimento. Carlos Barros, manda-nos alhuma foto que tenhamos dele ou com ele, nas terras da Guiné. Obrigado.
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Nota do editor:

Último poste da série > 27 de junho de 2025 > Guiné 61/74 - P26960: In Memoriam (553): O Fernando Calado (1945 - 2025) que eu conheci e com quem convivi na Casa do Alentejo (José Saúde, Beja)

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Guiné 61/74 - P26914: Dando a mão â palmatória (35): O rio Fulacunda não era afluente do rio Geba, a norte de Fulacunda, mas sim do rio Grande Buba, a sul...



Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3ª CART / BART 6520/72 (1972/74) > "Porto fluvial", no Rio Fulacunda, afluente do Rio Grande de Buba, que ficava a sul >  Chegada de uma LDP com reabastecimentos.

[ Foto do álbum de Jorge Pinto, ex-alf mil da 3.ª CART/BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74), professor de história reformado; natural de Alcobaça, vive na Grande Lisboa e é também membro da nossa Tabanca Grande e da Tabanca da Linha]

Foto (e legenda): © Jorge Pinto (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné > Região de Quínara > Carta de Empada  (1955) (Escala 1/50 mil)  > Posição relativa de Rio Grande de Buba, Rio Fulacunda (ou Bianga) e Rio Empada



Guiné > Carta da antiga Província Portuguesa da Guiné (1961) (Escala 1/500 mil) > Posição relativa de Fulacunda:   do rio Fulacunda (ou Bianga), a sul; do rio Geba, a norte e oeste; do Rio Grande Buba a sudoeste, e do Rio Corubal a leste.

Infografias: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2025)


1.  Por lapso, já temos dado o rio Fulacunda (ou Bianga) como estando situado a norte de Fulacunda,e como sendo afluente do rio Geba; ora, como é óbvio (vd acima as infografias), fica a sul de Fulacunda e é afluente do rio Grande de Buba...

As NT percorriam um pequeno troço que passava por Bianga (uma antiga tabanca abandonada no princípio da guerra) para chegar à margem direita do rio Fulacunda (cerca de 4 km). 

Claro que não havia nenhum porto fluvial, pontão, ou cais acostável. Na maré-cheia as embarcações aproximavam-se o mais possível dá margem (direita). As LDP ou LDM da Marinha "abicavam". E só podiam regressar na maré-cheia.

Espero que os nossos leitores nos perdoem este lapso (involuntário), e sobretudo os fulacundenses (*)...


2. Segundo a história da unidade (BCAÇ 6520/72, Tite, 1972/74), o sector S1 (Sul 1, Tite)) tem uma configuração muito especial marcada pelos limites naturais dos rios Geba (a norte e a oeste), a sul (Rio Grande de Buba) e a leste (Rio Corubal), intransponíveis a vau na época seca. Esse obstáculo tanto o era para as NT como para o IN.

 Todos os demais rios  são praticamente intransponíveis na época das chuvas. Não existia floresta, mas as matas eram densas. A orografia era a típica da Guiné (ausência de relevo digno de nota). A vila e a tabanca de Fulacunda ficavam num "altinho" (cotas 32/33/34).

A superfície do setor era avaliado em 1000 km2.

3. Em conversa de quase uma hora (53' 6'') com o Jorge Pinto, ex-alf mil, 3ª C/BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74), pude confirmar ou corrigir o seguinte:

(i)  desde o início da guerra (1963), Fulacunda (que era vila e sede circunscriçáo) (sendo Tite e São João postos administrativos), ficou completamente isolada;

(ii) em Bianga e outras tabancas à volta, a população fugiu: umas foram para o mato, onde se refugiaram, outras aderiram ao PAIGC (mais os biafadas do que os balantas, estes foram forçados), e outras ainda ficaram sob a proteção das NT;

(iii) em 1950, a população do Sector (S1, Sul1) era computada em 16,6 mil indivíduos, distribuindo-se assim pela sede e pelos postos administrativos (em %): Fulacunda = 26,8; Tite= 39,6; São João= 33,6. Total=100,0.

(iv) em 1972, quando o batalhão  assume a responsabilidade do setor, a população era estimada em 13,9 mil, assim distribuída (em termos de controlo) (%): NT=59,5; NT/IN (duplo controlo)=21,9; IN= 18,6. Total=100,0.

