1. Notícia transcrita, com a devida vénia, do jornal Liberal 'on li ne', de 8 do corrente:
CADA DIA DO SETE SÓIS SETE LUAS VAI TER 7 AGRUPAMENTOS
Com o número sete em agenda, a cidade Património Mundial associa-se (respeitando a sua cabalística) ao certame que tem por Presidente Honorário o Chefe de Estado. O Largo do Pelourinho volta a encher nas duas intensas noites do certame – 10 e 11 de Novembro
Cidade Velha, 8 de Novembro 2012 - São sete os grupos que, adequadamente, vão subir ao palco do Largo do Pelourinho, Cidade Velha, quer no dia 10, sábado, quer no dia 11, domingo, para animar a XX edição do Festival Sete Sóis Sete Luas: é esta a maneira da cidade Património Mundial se associar (e respeitar a sua cabalística) ao certame que tem por Presidente Honorário o Chefe de Estado.
Assim, no sábado, apresentam-se dois grupos de batuco (Nós Eransa e um agrupamento de Tarrafal de Santiago), seguindo-se o animadíssimo agrupamento teatral vindo do País Basco (Espanha), Deabru Betzak, que durante uma hora fará vibrar as ruas do Berço da Nação. Depois, desfilam Primitivi e Banda Larga (especialmente vindos da Praia e da Calheta de S. Miguel). Será a vez de se fazer ouvir o cearense forró de Culá de Xá (Brasil) para a já avançada noite encerrar com Sumara.
No dia seguinte, domingo, o espetáculo abre (às 16h30) com o excelente teatro cabo-verdiano: é o muito popular Tikay, já que este ano teatro e música cruzam-se no Sete Sóis Sete Luas. Depois, ouve-se de novo o arrepiante som do batuco, com agrupamentos de Chã Gonçalves e de Santa Cruz, a que se soma um espetáculo com uma das mais recentes revelações de Cabo Verde, Carlos. Bob entra no palco antes do muito especial som trazido de Portugal por Melech Mechaya, culminando o Festival com chave de ouro - o violino de Nho Nani. (**)
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Notas do editor:
Último poste da série > 9 de novembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10641: Agenda cultural (232): Lançamento do livro Jaime Neves, por Rui de Azevedo Teixeira, dia 25 de Novembro de 2012, em Lisboa (Maria Teresa Almeida)
(*) Sobre a Cidade Velha de Santiago:
(....) "A Cidade Velha localiza-se no concelho da Ribeira Grande de Santiago, a 15 quilômetros a oeste da Praia, na costa de Cabo Verde. Constitui-se na primeira cidade construída pelos europeus nos trópicos e na primeira capital do arquipélago de Cabo Verde. Foi primitivamente denominada como Ribeira Grande, vindo a mudar de nome para evitar ambiguidade com a povoação homónima, na ilha de Santo Antão.
"A 10 de junho de 2009 foi classificada como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. Devido à sua história, manifestada por um valiosos património arquitetónico, a 26 de junho do mesmo ano foi classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade" (...) (Fonte: Wikipédia)
(...) "As Maravilhas de Portugal no Mundo - Cidade Velha de Santiago, Cabo Verde: 13 Mai, 2009, 11:06
"A RTP está este mês a mostrar-lhe as maravilhas portuguesas no mundo. Em Cabo Verde, a poucos quilómetros da Praia, fica a Cidade Velha de Santiago, a primeira cidade portuguesa a sul do Saara. Esta cidade teve um papel fundamental no desenvolvimento do comércio mundial e na navegação de longo curso, tendo sido importante para o aprovisionamento de navios e um entreposto de escravos." (...) (Fonte: RTP. Vd. vídeo aqui)
(**) Que honra a tradição de Nho Travadinha!...Cabo Verde é terra de grandes músicos, autodidatas, de enorme talento, que sobreviveram a tudo (ao isolamento, às incursões dos piratas, à seca, à fome, à pobreza...), gente brava de um povo, nosso irmão, como esse fabuloso Travadinha, e cujo som o João Graça (n. 1984) dos Melech Mechaya bebeu com o leite materno... Ainda no tempo dos discos de vinil, que se tocavam lá em casa...
Para mim, o Travadinha (1937-1987) é um dos expoentes máximos da "alma" de Cabo Verde... Infelizmente morreu cedo de mais... Hoje seria um artista com projeção mundial. Foi em 1981, quando veio pela primeira vez a Lisboa, tocar, que o seu talento, o seu virtuosismo, ultrapassou as pequenas fronteiras. Memorável é o seu disco Travadinha no Hot Club (gravado ao vivo em 1982) e editado em 1992. Caros amigos e camaradas, deliciem-ase com este "Maria Barba" (disponível no You Tube), e que é um dos temas do diso de 1992.
Ouçam, por fim, o seu violino a "chorar" em Papa Joaquim Paris, um tema tradicional que a Cesária Évora imortalizou.
Ouçam, por fim, o seu violino a "chorar" em Papa Joaquim Paris, um tema tradicional que a Cesária Évora imortalizou.