(v) Fulacunda, em 1972/74, continuava completamente isolada, tendo perdido com o início da guerra em 1963 toda a sua importância (em termos administrativos, demográficos, económicos, comerciais, etc.);

(vi) a população era de 539 habitantes (na sua grande maioria biafadas, com alguns manjacos, balantas e fulas) (ou seja, 12,1% da população de 1950);

(vii) a única fonte de rendimento era a tropa: as mulheres eram lavadeiras, e os homens (umas 3 ou dezenas) eram milícias;

(viiii) havia apenas um caçador, fula; caçava um ma vez por mês: e fazia-se pagar bem pelo produto da caça; 

(ix) havia um Balanta que vendia leitões (de pele e osso, secos, sem sabor...); bebia e batia na mulher; era conhecido da tropa: um dia foi-se queixar ao quartel da mulher, que lhe tinha mestrado... os "tintins";

(x) a tropa e a população tinham uma horta numa faixa estreita de terreno ao longo do arame farpado: faziam-se hortícolas, alguma mancarra e milho paínço (para autoconsumo); com a mancarra, fazia-se uma papa que as pessoas comiam;

(xi) não havia arroz de bolanha nem de sequeiro; simplesmente não havia condições de segurança psra se "lavrar arroz";

(xii) o arroz  (base da alimentação na Guiné) vinha de Bissau, fornecido pela Intendência , quinzenalmente: uma parte era vendida, outra era distribuída gratuitamente; 

(xiii) fechava-se os olhos aos "parentes do mato" que vinham "abastecer-se" também a Fulacunda (fazia parte da "psico"), oriundos de outras  tabancas, nomeadamente  sob duplo controlo ou controlo IN;

(xiv) o ex-fur mil vagomestre José Miguel Louro (que é membro da Tabanca da Linha, Algés) pode dar uma ideia das proporções do arroz que era vendido e que era oferecido;

(xv) e por fim, mas não menos importante: tenho que ressalvar que parte das fotografias ("slides" digitalizados) aqui publicados são do Jorge Pinto, que os partilhou em tempos com o Armando Oliveira; os dois têm de resto o melhor álbum fotográfico sobre Fulacunda: os créditos fotográficos são difíceis de individualizar; mas as fotos do Jorge Pinto são, para já,  as que publicámos há  mais de 10 anos atrás (incluindo algumas mais recentes, com camaradas, a quem ele fez questão de pedir autorização para as publicitar, comportamento ético louvável: as fotos da sua festa de anos, por exemplo).
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Nota do editor:

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Guiné 61/74 - P26900: Recordações de um fulacundense (Armando Oliveira, ex-1º cabo, 3ª C/BART 6520/72, 1972/74) - Parte IX

 





Foto nº 1B, 1B e 1



Foto nº 2 e 2A



Foto nº 3 e 3A





Foto nº 4B, 4A, 4

Guiné > Região de Quínara > Fulacunda 3ª C/Bart 6520/72 (1972/74) >  "Porto fluvial" de Fulacunda (a 3/4  km a su-sudoeste  do aquartelamento): reabastecimento quinzenal: mantimentos, caixas de munições, sacos de arroz para a população, etc.; como não havia pontão, ou cais, a descarga era feita manualmente para as viaturas da tropa (GMC, Berliet...). Uma tarefa penosa.

 Fulacunda era reabastecida, através do rio Grande de Buba  e do seu afluente, na margem direita, o rio Fulacunda (que ficava a sul),  com recurso a LDM (Lancha de Desembarque Média) ou barco civil (popularmente conhecido como "barco-urra").

Em geral, deslocava-se um obus (neste caso, o 14 cm), rebocado por uma Berliet, bem como um morteiro 81 para montar segurança à operação de descarga.  Nunca houve nenhuma tentativa de ataque ou flagelação do IN ao tempo da 3ª C/Bart 6520/72 (1972/74). Nem o troço foi minado ou armadilhado, segundo informação do Jorge Pinto  (parte dos "slides" que temos aqui publicados são  dele ou do Armando Oliveira: gfeneroso e solidário como ele, não faz questão de reclamar os créditos fotográficos: consideran o seu álbum como património de todos os fulacundenses).

Fotos (e legenda): © Armando Oliveira (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar_ Blogue Luís Graça & Camaradas da Guine]

 

1. O Armando Oliveira, natural de Marco de Canaveses, a viver no Porto, foi 1º cabo at inf, 3ª C/BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74), tendo pertencido ao 3º Pelotão, comandado pelo nosso amigo, camaradada e grão-tabanqueiro Jorge Pinto. 

Era o apontador da metralhadora pesada Breda, instalada no alto do fortim. Também exercia, no quartel, a sua profissão de barbeiro. E, como "hobby", fazia fotografia. Era um d0s militares que tinha máquina fotográfica. É dele  (e do Jorge Pinto) o melhor álbum fotográfico de Fulacunda.

É membro recente da nossa Tabanca Grande (nº 901). Tem página do Facebook.

Como na maior parte dos casos as fotos que ele nos disponibilizou, não trazem legendas, temos que as tentar reconstituir, e contar com a ajuda dele como dos outros camaradas "fulacundenses" que também fazem parte da Tabanca Grande: 
  • o Jorge Pinto,
  • o José Claudino da Silva
  • e, mais recentemente (nº 905), o Joaquim Caldeira (ex-fur mil inf, CCAÇ 2314 / BCAÇ 2834, Tite e Fulacunda, 1968/69).
As fotos que hoje publicamos são interessantes para se conhecer aspetos da vida quotidiana de uma subunidade de quadrícula. Gastava-se muita energia a assegurar o abastecimento de 200 militares  (1 companhia, 1 Pel Art, 1 Pel Mil) e 400 elementos da população. 

Em Fulacunda a vida agrícola, comercial e económica estava parada (desde o início da guerra em 1963). A população dependia, no essencial,  da tropa para sobreviver: as mulheres trabalhavam como lavadeiras, os homens eram milícias...A sede da circunscrição, na região de Quinara,  passou de Fulacunda para Tite. Fulacunda ficou isolada e entrou em decadência. 

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Nota do editor:

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26801: Recordações de um fulacundense (Armando Oliveira, ex-1º cabo, 3ª C/BART 6520/72, 1972/74) - Parte VIII






Foto nº 1A, 1B,  e 1









Fotro nº 2, 2A, 2B, 2C




Foto nº 3 e 3A






Foto nº 4, 4A e 4B



Foto nº 5 e 5A

Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3ª CART / BCART 6520/72 (1972/74) > s

Festaa religiosa (o Tabaski e não o Ramadão)  (fotos nºs 1 e 2) e civis da população de Fulacunda, na sua grande maioria biafada e mulçulmana.  A NT tinham sempre alguma curiosidade em relação a estes eventos que juntavam toda a população...Vou pedir ao Cherno Baldé que  "legende" as fotos... As nºs 1, ,2 e 3  teriam a ver com a "festa do carneiro" (o do Tabaski), conforme confirma o Cherno Baldé *).

A festa do Tabaski (designação corrente nos países de forte tradição muçulmana da África ocidental)  é, a seguir à festa do fim do Ramadão, a mais importante do Islamismo, equivalente ao Natal cristão. A data é variável, de ano para ano.

Fotos: © Armando Oliveira (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




1. O Armando Oliveira, natural de Marco de Canaveses, a viver no Porto,  foi 1º cabo at inf, 3ª C/BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74), tendo pertencido ao 3º Pelotão, comandado pelo nosso amigo, camaradada e grão-tabanqueiro Jorge Pinto. Era o apontador da metralhadora pesada Breda, instalada no alto do fortim. Também exercia, no quartel, a sua profissão de barbeiro. E, como "hobby", fazia fotografia. Era um d0s militares que tinha máquina fotográfica. É dele o melhor álbum fotográfico de Fulacunda.


É membro recente da nossa Tabanca Grande (nº 901). Tem página do Facebook.  

Como na maior parte dos casos as fotos que ele nos disponibilizou, não trazem legendas, temos que as tentar reconstituir, e contar com a ajuda dele como dos outros camaradas "fulacundenses" que também fazem parte da Tabanca Grande: o Jorge Pinto e o José Claudino da Silva. (Bem como do Fernando Carolino, de quem aguardamos o OK para ser apresentado).

As fotos que hoje publicamos são interessantes para documentar o binónimo NT / População.
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Notas do editor:

(*) Vd. postes de:

8 de julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6695: Memória dos lugares (89): Bafatá, Tabatô, Tabaski 2009: Não há preto nem branco, somos todos irmãos, disse a Fátima de Portugal numa cadeia de união... (Catarina Meireles)

16 de fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7795: Álbum fotográfico do Arménio Estorninho (CCAÇ 2381, Ingoré, Aldeia Formosa, Buba e Empada, 1968/70): Cherno Rachide e a festa do fim do Ramadão, Bissau, 1970


6 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P21974: Álbum fotográfico de António Marreiros, ex-alf mil, CCaç 3544, "Os Roncos", Buruntuma, 1972, e CCaç 3, Bigene e Guidage, 1973/74 - Parte VI: O Ramadão (2/3)

9 de abril de 2023 > Guiné 61/74 - P24212: Fotos à procura de... uma legenda (174): Legendas para as fotos do Ramadão de 1971, na tabanca de Saliquinhedim (K3) (José Carvalho, ex-Alf Mil Inf / Cherno Baldé)